Começou nesta segunda-feira (15), na Cinemateca, um curso de atualização para projecionistas. Promovido pela Fundação Cultural de Curitiba o curso será ministrado por Daniel Silveira Souza, projecionista e técnico audiovisual da Cinemateca Brasileira da cidade de São Paulo. Durante toda a semana, ele falará da transição do sistema de projeção em película para o sistema digital que vem sendo usado na grande maioria dos cinemas.

O curso, além de atender aos profissionais da casa, também abriu vagas para pessoas da comunidade que terão oportunidade de conhecer os equipamentos de projeção, as dependências e o acervo da Cinemateca de Curitiba. Durante o curso, os três projecionistas da Cinemateca, Cid Linhares, Valdenício Pereira e Francisco da Silva, além de contar muitas histórias do cotidiano, falarão de suas experiências na função e de suas expectativas em relação às novas tecnologias.

Daniel Souza explica que num futuro bem próximo todos os cinemas estarão usando o sistema DCI (Digital Cinema Initiative), todavia isso não significa o fim da película porque ainda se discute muito a forma de arquivar o material produzido de forma totalmente digital. “Ao contrário do que já sabemos, a película pode ser arquivada por mais de cem anos. Está aí a história do cinema que todos nós conhecemos por causa da qualidade dos filmes produzidos em película”, afirma ele.

“O projecionista é o elo entre a produção e o público. Ele faz acontecer o cinema”, afirmou Janine Malanski, Diretora de Ação Cultural da Fundação Cultural de Curitiba, durante a abertura do curso.

Para a coordenadora da Cinemateca de Curitiba, Solange Stecz, o trabalho do projecionista é a essência do cinema. “Uma boa produção poderá ficar comprometida, se não for manipulada tecnicamente de forma adequada, com equipamentos de boa qualidade e com profissionais bem qualificados. Então esse curso servirá para atualizar nossos técnicos”, disse ela.