Terça-feira, 8 de Julho de 2008

Fundação Cultural lança livro sobre a história de Curitiba


O livro “Histórias de Curitiba” foi lançado na última quarta-feira, junto com a exposição interativa “Curitiba, a construção de uma cidade”, no Memorial de Curitiba. O livro e a exposição são uma homenagem aos 315 anos da cidade.



Registros históricos, textos inéditos, documentos, desenhos e fotografias compõem o livro Histórias de Curitiba, que a Fundação Cultural de Curitiba lançou na última quarta-feira (2) numa homenagem aos 315 anos da cidade. Junto com o lançamento do livro, foi aberta no Memorial de Curitiba a exposição Curitiba, a construção de uma cidade, que conta a história da capital paranaense desde a sua fundação até hoje, bem como assinala os projetos que a cidade tem para o futuro.

Com coordenação de Valéria Marques Teixeira, o livro Histórias de Curitiba reúne as impressões de viajantes, historiadores, escritores e autores nos diferentes momentos da história da cidade. Junto a relatos de Visconde de Taunay, Romário Martins, Rocha Pombo e David Carneiro, aparecem textos de Dalton Trevisan, Paulo Leminski, Cristóvão Tezza, Jamil Snege e Manoel Carlos Karam, além de produções inéditas, escritas especialmente para o livro, de Belmiro Valverde, Cláudio Denipoti, Iran Taborda Dudeque, Magnus Pereira, Marcelo Sutil, Maria Luiza Andreazza e Otávio Duarte.

“Alternando ficção, ensaio e pesquisa histórica, estas Histórias de Curitiba agregam uma importante contribuição para a compreensão da identidade curitibana”, diz o prefeito Beto Richa. Para o presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Paulino Viapiana, a história de uma cidade pode se contar de várias maneiras, mas o que fica para a posteridade é o seu legado cultural. “Uma cidade se faz com sua gente, com seus sonhos, com seu trabalho e com suas histórias. Algumas dessas histórias estão relatadas nesse livro, como registro de base científica ou como visão poética, mostrando que é possível construir uma cidade próxima do ideal de se viver”, afirma.

Viagem pela história - A mostra Curitiba, a construção de uma cidade já esteve em cartaz no espaço Expo Unimed Curitiba, o centro de eventos da Universidade Positivo, entre os meses de março e abril, e foi agora remontada no Memorial. Reunindo vasto material de acervo da FCC, a exposição aborda a evolução da capital paranaense, sua vocação de preservação do meio ambiente e as perspectivas para o futuro.

Com 300 imagens, entre pinturas, mapas, fotos, desenhos, documentos, filmes e anúncios publicitários, a exposição é dividida em seis seções: Curitiba colonial, Curitiba capital, Curitiba na Belle Époque, Curitiba moderna, Curitiba contemporânea e Curitiba do amanhã. Todas falam de períodos históricos da cidade traçando um paralelo com a questão ambiental, sem esquecer de fatos políticos, econômicos e culturais que marcaram a trajetória da capital.

Da forma como a mostra foi organizada, o visitante não precisa seguir a linha do tempo histórica, podendo dirigir-se primeiro às seções que mais lhe interessarem. No centro da exibição, uma mesa expõe uma projeção da planta de Curitiba e sua evolução em seus 315 anos de vida. Ao redor da mesa, monitores exibem filmes de cineastas curitibanos de variados períodos. Ao final da mostra, o visitante tem a chance de deixar sua contribuição pessoal à história de Curitiba, num convite aos curitibanos para refletir sobre o passado e imaginar como será sua cidade no futuro. A pesquisa foi conduzida pelos historiadores Marcelo Sutil e Maria Luiza Gonçalves Baracho.

Durante a inauguração da exposição no Memorial de Curitiba, ficou exposto, por aproximadamente duas horas, o Livro Tombo da cidade, pela primeira vez mostrado ao público após a sua restauração. O Livro Tombo contém documentos originais datados do século 17, que constituem os mais antigos registros sobre a fundação de Curitiba. Por motivo de segurança e preservação, o Livro Tombo não ficará em exposição permanente, mas os conteúdos dos documentos estão digitalizados e expostos na mostra. Os visitantes podem acessar as informações folheando suas páginas virtualmente.

Serviço: Exposição Curitiba, a construção de uma cidade Local: Memorial de Curitiba – R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico. Visitas: De terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 15h. Entrada franca.
publicado por o editor às 16:05
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4 comentários:
De silas correa leite a 31 de Julho de 2008 às 15:35
AVENIDA JAMIL SNEGE

Avenida Jamil Snege
Não é uma via qualquer no devir de Curitiba
Mas um espiritual espaço cênico dentro de nossas sandálias de saudades
(Ele deve estar cerrindo da gente
Sobre um farol esquinal sempre vermelho-coisa
Num turbilhão de nuvens como se leitoas brancas
No tabuleiro em hélio de um céu meio sépia
Sobre o macadame da terra tipo hidrogênio-pitanga)

Avenida Jamil Snege
Poderia parecer humor de polaco anjo maluco
Mas é um horizonte cor de rosa-chá
E sobre uma bananeira que já deu goiaba o turco escreve
Salmos em rimas quânticas
Todos numerados de A a Z
Muito além das ficções com laços de ternura nas doces memórias.

Avenida Jamil Snege
Entre jardins e tempestades o viajador paranaense olha
Os picumãs das tardes friorentas do Paraná
Porque as nuvens entre coxas brancas de crepúsculos amanteigados
Pitam as chaminés ribeirinhas de pés-vermelhos entre urtigas
Cheirando jabuticabas brancas

Avenida Jamil Snege
Para quem só acreditava vendo, ele agora impertinente lê muito
Lê os manuscritos cósmicos além de Pasárgada ou Shangri-lá
Lê atiçado entre os braços de palhas das auroras
Lê os sótãos de trastes velhos de um Deus com solidão infinita
Sempre com saudades dos bolinhos de piruás
Saudades dos papos afiados dos amigos notívagos da boca maldita
Entre colchas de retalhos celestes revê urbanidades abaixo da seda-luz
Com reviçadas memórias saradinhas feito guloseimas verbais em volúpias telúricas.

Avenida Jamil Snege
É quase um bom bocado, um suspiro, um rocambole, um documento letral
Na galeria nobre da saudade muito além dos núcleos humanos
Talvez um reconhecimento de honra e paz nos píncaros da glória
Enquanto Jamil Snege ri gostoso e trancham com seu novo pijama de estrelas
Quase que maroteando de nosotros pobres mortais comuns
Que ainda nos reinamos atiçados em bem bebemorá-lo
Porque ainda nos restamos algo humanos entre etiquetas e rapsódias
Muito além das periferias descalças com humildes figuras em bisotê
De uma Curitiba que amanhece verde
Porque as gralhas azuis semeiam saudades e lágrimas entre pinheiros.
-0-
Silas Correa Leite
(Sampa Beirando Agosto 2008)





De o editor a 5 de Agosto de 2008 às 15:20
muito bom Silas pode mandar mais que publicaremos
abraços

e cruz


De silas correa leite a 28 de Julho de 2016 às 16:43
Perdi o e-mail de vcs, meu e-mail é: poesilas@terra.com.br


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