Terça-feira, 30 de Setembro de 2008

CAFÉ FILOSÓFICO CLÍNICO


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publicado por o editor às 12:17
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Faz duas semanas que meu amor



Faz duas semanas que meu amor
E outros contos para mulheres
de Ana Paula El-Jaick

90 páginas
 

Prosa direta, redonda, envolvente, permeada de inteligência e bom humor. Assim se define este livro de Ana Paula El-Jaick. Em contos curtos e irreverentes, a autora fala do cotidiano de mulheres que amam, desiludem-se, enfrentam preconceito, descobrem-se, camuflam-se, divertem-se, transmutam-se. Leitura cativante.

Um lançamento da
 
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Ubiratan Sousa lança CD com show de músicos consagrados

Espetáculo no Teatro Paiol, às 21h desta terça-feira (30), conta com a participação de Sebastião Tapajós, no lançamento do CD “Bruxaria”.
 

Um show de música instrumental marca o lançamento do CD Bruxaria, de Ubiratan Sousa, nesta terça-feira (30), às 21h, no Teatro Paiol. É o sétimo álbum autoral do compositor, intérprete, multiinstrumentista e pesquisador maranhense, que teve suas obras gravadas por Alcione, Vânia Bastos, Dominguinhos, Roberto Sion, Hamilton de Holanda, Toninho Carrasqueira, Hermeto Pascoal, além de outros artistas.

Para marcar o acontecimento, Ubiratan convidou profissionais de peso de São Paulo e Curitiba: Sebastião Tapajós, Alessadro Penezi, Danilo Brito, Luizinho 7 Cordas, Marco Barros, Wagner Ortiz, André Elrich, Jacson Vieira, João Willian, Sergio Albach, Julião Boêmio, Vina Lacerda e Marcos Gomes. O espetáculo é patrocinado pela empresa Telemar.

Este é o primeiro disco do compositor formado somente por temas instrumentais. Bruxaria encerra a “trilogia Ubiratan Compositor, Arranjador e Instrumentista”, como ele mesmo define. Além de autor das músicas, Ubiratan também assina os arranjos e a direção musical do CD que inclui, entre outras composições, O Azevedo do Roberto, Vespas, Bruxaria, Modernizando, Deixando a ilha.

Ubiratan Sousa – O artista com mais de 600 músicas compostas é também cantor e, pode-se dizer, quase responde por uma orquestra. Toca violão, cavaquinho, baixo, guitarra, banjo, bandolim, flauta doce, viola de 10 cordas, acordeom, teclado e percussão.

Instrumentista autodidata, Ubiratan Sousa ingressou no cenário artístico em 1962, no Maranhão, e profissionalizou-se em 1966. Mudou-se para São Paulo em 1980, foi finalista do festival MPB-Shell, promovido pela Rede Globo, e, em 1984, lançou seu primeiro disco, o LP Tempo certo, seguido por Rosa amor (1987) e Choro de pássaros (1990). Na relação de CDs estão Tempo certo (1992), Capital do boi (1994), A alegria do boi Bunininho (1996) e Boi Pirilampo (2000), entre outros.

 

Serviço:

Ubiratan Souza lança o CD Bruxaria, tendo como convidados Sebastião Tapajós, Danilo Brito, Luizinho 7 Cordas, Sergio Albach, entre outros.

Data: 30 de setembro de 2008 (terça-feira), às 21h

Local: Teatro Paiol (Praça Guido Viaro, s/n – Prado Velho)

Ingressos: R$ 10 e R$ 5
publicado por o editor às 12:15
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Não esqueça - Mostra do Cinema Atual Espanhol

















Yo soy la Juani
 

Não esqueça. De quarta-feira (1º) a domingo (5), a Cinemateca de Curitiba exibe, na sessão das 20h, filmes espanhóis produzidos entre 2006 e 2007. Todas legendadas em português, as obras integram a Mostra do Cinema Atual Espanhol, uma realização da Embaixada da Espanha no Brasil. A entrada é franca.

Um franco, 14 pesetas, de Carlos Iglesias, rodado em 2006, abre a mostra, na quarta-feira (1º). Estrelado pelo próprio Iglesias, além de Javiér Gutiérrez, Nieve de Medina e Isabel Blanco, o filme situa-se no ano de 1960. Os amigos Martín e Marcos deixam suas famílias e vão tentar a sorte na Suíça, como se fosse a terra prometida.

A realidade é diferente daquilo que sonharam. A mentalidade e o comportamento são outros e eles precisam adaptar-se a essa sociedade. Conseguem trabalho como mecânicos numa fábrica e moram numa pequena vila industrial. A morte do pai de Martín faz com que regressem à terra natal, pois os dois amigos acreditam que conseguiram o que procuravam na Suíça. Porém, para surpresa deles, a volta desenha-se mais difícil do que a ida. Classificação livre.

Na quinta-feira (2), tem AzulEscuroQuasePreto, de 2006, com direção de Daniel Sánchez Arévalo. No elenco estão Quim Gutiérrez, Marta Etura, Raúl Arévalo, Eva Pallarés. O título remete a um estado de ânimo, um futuro incerto, uma cor que muitas vezes não se reconhece, mas que sofre mutações dependendo da luz, do prisma e do modo como é vista. Ela nos lembra que somos passíveis de enganos e vemos determinadas coisas com cores que elas não carregam.

O derrame cerebral sofrido pelo pai, faz com que Jorge volte a trabalhar como faxineiro. Ao mesmo tempo em que cuida do pai enfermo, Jorge estuda e conclui o ensino médio. Ele quer buscar novas conquistas. Por meio de um irmão que cumpre pena no presídio, conhece Paula e travam um relacionamento incomum. Este encontro poderá ajudar Jorge a perceber que pode mudar o curso de sua vida, mas isso vai depender de sua vontade, se ele realmente quer. Classificação: 14 anos.

Na sexta-feira (3) será exibido O melhor de mim, de 2007, de Roser Aguilar, com Marian Alvarez, Juan Sanz, Lluis Homar, Carmen Machi. Quando criança, Raquel se vê intrigada com os discursos de amor que estão por toda parte. Nos enredos das novelas, nas canções, nos filmes o amor é um tema recorrente. Seu pensamento: o que ocorreria se não encontrasse ninguém que a amasse? O tempo passa, Raquel cresce, apaixona-se e quando vai morar com Tomás obriga-se a se perguntar o que estaria disposta a fazer em nome do amor? Classificação livre.

No sábado (4) tem Eu sou a Juani, de Bigas Lunas, produzido em 2006, com Verônica Echegui, Laya Martí e Dani Martín. Juani é uma garota que acumula problemas em casa e com o namorado, um rapaz ciumento e indeciso nas ações. Chega um momento que não dá mais: termina o relacionamento e resolve deixar para trás sua vida de conformações para conseguir o que deseja: ser atriz, triunfar na profissão. Classificação: 14 anos.

A mostra encerra no domingo (5), com programa duplo: Salvador (Estória de um milagre cotidiano), de 2007, de Hwidar Abdelatif, com Nacho Fesneda, Orlín Morán e Carlos Merchán; e Tua vida em 65´, de 2006, de Maria Ripoll, com Javier Pereira, Oriol Vila, Marc Rodríguez, Tâmara Arias.

Salvador (Estória de um milagre cotidiano) é um curta-metragem de 11 minutos. Uma criança brinca de esconde-esconde num vagão de trem. Todos os passageiros envolvem-se no jogo, à exceção de um homem que, incomodado, salta do trem.

Um poético e inquietante flashback traz à tona as razões da angústia do cidadão. O filme sugere uma idealização da trágica manhã de 11 de março de 2004, em Madri, quando 191 pessoas morreram num ataque terrorista. A mensagem aborda a necessidade de superação do trauma através da lembrança e da esperança. Classificação: 14 anos.

Tua vida em 65 coloca em cena três jovens estudantes que num domingo comum, sem nada em especial, lêem uma nota necrológica no jornal e acreditam que seja de um colega da escola que eles perderam de vista há algum tempo. Seguem até o velório, mas descobrem que houve um engano – o morto não é aquele que imaginavam. A partir desse momento a confusão e o acaso tecem uma história de amizade, amor e morte. Classificação: 14 anos.

Serviço: Mostra do Cinema Atual Espanhol Data e horário: de 1º a 5 de outubro de 2008, às 20h Local: Cinemateca de Curitiba (Rua Carlos Cavalcanti, 1.174) Entrada franca
publicado por o editor às 12:14
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Brasil não tem liberdade de imprensa


Presidente da ABL diz que Brasil não tem liberdade de imprensa, mas de empresa

Sérgio Matsuura ( da Comunique-se)

"No Brasil não existe liberdade de imprensa, existe liberdade de empresa", afirmou o presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Cícero Sandroni, no encerramento do seminário "Brasil, brasis – liberdade de expressão: base da democracia", realizado na sede da ABL na noite desta quinta-feira (25/09). Todos os debatedores defenderam a liberdade de imprensa, mas levantaram problemas que ela enfrenta para a sua plena consolidação no País.

Sandroni argumentou que nos seus 50 anos de jornalismo percebeu que, por causa de pressões dos conglomerados econômicos e do Estado, o jornalista não possui liberdade de expressar seu pensamento, mas apenas cumpre pautas que se alinhem com os interesses dos financiadores dos veículos de comunicação.

"Eu acho até natural que os meios de comunicação defendam os interesses dos grupos que os financiam, mas não é aquela liberdade de imprensa que gostaríamos que existisse", avaliou Sandroni.

Bucci critica influência da publicidade
A mesma linha de pensamento foi apresentada pelo ex-presidente da Radiobrás Eugênio Bucci. Ele criticou o poder exercido pela publicidade, principalmente dos governos, nos veículos de comunicação. Segundo Bucci, a verba de publicidade dos municípios, dos estados e da federação interfere na produção de conteúdo dos veículos, cerceando a liberdade de imprensa.

"O Estado é um dos maiores anunciantes do mercado brasileiro. Isso significa que nos veículos mais fracos a verba vinda do poder público é essencial para o seu funcionamento. Isso cria uma porta de influência, interferência e de pressão do poder público sobre a existência dos próprios veículos. Isso conspira contra os requisitos formais da liberdade de imprensa", alerta Bucci.

O controle dos veículos de comunicação pelo Estado é, para o ex-Ministro da Justiça Célio Borja, o maior obstáculo à liberdade de expressão. Segundo ele, ao influenciar a produção de informação, o poder torna a versão oficial dos fatos hegemônica no cenário nacional em detrimento das opiniões individuais.

"Hoje a repressão sobre os veículos e sobre as opiniões está muitíssimo limitada, mas a repressão não é a única forma de dominação dos veículos", afirmou Borja.

Jornalista deve usar crítica para lutar contra controle
Na opinião do ex-presidente da Radiobrás, para lutar contra esse controle é necessário que "os jornalistas exerçam a liberdade". Para tanto, os profissionais devem "olhar com desconfiança", não deixando serem cooptados pelo poder econômico, político e dos grupos de influência.

“A liberdade floresce mais na crítica que no aplauso”, afirmou Bucci.

A cientista política, historiadora e jornalista Lucia Hippólito também prega a crítica como meio de alcançar a liberdade de imprensa. Ela afirma que o poder e o pensamento se relacionam mal, "porque o poder não aceita críticas e o pensamento é, em si, uma forma crítica de expressão".

Analfabetismo impede a liberdade de imprensa
O jornalista e professor universitário José Marques de Melo levantou outra barreira para o pleno exercício da liberdade de imprensa no País. Mesmo com a Constituição de 88, que propiciou "um dos momentos mais fecundos" da atividade dos meios de comunicação no País, a maior parte da população continua fora desse processo em "bolsões marginalizados da cultura letrada".

"Ao ingressar no século XXI, o Brasil sofre de um mal endêmico. Sua imprensa permanece restrita a uma fatia minoritária da sociedade. É reduzido o número de brasileiros que são leitores regulares de livros, revistas e jornais", analisou Melo.

O advogado Sérgio Bermudes lembrou que o direito à liberdade de imprensa está presente, assim como na Constituição Brasileira, na Declaração Universal dos Direitos Humanos. O documento, que completa seu 60º aniversário este ano, diz em seu artigo 19:

"Todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão. Este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e procurar receber informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras".

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Domingo, 28 de Setembro de 2008

MELHOR MORRER DE VODCA, QUE DE TÉDIO?




















"Foi truculento, odiando a truculência
ficou sem voz, nas horas de discurso
Gastou-se em aparência
Disfarçando o urso."
Jorge Wanderley, in Coração à Parte

"E logo vai amanhecer
Os trabalhadores vão se levantar
e vão procurar por mim no estaleiro
e dirão:
'ele tá bêbado de novo' "
 
Charles Bukowski, in Quatro e meia da manhã

Se os poetas boêmios de todo mundo se dessem as mãos, não teria ninguém para abrir as garrafas. Nosso título foi tirado de um poema desesperado de Maiakovski e que poderia muito bem sintetizar o pensamento dos mais boêmios poetas. Eles poderiam ser do século dezessete, dezoito, do século passado. Russos, brasileiros, alemães. Pernambucanos que aportaram em São Paulo ou Rio de Janeiro. Gente de todos os estilos, mas com algo em comum, a boemia. E outra coincidência mais estilística, a de quase nunca povoarem seus textos com personagens positivos. Para não cair na mesmice e fugir da tentação de transcrever piadas de nossos boêmios como "ninguém me ama, ninguém me quer, ninguém me chama de Baudelaire..." mas dar um pulinho a um dos grandes centros de boemia de São Paulo, A Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo.

CASTRO ALVES
 
Gente como Castro Alves estudou nas Arcadas Paulistas. Temos diversas historias sobre ele e a boemia, algumas inclusive já contadas nesse Suplemento.Uma história que se reveste do manto da especulação, maledicência ou até faz jus à mítica dos poetas românticos, é que Castro Alves em sua incursão pelo Braz, onde em um salto sobre uma vala desequilibra-se e dá um tiro no pé é incorreta e foi criada pelos amigos, para amainar um possível escândalo. Diz-se que, desgostoso com as relações com Eugênia Câmara, redirige suas energias para uma paulista de família burguesa. A mulher, por armadilha do destino, é casada com um comerciante português dono de uma chácara extensa que beirava até a famosa chácara do Tatuapé.O dito português flagra Castro Alves em sua propriedade. O poeta foge, mas, à beira de um riacho, acaba por levar um tirombaço no pé.O ferimento infecciona, pois a região possuía muitas charnecas pelas quais Alves precisa arrastar-se em busca de socorro. A tal chácara da Bresser existiu, assim como o riacho que desde o início do século está canalizado.A charneca está sobre metros de aterro, asfalto e concreto. Até os trilhos do Metrô correm sobre ela...

Mas que São Paulo era essa que o poeta freqüentava? Em carta ao Dr. Augusto Guimarães, de abril de 1868, dizia "Eis-me em São Paulo, na terra de Álvares de Azevedo, na bela cidade das névoas e das mantilhas, no solo que casa Heidelberg com a Andaluzia... Aqui há frio, porém frio da Sibéria; casas de Tebas; ruas, mas ruas de Cartago... casas que parecem feitas antes do mundo de tanto que são pretas, desertas, mas que parecem feitas depois do mundo de tanto que são desertas (...) escrevo-te, à noite. Faz frio de morte. Embalde estou embuçado no capote e esganado no cachenê". Existem outras versões deste texto, porém, todas concordam que sua conclusão era a mesma: "inclino-me a preferir São Paulo ao Recife."

ALVARES DE AZEVEDO
 
Álvares de Azevedo foi outro que deixou sua marca nas arcadas. Poeta, contista e ensaísta, nasceu em São Paulo a 12 de setembro de 1831, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 25 de abril de 1852. Em 1848 matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, onde foi estudante aplicado e de cuja intensa vida literária participou ativamente, tendo fundado a Revista Mensal da Sociedade Ensaio Filosófico Paulistano. Entre seus contemporâneos, encontravam-se José Bonifácio (o Moço), Aureliano Lessa e Bernardo Guimarães estes dois últimos suas maiores amizades em São Paulo, com os quais constituiu uma república de estudantes na Chácara dos Ingleses, era ali que nasceria grande parte de sua obra poética. O meio literário estava encharcado de byronianismo, e teria fornecido a Álvares de Azevedo componentes de melancolia, sobretudo a previsão da morte, que parece tê-lo acompanhado a vida toda.

FAGUNDES VARELLA

Eu passava na vida errante e vago
Como o nauta perdido em noite escura,
Mas tu te ergueste peregrina e pura
Como o cisne inspirado em manso lago,
Já Luiz Nicolau Fagundes Varella nasceu em Rio Claro, Rio de Janeiro, em 17 de agosto de 1841 e faleceu em Niterói em 18 de fevereiro de 1875. Estudou também na Faculdade de Direito do Largo São Francisco na cidade de São Paulo, onde ainda se casou com uma prostituta. Dessa união, nasceu o filho primogênito, que veio a falecer com apenas três meses de vida. Mais amargurado que nunca, entregou-se totalmente à vida boêmia e ao álcool. Passou seus últimos anos de vida longe das grandes cidades, buscando refúgio na religião e no contato direto com a natureza e com pessoas simples da vida rural. A poesia que produziu nessa fase reveste-se de preocupação espiritual, apresentando caráter panteísta. O terceiro ano de direito fez na Faculdade de Direito em Olinda onde Castro Alves era primeiranista. Volta para São Paulo, mas desencantado da vida desiste de tudo, inclusive do curso. Sua obra poética, embora contivesse atitudes ultra-românticas, o pessimismo, a solidão e a morte, apontam rumos novos, que conduzem à geração seguinte de poetas. Conta-se que em 1861, teve aventuras ruidosas com uma "célebre mundana da Paulicéia", conhecida como Ritinha Sorocabana, cujo verdadeiro nome era Rita Maria Clementina de Oliveira. Logo após esse afair lançou o seu "Noturnas".

POETA É ALGO QUE MORRE MUITO

Desgraças à parte, nossos poetas românticos e boêmios eram dados a morrer de tuberculose, doença essa que grassava nas rodas da extravagância. Mas outros optaram por vias menos naturais e mataram-se. Em todos os tempos e todos os países isso vinha acontecendo, que o diga Goethe quando criou o seu jovem Werther. Que o diga os novos poetas (os neo-byronianos) góticos e outros tantos, em todas as épocas de nossa lira literária.

O escritor J.Toledo teve a ousadia de preparar o seu "Dicionário de Suicidas Ilustres" que relaciona personagens reais e da ficção que chegaram às vias de fato (às vezes malogradamente). Sem querer fazer apologia, metodicamente ele vai resgatando os nomes desses que desistiram da vida. Descobrimos por exemplo que Ruy Apocalypse, poeta e cronista mineiro (1934-1967), radicado em São Paulo, era um boêmio inveterado, morava só, na Rua Conselheiro Nébias, e o isolamento da grande cidade o induziu ao alcoolismo descontrolado e crônico que lhe acarretou diversos problemas profissionais. Em uma madrugada, atirou-se debaixo de um ônibus.

Outro poeta que não resistiu à boemia e depressão foi o português Mário de Sá-Carneiro. Nasceu em 19 de maio de 1890 em Lisboa, e teve como grande amigo Fernando Pessoa. É copiosa sua correspondência que relata suas dificuldades emocionais. Aos "26 anos incompletos retornou a Paris, sofreu uma crise moral e financeira, abandonou os estudos, brigou com o pai e passou a levar a vida boêmia da cidade". Conta-se que uma noite, em desespero, vestiu um smoking, trancou-se no quarto do hotel, deitou-se e envenenou-se com uma dose titânica de arsênico. Antes de se matar, enviou poesias inéditas à Pessoa, publicadas depois em 1937 com o título "Indício de Oiro".


Da Rússia temos o exemplo de Wladimyr Maiakovski, nascido em 19 de julho de 1893 em Bagdadi, e suicida-se em 14 de abril de 1930, em Moscou. Viveu intensamente, escandalizou, foi verdadeiramente revolucionário, na poesia, teatro e até cinema. Matou-se após concluir seu poema "A Plenos Pulmões". Curiosamente a sua frase, é melhor morrer de vodca do que de tédio, pareceu ser adequada para um poeta e músico punk, John Simon Ritchie, mais conhecido como Sid Vicious da banda inglesa Sex Pistols. No dia 2 de fevereiro de 1979, aos 24 anos, escreveu o seguinte poema dedicado ao grande amor de sua vida, Nancy, que havia morrido de overdose – "Você era minha menininha/e eu conhecia seus medos/ tanta alegria tê-la em meus braços/ e beijar suas lágrimas/ Mas agora você foi embora/ Só ha dor/e não posso fazer nada/ não quero viver essa vida/ se não posso vive-la com você". E suicidou-se ingerindo uma overdose de cocaína com vodca.

TAMBÉM SE VIVIA BEM
 
Os poetas boêmios que viveram no Rio de Janeiro e São Paulo, viveram pouco, mas intensamente. Em todas as épocas, misturaram-se com a fauna noturna onde pululavam compositores, atores, etc. Em São Paulo, por exemplo, na rua do Seminário próxima das Arcadas do Largo de São Francisco lá por 1922, os boêmios discutiam o fascismo e os movimentos populares. Popular era José Oiticica proparoxítonos da Letra do Hino Nacional, que deixam a criança mais atrapalhada do que o cego em tiroteio ou bode em canoa" . Ainda na memória boêmia de Lago encontramos o fascínio dos poetas e atores por Jacques Prévert. Anos mais tarde, já pelos sessenta e poucos o fascínio por Jean Genet (que teve uma fantástica biografia escrita por Edmund White ). Genet quando esteve no Brasil conheceu a noite de São Paulo, em especial a do Bairro do Bixiga (Bela Vista) onde ficava o teatro que apresentou sua peça "O Balcão".

No Rio de Janeiro, além dos cabarés da Lapa, pouco freqüentados, mas vizinhos de Manuel Bandeira, a boemia foi se espraiando por toda a orla. Os mineiros foram se chegando e agrupando-se. Cariocando-se, como querem alguns. Como já explicamos antes, ficando tudo assim como que mesclado. Afinal, escritores, cronistas e poetas acabavam incursionando também pela música popular. Como separar e rotular o nosso Antonio Maria ou Vinicius de Moraes. Se uns iam ao Clube da Chave outros visitavam a bossa nova no Beco das Garrafas. Tinha o "Corridinho" e também "O Fado". A casa portuguesa pululava de anti-salazaristas, mesmo todos acreditando que muitos dos portugueses eram da temida PIDE. Mas Tonny de Matos, sempre dava um jeitinho nas coisas e os brasileiros se aboletavam nas mesas para as vezes em petit comitê assistir um show exclusivíssimo de Amália Rodrigues. Os poetas e boêmios também adoravam o lugar por conta das apresentações de "desgarradas", improvisações ao som das guitarras portuguesas, um delicioso contraponto ao nosso repente. Certa noite o poeta Mario Lago estava por lá e frente a uma provocação (estava-se às vésperas da eleição de Jânio Quadros) resolveu também soltar a sua trova que saiu assim "Meu Brasil, país querido, teu destino é bem horrendo/ai-ai, oli, olá, teu destino é bem horrendo./Vai-se um doido varrido e vem um doido varrendo,/ai-ai, oli, olá, vem um doido varrendo". Pano rápido!

NOITES TROPICAIS
 
E nessa antropofágica noite tropical onde os personagens se aglutinam a lista se tornaria imensa e enfadonha. Quando acabamos de escrever Paulo Leminski, alguém nos socorre com Mario de Andrade, com Oswald de Andrade, mistura-se com uma pitada de angostura e tristeza desse coquetel a morte recente de Wally Salomão. Lembramos seu outro tão amigo que tão cedo se foi o piauiense Torquato, que soube como ninguém sintetizar essa boemia antropofágica e tropicalista que se tornou a noite (de todos os tempos) do Rio de Janeiro e de São Paulo, e que para os que desceram a ladeira da Sé em Olinda e bordejaram o rio, atravessaram a ponte e foram ao cais de Recife, sempre parece próxima porque nunca é distante dos livros e das rimas. Torquato que no saber de Augusto de Campos (ótimo tradutor de Maiakovski, diga-se de passagem) "agora você se mandou mesmo/pra não mais voltar/(deixe que os idiotas pensem que isto é poesia)..." e como ele mesmo escrevia "tudo o que eu quero/é uma questão de gosto:/um beijo, bolero/e pipoca moderna/mais o contraresto/menos nosso imposto/e cada vez mais perto/do porto."

Daria para falar de muitos, fazer um manifesto. Mas no texto enxuto e preciso devemos citar outro que transitou ha tão pouco tempo, Julinho Barroso. Citamos duas curtas frases, como meteóricas memórias de suas andanças – " O poeta é o traficante da liberdade" e " Pra quem desce a nossa onda/Toda semana é de arte moderna".

Todos esses poetas velhos, novos, parnasianos ou modernos amavam sua poesia e a noite. Como o alemão Charles Bukowski que trocou de país e de língua para se transformar em um poeta vigoroso e que só chegou às nossas mãos (traduzido) graças ao empenho de outro poeta, esse pernambucano Jorge Wanderley. Jorge não pôde ver o livro impresso, mas a edição da Bertrand Brasil é uma homenagem justa a seu empenho. Na introdução do livro Márcia Cavendish Wanderley nos conta "... Bukowski defendeu intensa e ostensivamente sua marginalidade na vida e na obra. Aquele 'demonismo' que teve em Baudelaire sua mais momentosa voz foi bandeira desfraldada pelo poeta bêbado. Em Jorge ele também existiu, mas escondia-se sorrateiro sob suas sobrancelhas mefistofélicas carinhosamente cultivadas e acariciadas (...) e por isso traduziu tão bem Bukowski, a quem respeitava, sobretudo pelo seu desprezo em relação a toda e qualquer representação institucional da vida, por tudo que não fosse carne da alma".

"'fumante ou


não-fumante?', o funcionário


perguntou.


'bebedor', eu


respondi."


Charles Bukowski, in All the Casualties Jorge Wanderley, in Todas as Perdas (tradução)


Ensaio de Eduardo Cruz
publicado por o editor às 12:11
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Filmes de Hitchcock são tema de curso na Cinemateca




As inscrições para o curso comandado por Paulo Biscaia Filho devem ser feitas nesta terça-feira (30). As vagas são limitadas.


Nesta terça-feira (30), a Cinemateca da Curitiba estará recebendo as inscrições dos interessados em participar do curso Leituras de Alfred Hitchcock, que acontece nos dias 8 e 9 de outubro, sob a orientação de Paulo Biscaia Filho. Serão ofertadas 30 vagas, com inscrições gratuitas que devem ser efetuadas das 9h às 12h e das 14h às 18h30. Informações pelo telefone (41) 3321-3252.



Durante o curso serão analisadas algumas das principais obras de Alfred Hitchcock (1899 – 1980), cultuado cineasta inglês que é considerado o “mestre do suspense”, com quase 70 filmes produzidos. A filmografia de Hitchcock serviu de inspiração para importantes cineastas, entre eles Francis Ford Coppola, Mel Brooks, Brian De Palma e Quentin Tarantino.



Em seis tópicos divididos entre 8 e 9 de outubro, no período das 18h30 às 22h30, Paulo Biscaia Filho abordará o planejamento estrutural do filme como metáfora e linguagem. No primeiro dia estarão em pauta os temas “E Hitchcock recriou a mulher” (com o filme Um corpo que cai), “O espetáculo das fraquezas humanas” (com o filme Janela indiscreta) e “Manipulação de tempo e espaço” (com o filme Intriga Internacional). No último dia, os temas “Autorização ao Voyeurismo” (com o filme Psicose), “Olhando de dentro da gaiola” (com o filme Os Pássaros) e “Batatas no fundo do saco” (com o filme Frenesi).





O professor – Paulo Biscaia Filho é mestre em Artes pela Royal Holloway University of London (Inglaterra) e professor na Faculdade de Artes do Paraná, nos cursos de Artes Cênicas e Cinema e Vídeo, além de atuar como diretor de teatro e de audiovisual para a companhia Vigor Mortis. Seus trabalhos incluem Morgue Story, Graphi” e Hitchcock Blonde.




Serviço:

Curso Leituras de Alfred Hitchcock, ministrado por Paulo Biscaia Filho

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas no dia 30 de setembro de 2008 (terça-feira), das 9h às 12h e das 14h às 18h30

Aulas nos dias 8 e 9 de outubro de 2008, das 18h30 às 22h30

Local: Cinemateca de Curitiba (Rua Carlos Cavalcanti, 1.174)

Informações pelo telefone (41) 3321-3252
publicado por o editor às 12:10
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Lançamento de três obras que tratam de Machado de Assis e Guimarães Rosa.


A Editora UFMG e a Faculdade de Letras realizam no próximo dia 29 de setembro,segunda-feira, lançamento de três obras que tratam de Machado de Assis e Guimarães Rosa.



A poética migrante de Guimarães Rosa e Crônicas da antiga corte - Literatura e memória em Machado de Assis, ambos organizado por Marli Fantini, e Ser-tão natureza - a natureza em Guimarães Rosa, de Mônica Meyer, são os títulos que serão lançados nesta data, no saguão da Reitoria (Av. Antônio Carlos, 6.627 – Campus Pampulha), das 20 às 22 horas. Os lançamentos acontecem dentro da programação do Congresso Internacional “Centenário de Dois Imortais: Machado de Assis e Guimarães Rosa” , de 29 de setembro a 2 de outubro de 2008, na UFMG. Abaixo, breve resumo sobre as obras e imagens das capas.



O objetivo do Congresso é comemorar o centenário de falecimento de Machado de Assis e o de nascimento de Guimarães Rosa. Ambos pertenceram à Academia Brasileira de Letras, tendo Machado de Assis sido um de seus fundadores e presidente vitalício. O evento visa não apenas identificar o compromisso dos dois homenageados com sua própria produção literária, intelectual e crítica, mas também reconhecer e difundir a importância que tiveram suas produções na atualização lingüística, estética e política do circuito literário e crítico ibero-afro-americano.



Mais informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone 3409-5131, com a professora Marli Fantini.

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Cinemateca exibe trilogia de Alexandre Damiano Junior


Histórias de amor são contadas em três filmes curtas-metragens

do diretor carioca Alexandre Damiano Junior.



O amor com seus caminhos e descaminhos é o tema central de três filmes rodados no formato de curta-metragem, que serão exibidos nesta terça-feira (30), às 19h30, na Cinemateca de Curitiba, com entrada franca. A trilogia é do cineasta carioca Alexandre Damiano Junior, que estará presente à sessão. Nessa noite, antes do apagar das luzes, Damiano Junior autografará seu livro Pororoca – Artes Visuais e Textos, no qual registra sua trajetória artística por meio de textos, fotos e desenhos.

A somatória dos três curtas resulta em cerca de uma hora. Nesse período tem-se a narrativa do dia-a-dia de um casal de namorados, seus encontros e desencontros. Os filmes foram rodados nos anos de 2006, 2007 e 2008, respectivamente, e cada qual mostra uma fase dessa história de amor.

Em O Técnico da TV (2006), um jovem casal decide voltar a se relacionar devido a um perigo iminente. Depois de algum tempo juntos, a relação começa a se desgastar e a solução para o mal-estar está na busca por novas possibilidades. Esse é o tema de Feliz Aniversário (2007). O terceiro filme, Três Reais (2008), encerra a trilogia com praticidade filosófica e matemática quando conclui que, no amor, um mais um é igual a três.



O cineasta – Alexandre Damiano Junior, além de cineasta e fotógrafo, é artista plástico e escritor. Estudou cinema no New York University (EUA), fez pós-graduação em Artes Visuais pela School of Visual Arts de Nova York (EUA) e em Fotografia pela Faculdade Cidade do Rio de Janeiro. Como diretor, respondeu por vários curtas e médias-metragens.



Serviço:

Exibição da trilogia do diretor Alexandre Damiano Junior: O Técnico da TV, Feliz Aniversário e Três Reais. Antes da sessão haverá lançamento do livro Pororoca – Artes Visuais e Textos, de sua autoria.

Data e horário: 30 de setembro de 2008 (terça-feira), às 19h30

Local: Cinemateca de Curitiba (Rua Carlos Cavalcanti, 1.174)

Entrada franca

publicado por o editor às 11:59
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Sexta-feira, 26 de Setembro de 2008

MOSTRA DO CINEMA ATUAL ESPANHOL

 

De 1º a 5 de outubro de 2008

Realização
 

Embaixada da Espanha no Brasil

Cooperação Espanhola/AECID

Cinemateca de Curitiba

Legendas em Português

Entrada franca

Local: Cinemateca de Curitiba

Rua Carlos Cavalcanti, 1174



 












Azul Oscuro Casi Negro

Dia 1º - quarta-feira, às 20h:

Um franco, 14 pesetas - Un Franco, 14 pesetas (2006). Duração 105’. Direção de Carlos Iglesias. Com Carlos Iglesias, Javiér Gutiérrez, Nieve de Medina, Isabel Blanco.

Sinopse: Espanha, 1960. Martín e Marcos, dois amigos, decidem ir para a Suíça para procurar trabalho. Deixam suas famílias na Espanha e empreendem uma viagem a uma nova vida na Europa do progresso e das liberdades. Ali, descobrirão uma mentalidade muito diferente e à qual deverão adaptar-se, trabalhando como mecânicos numa fábrica e morando numa pequena vila industrial. Com a morte do pai de Martín, consideram que já conseguiram o que foram procurar na Suíça e que é hora de voltar. Para surpresa deles, a volta será mais difícil do que a ida. Classificação livre

Dia 2 – quinta-feira, às 20h:

AzulEscuroQuasePreto - AzulOscuroCasiNegro (2006) Duração 105’. Direção de Daniel Sánchez Arévalo. Com Quim Gutiérrez, Marta Etura, Raúl Arévalo, Eva Pallarés.

Sinopse: AzulEscuroQuasePreto é um estado de ânimo, um futuro incerto, uma cor. Uma cor que às vezes não reconhecemos, que muda dependendo da luz, do prisma e da atitude com que se olhe. Uma luz que nos lembra que muitas vezes nos enganamos, e que às vezes as coisas não são da cor com que as vemos.

Depois de seu pai ter sofrido um derrame cerebral, Jorge foi obrigado a retomar seu emprego de faxineiro. Após passar os últimos anos trabalhando duro, cuidando de seu pai e terminando o ensino médio, Jorge, agora, quer tentar sua sorte de outra maneira. Por meio de seu irmão Antonio, que cumpre pena no presídio, ele conhece Paula, uma mulher com quem desenvolve um relacionamento incomum. Este encontro poderá ajudar Jorge a perceber que ele pode mudar o curso de sua vida, mas apenas se ele realmente quiser. Classificação 14 anos

Dia 3 – sexta-feira, às 20h:

O melhor de mim - Lo mejor de mi (2007). Duração 85’. Direção de Roser Aguilar. Com Marian Alvarez, Juan Sanz, Lluis Homar, Carmen Machi.

Sinopse: Quando era criança, Raquel não podia entender por que em toda parte se falava do amor: na rádio da casa, na televisão, nos filmes do sábado à tarde e, sobretudo, nas canções; e pensava em que aconteceria se não encontrasse ninguém que a amasse. Quando Raquel vai morar com Tomás, se verá obrigada a perguntar o que estaria disposta a fazer por amor. Classificação livre

Dia 4 – sábado, às 20h:

Eu sou a Juani - Yo soy la Juani (2006). Duração 90’. Direção de Bigas Lunas. Com Verônica Echegui, Laya Martí, Dani Martín.

Sinopse: Juani tem problemas em casa e briga com o namorado. Não há quem o ature. Estão juntos desde os quinze anos, seus ciúmes e indecisões são insuportáveis. Juani explode, deixa o namorado e decide fazer tudo aquilo que não fez enquanto perdia seu tempo com ele. Cheia de se conformar e de tanta tolice, o que ela quer é ir para a frente e triunfar nesta vida. Pretende ser atriz e que ninguém duvide, pois vai conseguir. Que esteja muito claro, ela é Juani e la Juani é demais. Classificação 14anos


Dia 5 – domingo, às 20h:

Salvador (Estória de um milagre quotidiano) - Salvador (Historia de un milagro cotidiano) – 2007. Duração 11’. Direção de Hwidar Abdelatif Com Nacho Fesneda, Orlín Morán, Carlos Merchán.



Sinopse: Uma criança brinca de esconde-esconde num vagão de trem. Em um trajeto idílico, todo mundo participa do jogo, à exceção de um passageiro. Inquieto e molesto, ele abandona o trem. O diretor Hwidar Abdelatif mostra o motivo de seu nervosismo em um poético e inquietante ‘flashback’. Este curta-metragem sugere uma idealização da trágica manhã do dia 11 de março de 2004, em Madri, e a necessidade de superação do trauma através da lembrança e da esperança. Classificação 14 anos

Tua Vida Em 65’ - Tu vida en 65' (2006).Duração 92’. Direção de María Ripoll. Com Javier Pereira, Oriol Vila, Marc Rodríguez, Tâmara Arias.

Sinopse: Em um domingo qualquer, três jovens lêem uma nota necrológica que pensam ser de um colega do colégio que eles perderam de vista há algum tempo. Eles se dirigem ao velório e percebem que foi um erro: aquele enterro não é do seu colega de colégio. A partir daí, a confusão e o acaso tecem uma estória de amizade, de amor e de morte. Classificação 14 anos

REALIZAÇÃO


publicado por o editor às 03:21
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