Sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007

HISTÓRIA - UM POUCO MAIS...

DOIS LANÇAMENTOS IMPERDÍVEIS

DA BERTRAND BRASIL



O MANTO DO SOLDADO (CRISTÃOS VOL. I)
Max Gallo
Páginas : 266
Em sua nova trilogia, Max Gallo – autor do qual a Bertrand Brasil já publicou as séries Os Patriotas e Victor Hugo – apresenta uma fascinante saga histórica ambientada na Idade Média. Os Cristãos traz o surgimento da França cristã por meio de três personagens primordiais: Martinho, o primeiro evangelizador dos gauleses; Clóvis, o bárbaro convertido que unificou a Gália e tornou-se o primeiro rei cristão; e Bernardo de Clairvaux, o grande fundador da ordem cisterciense que preconizou a segunda cruzada. Em O Manto do Soldado, o primeiro volume, Gallo apresenta a discussão entre Julius Galvinius e seu filho, Antonius, na defesa de dois mundos sempre em confronto. Julius pretende convencer seu filho a voltar à tradição, enquanto este tenta converter o pai à nova fé. O centro da discussão acaba sendo a vida de são Martinho, também dividido entre duas concepções de mundo. Martinho, através de suas preces e solidão, decidiu dedicar-se a Deus. Contudo, Deus preferiu agir de outra forma. Martinho foi eleito bispo de Tours e chamado para converter os pagãos e destruir o antigo culto. Suas armas eram apenas a prece e a prédica. Sua disciplina e a pobreza em que viveu, somadas aos milagres que realizou, fizeram com que surgisse em torno dele uma comunidade cada vez mais crescente e que de pronto o reconheceu como o primeiro mestre cristão. A série Os Cristãos, de Max Gallo, segue com O Batismo do Rei e A Cruzada do Monge, apresentando os outros dois pilares de sustentação da França cristã.
O EGITO DOS GRANDES FARAÓS
Christian Jacq
Páginas : 308
Depois da série Ramsés, seu grande sucesso, o escritor e egiptólogo Christian Jacq apresenta mais uma obra de não-ficção, parte de seus estudos arqueológicos sobre o Antigo Egito. Em O Egito dos Grandes Faraós, Jacq compartilha com os leitores os segredos e os mistérios dos faraós que, desde a Iª dinastia, iniciada em 2950 a.C., até o domínio dos Ptolomeus, que se encerrou em 30 a.C., legaram sua história e suas lendas à humanidade. Entre eles estão Djoser, o magnífico; Snefru, o construtor; Amósis, o libertador; Pépi II e seu reinado mais longo da História; Hatshepsut, a rainha-faraó; Amenófis, o faraó desportista; Akhenaton, o herético; Tutankhamon, o desconhecido; Ramsés III, o último grande faraó; Nectanebo II, o último faraó egípcio; Cleópatra e Antônio, um amor único; e muitos outros.“Fundiram-se no rei uma pessoa divina e uma pessoa humana”, escreve o autor, “formando uma personalidade única e incompatível, eixo de uma civilização que se estendeu ao longo de vários milênios e cuja grandeza vamos descobrindo a cada dia que passa. Os faraós eram homens excepcionais, e o modelo político e social que forjaram era também fora do comum. Partamos então para a sua descoberta.”
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Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2007

ATLAS DE HISTÓRIA

ATLAS DE HISTÓRIA MEDIEVAL


Colin McEvedy
Tradução Bernardo Joffily
Capa Mariana Newlands
Páginas 120
Formato 25,50 x 21,00 cm


O Atlas de história medieval faz parte de uma série de atlas históricos compostos ao longo de quarenta anos por Colin McEvedy.Esse tipo de livro é uma das maneiras mais eficazes e atraentes de se organizar o conhecimento da História. Os fatos são retratados em duas de suas dimensões fundamentais: o espaço e o tempo. Cada mapa fotografa a disposição espacial dos povos, Estados, religiões e exércitos num dado momento, e a sucessão encadeada de mapas mostra a evolução temporal desses agentes históricos. Os mapas são acompanhados de textos que os explicam e complementam, narrando os acontecimentos que levaram às circunstâncias retratadas. A maior parte dos capítulos tem como foco a história político-estatal e militar do Ocidente, no período que vai do apogeu de Roma (início do século IV) ao início do Renascimento e das grandes navegações (fim do século XV). Facilitando o estudo comparado, as áreas retratadas nos mapas são sempre as mesmas: a Europa, o Oriente Próximo e o Norte da África. Este volume publicado pela Cia das Letras é uma nova tradução do atlas publicado em 1979 pela editora Verbo/Edusp.

ATLAS DE HISTÓRIA MODERNA- Até 1815

Colin McEvedy
Tradução Bernardo Joffily
Capa Mariana Newlands
Páginas 104
Formato 25,50 x 21,00 cm


Assim como o Atlas de história medieval, este Atlas de história moderna faz parte de uma série de atlas históricos compostos ao longo de quarenta anos por Colin McEvedy. Organizando os fatos históricos em duas de suas dimensões fundamentais - o espaço e o tempo -, os mapas aqui reunidos fotografam a disposição espacial dos povos, Estados, religiões e exércitos nos momentos mais importantes do período moderno, e a sua sucessão encadeada mostra a evolução temporal desses agentes históricos. Os mapas são acompanhados de textos que os explicam e complementam, narrando os acontecimentos que levaram às circunstâncias retratadas. Uma série deles retrata a Europa, e outra o resto do mundo, dando conta da expansão de horizontes após as grandes navegações.Este volume da Cia das Letras também é uma nova tradução do atlas publicado em 1979 pela editora Verbo/Edusp.

 

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Há quem diga que d. João gostou tanto do Brasil que por aqui foi ficando.



D. JOÃO CARIOCA- A corte portuguesa ao Brasil (1808-1821)
Lilia Moritz Schwarcz
Ilustrações Spacca
Capa Spacca
Páginas 96


Mais um Lançamento da Cia das Letras que nos brinda com Quadrinhos Inteligentes neste f inal de ano.

Mesmo depois que os franceses foram expulsos de Portugal, que aconteceu o Congresso de Viena, que a paz foi decretada e a guerra chegou ao fim, o prícipe português preferiu não voltar a ocupar o seu trono em Portugal. Na nova capital do Império, sediada no Rio de Janeiro, o príncipe regente reproduziu a pesada estrutura portuguesa, criou instituições e escolas, fundou jornais e o Banco do Brasil. Além do mais, encontrou um belo lugar para morar - a Quinta da Boa Vista -, onde ficava, sobretudo, apartado da esposa, Carlota Joaquina, que vivia em Botafogo. Esqueceu da guerra, sarou da gota e aproveitou o clima e as frutas dos trópicos. Acomodou-se de tal maneira que virou um "João carioca" - personagem popular de nossa história e cuja passagem pelo Brasil completa cem anos em 2008. Para lembrar dessa data especial, o cartunista Spacca e a historiadora Lilia Moritz Schwarcz narram a aventura da casa real que atravessa o oceano e pela primeira vez governa um império a partir de sua colônia americana. O livro reconta essa história usando a linguagem dos quadrinhos, elaborada a partir de extensa pesquisa, não só documental e historiográfica, como fielmente pautada na iconografia da época. A obra traz ainda uma bibliografia sobre o tema, uma cronologia que ajuda a entender os fatos no calor da hora e inclui uma galeria de esboços preliminares e estudos de personagens, cenários e vestimentas. D. João nunca foi tão brasileiro!
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REINO DO MEDO



- Segredos abomináveis de um filho desventurado nos dias finais do século americano
Hunter S. Thompson
Tradução Daniel Galera
Páginas - 488
MAIS UM LANÇAMENTO DA CIA DAS LETRAS
Reino do medo é a aguardada autobiografia de Hunter S. Thompson, autor do aclamado Medo e delírio em Las Vegas (adaptado para o cinema por Terry Gilliam, trazendo Johnny Depp no papel de Raoul Duke, o alter ego de Hunter). Publicado em 2003, nos "dias finais do século americano", Reino do medo reúne artigos, cartas, entrevistas, fotos e matérias de imprensa, selecionados e organizados pelo próprio Hunter. A colagem é completada com comentários, reflexões e textos inéditos, sempre no inimitável estilo gonzo que o consagrou.Famoso por seu estilo de vida extremo e por suas críticas ferozes ao governo e ao sistema de justiça norte-americanos, Thompson sempre levou suas paixões e convicções às últimas conseqüências, transformando-as em ações. É o que se vê nessas histórias, repletas de perseguições policiais, motos e carros em alta velocidade, batalhas em tribunais, zonas de guerra, juízes loucos, brigas de vizinhos, dançarinas, atrizes pornô e armas de fogo dos mais diversos calibres. O Doutor Gonzo não estava brincando quando disse: "Minha vida foi o pólo oposto da segurança, mas me orgulho dela e meu filho também, e para mim isso basta. Faria tudo de novo sem alterar a batida".
E quem é Hunter S. Thompson, o pai do jornalismo gonzo ?
Nasceu em Lousville, nos Estados Unidos, em 1937, e suicidou-se em 2005 no seu rancho nas montanhas do Colorado. Escritor, jornalista e cronista esportivo, é autor de Rum, Hell´s Angels: medo e delírio sobre duas rodas, Medo e delírio em Las Vegas, Fear and Loathing: On the Campaign Trail '72 e Screw Jack, entre outros, além de ter contribuído a vida inteira para diversos jornais e revistas.
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O CASTELO BRANCO



Orhan Pamuk
Tradução Sergio Flaksman
MAIS UM LANÇAMENTO DA CIA DAS LETRAS. Primeiro romance de Orhan Pamuk, O castelo branco conta a história de um acadêmico veneziano aprisionado pelos turcos no século XVII. Graças aos seus conhecimentos, o italiano escapa do chicote e dos remos da esquadra, mas acaba vendido em uma feira de escravos e, depois de ser comprado por um paxá, é dado de presente a Hoja, um estudioso turco. Quando amo e escravo se encontram, um choque: os dois homens são tão parecidos entre si que chegam a se confundir. Além disso, dividem inúmeros interesses científicos e intelectuais. A partir daí, a vida de ambos se entrelaça, e tem início uma longa e complexa relação.Sem nunca abandonar a esperança de voltar à terra natal, o veneziano ensina a Hoja tudo o que aprendera em seu país, e os dois ainda investigam alguns fenômenos naturais. Até que o mestre fica obcecado por uma pergunta: o que faz de nós o que somos? Sem ter uma resposta exata, o escravo procura as pistas, e os dois concluem que a chave dessa questão de identidade está nos sonhos e nos pecados de ambos. Eles então se dedicam a uma longa expiação, na qual narram em pormenores todos os acontecimentos de suas vidas.A intrincada tapeçaria da trajetória dos dois, de obscuros curiosos de província a conselheiros diretos do sultão da Turquia, encobre um estudo delicado e complexo das relações entre a Europa e a Turquia. Mas a principal investigação de Pamuk nesta narrativa fluida e criativa é sobre a questão ancestral que perturba Hoja e ecoa em todos nós: o que, afinal, forma a nossa identidade e define quem somos?

"Pamuk ganhou o direito de ser comparado a Jorge Luis Borges e Italo Calvino, autores que pairam sobre o livro como dois anjos da guarda." - The New York Times

"Um livro brilhante não pelo retrato que oferece de uma época, mas pela investigação do mito da individualidade; e porque Pamuk condensa nessa história simples muitas reflexões profundas." - Guardian

"Um romance maravilhoso sobre influências estrangeiras e fusões culturais." - Independent
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Doris Lessing - Prêmio Nobel de Literatura.

A escritora Doris Lessing é a vencedora do prêmio Nobel de Literatura 2007. Segundo a Academia Sueca, Lessing foi escolhida por transmitir a "experiência épica feminina", que "com ceticismo, paixão e força visionária" colocou sob escrutínio uma civilização dividida. Ela é a 11a. mulher a ganhar o prêmio.Filha de pais britânicos, Doris Lessing nasceu em Kermanshah, Pérsia, atual Irã, em 1919. Aos cinco anos mudou-se para a Rodésia (atual Zimbábue), na África, onde viveu até 1949, quando mudou-se para a Inglaterra.De sua autoria, a Companhia das Letras publicou os romances Amor, de novo e O sonho mais doce, além dos dois volumes de sua autobiografia: Debaixo da minha pele e Andando na sombra, e ainda este ano lançou o livro As avós.

AS AVÓS
Doris Lessing
Tradução Beth Vieira
Roz e Lil são amigas inseparáveis desde a infância. Cresceram, casaram, tiveram filhos, e vivem na paradisíaca bacia de Baxter, um lugar cercado de rochas por todos os lados. O ambiente protegido, "bocejante", além do qual o "verdadeiro oceano rugia e roncava", é o cenário ideal para uma relação cada vez mais simbiótica. Morando em casas vizinhas, elas criam os filhos por conta própria - e eles se tornam adolescentes encantadores. Tão encantadores e próximos, que Roz e Lil não tardam a se envolver uma com o filho da outra. Num efeito ambíguo e desconcertante, típico da grande literatura, o que poderia parecer repulsivo é tratado com naturalidade e bom-humor, fazendo a quebra de tabus soar como regra, e não como dramática exceção. Temas como amizade, maternidade e sexualidade ganham novos contornos enquanto Doris Lessing esmiúça as complexidades e armadilhas da forte ligação entre essas duas mulheres, e retrata a força com que elas confrontam as convenções familiares e sociais de sua época.
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Segunda-feira, 24 de Dezembro de 2007

Venha trocar idéias, filosofar!

 



Venha trocar idéias, filosofar!
SÁBADO

Dezembro29


O quê é?

Café com Idéias em Manaus/AM

Conteúdo? Como o último evento do Projeto Café com Idéias de 2007, este será especial, pois terá como ponto alto a reflexão sobre a Prática Docente e a Reflexão Filosófica e encerrará a base de queijo e vinho!

Quando? Dia 29 de Dezembro de 2007 (último sábado do ano)Onde? Livraria Nacional - Rua 24 de Maio, 415 - Centro (próximo à Rua Barroso)

Horário: 12:00 horas

Para quem? Professores(as) que atuam em sala de aula, com experiência em Filosofia e outras disciplinas, objetivando a socialização e reflexão de sua prática docente.

Confirmação: (92) 9185.1414 (Vivo), 8119.1414 (Tim) - José Maria: 3234.4617 - josemariamendes@oi.com.br
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Quarta-feira, 19 de Dezembro de 2007

A MULHER QUE DESVENDAVA A MORTE

 



OUTRO LANÇAMENTO DA ROCCO. NÓS RECOMENDAMOS!

A MULHER QUE DESVENDAVA A MORTE
Uma investigação criminal na Inglaterra do séc.XII
Ariana Franklin
Tradução:Waldéa Barcelos
Páginas:416

Quatro crimes bárbaros
Um homicida incompreensível
E uma mulher capaz de revelar os segredos da morte
em plena Idade das Trevas


"Quem não perde um episódio do seriado C.S.I. Las Vegas ou acompanha as aventuras de médicos-legistas convertidos em detetives de romances policiais vai se deliciar com A mulher que desvendava a morte, da inglesa Ariana Franklin. O romance traz como personagem principal uma legista, Adélia, encarregada de desvendar os tenebrosos assassinatos de quatro crianças em Cambridge. Porém, há um pequeno diferencial que torna o livro muito mais instigante do que qualquer série de televisão: a história se passa em plena Idade Média, na Inglaterra do século XII. Baseada em ampla pesquisa, a autora descobriu que a Escola de Medicina de Salerno, que, na época, pertencia ao reino da Sicília, realmente formava mulheres, e foi lá que recrutou sua protagonista.
A história começa quando a brutal morte de uma criança cristã, em Cambridge, e o desaparecimento de outras três provocam uma ira popular contra os judeus – ao contrário do que ocorria no resto da Europa, eles viviam em relativa tranqüilidade na Inglaterra – acusados de usar as crianças em rituais macabros.
A situação torna praticamente incontornável a demanda popular pela expulsão dos judeus da Inglaterra. O rei, no entanto, reluta em ceder aos apelos de seus súditos. Não por caridade ou humanismo, mas porque os judeus são sua principal fonte de arrecadação de impostos. Sua saída é mandar vir de Salerno um especialista na “arte da morte”, que possa descobrir o verdadeiro assassino. O que ninguém esperava era que O especialista fosse, na verdade, A especialista.
Como os protagonistas de C.S.I., a personagem de A mulher que desvendava a morte vai lançar mão das mais sofisticadas técnicas da medicina e análise forense de seu tempo, além de um indiscutível talento para a investigação, para descobrir a identidade do assassino antes que ele ataque novamente.
Ariana Franklin baseou-se em fatos reais para criar sua protagonista. Especialista em história medieval, ela descobriu que a Escola de Medicina de Salerno, o mais importante centro de pesquisa na área à época, autorizava a autópsia de cadáveres para estudo de anatomia e possuía várias mulheres entre os cientistas. Uma delas, conhecida apenas como Tórtula, e de quem se sabe somente que foi casada e mãe de dois filhos, deixou vários artigos que foram referência na área médica por mais de 500 anos. Seus textos acabam de ser traduzidos pela Universidade do Arizona e mostram que, em meio à caça às bruxas da Idade Média, era possível encontrar pesquisas científicas sobre o funcionamento do corpo humano.
Além de ser um romance policial instigante, A mulher que desvendava a morte tem, pelo menos, dois grandes méritos. O primeiro é agregar à trama os grandes debates da Idade Média: Cristandade x Islã, Cristãos x Judeus, Ciência x Superstição, Lei dos homens x Lei de Deus. O segundo é oferecer uma minuciosa reconstituição histórica da Inglaterra da Idade Média, que, diferentemente da idéia generalizada, viveu grandes rasgos de luzes da ciência em meio às trevas religiosas."
“Combinação perfeita de CSI com Canteburry Tales.”
Kirkus Review
“Um livro irresistível, único e vibrante.”
The New York Times
“Franklin misturou habilmente fatos históricos e ficção arrepiante.”
Publishers Weekly
“Espantoso… maravilhosamente urdido, com dezenas de reviravoltas… Um mistério histórico brilhantemente bem-sucedido tanto como ficção histórica quanto como thriller policial.”
The Washington Post
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UM POUCO MAIS DE ISLÃ



A Editora Rocco nos brinda neste final de ano com um lançamento de pêso- GAROTAS DA PÉRSIA

GAROTAS DA PÉRSIA
Nahid Rachlin
Tradução:Ana Deiró
Páginas:340

"Em seu primeiro livro de não-ficção, a escritora Nahid Rachlin traça um preciso e delicado retrato de sua própria família, dividida entre o peso da tradição e o desejo de liberdade na paternalista sociedade iraniana. Rachlin fia-se por sua tempestuosa relação familiar e pelo forte vínculo de amizade com sua irmã mais velha, Pari, para dar forma às lembranças no lançamento Garotas da Pérsia.
A narrativa começa quando Nahid, ainda na infância, é tirada da tia Maryam, que a criava como filha em Teerã. Sua mãe biológica, Mohtaram, resolvera entregar seu quinto bebê como um presente para a irmã favorita, viúva, sem filhos e ansiosa por ter uma criança nos braços. Tudo correu bem até Nahid completar 9 anos e seu pai decidir que era a hora de levá-la para morar com ele e o resto da família, na cidade de Ahvaz. Retirada abruptamente de um universo conhecido, a menina se viu presa a um lugar estranho, com costumes diferentes e pessoas com as quais não possuía laços afetivos.
Aos poucos, ela se aproxima da irmã mais velha, Pari, e as duas se tornam melhores amigas. Apesar de terem em comum o desejo de seguirem destinos próprios, que fogem aos estabelecidos pela sociedade patriarcal em que vivem, Pari, fã das estrelas de Hollywood, sonha ser atriz, enquanto Nahid almeja seguir a carreira literária – apenas Nahid consegue atingir seu objetivo, ao convencer o pai a mandá-la fazer faculdade nos Estados Unidos.
Ao chegar na faculdade, Nahid se sente deslocada – não concorda com os costumes machistas de sua terra natal, mas também não se encaixa nos padrões norte-americanos. O choque cultural é amenizado quando ela se muda para Nova York, conhece o homem que se torna seu marido e forma uma família. Ainda assim, a escritora continua com a sensação de não pertencer a um lugar.
Enquanto isso, no Irã, a sorte de Pari não é nada boa: atrelada a um casamento arranjado pelo pai, com um marido por quem não é apaixonada e que a mantém prisioneira dentro de casa, ela decide se divorciar e sofre as conseqüências, sendo afastada do filho.
Paralelamente, a autora traça um panorama político do Irã e das relações do país com os Estados Unidos, em diferentes épocas. Em 1955, o Tratado de Amizade entre as duas nações acabara de ser assinado e o jovem xá estava determinado a modernizar o país. Uma das medidas adotadas por ele foi tornar opcional o uso de chador para as garotas. Anos mais tarde, quando o aiatolá Khomeini chega ao poder, o radicalismo se instala. A morte de Khomeini, em 1989, diminui a rigidez dos costumes. E, embora o governo de Muhamad Khatami, de 1997 a 2005, seja um período de reforma relativa, a autora constata que as regras no Irã estão sempre em mutação.
A morte prematura de Pari, que cai de uma escada em circunstâncias misteriosas, faz com que Nahid volte sozinha ao Irã – antes disso, ela só havia estado lá uma vez, com o marido, 12 anos depois de ter chegado aos Estados Unidos. A viagem permite que a autora se confronte com o passado e avalie o que o futuro lhe reserva. Mais do que a história de Nahid, Garotas da Pérsia mostra as vidas interligadas das mulheres de sua família, traçando um panorama do universo feminino no mundo islâmico e revelando trajetórias de ambição, mágoa, opressão, amor fraternal e esperança. "
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Terça-feira, 18 de Dezembro de 2007

PERSÉPOLIS (completo)



A Cia das Letras enfeixou as quatro edições de Persépolis de Marjane Satrapi e lançou neste dezembro. Além de uma ótima edição pra presentear aos aficcionados por "bandas desenhadas adultas" é uma magnífica contribuição para quem quer entender melhor o islã na visão feminina.
Marjane Satrapi era apenas uma criança quando a revolução islâmica derrubou o xá do Irã, em 1979. Bisneta do antigo rei da Pérsia, ela cresceu em uma família de esquerda, moderna e ocidentalizada, e estudou numa escola francesa e laica. Com a chegada dos extremistas ao poder, as meninas foram obrigadas a usar o véu na escola e a estudar em classes separadas dos meninos. Era só o início de uma série de mudanças profundas em sua vida - assim como na de todos em seu país.Apesar de narrar a tragédia que foi a implantação do regime xiita no Irã, não faltam à trama humor e sarcasmo para narrar os acontecimentos políticos de um ponto de vista único, que desfaz os lugares-comuns sobre o país e conta sua história antiga e recente ("2500 anos de tirania e submissão"). Na aparente simplicidade da narrativa e dos desenhos, revelam-se as nuances de um complicado processo histórico, que até hoje tem seus desdobramentos. A ascensão dos radicais religiosos a princípio foi vista pelos progressistas iranianos como uma autêntica manifestação do povo, que estaria usando a religião como mero pretexto para sair às ruas e derrubar um tirano. Não foi o que aconteceu: o regime xiita se radicalizou de maneira tão brutal que até mesmo Marjane, aos catorze anos, foi para o exílio na Áustria, pois a vida no país se tornara uma sucessão de carnificinas, sempre em nome de Deus e da justiça.A convivência com a brutalidade leva Marjane a desenvolver uma consciência política rara em crianças: seu livro preferido, por exemplo, é uma história em quadrinhos chamada Materialismo dialético, em que Descartes e Marx travam uma improvável disputa intelectual. Parte de sua revolta vem da constatação de que sua família, que tem empregada e um Cadillac, é privilegiada num país miserável.Persépolis foi lançado na França, em 2001, por uma pequena editora independente. Tornou-se um fenômeno de crítica e público. No mesmo ano, o primeiro volume ganhou o importante prêmio do salão de Angoulême, na França. A série teve os direitos de publicação vendidos para Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, Israel, Suécia, Finlândia, Noruega, Japão, Coréia do Sul, Hong Kong, Turquia e Estados Unidos.
"Um dos mais saborosos exemplos de um explosivo gênero pós-moderno: a autobiografia em quadrinhos." - NYT Book Review
"Engenhosa contadora de histórias, Satrapi é também uma fantástica artista dos quadrinhos." - Salon.com
"Marjane Satrapi é capaz de condensar a tragédia de todo um país em cenas comoventes e divertidas. [...] Todos os que pensam não gostar de quadrinhos ou que só gostam dos de Art Spiegelman devem ler Marjane Satrapi." - The Independent
Lançamento Cia das Letras
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