Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2008

O Testamento - lançamento da Sextante


"O Testamento é uma fascinante história de seitas secretas, milagres religiosos e história medieval combinada com questões políticas contemporâneas. Com ritmo vertiginoso, inteligente e atraente, O Testamento traz Lustbader em sua melhor forma."


de Steve Berry, autor de O legado dos templários
Durante séculos, uma seita secreta fundada por seguidores de São Francisco de Assis – a Ordem dos Observantes Gnósticos – guardou um segredo que poderia transformar para sempre a história da humanidade. Mas agora a segurança desse legado está nas mãos de um homem e uma mulher que mal se conhecem.
Braverman Shaw nunca perdoou o pai, Dexter, por levar uma vida distante e enigmática. Mas ele nunca imaginara a gravidade dos segredos que Dexter escondia – até que, durante uma tentativa de reconciliação, o pai foi brutalmente assassinado.
Ainda atordoado pelos acontecimentos, Braverman descobre que seu pai era membro do alto escalão da Ordem dos Observantes Gnósticos, uma centenária organização secreta cuja missão era preservar documentos sagrados capazes de causar um verdadeiro caos no mundo se caíssem em mãos erradas.
Envolvido numa teia de mistério e perseguição, Braverman se vê diante de incompreensíveis pistas deixadas por seu pai para levá-lo ao esconderijo do Testamento de Cristo – um evangelho apócrifo e a Quintessência, a lendária substância que possibilitaria a vida eterna.
Em sua luta frenética para escapar da morte e, ao mesmo tempo, encontrar respostas para suas perguntas, Braverman é auxiliado pela jovem Jenny Logan, guardiã da Ordem treinada para protegê-lo. Mas, pouco a pouco, ele percebe que não deve confiar em ninguém e que o perigo pode estar onde ele menos imagina.
Numa trama tensa, repleta de suspense e ação ininterrupta, Eric Van Lustbader conduz o leitor por uma vertiginosa viagem por grandes segredos da história, da política e da religião e pelos mais sombrios sentimentos humanos.

****
"Eric Van Lustbader prova mais uma vez que é o mestre do thriller inteligente. Em O Testamento, ele mistura o antigo e o contemporâneo com a grande questão da atualidade – o extremismo religioso – e faz isso com habilidade, discernimento e energia. Um romance sensacional, bem escrito e bem pesquisado."
Nelson DeMille, autor de Night Fall

Consultor de empresas com uma sólida formação em estudos medievais e criptografia, Braverman Shaw, de um dia para o outro, é violentamente arrastado para o epicentro de um conflito cujas forças vão muito além do que ele pode prever.
Depois que seu pai é assassinado, Braverman descobre que ele era integrante da Ordem dos Observantes Gnósticos e tinha a missão de proteger o Testamento – documentos históricos que poderiam abalar o Cristianismo e os fundamentos da civilização ocidental se viessem a público.
Entre esses documentos estão um evangelho apócrifo, supostamente escrito pelas mãos do próprio Jesus Cristo, e a fórmula da Quintessência, o quinto elemento buscado pelos alquimistas e tido como a chave da imortalidade.
Os Cavaleiros de São Clemente, inimigos da Ordem e braço armado secreto do papado, não medem esforços para descobrir o paradeiro do Testamento. Usando de todo o seu poder e influência, eles deixam um rastro de sangue numa guerra mortífera que envolve interesses econômicos, políticos e religiosos.
Numa corrida desesperada para desvendar os enigmas deixados por seu pai e salvar a própria vida, Braverman se dá conta de que está sozinho no meio de uma complexa rede de intrigas, traições, conspirações e assassinatos.
O Testamento tem uma narrativa ágil e cheia de reviravoltas, que torna impossível parar de ler antes de se chegar à última página. Com rica pesquisa histórica e enredo original, tem todos os ingredientes para se tornar um livro inesquecível.
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Domingo, 17 de Fevereiro de 2008

Novas exposições

no Bosque do Papa

Coleção de selos, desenhos feitos com recortes de papel, postais e fotografias que lembram as tradições polonesas, estão em exposição no Bosque do Papa

Novas exposições que tratam do folclore, do artesanato e das tradições da Polônia estão abertas no Memorial da Imigração Polonesa, no Bosque do Papa. Entre as atrações estão uma coleção de selos de vários países e exemplares de wycinanki (típico artesanato polonês). Outra exposição reúne cartões postais e fotografias que retratam os trajes típicos das diversas regiões da Polônia, a história do país desde o período renascentista e as paisagens naturais polonesas.
Os wycinanki constituem um dos mais característicos artesanatos da Polônia. São imagens coloridas de animais, flores, cenas religiosas e do cotidiano feitas com recortes de papel. A técnica data do século 19. As peças são utilizadas na ornamentação das casas, coladas em móveis e paredes. As coleções pertencem a Danuta Lisinski, representante da Missão Católica Polonesa no Brasil, que cedeu o material para as exposições. As mostras ficarão abertas no Memorial Polonês até a Páscoa.

Serviço:
Novas exposições no Memorial da Imigração Polonesa
Bosque do Papa
Visitas: às segundas-feiras, das 13h às 18h; de terça-feira a domingo, das 9h às 18h.
Entrada franca.

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LITERATURA POLICIAL

UM TIRO NO PEDANTISMO INTELECTUAL


"Não há nada que antes não tenha sido outra coisa, pensava Mma Ramotswe."
(personagem de Alexander McCall Smith,
a única mulher detetive particular em toda Botsuana)

Antes que alguém já saia torcendo o nariz para o tema, mais nos compensa repensar o quanto esse crime compensa. Se para alguns de nossos intelectuais os romances policiais estariam fadados a carregar eternamente o rótulo de subliteratura, para a maioria de intelectuais e escritores, tal colocação não passa de claro preconceito criado a partir de uma outra grande distorção - a de que toda a literatura que envolve crime e mistério é de baixa qualidade. A verdade é que tais intelectuais vivem de dar tiros no próprio pé, e esquecem que muitos de nossos autores clássicos produziram seus contos e romances de mistério, de inconteste qualidade e importância. São livros recheados com todos os elementos execrados pelos tão exigentes detratores. Nas tramas, o crime, os processos, as deduções e as investigações.

Não é preciso ter tanta acuidade de detetive para lembrar de Emile Zola que nos brindou com obras como "Tereza Raquim", "Germinal" e a "Besta Humana" que, certa feita, escreveu que "toda a obra de arte é um pedaço da natureza, visto através de um temperamento". Dessa forma, os elementos policialescos e os crimes em si, fazem parte de nosso dia-a-dia, uma realidade que, nem por ser trágica e incluir muitas vezes elementos repugnantes, deve ser ignorada pelo artista. Talvez seja por isso mesmo que no início do século passado, Enrico Ferri, psicólogo e criminalista, professor da Universidade de Roma e de Bruxelas, afirmou que "Besta Humana" e ainda "Crime e Castigo", de Dostoievsky eram, para a psicopatologia e para a antropologia criminal, "um meio de propaganda, mil vezes mas rápido que a observação estritamente erudita". Citando aqui Dostoievsky, lembramos que no universo da literatura russa, temos Leon Tolstoi que além de romances perfeitos como Anna Karenina e Guerra e Paz, escreveu contos de fina ironia e sátira onde a figura da lei era colocada em cheque. Basta conferir "O Custo Da Justiça".

LITERATURA POLICIAL
ONDE ENCONTRAR

Nas boas casas e livros do ramo, e mais aqui e ali e vez por outra tanta no acolá. Pode ser encontrada de diversas formas e, dificilmente, um leitor pode correr o risco de dizer que nunca leu esse tipo de livro. Segundo o escritor Ignácio de Loyola Brandão, o gênero policial pode ser encontrado até na Bíblia. Basta ler Caim e Abel. "Gosto e leio muitas histórias policiais e acho que, como todo o gênero, tem produções boas e más. Mas é um estilo extremamente fascinante e muito importante na formação de um escritor, pois com os bons policiais você aprende muito em relação à arte da narrativa. Na verdade, o que existe é um grande preconceito por parte dos falsos intelectuais que se postam contra a literatura policial. Meus autores prediletos no gênero são George Simenon, Raymond Chandler, Patrícia Highsmith e Agatha Christie”.

A Ediouro lançou um “catatau” especialíssimo organizado por Flávio Moreira da Costa - "Os 100 melhores contos de crime e mistério". Jornalista desde os 15 anos, o gaúcho Flávio Moreira da Costa foi crítico de cinema, música e literatura. Redator, editor e tradutor, tem hoje cerca de 30 livros publicados. Segundo ele , "o homem é o único animal que mata seu semelhante por razões que não sejam sua própria sobrevivência". Temos aqui uma ficção que beira a realidade, tratando de um assunto por demais comentado em nossos dias, sobretudo devido à crescente globalização do crime. Os textos registram uma faceta da humanidade sempre presente e cada vez mais visível e ameaçadora. A antologia, organizada com brilhantismo, pode ser considerada a mais completa da literatura de crime e mistério até hoje publicada no país. A primeira história da coletânea é do Antigo Testamento - A história de Sansão, depois passamos por Sófocles - Édipo Rei. Mil e uma noites, Perrault, Voltaire, Honoré de Balzac, Robert Louis Stevenson, Apollinaire, Guy de Maupassant, Kafka, Dickens, Edgard Allan Poe...

UM REINADO DE RAINHAS E DETETIVES

Agatha Christie é certamente a mais conhecida escritora de romances policiais. É chamada de a Rainha do Crime, mas o que na verdade intriga a muitos é como uma mulher, saída da era vitoriana,conseguiu criar tramas e enredos tão verossímeis, e ao mesmo tempo, construir histórias passíveis de serem consideradas crimes perfeitos. Com seus mais de 80 livros publicados, incluindo romances, contos, peças e até obras a quatro mãos, ela é uma das autoras mais traduzidas em todo o mundo e o maior sucesso do teatro inglês depois de Shakespeare. Durante um certo período de sua carreira, tentando livrar-se do rótulo de escritora de livros policiais e indo de encontro aos seus críticos ferrenhos que a acusavam de reles comerciante, Agatha escreveu uma série de romances utilizando-se do pseudônimo literário de Mary Westmacott. Mas, mesmo assim, não conseguiu evitar de permear essas histórias com certa dose de suspense. Por certo não figuram na obra Hercule Poirot ou Miss Marple, seus mais famosos detetives. Mas, com certeza, foi Dame Agatha que abriu as portas para várias outras escritoras de mistério.

Mulheres como P. D. James, na verdade Phyllis Doroty James, que nasceu em Oxford, Inglaterra, em 1920. Trabalhou no Serviço Nacional de Saúde, no Serviço de Ciência Forense e no Departamento de Lei Criminal, onde aprendeu "coisas úteis" para seus livros. Iniciou sua carreira literária aos 42 anos, com a publicação de "Over her face", seguido por mais treze romances que consolidaram sua reputação como uma das principais escritoras de livros policiais da atualidade. Em 1991, recebeu da rainha Elizabeth o título de Baronesa James of Holland Park. Seu mais recente livro, relançado no Brasil pela Cia das Letras é "A morte de um perito".

Mas outras mulheres passaram a dominar a cena. Mulheres fortes e decididas como Patrícia Highsmith, que com o seu talentoso Mr. Ripley subverteu a idéia do criminoso ser sempre capturado. Ou ainda escritoras cuidadosas como Mary Higgins Clark (publicada pela Record) com tramas urdidas como um bom tricot. E ainda mulheres exóticas, de lugares distantes como a Nova Zelândia, a senhora Ngaio Marsh. A lista é intensa e imensa - Sara Paretsky, (Ed.Rocco), Ruth Rendell (Ed.Rocco), Lyza Cody,l Lillian O’Donnell, Patrícia Cornwell (Cia das Letras), ou ainda Antonia Fraser que além de ser autora de romances policiais é historiadora e muitas outras mais.


COMO CRIAR UM DETETIVE


O primeiro detetive criado para compor a estrutura do romance policial foi obra e graça de Edgard Allan Poe. Sem dúvida, é ele o criador da moderna literatura policial. Americano de Boston (Massachusetts) que, a priori, deveria também ser o mais belo exemplo de conservadorismo, Poe, além de alcoólatra era um gênio pouco compreendido. Nascido em 1809, é um dos escritores de suspense e terror que teve a vida mais conturbada, morrendo na mais completa miséria e degradação, vitima da bebida, em 1849, após vários dias de impressionante delírio. Os que acompanharam sua agonia disseram que suas últimas palavras foram – “Senhor, ajudai minha pobre alma”. Algo digno para qualquer personagem do gênero. Seu maior divulgador post-mortem foi Charles Baudelaire, que o via como a “cristalização da genialidade e do delírio humano”.

A importância de Edgard Allan Poe pode ser medida na proporção direta de sua popularização, de quadrinizações a centenas de filmes baseados ou livremente inspirados em seus contos e poemas. “Os Crimes da Rua Morgue” é, com certeza, a pedra angular de sua obra e da criação da figura do detetive. É nessa novela que aparece o personagem Dupin, um policial que “gostava de exercitar sua capacidade analítica”.

Frente a um gancho como esse, era óbvio que outros seguiriam essa seara. Vai daí que surge um inglês também dado ao fantástico e que tinha tudo para ser outro escritor conservador. Sir Arthur Conan Doyle certa feita tomou a decisão de “construir uma obra imortal” e assim, sem dó ou razão, assassinou seu personagem e a sua galinha dos ovos de ouro. Matando Sherlock Holmes pensou em livrar-se da maldição de ter criado tão sedutor personagem, com o qual não gostaria de ser lembrado. Foram apenas nove volumes, mas que ofuscaram para sempre qualquer outra tentativa de projetar-se com uma “obra mais séria”. Chegou a pedir um valor proibitivo para um editor usando como pretesto não retomar o personagem, e mesmo assim, teve de ressuscita-lo, algo até simples para quem começava a tomar gosto pelo então chamado “espiritismo”. O herói da Baker Street era, definitivamente, um espectro em sua vida, assim como seu fiel escudeiro o Dr. Watson.

Mas nem só de detetives afáveis e dândis vive a literatura policial. Chesterton, por exemplo, tradicional pensador católico, frasista incorrigível, criou padre Brown. Inglês, como outros tantos escritores de mistério, tem a seu favor ter criado a figura de um detetive de características singulares. O padre Brown é a própria irreverência de G.K.Chesterton que criando esse tipo de anti-detetive, talvez a principio só para satirizar os outros romances policiais acaba por transforma-lo em sucesso. Com padre Brown, a pureza e a simplicidade são amparadas pela sua fé católica que se contrapõem à necessidade dos já famosos raciocínios dedutivos e científicismos quase irreais.

Mas os judeus acabaram por também ganhar seu personagem. Harry Kemelman, da Nova Inglaterra, integrou os costumes judaicos ao romance policial. Em seus livros não há a violência explícita, só a constatação de seus estragos, não há devassidão, mas entrega ao amor e o respeito entre as pessoas. E por fim, existem os originalíssimos caminhos e métodos investigativos do rabino David Small. A Cia das Letras publicou no Brasil quatro livros com o personagem.

Outros detetives são pouco dados a sutilezas. Em contraste com o belga Poirot, só mesmo o francês Maigret. Criação genial de Georges Simenon (que também produziu romances não policiais e sem o seu mais famoso personagem), Maigret tem como linha do humor suas idiossincrasias. Não violento, quando não está tentando resolver os intrincados casos está em sua casa, no Boulevard Richard Lenoir, fumando cachimbo, um dos muitos de sua coleção, ou bebericando um beaujolais. Em tempo, ele adora gerânios.

Outro estranho personagem é o Nero Wolf, o gordo detetive que resolve seus problemas sem nunca sair de sua casa. O personagem de Rex Stout é um tanto bizarro, trabalha por dinheiro e tem uma grande legião de fãs. O romance noir também nos deu Sam Spade, os detetives dos escritórios obscuros, que dão tapa na cara de mulher, bebem Bourbon e fumam como loucos. Raymond Chandler e Dashiel Hammet (do Falcão Maltês, lembram?) são os mais soturnos criadores desse estilo.

Outro inglês, mais precisamente um londrino, que tinha uma legião de defensores, mesmo com seu estilo pouco cordato era Edgard Wallace. Traduzido para mais de 15 idiomas, escreveu cerca de 150 novelas em 27 anos. Em certa época, um em cada quatro livros ingleses vendidos era de sua autoria. Talvez acabe sendo somente lembrado por uma obra que nada tem de detetivesca – “King Kong”. Edgard Wallace morreu em 1932, em Hollywood, de pneumonia dupla, mas até hoje seus livros continuam sendo reeditados. Conta-se que Edgard Wallace ditou de uma vez uma novela completa entre a noite de uma sexta-feira e a manhã do domingo.

PROLÍFICOS

Em meio a essas extensas obras, muitos acabam por desconfiar da prolificidade. Nos socorremos então da nossa mais importante escritora, Lygia Fagundes Telles, que também figura na galeria do livro de Flavio Moreira Costa com o conto “As Formigas” . Lygia é categórica em afirmar que “não existem gêneros menores na literatura. O que existem são escritores menores”.

Para Lygia, a literatura policial é tão importante quanto a do gênero mágico, intimista ou fantástico – “ são importantes na medida em que os escritores também o são. Os maiores escritores do mundo já trataram, de uma forma ou outra, de temas policiais.” Lygia vai longe e salienta que, “ na literatura policial, exige-se uma série de qualidades do escritor, que são indispensáveis. Esse tipo de literatura revela muito da grandeza do escritor, pois é nítido detectar-se se o autor é ou não um bom escritor”. Essa literatura difere da fantástica “pela primeira explicar os fatos e a segunda parar em suas fronteiras”.

É curioso constatar que no Brasil é preciso relembrar incisivamente nossos escritores que usaram algo no tema. Além de Lygia, precisamos destacar Machado de Assis (A Cartomante), Antonio de Alcântara Machado (Amor e Sangue), Aníbal Machado (A Morte da Porta Bandeira), o nosso querido Loyola, e ainda Monteiro Lobato (O Estigma), Marcos Rey, agora relançado pela Cia das Letras. Não dá para deixar de fora Rubem Fonseca e o seu “O Cobrador” ou ainda os novos como Tony Belloto e seu “Belline e a Esfinge”. No final da década de setenta, tempos difíceis de repressão, os brasileiros reuniram-se em uma coletânea policial intitulada muito apropriadamente de “Chame o Ladrão”. Outro brasileiro que está sendo reeditado é Paulo Corrêa Lopes.

Certa feita, conversando com o então só escritor e não político Fernando Gabeira, ele disse-me que “sob todos os aspectos, tão importante quanto qualquer outro gênero, na medida que é a continuidade popular de clássicos como “Crime e Castigo” ou ainda tragédias gregas”. Falou que a discussão sobre a qualidade de uma obra de literatura policial é “uma discussão muito parecida se uma língua é ou não um dialeto. A questão depende do poder de quem está definindo a coisa. A literatura policial pode ser uma denúncia e uma crítica da sociedade, uma visão tão crítica quanto a literatura política o é. Quando uma peça como A Ratoeira, de Agatha Christie, fica 20, 30 anos em cartaz, é um fenômeno que está merecendo um estudo mais profundo.”


E MUITOS OUTROS CRIMES


A Editora Record, por exemplo, publicou a sua Coleção Negra, com textos de romance noir. Um dos destaques é o livro “A Última Dança” de Ed McBain sobre quem a Publishers Weekly escreveu o seguinte – “McBain é tão bom que deveria ser preso por isso”. Outro livro fantástico é o de Alexander McCall Smith, nascido no Zimbábue, professor em Botsuana e que hoje leciona na Universidade de Edimburgo - Escócia. O livro tem o título “Agência Nº1 de Mulheres Detetives” (Cia das Letras) e conta a história de uma detetive mulher na pequena cidade de Gaborone, Botsuana. No mínimo instigante. Denis Lehane é outro destaque da mesma editora, é dele “Apelo às Trevas” e o sucesso “De Meninos e Lobos”, já filmado por Clint Eastwood. Ainda na Coleção Negra, vale destacar o noir europeu de Andréa Camilleri (O Cheiro da Noite), ainda Michael Conelly (Mais Escuro que a noite), Walter Mosley e o admirável “Uma Volta com o Cachorro”. Fechando o noir americano a coletânea “Mistério à Americana”.

Curioso é ainda o livro de Mark Bowden (Editora Landscape) – “Achado não é roubado” que conta a história do homem que encontrou um milhão de dólares. Para esse, o crime o compensaria, e muito. Sendo assim, dizer que o crime compensa não é uma afirmação leviana. Compensa sim, e não apenas para os ladrões de colarinho branco nesse nosso país de impunidades. São muitos os escritores policiais pelo mundo vivendo de direitos autorais. Talvez não no Brasil, como bem sabemos. Raro é o crime compensar para os personagens desses mesmos autores, pois eles sempre terão pela frente um Poirot ou um Maigret, que ao contrário dos nossos “sherloques” não aceitará propina. Requintados ou grotescos esses policiais nos crimes da literatura são sempre melhores que os da vida real de qualquer país. Ou mais virulentos em um estilo pouco politicamente correto, o certo que na grande maioria das vezes, ao menos na literatura, o criminoso sempre leva a pior!

Resta a minha boa intenção de solucionar esse caso sobre a importância da literatura policial e socorro-me do mestre Edgard Allan Poe – “Depois de ter ouvido o que recentemente ouvi, seria por certo estranho que eu permanecesse em silêncio a respeito do que tanto vi como ouvi já faz tempo. (in O Mistério de Maria Roget)


Myrtha Ratis
Jornalista

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Fundação Cultural oferece cursos nas Ruas de Cidadania

 



Em oito regionais da cidade é ofertado um total de 112 cursos,
em várias áreas artísticas

As aulas já começaram, mas ainda há vagas para vários cursos ofertados pela Fundação Cultural de Curitiba nas Ruas da Cidadania. Em oito regionais, é oferecido um total de 112 cursos abrangendo as áreas de música, artes visuais, teatro e dança. Há turmas para crianças e adultos. Os preços são acessíveis. As mensalidades são de R$ 30,00 para quase todos os cursos. Informações sobre horários e vagas disponíveis podem ser obtidas nos núcleos regionais da Fundação Cultural de Curitiba: Bairro Novo (3289-4988), Boa Vista (3356-2566 Ramal 201), Boqueirão (3276-6016 Ramais 228 ou 254), Cajuru (3361-2302), Matriz (3321-3340), Pinheirinho (3212-1513), Portão (3245-1100 Ramal 2036) e Santa Felicidade (3374-5018). Violão, flauta, coral infantil, teclado, guitarra, bateria, desenho, pintura, dança do ventre, dança de salão, yoga, teatro adulto e infantil são alguns dos cursos promovidos nas regionais.

Confira a relação dos cursos para este primeiro semestre de 2008:

BAIRRO NOVO:
Bateria, Cavaquinho, Flauta Doce, Guitarra, Musicalização Infantil, Teclado, Violão, Desenho Artístico (História em Quadrinhos e Mangá), Pintura em Tela, Dança do Ventre e Yoga.
Informações: 3289-4988
R$ 30,00

BOA VISTA
Bateria, Canto Coral, Cavaquinho, Guitarra, Teclado, Violino, Desenho Artístico, Pintura em Tela, Violão Popular, Violão Clássico, Técnica Vocal, Teoria Musical (preparatório para os vestibulares da FAP e EMBAP), Dança de Salão, Teatro Adulto e Teatro Infanto-Juvenil.
Informações: 3356-2566 Ramal 201
R$ 35,00 (Violino e Violão Clássico)
R$ 30,00 (Para os demais cursos)

BOQUEIRÃO
Acordeão, Bateria, Balé, Canto Coral, Coro Infantil, Cavaquinho, Contrabaixo, Guitarra, Teclado, Técnica Vocal, Teoria Musical, Violão, Violino, Desenho Artístico, Esferocromia, História em Quadrinhos, Mangá, Pintura em Tela, Dança de Salão, Street Dance, Teatro Infantil e Teatro Juvenil.
Informações: 3276-6016 Ramais 228 ou 254
R$ 30,00

CAJURU
Bateria, Canto Coral, Cavaquinho, Contrabaixo, Flauta Doce, Guitarra, Teclado, Técnica Vocal, Teoria Musical, Violão, Violino, Desenho Artístico, Pintura em Tela.
Informações: 3361-2302
R$ 30,00

MATRIZ
Canto Coral, Flauta Doce, Teclado, Técnica Vocal, Violão Popular, Violino, Desenho e Pintura.
Informações: 3321-3340.
R$ 30,00

PINHEIRINHO
Acordeão, Cavaquinho, Guitarra, Percussão, Teclado, Técnica Vocal, Viola de Arco, Violão, Violino, Violoncelo, Desenho Artístico, História em Quadrinhos, Pintura (Preparatório para FAP, EMBAP e UFPR), Retrato Artístico, Dança de Salão, Dança do Ventre e Ateliê Infantil.
Informações: 3212-1513
R$ 30,00

PORTÃO
Cavaquinho, Teclado, Técnica Vocal, Violão, Violino, Desenho Artístico, História em Quadrinhos, Pintura em Tela, Dança do Ventre, Hip-Hop, Yoga, Teatro Infantil e Teatro Adulto.
Informações: 3245-1100 Ramal 2036.
R$ 30,00

SANTA FELICIDADE
Guitarra, Teclado, Técnica Vocal Adulto e Infantil, Violão, Violino, Viola Caipira, Ateliê de Artes Infantil, Desenho Artístico, Pintura em Tela (Adulto), Origami, Retrato Artístico, Teatro Infantil e Teatro Juvenil.
Informações 3374-5018.
R$ 30,00
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Domingo, 10 de Fevereiro de 2008

Fundação lança novos editais do Fundo Municipal da Cultura - CURITIBA

 

 

Já estão abertas as inscrições para editais que destinam mais de R$ 1 milhão a diversas áreas artísticas, desde música e cinema, passando por literatura e artes visuais, até teatro e circo.

A Fundação Cultural de Curitiba abriu inscrições para seis novos editais destinados a selecionar projetos nas áreas de música, cinema, artes visuais, literatura, teatro e circo. Os contemplados receberão um total de R$ 1.198.000 do Fundo Municipal da Cultura, uma das modalidades do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura da Prefeitura de Curitiba, que concede apoio financeiro para a realização de projetos nos diversos setores das artes e da cultura.
Os editais, regulamentos e formulários de inscrição estão disponíveis no site da Fundação Cultural – www.fccdigital.com.br, link “Lei/Editais – Lei de Incentivo”, no menu “Editais de inscrições”. O prazo de inscrição difere para cada edital e precisa ser observado com atenção. A única exigência para todos os produtores e artistas contemplados é uma contrapartida social, que segue as especificações do edital escolhido. A seleção dos contemplados será efetuada por grupo técnico especializado em cada área.
Confira informações sobre os editais abertos:

Edital Música nos Parques 2008 – Concede apoio financeiro para a pós-produção de projetos que permitam às comunidades compartilhar os diversos gêneros e tendências musicais. Podem participar pessoas físicas e/ou jurídicas domiciliadas em Curitiba e que sejam comprovadamente vinculadas à área de música. O edital disponibiliza R$ 180 mil e irá contemplar até 15 projetos, sendo que cada um deverá realizar obrigatoriamente duas apresentações. A contrapartida social consiste em uma apresentação em qualquer uma das nove administrações regionais da cidade, segundo determinação da Fundação Cultural de Curitiba. As inscrições devem ser feitas até 27 de abril de 2008.

Edital Análise e Criação Literária – Concede apoio financeiro a projetos de análise e criação de textos nos diversos gêneros literários, que possibilitem o desenvolvimento artístico dos criadores e o conhecimento pelas comunidades dos talentos locais na área de literatura. Os projetos serão enquadrados nas seguintes modalidades: literatura para o público adulto, literatura para o público infanto-juvenil, poesia, crônica, conto, novela, dramaturgia nível I e dramaturgia nível II. O edital disponibiliza uma verba total de R$ 190 mil para 12 propostas selecionadas, podendo participar pessoas físicas domiciliadas em Curitiba, com comprovada atuação na área de literatura. A contrapartida social prevê o desenvolvimento de, no mínimo, oito horas de atividades ligadas à literatura, em locais como escolas e bibliotecas, com conteúdo e cronograma definidos em conjunto com a Fundação Cultural de Curitiba. As inscrições devem ser efetuadas até 3 de março de 2008.

Edital de Literatura Oral – Contação de Histórias como Processo de Incentivo à Leitura – Concede apoio financeiro a projetos com enfoque na utilização da contação de histórias no incentivo à leitura, e que permitam o aprimoramento cultural dos participantes. Com um montante de R$ 85 mil, o edital irá contemplar quatro projetos, podendo participar pessoas físicas domiciliadas em Curitiba e que tenham comprovada atuação na área de literatura. A contrapartida social prevista reúne palestras, cursos, oficinas ou contações de histórias com um mínimo de 12 horas de atividades em datas e locais a serem agendados em conjunto com a Fundação Cultural de Curitiba. As inscrições devem ser feitas até 10 de março de 2008.

Edital Difusão em Teatro e Circo – Concede apoio financeiro para a pós-produção de projetos que compartilhem com as comunidades os diversos gêneros e tendências do teatro para adultos e circo. Com uma verba total de R$ 320 mil, o edital contemplará até dez projetos para a modalidade Teatro para Adultos e cinco projetos para a modalidade Circo, cada uma com nove apresentações obrigatórias. Podem participar pessoas jurídicas sediadas em Curitiba há pelo menos um ano e que tenham comprovada atuação na modalidade escolhida. A contrapartida social consistirá na execução de uma oficina em qualquer uma das nove administrações regionais da cidade, ou em duas apresentações gratuitas do espetáculo selecionado. As inscrições devem ser efetivadas até 10 de março de 2008.

Edital Arte Urbana – Transporte Coletivo 2008 – Concede apoio financeiro para trabalhos inéditos de artistas visuais, cuja produção será exibida por meio de plotagem na parte traseira de veículos de transporte coletivo urbano (micro-ônibus) de Curitiba. O edital disponibiliza um total de R$ 63 mil para contemplar até 24 projetos, sendo que a contrapartida social consistirá em uma palestra na área de artes visuais, em local e data a serem definidos e agendados pela Fundação Cultural de Curitiba. Podem participar pessoas físicas domiciliadas em Curitiba, com comprovada atuação na área de Artes Visuais e trabalhos reconhecidos pelo público ou pela crítica. As inscrições terminam no dia 10 de março de 2008.

Edital Filme Digital – Ficção, Documentário e Animação – Concede apoio financeiro para a realização de projetos inéditos de produção de filme digital, com tema livre nos gêneros ficção, documentário e animação, e locações necessariamente realizadas em Curitiba. Com uma verba total de R$ 360 mil, o edital irá contemplar até seis propostas de curta-metragem digital (com duração mínima de oito minutos e máxima de 15 minutos) e dois projetos de longa-metragem digital (com duração mínima de 70 minutos, contando créditos iniciais e finais).
Podem participar da modalidade curta-metragem digital pessoas físicas domiciliadas em Curitiba e que se enquadrem exclusivamente no conceito de “iniciante”. A modalidade longa-metragem digital será privativa de pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas em Curitiba e que se insiram no conceito “não-iniciantes”. A contrapartida social consistirá na entrega de uma cópia da obra finalizada, uma cópia em Dvcam ou Betacam e cinco cópias em DVD que comporão o acervo da Cinemateca de Curitiba, além de firmar compromisso com a Fundação Cultural de Curitiba sobre os direitos de exibição do filme produzido. As inscrições deverão ser efetuadas até 13 de abril de 2008.

 


Orquestras À Base de Corda e de Sopro se apresentam no 8º Festival Brasil Instrumental
A Orquestra À Base de Corda e a Orquestra À Base de Sopro, mantidas pela Fundação Cultural, participam do 8º Festival Brasil Instrumental, em Tatuí, São Paulo. O Festival começa no dia 7 de fevereiro. Os grupos da Prefeitura de Curitiba se apresentam no dia 14.
A Orquestra À Base de Corda é formada por nove integrantes e o grupo toca repertório exclusivamente brasileiro e abrange todas as épocas, gêneros e estilos da música brasileira - do choro às músicas contemporâneas. Os 17 músicos da Orquestra À Base de Sopro trabalham pela divulgar todos os ritmos da música instrumental brasileira. As duas orquestras surgiram em 1998, durante uma apresentação da Oficina de Música de Curitiba.
A Orquestra À Base de Corda é a primeira a se apresentar, na quinta-feira (14), às 12h, com músicas do CD Antiqüera, primeiro CD da Orquestra lançado na programação da 26ª Oficina de Música de Curitiba, em janeiro. O repertório do CD, com direção musical de João Egashira, apresenta grande diversidade rítmica, bem explorada pelos arranjadores, como o pagode-de-viola em Urubu-rei e o baião na faixa Baião do pé rachado.
No mesmo dia, às 20h30, quem sobe ao palco é a Orquestra À Base de Sopro com as composições do CD Mestre Waltel, lançado em 2007, que reúne composições de Waltel Branco e de integrantes da orquestra. Os grupos também participam de bate-papo com os alunos do Festival.
O Festival Brasil Instrumental nasceu no ano 2000 abrindo as portas do Conservatório de Tatuí para a música instrumental brasileira. A oitava edição acontece de 7 a 17 de fevereiro com a participação de importantes nomes da música como Waltel Branco, Hamilton de Holanda, Lula Galvão, Carrapicho, entre outros. Mais informações podem ser obtidas no endereço eletrônico http://www.conservatoriodetatui.org.br
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BONDADE

um lançamento da Bertrand Brasil

 

BONDADE

de Carol Shields

Ficção Estrangeira - Romance

Páginas : 272

 

Casada há 26 anos com um médico bem-sucedido e mãe de três filhas crescidas, Reta Winters, personagem apresentada por Carol Shields em Bondade, possui motivos que ultrapassam o seio familiar para ser considerada uma pessoa feliz. Trabalha como tradutora de uma famosa intelectual feminista francesa, além de ser autora de um romance que lhe rendeu um singelo sucesso, a ponto de seu editor ter-lhe requisitado a continuação do mesmo. Tudo parece perfeito até que, na primavera de seus 44 anos, em Ontário, onde reside, sua filha mais velha, Norah, toma a decisão repentina de sair de casa para pedir esmolas numa esquina de Toronto. Tudo que carrega consigo é um pratinho de esmolas nas mãos e, no pescoço, uma placa pendurada com a palavra BONDADE escrita à mão. Neste romance, a autora vencedora do Pulitzer e do Canada Council Major Award retrata, de forma intensa e inteligente, com pitadas de humor e perspicácia, a trajetória de Reta em sua busca por tantas respostas.

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Exposição registra história das

alfaiatarias de Curitiba


As alfaiatarias são mostradas em imagens do fotógrafo João Castelo Branco. A pesquisa foi um dos projetos aprovados pelo Fundo Municipal da Cultura.


 


O Memorial de Curitiba abriga a partir do próximo domingo (10) uma exposição fotográfica que registra a história e a prática artesanal da confecção de ternos sob medida. A exposição Alfaiatarias em Curitiba reúne 45 imagens feitas pelo fotógrafo João Castelo Branco e revela o universo de valores dos alfaiates. A pesquisa que deu origem à exposição foi um dos projetos financiados pelo Fundo Municipal da Cultura da Prefeitura de Curitiba, por meio do edital Identificação e Registro do Patrimônio Imaterial, lançado em 2007. A mostra permanece em cartaz até o dia 9 de março.
O projeto – que em breve será lançado em livro - é fruto de uma pesquisa histórica e etnográfica realizada em conjunto com Valéria Oliveira Santos (antropóloga), Dayana Zdebsky de Cordova (produtora e antropóloga) e Fabiano Stoiev (historiador). “No trabalho fotográfico, minhas preocupações foram com o terno (em si mesmo), como articulador do universo de valores da alfaiataria, com a produção do terno (materiais e técnicas), com o trabalho dos alfaiates, e com esse universo de sensações, suscitadas no contato visual com os espaços das alfaiatarias”, explica o fotógrafo.
Em sua pesquisa, João Castelo Branco observou que os alfaiates conservam, ainda hoje, apesar das transformações na moda e na economia do vestuário, um sistema de trabalho que valoriza o serviço bem feito: a perfeição do talhe, a beleza das linhas, o caimento preciso da roupa sob medida, o acabamento meticuloso e artesanal. A maneira peculiar com que os alfaiates manuseiam agulhas e dedais, as pesadas tesouras que dão leveza ao corte, a perícia em ajustar o tecido ao corpo do cliente e a paciência exigida por um caseado feito à mão se conservam como parte do saber-fazer da profissão.
A história registra que no começo do século 19 já existiam aproximadamente 10 alfaiates em Curitiba. A atividade cresceu no final do século, com o estímulo da economia ervateira, a urbanização de Curitiba e a chegada dos imigrantes. A alfaiataria viveu seu melhor momento com a economia do café, entre os anos 30 e 60, com grandes casas de confecção sempre próximas às lojas de tecidos e armarinhos no centro da cidade.
“O processo de pesquisa nos abriu um universo muito rico e muito mais complexo do que poderíamos supor”, diz João Castelo Branco, que pretende continuar com outros projetos abordando questões mais específicas, como as estratégias de reprodução do campo da alfaiataria. O fotógrafo também pretende sair em busca de parâmetros comparativos, pesquisando sobre as alfaiatarias em outras cidades.

 

 

Serviço:
Exposição Alfaiatarias em Curitiba
Data: de 10 de fevereiro (abertura às 10h30) a 9 de março de 2008
Local: Memorial de Curitiba – R. Claudino dos Santos, 79 – Setor Histórico
Horário: de terça a sexta-feira, das 9h às 12h e das 13h às 18h; sábados, domingos e feriados, das 9h às 15h.
Visitas com monitoria podem ser agendadas pelo telefone 3321-3328.
Entrada franca

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LANÇAMENTO BERTRAND BRASIL


O BATISMO DO REI ( CRISTÃOS VOL. II)

 

de Max Gallo

 

Em sua nova trilogia, Max Gallo – autor do qual a Bertrand Brasil já publicou as séries Os Patriotas e Victor Hugo – apresenta uma fascinante saga histórica ambientada na Idade Média. Os Cristãos traz o surgimento da França cristã por meio de três personagens primordiais: Martinho, o primeiro evangelizador dos gauleses; Clóvis, o bárbaro convertido que unificou a Gália e tornou-se o primeiro rei cristão; e Bernardo de Clairvaux, o grande fundador da ordem cisterciense que preconizou a segunda cruzada. O Batismo do Rei é o segundo volume da série, que conta a história de um dos três pilares nos quais se fundamenta a França cristã: Clóvis.

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ACABOU O CARNAVAL




SERÁ QUE AGORA O ANO DE 2008 COMEÇA?

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