Domingo, 4 de Maio de 2008

Sexo à moda patriarcal



feminino e o masculino na obra de Gilberto Freyre

de Fátima Quintas

Gilberto Freyre foi o primeiro antropólogo a contextualizar o papel da mulher na organização social brasileira. Com base na obra freyriana, Fátima Quintas analisa as relações de gênero, em especial o papel das mulheres na vida cotidiana dos engenhos de cana-de-açúcar. Relegadas a segundo plano na historiografia tradicional, elas ganham na perspectiva de Gilberto Freyre a dimensão de agentes construtores e definidores da família açucareira.
Brancas, índias e negras, elas construíram a identidade nacional e definiram o cotidiano familiar na casa-grande. Da senhora branca, enclausurada na rotina de piedades e gestações, às mulatas de carnes rígidas que despertavam o desejo dos sinhôs, essas mulheres desempenharam muitos papéis no cotidiano do Brasil.

Percebidas com aguda sensibilidade por Fátima Quintas, nesta obra essas mulheres ressurgem em fragmentos: ora sensuais, ora maternais, mas sempre presentes na construção da sociedade colonial. Sexo à moda patriarcal é um livro dedicado às portuguesas, negras e índias que, mesmo submetendo-se ao macho branco, fizeram contraponto ao poder fálico do colonizador europeu, participando ativamente na construção da história do Brasil.


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publicado por o editor às 13:44
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TRANSGRESSÕES


de Uzma Aslam Khan

Páginas : 490


Em Transgressões, a escritora Uzma Aslam Kahn transmite ao leitor a sufocante necessidade de se manter as tradições e a família face à opressão diária da rotineira violência política. Da grandiosa e sensual prosperidade das fazendas de seda às ruas superlotadas de Karachi, por meio de uma prosa precisa em suas abordagens sobre amor e política, a autora narra o dia-a-dia do Paquistão contemporâneo e se destaca como uma talentosa observadora das mais variadas situações.

Transgressões, escrito de forma intrincada e sutil, é um importante representante da literatura paquistanesa da atualidade.


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publicado por o editor às 13:43
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TEMPO QUENTE



de Sandra Brown

Páginas:432


Uma família cercada por corrupção e poder é o centro do livro Tempo quente, de Sandra Brown. Tendo como cenário a fictícia Destiny, uma pequena cidade da Louisiana, a autora constrói uma trama recheada de mistério e conflitos, que prende a atenção até a última página. A história gira em torno dos Hoyle, cujo patriarca, Huff, ergueu seu império ao administrar com pulso firme a fundição que pertencia ao sogro, ignorando medidas de segurança no ambiente de trabalho em função do lucro.

A morte do caçula de Huff, Danny, faz com que as coisas comecem a mudar em Destiny. Sayre, a filha rebelde que estava longe há dez anos e havia adotado o sobrenome de solteira da mãe para se livrar de qualquer ligação com os Hoyle, quebra a promessa feita a si mesma e volta à cidade natal para o enterro. Ao chegar, ela conhece Beck Merchant, advogado da Hoyle Enterprises e assessor direto de seu pai, que lhe dá uma notícia chocante: a polícia desconfia que o suicídio de Danny tenha sido, na verdade, um caso de assassinato.

Decidida a não ir embora sem descobrir a verdade sobre o irmão mais novo, Sayre começa a investigar por conta própria. Para ela, o culpado pelo que aconteceu a Danny pode ser alguém muito próximo: Chris, o primogênito de Huff e o mais parecido com o pai, de quem é braço direito na empresa. A suspeita de Sayre é reforçada por uma história antiga: a morte de Gene Iverson, empregado da fundição, que levou o filho mais velho de Huff ao banco dos réus, anos antes. Mesmo absolvido no tribunal, Chris não consegue convencer a irmã de sua inocência.

Paralelamente, crescem as pressões do governo e de entidades de defesa dos trabalhadores por melhores condições para os funcionários da Hoyle Enterprises. Charles Nielson, um advogado trabalhista, está de olho nas atividades da empresa e disposto a ser uma pedra no sapato de Huff e Chris. Quando um acidente grave faz com que Billy Paulik perca um braço durante o serviço, o cerco começa a se fechar: a mulher da vítima se recusa a ficar de boca fechada e pretende levar o caso à Justiça, enquanto alguns empregados pensam em fazer greve.

Tempo quente ainda tem uma pitada de romance, com a atração crescente entre Sayre e Beck. Conseguirá ela abrir mão de suas convicções e levar essa história adiante, se envolvendo com alguém tão próximo ao universo que tanto despreza? É possível deixar o passado para trás, com todos os segredos que ele guarda? Sandra Brown responde a essas perguntas com um desfecho surpreendente.

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publicado por o editor às 13:42
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A INOCÊNCIA DOS PÁSSAROS


de Scott Simon

Páginas : 490


Scott Simon, premiado jornalista da NPR (National Public Radio), cobriu o cerco a Sarajevo e entrevistou várias jovens que serviam como atiradoras de elite. Inspirado nessas conversas, escreveu A inocência dos pássaros, seu primeiro romance. Simon dá vida a Irena, de 17 anos, uma estrela do time de basquete da escola, fã de Madonna, Michael Jordan e Johnny Depp, que, depois de iniciada a violência e o terror da “limpeza étnica” contra os muçulmanos, acaba se juntando a um grupo de rebeldes e, numa Sarajevo transformada em campo de batalha, passa a vivenciar intensamente uma guerra que antes só conhecia através de filmes e livros. Na visão do escritor Scott Turow, a obra é “a melhor estréia de um grande jornalista na ficção desde Tom Wolfe”.
A inocência dos pássaros, de Scott Simon, é uma obra de emoções profundas – humores e horrores. Uma história narrada de forma precisa, um romance de estréia digno de nota.

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publicado por o editor às 13:41
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SEM DEIXAR RASTROS


de Sean Doolittle

Páginas:268

Editado no Brasil, agora, pela primeira vez, o americano Sean Doolittle não será apenas mais um escritor a ocupar as estantes de romance policial nas livrarias. Reconhecido nos Estados Unidos e elogiado por ficcionistas do porte de Dennis Lehane e Michael Connelly, Doolittle é a aposta da nova safra de autores policiais. A justificativa é simples: em seus livros, o mais importante não é quem matou. O que está em jogo são as conseqüências e os bastidores dos assassinatos. É justamente essa reunião de tramas e armadilhas que vão seduzir os leitores em Sem deixar rastros.

O policial Matthew Worth fica completamente perdido após se divorciar de Sondra. Sua ex-mulher o trocara por um detetive de homicídios. Inconformado com a descoberta, Worth perde o controle. O resultado é o afastamento temporário do policial das ruas e o início de um tratamento psiquiátrico. Em observação, Worth é remanejado para o supermercado SaveMore. Lá, trabalha como vigia noturno e se diverte ajudando a empacotar as compras: “Papel ou plástico?”, pergunta a cada cliente.

Apesar do supermercado estar localizado em uma região violenta, Worth jamais pensou que sua vida pudesse mudar da noite para o dia, literalmente. Homem de poucas palavras e muita observação, o policial tem um carinho especial pela jovem Gwen, que trabalha como caixa no mercado. Ele não sabia, no entanto, a dimensão de tal admiração. Tampouco onde ela o levaria.

Numa noite, Gwen liga para Matt (é assim que ela o chama) e pede ajuda. De imediato, o policial vai até o apartamento da jovem. No chão, um homem morto. Em pé, Gwen desesperada. O corpo é de Russell, namorado de Gwen que constantemente a agredia. Como policial, Worth deveria ligar para o distrito e fazer a ocorrência. Mas seu coração fala mais alto. Quando se dá conta, está no carro de Russell, com arma no porta-luvas, dinheiro escondido e o corpo na mala.

Munido de vários personagens, todos muito bem construídos, Sean Doolittle desenvolve um thriller realista, misterioso e passional nos melhores moldes da tradição noir. Dividido em capítulos e em subcapítulos, a narrativa cortante, direta e descritiva provoca um efeito cinematográfico: cada parágrafo, uma cena. A não-linearidade da escrita, o vai-e-volta no tempo e o entrelace de várias histórias e pensamentos deixam ainda mais rica a leitura de Sem deixar rastros.

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publicado por o editor às 13:38
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