Quarta-feira, 28 de Novembro de 2007

A ÚLTIMA FLORESTA

Livro mostra ser possível aliar conservação à utilização sustentável de terras na Amazônia

Mark London, co-autor, vem ao Brasil para lançar o livro A última floresta - A Amazônia na era da globalização no próximo dia 6 de dezembro na livraria Martins, na praça do Patriarca, em São Paulo
A Martins Editora lança no próximo dia 6 de dezembro, quinta-feira, na livraria Martins da praça do Patriarca, A última floresta – A Amazônia na era da globalização. Escrito pelo advogado norte-americano Mark London e pelo jornalista, também norte-americano, Brian Kelly, o livro traz o registro da segunda série de viagens que os autores fizeram pela região entre 2003 e 2005. A primeira foi feita há 25 anos e resultou no livro Amazonas – um grito de alerta. A última floresta mostra, com o olhar distanciado do estrangeiro e o afeto do brasilianista, um retrato vívido e complexo de uma região cujo destino parece estar intimamente ligado ao futuro da Terra e que, por isso mesmo, costuma ser foco de debates acalorados. Ao contrário das opiniões que defendem a internacionalização da Amazônia, a postura adotada pelos autores é a “de que os problemas criados pelo desmatamento serão compartilhados pelo mundo, porém as soluções deverão ser criadas no Brasil”, porque a Amazônia é brasileira. A Livraria Martins fica na praça do Patriarca, 78, centro, São Paulo, SP, (11) 3106-9133.
Mark London hoje é advogado em Washington, D.C. Brian Kelly é editor-chefe da revista semanal U.S. News & World Report, Juntos também escreveram The four little dragons.
A última floresta - A Amazônia na era da globalização
Mark London e Brian Kelly
Tradução de Débora Landsberg
411 pp.

 

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MINHAS QUERIDAS



MINHAS QUERIDAS SERÁ LANÇADO COM PALESTRA E LEITURA DE CARTAS

Depois de publicar uma edição especial em áudio-livro do clássico A hora da estrela e a coletânea Entrevistas, a Rocco encerra o ciclo de comemorações pelos 30 anos sem Clarice Lispector com o lançamento Minhas Queridas, neste domingo, dia 02, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon, no Rio de Janeiro. Organizada pela pesquisadora e biógrafa de Clarice, Teresa Montero, o livro reúne 120 correspondências inéditas enviadas por Clarice Lispector às irmãs, Tânia Kaufmann e Elisa Lispector, entre 1940 e 1957. No encontro, além de bate-papo com Teresa Montero, haverá leitura de cartas pelas atrizes Cristina Pereira, Ester Jablonski e Solange Badin. A entrada é gratuita.
Em Minhas Queridas, Clarice Lispector relata suas impressões sobre as 31 cidades por onde passa, acompanhando o marido, o diplomata Maury Gurgel Valente, em suas missões no exterior, as novidades da literatura, da música, do cinema e do teatro, a descrição do seu processo criativo, suas angústias acerca da publicação e repercussão de seus livros, e revela uma história do amor e ternura entre ela e as irmãs em que a vida privada é pontuada por momentos importantes da história política da Europa e dos Estados Unidos.
Lançamento de Minhas queridas, de Clarice Lispector
Domingo, 2 de dezembro, às 18h
Livraria da Travessa Shopping Leblon (Rua Afrânio de Melo Franco, 290 lj. 205. Tel: (21) 3205-9002)
Bate-papo e leitura de cartas.
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Quinta-feira, 22 de Novembro de 2007

SÃO PAULO DE PIRATININGA








POR EDUARDO CRUZ

De um certo modo ficou difícil contar alguma novidade acerca depois das comemorações dos 500 anos de Brasil.
Mas a história está aí , e dependendo da idade do cidadão e do livro didático do seu tempo de escola , de Capistrano de Abreu a Borges Hermida , temos muito desses 500 anos de Brasil para rever. De 1500 a 1640 , a chamada fase litorânea temos o delicioso banquete de Dom Pero Fernandes Sardinha , bispo acepipe dos Caetés em 1556. E temos Mem de Sá que mandou exterminar aquela nação inteira só por causa do regabofe. Temos a chegada dos jesuítas de dúbia história e mais à frente expulsos de Portugal e suas colônias. Temos o fracasso das capitanias hereditárias , onde já se praticava ao que parece o nepotismo desbragado e uma guerra fiscal lá a seu modo.
Mas nada disso daria uma dimensão do surgimento do verdadeiro Brasil. Aparentemente eterna referência do expansionismo capitalista por toda a América Latina . Estamos falando da fase bandeirista que em sucesso folhetinesco foi às tevês e reapresentou ao grande público os bandeirantes e as atividades e vocações do maior centro comercial e financeiro do país que é a cidade de São Paulo.
O curioso em contar-se a história dos 500 anos através dos Bandeirantes , é encontrar no presente as mesmas mazelas do passado , pagar nossa divida histórica com os índios e apresentar alguns heróis como pouco ou nada patriotas e merecedores de CPIs históricas... “sim, porque há documentos que provam “...
Na visão clássica , “partindo do litoral, os colonos foram aos poucos incorporando o território da América portuguesa ao âmbito do Império: mundo sempre em movimento onde as hierarquias sociais se superpunham com maior flexibilidade e rapidez; onde os limites geográficos foram até meados do século XVIII, fluidos e indefinidos” , escreve Laura de Mello e Souza em Formas provisórias de existência: a vida cotidiana nos caminhos, nas fronteiras e nas fortificações. Em sua visão , em decorrência do caminho , do movimento, constituiu-se a civilização paulista. Mas que civilização era essa aparentemente cheia de organização e desorganização , rica na ação e pobre nas posses, européia na índole , mas xenófoba na expropriação . Deixemos de conjecturas e vamos aos fatos.
Os primeiros jesuítas a desembarcarem no Brasil eram liderados pelo padre Manoel da Nóbrega e vieram dar com seus costados e sua missão “de salvar os índios” em 29 de março de 1549.Vieram com o governador geral Tomé de Souza e desde logo bateram de frente com os colonos que cá estavam. Para os colonos os “negros da terra” eram mão-de-obra indispensável, barata e servil. Para os jesuítas “alminhas a serem salvas a qualquer custo” , que lhes fossem cobertas as vergonhas , que não fornicassem com os colonos e que cultivassem para eles (jesuítas) suas terras .
O Padre José de Anchieta chegou ao Brasil em 1553 , e embora considerado um “santo” por muitos, consta de seus escritos a seguinte frase – “ Para esse gênero de gente não há melhor pregação do que a espada e vara de ferro”. Conta a lenda que quando era refém dos Tamoios em Ubatuba (SP) escrevia longos poemas devocionais na areia , já que não tinha papel . A lenda persiste garantindo que era a sua forma de memoriza-los . Melhor essa explicação do que inventar um copista que diligentemente ia recuperando os textos antes da maré .

Pois bem, mas é através deles dois que temos a fundação do que veio a chamar-se São Paulo de Piratininga. Quer dizer, não é bem assim – Na história oficial consta que “a fundação de São Paulo insere-se no processo de ocupação e exploração das terras americanas pelos portugueses, a partir do século XVI. Inicialmente, os colonizadores fundaram a Vila de Santo André da Borda do Campo (1553), constantemente ameaçada pelos povos indígenas da região. Nessa época, um grupo de padres da Companhia de Jesus, da qual faziam parte José de Anchieta e Manoel da Nóbrega, escalaram a serra do mar chegando ao planalto de Piratininga onde encontraram "ares frios e temperados como os de Espanha" e "uma terra mui sadia, fresca e de boas águas". Do ponto de vista da segurança, a localização topográfica de São Paulo era perfeita: situava-se numa colina alta e plana, cercada por dois rios, o Tamanduateí e o Anhangabaú. Nesse lugar, fundaram o Colégio dos Jesuítas em 25 de janeiro de 1554, ao redor do qual iniciou-se a construção das primeiras casas de taipa que dariam origem ao povoado de São Paulo de Piratininga. Em 1560, o povoado ganhou foros de Vila e pelourinho mas a distância do litoral, o isolamento comercial e o solo inadequado ao cultivo de produtos de exportação, condenou a Vila a ocupar uma posição insignificante durante séculos na América Portuguesa.
Já para Benedito Lima de Toledo professor-titular de História da Arquitetura da FAU-USP , o núcleo de São Paulo de Piratininga ao fim do século XVI era formado por um triângulo composto em seus vértices pelo Colégio dos Jesuítas, pelo Mosteiro de São Bento e pela Igreja de São Francisco( incluindo a igreja do Carmo). O formato triangular faz crer que a cidade cresceu dentro dos muros, que foram por vezes mudados para darem vez à expansão . E porque dos muros , em um lugar tão longe da costa? Os muros de taipa de pilão era para se protegerem do índio inimigo. Aquele que aprendemos nos livros ser dócil e amigo.
O mesmo que era a única fonte de sustento das 370 famílias de Piratininga, que a partir de 1571 , graças à iniciativa do capitão-mor de São Vicente, Jerônimo Leitão , puderam empreitarem-se no negócio da captura dos “negros da terra” . Na verdade São Vicente , antes de ser fundada por Martim Afonso já era conhecida como “porto de escravos” devido ao tráfico promovido por João Ramalho , e um embuçado histórico conhecido como Bacharel de Cananéia. Dizem que era um degredado. Muito citado , mas de identidade incerta e não sabida .
Em tempo, Piratininga quer dizer peixe seco em referência ais cardumes que ficavam à lama a secar depois das águas baixarem. O triângulo era dos poucos lugares desse núcleo realmente seco , pois cercado por rios que viviam em constantes alagamentos o resultado era caótico , como os que hoje chamamos de enchente e provocam 140 km de consgestionamentos.
Mas esses , que segundo alguns autores eram piratas do sertão também viam a meter-se em rusgas . Primeiro pelos índios , depois pelo ouro. E uma resistência ferrenha em seguir as regras ditadas pelo reino português. Os reinóis , eram inimigos declarados. É curioso ler em “A Muralha” de Dinah Silveira de Queiroz , a personagem , antes frágil , Basília , comportar-se como uma vingadora da família .”O ódio a excitava, tornava-a cheia de ânimo. Agora sua família estava reduzida à Mãe Cândida e a ela própria, já que Leonel era um meio-morto, um desamparado, largado de si mesmo e de Deus, solto no mundo e esquecido de sua gente. Lembrava-se das palavras de Borba Gato: ‘Os paulistas terão contra eles inimigos de assombrar’”. Isso em um romance histórico considerado até pueril por alguns críticos .
Borba Gato também é personagem em “O retrato do rei” de Ana Miranda onde fica claro que paulistas e reinóis o respeitavam . Talvez não o façam hoje ao ver a sua horrenda estátua na estrada do bairro de Santo Amaro , antiga cidade que ajudou a fundar e que foi absorvida por São Paulo. Mas no livro a autora nos trás com cores mais fortes o início do ciclo do ouro e a incrível Guerra dos Emboabas que durou três anos . Uma história cruel de cobiça e nenhuma ideologia , digamos , bandeirista.
No Rio de Janeiro , mesmo durante a missa , no sermão o tema viria a ser o ouro. Na Igreja do Carmo “embora tivessem a expressão grave e contrita, poucos tomavam seriamente o que dizia o sermonista. Quem, entre aqueles não dedicava a vida a acumular riquezas? Viviam regaladamente, nos prazeres. Engordavam seus corações em dias de matança.” Ainda no livro , Dom Fernando explica os paulistas ...”Os paulistas são selváticos, prima. Bravos, donos de uma truculenta liberdade, consideram-se diferentes dos outros moradores do país, o que não deixa de ser verdade. São rudes por fora e gentis por dentro, o contrário do que costumamos ser. Vaidosos, matam-se por uma honra ou distinção. Descobriram o ouro nos sertões, mas não sabem retirá-los das águas...”
Se eram rudes em estilo até tinham seus porquês. Alguns historiadores contam que enquanto as capitanias do norte eram servidas com seda, Fernão Cardim nos conta que os moradores sofriam por falta de navios. Em 1585 estavam por exemplo, completamente por fora da moda e ainda usavam o algodão tinto como tecido. Também como pensar em moda quando se lê por exemplo em Anchieta que “ a quarta vila na capitania de São Vicente é e Piratininga, que está 10 a 12 léguas pelo sertão e terra a dentro. Vão lá por umas serras tão altas que dificultosamente podem subir nenhums animais e os homens sobem com trabalho e às vezes de gatinhas por não despenharem-se”. Menos que nos atuais congestionamentos de fim de semana é claro.
Mas quem deliciosamente nos conta um pouco dessa vila de 446 anos e por isso mesmo grande co-participante deste 500 anos de Brasil é Belmonte. Este magnífico contador de histórias e ilustrador chamava-se Benedito Carneiro Bastos Barreto e jornalista paulistano interessou-se por contar as estranhas histórias de Piratininga e foi o criador do personagem “Juca Pato” , hoje transformado em prêmio que até o presidente Fernando Henrique já recebeu...
Mas a grande obra desse caricaturista é sem dúvida a raridade bibliográfica “No tempo dos Bandeirantes que foi reeditado pelo governo do estado de São Paulo. Em sua apresentação Belmonte dizia que o livro não era propriamente, um livro de História, infalível e definitivo...Quanto aos historiadores, estou certo de que perdoarão o humorista curioso que, com tanta sem-cerimônia, mas com a melhor das intenções, lhes invadiu os domínios”.
E que bela invasão...como a dos índios Carijós , que obrigaram os moradores a fortificarem a vila que nascia ainda sem nome de ruas e praças que são apenas pateos e terreiros.”No alto da colina, encerrada dentro de um triângulo, está a vila”. Ficamos então sabendo que nela ruas sem nome, atalhos que serpenteiam barrancos, “que se despenham pelos alcantís, que vão ligar-se lá embaixo com os caminhos que levam ao Guaré, aos campos de Piratininga e de Santo Antônio, a Ibirapuera, Pinheiros, Ururaí, ao caminho do sertão e ao caminho do mar.”
Algumas ruas e seus nomes sobreviveram aos séculos – “Rua de Sào Bento para Sào francisco, rua que vai para a direita para Santo Antonio, rua que vai para a Nossa Senhora do Carmo, rua do Carmo, rua que vai para a matriz” . Mas a coisa podia ficar confusa quando era “na rua do meu irmão Fernão Pais, rua onde mora Pedro Furtado, na rua pública desta vila, rua que vai para o Anhamgabaú ( que era um rio , e que hoje vez por outra vira um), rua detrás da casa de Aleixo Jorge ( e dessa nem queremos saber de histórias). São Paulo também era conhecida como São Paulo do Campo e era pobre, pobreza essa só atenuada pelo ciclo do ouro.
“Mas os forasteiros afluem””, continua Belmonte e mesmo 1633, em meio à penúria chegam gentes “do litoral, de Santos e sào Vicente, e não poucos dp Sul, do Guaíra e do Paraguai, embora o façam pelo caminho proibido. E já no fim do século, a sua população sobe a quase 4000 almas”. Entre elas , muitos muambeiros.
Grande número de locais próximos tinham nomes indígenas , tudo parecia ficar muito longe. Os mais ricos além das suas propriedades mantinham uma casa na vila. “Morando tão longe assim , não é por ociosidade que os paulistas pouco aparecem na vila, principalmente quando é forçoso andar por caminhos fragosos.O rude bandeirante que , a todo momento, rompe a mata e vai parar no Paraguai, no Amazonas ou no perú, parece não
Ser amigo do meio têrmo. Ou vai muito longe ou não vai.”
Mas a verdade é que os “caminhos fragosos” dão nos nervos. E com tantos rios e riachos sujeitos a enchentes , os caminhos alagados as pontes arruinados , não há quem possa. Já aquele tempo , na Câmara os apelos às autoridades se repetem. “Apelos ao senhor procurador: ...requeeu que se fixassem quartéis para se fazer a ponte do guerepe...E a ponte que está debaixo desta vila chamada anhamgobaí...E que se concerte a ponte da tabatinguera...E a ponte do ribeiro anangabaú caminho de peratiningoa... “
Além dos apelos , há de se notar que muitos locais séculos depois conservam o problema , e que também os escribas não primavam pela padronização dos nomes .
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Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007

A HISTÓRIA DE UMA MULHER QUE DESAFIOU O ISLÃ

ACABA DE SER LANÇADO PELA CIA DAS LETRAS E GARANTO QUE É QUASE IMPOSSÍVEL PARAR DE LER ESTA HISTÓRIA REAL. Myrtha Ratis


INFIEL- A história de uma mulher que desafiou o islãAyaan

de Hirsi Ali
Tradução Luiz Antônio de Araújo
Capa Raul Loureiro
Páginas - 512


"Em novembro de 2004, o cineasta Theo van Gogh foi morto a tiros em Amsterdã por um marroquino, que em seguida o degolou e lhe cravou no peito uma carta em que anunciava sua próxima vítima: Ayaan Hirsi Ali, que fizera ao lado de Theo o filme Submissão, sobre a situação da mulher muçulmana. E assim essa jovem exilada somali, eleita deputada do parlamento holandês e conhecida na Holanda por sua luta pelos direitos da mulher muçulmana e por suas críticas ao fundamentalismo islâmico, tornou-se famosa mundialmente. No ano seguinte, a revista Time a incluiu entre as cem pessoas mais influentes do mundo. Como foi possível para uma mulher nascida em um dos países mais miseráveis e dilacerados da África chegar a essa notoriedade no Ocidente? Em Infiel, sua autobiografia precoce, Ayaan, aos 37 anos, narra a impressionante trajetória de sua vida, desde a infância tradicional muçulmana na Somália, até o despertar intelectual na Holanda e a existência cercada de guarda-costas no Ocidente. É uma vida de horrores, marcada pela circuncisão feminina aos cinco anos de idade, surras freqüentes e brutais da mãe, e um espancamento por um pregador do Alcorão que lhe causou uma fratura do crânio. É também uma vida de exílios, pois seu pai, quase sempre ausente, era um importante opositor da ditadura de Siad Barré: a família fugiu para a Arábia Saudita, depois Etiópia, e fixou-se finalmente no Quênia. Obrigada a freqüentar escolas em muitas línguas diferentes e a conviver com costumes que iam do rigor muçulmano da Arábia (onde as mulheres não saíam à rua sem a companhia de um homem) à mistura cultural do Quênia, a adolescente Ayaan chegou a aderir ao fundamentalismo islâmico como forma de manter sua identidade. Mas a guerra fratricida entre os clãs da Somália e a perspectiva de ser obrigada a casar com um desconhecido escolhido por seu pai, conforme uma tradição que ela questionava, mudaram sua vida e ela acabou fugindo e se exilando na Holanda. Ayaan descobre então os valores ocidentais iluministas da liberdade, igualdade e democracia liberal, e passa a adotar uma visão cada vez mais crítica do islamismo ortodoxo, concentrando-se especialmente na situação de opressão e violência contra a mulher na sociedade muçulmana.


"Infiel mostra que uma mulher decidida pode mudar muito mais do que sua própria história." - Christopher Hitchens, Sunday Times
"Este livro é mais do que uma autobiografia comum: descreve uma jornada intelectual incomparável, que parte dos costumes tribais de uma infância na Somália, passa pelo fundamentalismo severo da Arábia Saudita e desemboca no Ocidente contemporâneo. Ao longo do caminho, Hirsi Ali exibe o seu maior dom: o talento de relembrar, descrever e analisar com honestidade o estado preciso de seus sentimentos em cada estágio da jornada." - Anna Applebaum, Washington Post
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publicado por o editor às 00:05
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SOBRE A BELEZA

SOBRE A BELEZA
Zadie Smith


Howard Belsey é inglês, branco, professor de história da arte, e vive há anos em Wellington, cidade universitária da costa leste dos Estados Unidos. É um liberal radical, especialista em defender as cotas universitárias e desmascarar os mitos de beleza e gênio artístico que nos enganam e oprimem. É casado com Kiki, uma enfermeira negra americana, e tem três filhos: Jerome, Zora e Levi.A vida dos Belseys se complica quando Jerome vai para a Inglaterra fazer um estágio com Monty Kipps, negro, professor ultraconservador e maior inimigo de Howard. Jerome se apaixona pela filha de Monty, Victoria. O caso é dissolvido, mas pouco tempo depois toda a família Kipps se muda para Wellington. Quando as vidas dessas duas famílias se entrelaçam, uma série de embates acadêmicos, relações extraconjugais e choques entre identidades culturais forçam os Belseys e os Kipps a reverem suas convicções teóricas e o lugar da beleza e do amor em sua vida.Com um olhar que penetra fundo nas sutilezas da vida familiar e com um talento narrativo extraordinário, Zadie Smith leva cada um de seus personagens a confrontar suas escolhas, crenças e identidades, mostrando a facilidade com que as certezas podem se tornar ilusões.

"Maravilhosamente divertido. Uma romancista extraordinária que compreende a fundo tanto as coisas do intelecto quanto as do amor." - Observer
"Magnífico. Admiravelmente cativante e meticuloso. Uma daquelas raridades: um romance tão tocante quanto engraçado." - New York Times
"De um encanto e espirituosidade excepcionais. Faz com que a vida contemporânea pareça estranha e poética." - Sunday Telegraph
"Uma reformulação deliciosamente divertida do Howard's End, de E. M. Forster, transposta para um campus da Nova Inglaterra e preenchida com humor, generosidade e brilho contemporâneo." - Daily Telegraph
Lançamento da Cia das Letras
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PREPARANDO-SE PARA AS FÉRIAS

Em lançamento da Bertrand Brasil, chega às livrarias o novo livro de Eileen Goudge -
HONRA ACIMA DE TUDO


Honra Acima de Tudo, apresenta duas mulheres extraordinárias, ligadas pelo passado, cada uma vivendo sua própria encruzilhada: a luta entre o peso da consciência e um segundo amor que ronda suas vidas. Grace é uma escritora que faz parte de uma tradicional família do sul dos EUA, filha de um poderoso senador pelo Estado de Nova York. Nola, por outro lado, tem origem humilde: nasceu em uma família afro-descendente e se criou em bairros pobres de Washington, determinada a alcançar sucesso em sua carreira de arquitetura. Mas um terrível segredo une essa relação e domina suas vidas. Elas descobrem que a confiança é uma aposta perigosa, que o amor é um risco desesperado e que a teia do destino é implacável e inevitável.
Gênero : Ficção Estrangeira - Romance Páginas : 546
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Terça-feira, 20 de Novembro de 2007

A HISTÓRIA DE OLGA

ACABAMOS DE RECEBER DA ROCCO

Livro: A HISTÓRIA DE OLGA

Autor: Stephanie Williams

Páginas: 360

 

"Em A história de Olga – Três continentes, duas guerras mundiais e uma revolução: a saga de uma mulher pela história do século XX, a jornalista Stephanie Williams remonta a história da avó materna que viveu alguns dos fatos históricos mais marcantes do século XX. Baseada em uma pesquisa que se estendeu por mais de uma década, a autora reproduz, episódio por episódio, o curso da vida de Olga Edney.
Nascida Olga Yunter, no ano 1900, em um remoto povoado ao sul da Sibéria, Olgusha, como era chamada pelo pai, teve uma infância feliz. Ela passava seus dias no encalço dos quatro irmãos mais velhos, acompanhava as grandes festas da família, era envolvida nas crendices da ama Filipovna e via o pai ir e vir em excursões pelos confins da Rússia. Enquanto isso, seguia estudando, planejando inscrever-se na Universidade de São Petersburgo, como fez a irmã Lydia.
Os sonhos de Olga começaram a ser ameaçados na adolescência, por volta de 1917, com a Revolução de Outubro. Ainda estudante, ela ajudou os irmãos a defender a região onde moravam e, sem perceber, virou também uma contraventora diante do partido bolchevique de Lenin. Com a cabeça a prêmio, ela foi orientada pelo pai a mudar-se para Vladivostok, onde poderia ingressar na universidade e estaria mais protegida. Fugiu com apenas algumas poucas roupas e pedras preciosas.
O tempo de fartura havia ficado definitivamente para trás e a situação piorou ainda mais quando Vladivostok virou o próximo destino dos vermelhos, como eram chamados os comunistas. Quando isso aconteceu, Olga, junto com a ama Filipovna, já tinha fugido novamente para o norte da China. Nunca mais veria sua família. Depois de um longo período de dificuldades em Tientsin, Olga conheceu Fred Edney. Britânico, bonito e bem-humorado, ele era funcionário de uma empresa de tabaco. Casaram-se em 1923.
Nesse mesmo período, enquanto seguiam os confrontos na Rússia e Olga não tinha notícias da família, na Alemanha, Hitler ganhava cada vez mais força. Apesar do prenúncio de uma nova guerra mundial e da desavença entre chineses e japoneses, por alguns anos, Olga teve tranqüilidade. Fred estava bem colocado, ganhava bem e eles haviam tido a primeira filha, Irina. Olga organizava festas, tinha conforto e fazia o trabalho comunitário que tanto gostava.
A vida ordenada em Tientsin, porém, estava prestes a passar por mais uma transformação. E Olga, por novas provações. Com base em documentos, relatos de parentes e conhecidos, a autora reconstitui também os eventos que balançaram a vida de Olga durante a Segunda Guerra Mundial e anos seguintes. Ao longo da pesquisa, Stephanie conhece descendentes dos amigos da avó e até mesmo primos de segundo e terceiro graus.
A curiosidade sobre a vida da avó russa foi despertada por frases soltas, histórias que não faziam muito sentido. A avó, a quem visitava de tempos em tempos na Inglaterra, não revelava tudo facilmente, mas deixava escapar algumas pistas e mostrava fotos intrigantes. Stephanie gastou 10 anos reunindo cartas, diários, fotografias e documentos oficiais para escrever a impressionante história da avó, que permeou acontecimentos marcantes do século XX. "

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publicado por o editor às 23:57
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POETAS CHINESES CONTEMPORÂNEOS

UM BARCO REMENDA O MAR - DEZ POETAS CHINESES CONTEMPORANEOS
POESIA
PARA QUEM PENSA QUE POESIA CHINESA É ALGO COMO VASO DA DINASTIA MING (MESMO SENDO BELO, RARO E CARO), TEMOS AQUI A PROVA DO LÊDO ENGANO. SURPREENDA-SE COM ESSE LANÇAMENTO DA MARTINS.
"Um barco remenda o mar reúne versos de originalidade própria e também de originalidade única para olhos brasileiros, pois esta é a primeira vez que são traduzidos para nosso idioma. Mesmo que hoje dialoguem com o Ocidente por meio de 100 milhões de computadores e 350 milhões de telefones celulares, os poetas selecionados para esta mostra preservam em suas feições contemporâneas a cultura milenar chinesa. No entanto, combinam uma nova linguagem poética com a reflexão e a denúncia social numa China pós-revolucionária e de crescimento acelerado. Esta edição bilíngüe apresenta ao leitor brasileiro nomes importantes da poesia chinesa, como Bei Dao, candidato mais do que natural ao Nobel, que teve seus versos carregados em cartazes no protesto da praça da Paz Celestial em 1989: “Para não me ajoelhar na Terra/ contrastando assim com a elevação do carrasco/ que impede os ventos de liberdade”. Sobre os organizadores: Yao Feng. Pseudônimo de Yao Jingming, nascido em Pequim, 1958. Professor auxiliar do Departamento de Português da Universidade de Macau. Além de ter traduzido para o chinês dezenas de poetas portugueses, já publicou cinco obras de poesia, em chinês e em português: Nas asas do vento cego (1990), Confluência (1997), Viagem por momentos (1999), A noite deita-se comigo (2001) e Canção para longe (2006). Régis Bonvicino. Paulistano, nascido em 1955, formou-se em Direito pela Universidade de São Paulo. Foi articulista do jornal Folha de S. Paulo e de outros veículos até ingressar na magistratura em 1990. Seus três primeiros livros, Bicho papel (1975), Régis Hotel (1978) e Sósia da cópia (1983) foram por ele mesmo editados. Hoje, estão reunidos no volume Primeiro tempo (Perspectiva, 1995). Destacam-se entre suas coletâneas: Ossos de borboleta (1996), Céu-eclipse (1999), Remorso do cosmos (de ter vindo ao sol) (2003) e Página órfã (2007), esta publicada pela Martins."
Confira! ( M.R.)
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publicado por o editor às 23:53
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"NÃO CORRAM, VÃO PENSAR QUE ESTAMOS FUGINDO"

POR SHARON RATIS

 

Maria assumiu o trono de Portugal, governando de 1777 a 1792, sucedendo ao seu pai, o rei D. José, e a trinta anos da atuação do Marquês de Pombal, a quem ela demitiu e exilou por conta das reformas que este fez em Portugal, nas quais a Igreja e a nobreza eram seus alvos favoritos.Esse seu ato quebrou o controle estatal de muitas áreas econômicas, permitindo que a Igreja e a alta nobreza retomassem seu poder sobre o Estado. Presos políticos foram perdoados, muitos nobres, reabilitado e muitos aristocratas fugidos da Revolução Francesa ganharam asilo político. Este período ficou conhecido como A Viradeira.

Antes de ser conhecida como Maria, a Louca, ela foi conhecida como Maria, a Piedosa, por causa de sua devoção religiosa e suas obras sociais.

Sua instabilidade mental começou a ser notada em 1792, obcecada que era pelos sofrimentos que seu pai estaria padecendo no Inferno por ter permitido que Pombal perseguisse os jesuítas. Maria tinha visões de seu pai, que ela descrevia como ‘um monte de carvão calcinado’. Para tratá-la, veio de Londres o médico e psiquiatra real que havia tratado Jorge III, enlouquecido em 1788.

Quando ocorreu a Independência dos Estados Unidos, em 1796, Dona Maria era dependente da economia inglesa. A situação de guerra favoreceu os cofres de Portugal, pois este era um dos poucos países envolvidos com o comércio em larga distância que não havia entrado em guerra. Foi nesta época que Dona Maria acabou com várias companhias estabelecidas pelo Marquês de Pombal, preocupada que estava em recuperar as rédeas da economia colonial e com a idéia de desenvolver o mercantilismo no Brasil.

De nada adiantou para Dona Maria os “remédios evacuantes” receitados pelo dr. Willis. A morte de seu marido, Pedro III, e do príncipe herdeiro, José, Duque de Bragança, mais a Revolução Francesa e a morte de Luís XVI, rei da França, na guilhotina, fez seu estado mental se agravar ainda mais. Seu filho, João, o príncipe regente, assumiu o trono em 1799, como D. João VI. E, dependentes que eram da economia inglesa, D. João achou melhor não entrar na briga entre a Inglaterra e a França, recusando-se a cumprir o Bloqueio Naval às Ilhas Britânicas.

Com medo de retaliação, a família real resolveu abandonar o país, fugindo vergonhosamente. Os nobres corriam desesperados pelas ruas de Portugal enquanto o povo português reclamava o abandono e, Dona Maria, agora, “a Louca”, pedia que todos caminhassem mais devagar, pois os franceses podiam pensar que estavam fugindo. Vieram para o Brasil em navios protegidos pela Inglaterra, em 13 de novembro de 1807, antes de sofrerem a invasão da coligação franco-espanhola do Marechal Junot que, logo depois, seria nomeado governador de Portugal.

Na viagem, D. João acabou assinando alguns tratados comerciais que favoreciam a Inglaterra e, logo depois de se instalarem em Salvador, D. João abriu os portos às nações amigas, pondo fim ao Pacto Colonial e dando ao Brasil o direito de comercializar com outros países – amigos da Inglaterra, claro. Isso fez que Portugal perdesse o domínio sobre o comércio brasileiro. Em 1810, assinaram o Tratado de Comércio e Navegação, estabelecendo os impostos que os produtos ingleses pagariam para entrar no Brasil, os mais baixos de todos, mais até que os impostos portugueses.
Em agosto de 1808, teve início a Guerra Peninsular. Nos dois anos seguintes, as forças luso-britânicas lutaram contra Napoleão, que só seria derrotado em 1815. No Brasil, para dar moradia a alta nobreza, D. João os mandava escolher as casas que quisessem, marcava-as com as iniciais P.R. (Príncipe Regente) e dava aos moradores um período mínimo para saírem. Os moradores diziam que P.R., na verdade, eram as iniciais de “Ponha-se na Rua”. Resolvido o problema habitacional, D. João tratou de pôr os nobres para trabalhar. Criou vários ministérios, o Banco do Brasil, a Casa da Moeda, a Imprensa Real, as Escolas de Medicina, a Academia Real de Belas Artes, promovendo, enfim, um desenvolvimento cultural no país.

Em 1815, Napoleão foi derrotado. No ano seguinte, já vivendo internada no Convento das Carmelitas, no Rio de Janeiro, Dona Maria, a Louca, morre. Seu corpo foi levado para Lisboa e jaz numa igreja que ela mesma mandou construir, em agradecimento a uma promessa para ter um filho homem que lhe herdasse o trono. Seu filho, José, morreu de varíola dois anos antes de A Basílica da Estrela ficar pronta.

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Final - Vamos Saber...

Retornando a Marc Ferro, o motor de sua série de palestras que culminaram no livro foi um debate televisivo sobre Joana D' Arc. Para enfrentar tal façanha leu todos os bons livros sobre assunto incluindo a obra de dois historiadores ingleses, Edward Lucie Smith e Robert Greenblatt que abordavam uma questão que jamais havia pensado. "Apoiados no depoimento de Jean d'Aulun, um dos companheiros de Joana d'Arc, lembravam que 'ela não tinha os contratempos habituais das jovens mulheres' nem atração pelos rapazes. Fico sabendo,então, por esses autores anglo-saxões, que algumas moças podem vir a ter atordoamentos, 'visões' e não sei mais o quê."
Chegando ao debate Ferro encontrou além do arcebispo de Rouen, conhecidos aduladores de Joana d'Arc, e em sua hora de falar ... "senti de repente minha boca congelar, meus lábios tremerem e respondi:- na Rússia, Joana d'Arc era considerada uma heroína nacional, da estirpe de Alexandre Nevski...- e não pude emitir mais nenhum som. Naquele dia, compreendi o que era um tabu: aquilo sobre o que se silencia, por medo, por pudor, confirma Alain Rey. Diferencia-se, com certeza, da proibição aplicada mais precisamente ao que não está autorizado, e distingue-se da auto-censura ou da censura, constantemente invocadas como explicação de todos os silêncios da História".
È óbvio que a muitos é irrelevante que na verdade Moisés (no saber de Gerald Messadié), um dos gigantes da história da humanidade, na verdade fundador de uma religião e líder de um povo, era na verdade egípcio. Explicamos, para os egípcios os filhos pertenciam às suas mães, era delas a ascendência, e muito embora filho de pai hebreu, o líder dos hebreus era filho de Nezmet-Tefnut, egípcia e irmã do faraó Ramsés II. Derrocada a história de cestinhos de junco, foi só aos 15 anos de idade que teve um contato mais estreito com os hebreus.
Grandes heróis não deixam de ser heróis por opções sexuais ou talvez por uma ou outra excentridade. Alexandre, O Grande é um exemplo. Seu gênio militar se impôs sobre o império persa e foi a base da Civilização Helenica. Na arte da guerra recebeu lições do pai, militar experiente que lhe transmitiu conhecimentos de estratégia e lhe deu os dotes de comando. Ainda jovem teve oportunidade de demonstrar seu valor quando, aos 18 anos, no comando de um esquadrão de cavalaria, venceu o batalhão sagrado de Tebas na Batalha de Queronéia em 338 a.C. Depois do assassinato de seu pai em 336 a.C. subiu ao trono da Macedônia e iniciou a expansão territorial do reino. Para a empreitada contou com poderoso e organizado exército, dividido em infantaria, cuja principal arma era a zarissa (lança de grande comprimento) e cavalaria, que constituía a base do ataque. Tão poderoso homem fazia-se acompanhar de jovens imberbes que o serviriam no que a história podia convencionar de "o descanso do guerreiro".
Outro herói foi Ricardo I ,o Ricardo Coração de Leão. Ricardo foi coroado em 3 de setembro de 1189, fato prejudicado por um tumulto e perseguição à comunidade judaica, na Inglaterra, como parte da histeria causada pelas preparações para a Cruzada. O fato é que Ricardo era possuidor de um caráter intrigante, que provocou muito debate entre os historiadores. Na realidade seu interesse na Inglaterra era a possibilidade de ser uma boa fonte de renda. "Ele nunca falou uma palavra de inglês, embora tenha ali nascido, mas era por natureza ligado à França. Mesmo assim, isso não impediu de ser visto como uma das figuras mais heróicas da Inglaterra." explica W.B.Bartlett em seu livro Historia Ilustrada das Cruzadas (Ediouro).
Segundo Jean Plaidy em sua "Saga dos Plantagenetas" (Editora Record), Ricardo foi criado na França entre cavaleiros e trovadores, era heróico e suas campanhas na Sicília, a conquista de Chipre e as vitória na Terra Santa lhe deram a fama. "Porém Ricardo possuía também uma estranha natureza, revelada no conflituoso relacionamento com o rei Felipe da França, no elo místico com o sultão Saladino e na dedicação do menestrel Blondel, que viajou pela Europa até descobrir seu adorado amo na fortaleza de Dürenstein". O leão enfim, tinha seu lado doce que faria parte dessa era de esplendor e de crueldade, mais que isso, foi o caráter aventureiro de Ricardo que levou ao enfraquecimento da instituição monárquica na Inglaterra, abrindo caminho para a crise que seria desencadeada no reinado seguinte.
A realeza sempre nos deu boas histórias e muitas controvérsias, uma das grande polêmicas do século passado foi a morte do Czar Nicolau II e de toda a sua família. Segundo Marc Ferro o assassinato de Nicolau II e da família imperial pelos bolcheviques,em Ekaterimburg, em julho de 1918,é um acontecimento bem identificado, tão conhecido quanto a execução de Luís XVI. No entanto, muitas informações e igualmente muitos indícios levantam um dúvida quanto à realidade do relato sobre esse assassinato - não fosse a sobrevivência da mais jovem das filhas da família imperial, Anastácia, que disseram ser uma impostora". Bela, talvez nem tanto como Ingrid Bergman, Anastásia na verdade foi verdadeiramente reconhecida por Botkine Filho, mas devemos perguntar, quem gostaria de acreditar nele? Ele que havia sido seu colega de brincadeiras em Petrogrado e depois na Sibéria, tendo retornado dos Estados Unidos, fica sabendo que a família, depois de ter reconhecido Anastásia, renega-a para assegurar a passagem da herança de Romanov ao ramo de Cirilo. O dinheiro também é motor da história. Mas tudo poderia ter um ponto final por aqui não fosse a Igreja Católica Ortodoxa Russa ter decidido canonizar Nicolau II, sua esposa e os cinco filhos do casal. A canonização do último Czar da Russia, Nicolau II, juntamente com a esposa Alexandra e os cinco filhos do casal: Aleksey, Olga, Tatiana, Maria e Anastásia. Foi decidida na reunião do Conselho Eclesiástico na presença do Patriarca Alexis na qual os arcebispos decidiram também canonizar outros 853 mártires do século XX, muitos dos quais eram sacerdotes e monges mortos pelos comunistas.

"Talvez ninguém aceite outra versão dos fatos
Que a fantasia é a mordaça da realidade
Os ídolos de barro para os insensatos
E, aos verdadeiros homens, homens de verdade!"

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