Domingo, 12 de Dezembro de 2010

Filosofia com Crianças e Pais



Filosofia com Crianças e Pais
Clube Literário do Porto
Sábado 18 de Dezembro


Sessão 1 - 6 aos 9 anos (10h30 - 12h00)
Sessão 2 - 10 aos 14 (15h00 - 16h30)


Organização: Tomás Magalhães Carneiro / Grupo de Filosofia na Educação do Instituto de Filosofia da Universidade do Porto
Valor: 10€ (criança + 1 pai/mãe)
Inscrições: revistaumcafe@gmail.com (max. 10 inscrições)
http://filosofiacritica.wordpress.com/

 

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Terça-feira, 7 de Dezembro de 2010

ADEUS AMIGO !

ADEUS AMIGO !


Hoje (às 00:00 hrs do dia 7 de dezembro de 2010) perdemos umas pessoas mais cativantes e importantes em nossa família do SUPLEMENTO CULTURAL . Era um Cruz um Rac'z. Lutou pela vida como valororoso que era mas... A vida pode escoar pelo ralo quando menos se espera. Foi meu amigo nos porres, nas insonias, e foi acima de tudo generoso! Da Rua Paim em São Paulo para o mundo! E quantas mudanças não foram. Veio dar adeus perto do mar. Talvez tenha alguma coisa transcendental nisso. Deixa um enorme torpor em mim que qualquer hora vai desabar, e não vai ser fácil! Deixa inconsolável aquela que o considerava seu filho (o Fifilho, o Adolfo - como nosso vizinho diria)...e sei lá mais que tudo me confunde nesta hora. Como um SAGRADO DA BIRMÂNIA " O gato do templo é apegado ao dono e muito dócil " que descende dos animais antigos gatos criados nos templos budistas. Famosos pelo seu caráter tranqüilo e, ao mesmo tempo, sociável. Esse amigo gostava de brincar, era inteligente e alegre.
Esses gatos são sociais e muito inteligentes, e tem uma vantagem sobre os siameses: não são ciumentos. Geralmente eles elegem uma pessoa de temperamento calmo como. Fiel, dedica-se totalmente a seu “escolhido” e fica com muitas saudades quando seu dono não está em casa. É conhecido também por seu miado doce.

Mas,ele não era da Birmania, era do vuco-vuco da rua Paim. Paulistano total!
Tenho um verdadeiro buraco, não virtual em minha vida, mas espero que na melhor tradição induista ele esteja voltando, como um garoto bonito e companheiro. Lutou até o fim, talvez sentindo as dores da batalha com Arjuna. Sr Ganeshe o acompanhou, e os demonios ficaram em suas morafas com medo de se aproximar. Logico que não foi... feliz! tinha muita vida pra viver. MAS...

Para ele e por sua redenção mudo este momento por um poema que para mim sempre irradiou a valente força...

Para Sempre Edgard Allan

assinado
...seu pai!


"O CORVO"
por MACHADO DE ASSIS


EM CERTO DIA, à hora, à hora Da meia-noite que apavora, Eu caindo de sono e exausto de fadiga Ão pé de muita lauda antiga, De uma velha doutrina, agora morta, Ia pensando, quando ouvi à porta Do meu quarto um soar devagarinho E disse estas palavras tais: "E alguém que me bate à porta de mansinho; Há de ser isso e nada mais. " Ah! bem me lembro! bem me lembro! Era no glacial dezembro; Cada brasa do lar sobre o chão refletia A sua última agonia. Eu, ansioso pelo sol, buscava Sacar daqueles livros que estudava Repouso (em vão!) à dor esmagadora Destas saudades imortais Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora, E que ninguém chamará jamais. E o rumor triste, vago, brando Das cortinas ia acordando Dentro em meu coração um rumor não sabido Nunca por ele padecido. Enfim, por aplacá-lo aqui no peito Levantei-me de pronto e: "Com efeito (Disse) é visita amiga e retardada Que bate a estas horas tais. E visita que pede à minha porta entrada: Há de ser isso e nada mais. " Minhalma então sentiu-se forte; Não mais vacilo e desta sorte Falo: "Imploro de vós ou senhor ou senhora -Me desculpeis tanta demora.Mas como eu, precisado de descanso, Já cochilava, e tão de manso e manso Batestes, não fui logo prestemente, Certificar-me que aí estais." Disse: a porta escancaro, acho a noite somente, Somente a noite, e nada mais. Com longo olhar escruto a sombra, Que me amedronta, que me assombra, E sonho o que nenhum mortal há já sonhado, Mas o silêncio amplo e calado, Calado fica; a quietação quieta: Só tu, palavra única e dileta, Lenora, tu como um suspiro escasso, Da minha triste boca sais; E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço; Foi isso apenas, nada mais. Entro co'a alma incendiada. Logo depois outra pancada Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela: "Seguramente, há na janela Alguma coisa que sussurra. Abramos. Eia, fora o temor, eia, vejamos A explicação do caso misterioso Dessas duas pancadas tais. Devolvamos a paz ao coração medroso. Obra do vento e nada mais." Abro a janela e, de repente, Vejo tumultuosamente Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias. Não despendeu em cortesias Um minuto, um instante. Tinha o aspecto De um lorde ou de uma lady. E pronto e reto Movendo no ar as suas negras alas. Acima voa dos portais, Trepa, no a!to da porta, em um busto de Palas; Trepado fica, e nada mais. Diante da ave feia e escura, Naquela rígida postura, Com o gesto severo - o triste pensamento Sorriu-me ali por um momento, E eu disse: "O tu que das noturnas plagas Vens, embora a cabeça nua tragas, Sem topete, não és ave medrosa, Dize os teus nomes senhoriais: Como te chamas tu na grande noite umbrosa?" E o corvo disse: "Nunca mais." Vendo que o pássaro entendia A pergunta que lhe eu fazia, Fico atônito, embora a resposta que dera Dificilmente Iha entendera. Na verdade, jamais homem há visto Coisa na terra semelhante a isto: Uma ave negra, friamente posta, Num busto, acima dos portais, Ouvir uma pergunta e dizer em resposta Que este é o seu nome: "Nunca mais." No entanto, o corvo solitário Não teve outro vocabulário, Como se essa palavra que ali disse Toda sua alma resumisse. Nenhuma outra proferiu, nenhuma, Não chegou a mexer uma só pluma, Até que eu murmurei: "Perdi outrora Tantos amigos tão leais! Perderei também este em regressando a aurora." E o corvo disse: "Nunca mais. Estremeço. A resposta ouvida tão exata! é tão cabida! "Certamente, digo eu, essa é toda a ciência Que ele trouxe da convivência De algum mestre infeliz e acabrunhado Que o implacável destino há castigado Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga, Que dos seus cantos usuais Só lhe ficou, da amarga e última cantiga, Esse estribilho: "Nunca mais. Segunda vez, nesse momento, Sorriu-me o triste pensamento; Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo; E mergulhando no veludo Da poltrona que eu mesmo ali trouxera Achar procuro a lúgubre quimera. A alma, o sentido, o pávido segredo Daquelas sílabas fatais, Entender o que quis dizer a ave do medo Grasnando a frase: "Nunca mais. Assim, posto, devaneando, Meditando, conjecturando, Não lhe falava mais; mas se lhe não falava, Sentia o olhar que me abrasava, Conjecturando fui, tranquilo, a gosto, Com a cabeça no macio encosto, Onde os raios da lâmpada caíam, Onde as tranças angelicais De outra cabeça outrora ali se desparziam. E agora não se esparzem mais. Supus então que o ar, mais denso, Todo se enchia de um incenso. Obra de serafins que, pelo chão roçando Do quarto, estavam meneando Um ligeiro turíbulo invisível; E eu exclamei então: "Um Deus sensível Manda repouso à dor que te devora Destas saudades imortais. Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora." E o corvo disse: "Nunca mais. "Profeta, ou o que quer que sejas! Ave ou demônio que negrejas! Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno Onde reside o mal eterno, Ou simplesmente náufrago escapado Venhas do temporal que te há lançado Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo Tem os seus lares triunfais, Dize-me: "Existe acaso um bálsamo no mundo?" E o corvo disse: "Nunca mais. "Profeta, ou o que quer que sejas! Ave ou demônio que negrejas! Profeta sempre, escuta, atende. escuta, atende! Por esse céu que além se estende, Pelo Deus que ambos adoramos, fala, Dize a esta alma se é dado inda escutá-la No Éden celeste a virgem que ela chora Nestes retiros sepulcrais. Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!" E o corvo disse: "Nunca mais. "Ave ou demônio que negrejas! Profeta, ou o que quer que sejas! Cessa, ai, cessa!, clamei, levantando-me, cessa! Regressa ao temporal, regressa  tua noite, deixa-me comigo. Vai-te, não fique no meu casto abrigo Pluma que lembre essa mentira tua, Tira-me ao peito essas fatais Garras que abrindo vão a minha dor já crua.', E o corvo disse: "Nunca mais. E o corvo aí fica, ei-lo trepado No branco mármore lavrado Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho. Parece, ao ver-lhe o duro cenho, Um demônio sonhando. A luz caída Do lampião sobre a ave aborrecida No chão espraia a triste sombra; e fora Daquelas linhas funerais Que flutuam no chão, a minha alma que chora Não sai mais, nunca mais! E A POE

 

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Segunda-feira, 6 de Dezembro de 2010

A História Secreta da Política Ocidental


A História Secreta da Política Ocidental

de Gary Lachman


O elo entre o oculto e a política é tão antigo quanto a própria política. Na Antiguidade, magos do Egito e da China transformavam em leis as mensagens dos deuses. Nos dias de hoje, esse elo se tornou obscuro, limitado principalmente a estudos sobre o “lado sombrio” do fascismo. Mas o crítico da contracultura Gary Lachman mostra que também existe uma política ocultista “progressista”, democrática.

Em A História Secreta da Política Ocidental (Editora Cultrix), Lachman explica como as ideias ocultistas ajudaram a formar a política do Ocidente, abrangendo desde os Cavaleiros Templários e a Maçonaria até as revoluções francesa e americana; a ligação do espiritismo com o feminismo; a teosofia e sua ligação com a independência da Índia; a busca por Shambhala pelo Partido Nazista e suas raízes esotéricas; a retomada ocultista dos anos 60 pelo movimento da contracultura e o fundamentalismo cristão nos Estados Unidos de hoje.

A crítica feita por Lachman a políticos ocultistas como Annie Besant, Emanuel Swedenborg, Nicholas Roerich, René Guénon, Julius Evola, Rudolf Steiner, Mircea Eliade, C. G. Jung e Aleister Crowley mostra que a política continua sendo tão influenciada pelo esoterismo como sempre foi.

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UM LANÇAMENTO

 

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NOS QUE ADORAMOS UM DOCUMENTARIO







Nós que adoramos um documentário
de ANA RUSCHE


Tudo indica que 'Nós que Adoramos um Documentário' seja a autobiografia da própria autora. Três partes retratam momentos de sua infância em Ubatuba (1983), a vida adulta em São Paulo (2009) e prevê futuros novamente em Ubatuba (2037). Pensado como objeto, o livro traz muitas folhas em branco, a brochura torna-se também um caderno de anotações do próprio leitor e quem sabe até um outro livro de poemas. É o terceiro livro de poemas da Ana Rüsche, delicie-se com essa autobiografia inventada em versos.





Lançamento

 

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Arquivos Secretos do Vaticano e a Franco-Maçonaria



Arquivos Secretos do Vaticano e a Franco-Maçonaria
de Jose A. Ferrer Benimeli


Páginas: 832




Os estatutos e os rituais da Franco-Maçonaria medieval - que se enraíza na tradição das corporações dos pedreiros, construtores de catedrais - atestam seu espírito cristão e a vontade de admitir em sua classe os respeitosos artesãos da moral e dos dogmas da Igreja Católica Romana.

Em sua árdua pesquisa, feita nos Arquivos Secretos do Vaticano e de toda a Europa, o autor relata a extrema complexidade das relações entre a Igreja e a Maçonaria, e de que maneira suas teses abusivamente simplificadas sustentam a excessiva desconfiança e oposição do Catolicismo em relação a uma sociedade fraternal, cujos integrantes, na maior parte, jamais pensaram em conspirar para a ruína do trono e do altar.




UM LANÇAMENTO



 

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Sábado, 4 de Dezembro de 2010

As glórias de Srila Prabhupada







Brahmananda: Prabhupada estava determinado a publicar o Bhagavad gita Como Ele É, mas não tínhamos dinheiro suficiente para imprimi-lo por conta própria. Allen Ginsberg, que não era um devoto, mas era muito simpatizante e entusiasmado, tentou ajudar. Allen havia estado na Índia e gostava de cantar. Prabhupada tinha instruído ele a cantar Hare Krishna antes de ler poesia, e Allen costumava fazer isso. Ele deu a Prabhupada um harmônio que havia trazido da Índia. Ele também fazia doações, e estava ajudando com os papéis de imigração de Prabhupada. Allen enviou o manuscrito do Bhagavad gita de Prabhupada para os editores dele, mas eles rejeitaram-no. Ele o enviou a outras editoras, e elas também o rejeitaram. Depois de seis meses de tentativas, ele perdeu o interesse. Prabhupada deu o manuscrito a Rayrama, que era o editor da revista De Volta ao Supremo. Rayrama o enviou aos editores acadêmicos, e novamente todos o rejeitaram. Ele desistiu. Em seguida, Prabhupada me deu o manuscrito. Naquela época, eu pude ver que aquele livro não tinha valor comercial. Cada página era sobre a consciência de Krishna. Pensei, “ Se você não for consciente de Krishna, e não estiver interessado em consciência de Krishna, não terá interesse nesta obra.” Não havia poesia imaginária, comentários eruditos, de acadêmicos ou coisas esotéricas. Eu não tinha fé, e não sabia o que fazer. Fui até às livrarias e bibliotecas para aprender como publicar um livro.



Neste ínterim, Prabhupada havia gravado o disco Hare Krishna, que atraíra o interesse dos Beatles, e estava vendendo bem. Uma estação de rádio alternativa, WBAI, tocava o disco ininterruptamente por dez horas.



Eu costumava apanhar as correspondências, trazê-las para Prabhupada, e nós dois as líamos juntos. Ele ditava as respostas e eu anotava. Certo dia, chegou um pedido do disco proveniente da editora internacional Macmillan. O pedido estava como o timbre da MacMillan e havia um cheque anexo. Corri até Prabhupada e disse, “Prabhupada, alguém escreveu da MacMillan!” Não sabia o que fazer. Estava paralisado. Prabhupada teve que nos dizer tudo. Ele pensou por um instante e disse, “Leve você pessoalmente o disco amanhã. Diga à pessoa que você tem um Bhagavad gita que deseja publicar.” Eu disse, “Okay.” “Devo levar o manuscrito comigo?” Ele disse, “Apenas diga a eles”. Eu disse, “Tudo bem. Mas devo dizer algo sobre o senhor como o autor. Talvez eu devesse levar alguns dos livros que o senhor publicou na Índia.” Ele respondeu, “Não. Apenas diga a eles que você tem um Bhagavad gita para publicar.” Eu disse, “Está certo.”



No dia seguinte, vesti um terno e gravata e fui até ao arranha-céu da companhia MacMillan. A pessoa que comprou o disco era um contador. Ele trabalhava com números e não tinha nada a ver com publicações. Eu estava pensando, “Como vou dizer a ele? O que vou dizer a ele?” Nós estávamos falando sobre o disco e o mantra e eu estava perplexo. Então a porta se abriu, e de repente, o contador disse, “Este é James Wade. Ele é o nosso editor sênior.” Apertei a mão do Sr. Wade, olhei diretamente para ele e disse, “Eu tenho um Bhagavad gita para publicar.” Ele perguntou, “Um Bhagavad gita? De um Swami? Um Swami indiano? Aqui em Nova Iorque? Ele escreveu o livro ele mesmo?” Eu respondi, “Sim.” Ele indagou, “Completo? O Bhagavad gita inteiro?” Eu repliquei, “Sim, sim.” Ele disse, “Isto é exatamente o que estou procurando para completar minha seção de religião. Tenho sobre o Budismo, o Alcorão. Temos tudo, mas não dispomos de um Bhagavad gita. Nós iremos publicá-lo.”



Não pude acreditar no que acontecera. Ele concordou em publicá-lo sem ver o manuscrito. Todos os outros haviam recusado por qualquer que fosse a razão, e aqui ele tinha concordado sem nem sequer vê-lo. Corri para Prabhupada e contei-lhe a respeito. Eu estava tão agitado. Prabhupada acenou afirmativamente como se já estivesse esperando por isso.





- Do livro “Memories”, traduzido por Vyasa Das (DVS)

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Venha participar do maior evento mundial de distribuição de livros



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Poemas de Fernando Pessoa e Manuel Bandeira nas vozes do Coro da Camerata







Coro da Camerata faz suas últimas apresentações do ano na Capela Santa Maria, nesta sexta-feira e sábado (3 e 4).



O Coro da Camerata Antiqua de Curitiba faz as suas últimas apresentações do ano com um repertório de músicas corais brasileiras que aproximam a obra de grandes poetas e compositores. O concerto, sob a regência do maestro paulista Dario Sotelo, será realizado nesta sexta-feira (3), às 20h, e sábado (4), às 18h30, na Capela Santa Maria.

Serão apresentadas composições de Ronaldo Miranda, José Vieira Brandão e Domenico Barbieri, feitas a partir de poemas de Fernando Pessoa (“Três cânticos breves”) e Manuel Bandeira (“Cussaruim em 2 Tempos” e “André”). Uma das composições, “Curumim”, tem letra e música de Almeida Prado. O programa também privilegia temas folclóricos brasileiros, compostos para canto coral por Cláudio Santoro, Emmanuel Coelho Maciel, Henrique Korenchendle e Lindembergue Cardoso.

Todas as composições, pela primeira vez executadas pelo Coro da Camerata, fazem parte de um conjunto de 77 partituras encomendadas a compositores em atividade na década de 1970 e editadas na mesma época pela Funarte. Foi um projeto desenvolvido exclusivamente para músicas destinadas a coros, abrangendo desde arranjos sobre motivos folclóricos a obras originais de várias tendências.

Recentemente foram reeditadas 37 dessas partituras, agora apresentadas em versão digitada e com mais informações envolvendo questões técnicas e estilísticas. Para o maestro Dario Sotelo, esse foi um dos principais projetos institucionais em benefício da música erudita brasileira. “Foi um projeto maravilhoso. Não tenho notícia de outra iniciativa tão importante como essa, unindo grandes compositores com grandes poetas. Trata-se de um patrimônio cultural e musical importantíssimo”, afirma.



Apesar da sua importância, o conjunto de obras para coro editadas pela Funarte foi pouco aproveitado pelos grupos brasileiros e, portanto, ainda é necessária a maior divulgação dessas partituras. “O Coro da Camerata, com esse concerto, contribui para divulgar esse patrimônio e para consolidar uma forma de interpretar cada composição. O repertório famoso de Handel, por exemplo, é executado há mais de 300 anos. Já foi cantado por muita gente. Mas essas composições brasileiras precisam ser cantadas para que possam ser buriladas e aperfeiçoadas. Então o Coro da Camerata também dá a sua contribuição nesse sentido”, diz o maestro.

A temporada de concertos do Coro da Camerata, da Orquestra de Câmara e da Camerata Antiqua de Curitiba foi patrocinada este ano pela Volvo. A temporada encerra nos dias 17 e 18, com as apresentações de Natal da Camerata Antiqua de Curitiba.

Serviço: Coro da Camerata Antiqua de Curitiba, sob regência de Dario Sotelo Local: Capela Santa Maria – Espaço Cultural (Rua Conselheiro Laurindo, 273 – Centro) Datas e horários: dia 3 de dezembro (sexta-feira), às 20h, e 4 de dezembro (sábado), às 18h30 Ingressos: R$ 10 ou R$ 5 mais um quilo de alimento não perecível

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Seminário avançado reúne estudiosos e apreciadores do universo literário de Clarice Lispector





Clarice Lispector é uma das escritoras mais celebradas, discutidas e difundidas da contemporaneidade. Sua extensa obra tem como tema principal a vida. Com sutileza, ela fala da existência, do ato de ser, das diversas maneiras de olhar o mundo.

Em 2010, comemoram-se os 90 anos de nascimento dessa importante escritora brasileira e os 50 anos do lançamento de seu livro de contos "Laços de Família". Foi para marcar essas datas, divulgar sua obra, estimulando a reflexão sobre sua escrita, que nasceu a ideia do Seminário Avançado CLARICE: UMA PAIXÃO, que o Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) realiza no período de 08 a 10 de dezembro (quarta-feira a sexta-feira), sempre de 14 horas às 18 horas. Inscrições gratuitas estão abertas até o próximo dia 08.

O objetivo do Seminário é reunir estudiosos, estudantes e apreciadores para uma imersão no universo clariceano. Os convidados para o evento são, antes de tudo, amantes desse mundo de palavras e pensamento, sendo provenientes de diferentes áreas: literatura, cinema, linguagens visuais diversificadas, artes plásticas, direito, psicologia, sustentabilidade, entre outras, assumindo, por isso, pontos de vista distintos sobre o mesmo objeto. Desse modo, no decorrer do Seminário, será montada uma imagem multifacetada da escritora, apreendendo as diversas nuances de sua obra/vida, através de leituras distintas.

Também fazem parte da programação um conjunto de eventos e ações de cunho sócio-cultural que, realizados de forma paralela, tem o objetivo de incluir um maior número de pessoas no mundo criado por Clarice, verificando como a voz dessa escritora, às vezes apontada como hermética, repercute de forma intensa em nossa contemporaneidade.

Essa revelação - esse momento de espanto - pode acontecer por meio da literatura, assim como através do cinema, das histórias sobre sua vida, dos registros nos papéis de carta, das possíveis descobertas dos estudos literários, das diversas vozes que dizem Clarice. Pode acontecer também através de tantas linguagens outras: vídeos, fanzines, grafitti etc. Pode ter, inclusive, o gosto do inesperado, pois, quem diz Clarice diz surpresa, como se sabe.

Na lista de palestrantes convidados, constam nomes como:

* Augusto Ferraz, escritor pernambucano, amigo pessoal e correspondente da homenageada. Divide com o público cartas inéditas, tesouros de seu arquivo pessoal, trocadas com Clarice, entre 1975 e 1977.

* Taciana Oliveira, cineasta pernambucana, diretora do filme "A Descoberta do Mundo", em fase de edição, no qual se propõe a narrar a vida de Clarice Lispector enlaçando imagem e texto.

* Teresa Montero, autora de "Eu sou uma pergunta: uma biografia de Clarice Lispector" (Rocco, 1998), um dos mais completos e conceituados livros sobre a escritora.

* Ricardo Iannace, professor universitário, autor de "A Leitora Clarice Lispector" (2001) e "Retratos de Clarice Lispector" (2009).

* Vera Moraes, professora do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal do Ceará (UFC). Doutora em Sociologia pela UFC. Pós-doutora pela USP, com pesquisa sobre Clarice Lispector.

* Miguel Leocádio Araújo, Mestre em Literatura Brasileira (UFC), com dissertação sobre Clarice, professor da Universidade Estadual do Ceará.

* Elenice Lima, mestranda em Literatura Comparada pela UFC, pesquisadora das questões dos afetos em Clarice.

* Anna Karine Lima (SDH/UFC), escritora, pesquisadora da vida e obra de Clarice Lispector. Coordena o Programa "Ler é Ter Direitos" da SDH.

* Fernanda Coutinho, professora do Departamento de Literatura e do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFC. Doutora em Teoria da Literatura, UFPE, 2004, e Pós-Doutora em Literatura Comparada, UFMG, Universidade de Paris, Sorbonne (Paris IV), 2010.



Conheça a seguir a programação do Seminário CLARICE: UMA PAIXÃO:



08/12/2010 (quarta-feira)

14:00h - Abertura do Seminário

Boas-vindas aos participantes

14:15 h - Exibição de vídeo amador: Clarices

Depoimento sobre making-of do vídeo e impressões da plateia

14:30 às 15:30 h - Enlaçando Vozes I - Uma Clarice, muitos laços: Conversas sobre afetos, vida, literatura e cinema.

Com: Taciana Oliveira, cineasta, diretora de A Descoberta do mundo, Augusto Ferraz, escritor e amigo pessoal de Clarice, Anna Karine Lima, artista plástica e leitora de Clarice, Fernanda Coutinho, professora do Curso de Letras da UFC, pesquisadora da obra clariceana

16:00 às 16:30h - Intervalo para café

16:30 às 17:30 h - Enlaçando Vozes II - Laços de Família I

Com: Vera Moraes e Odalice de Castro Silva, professoras do Curso de Letras da UFC, pesquisadoras da obra clariceana, e Grupo de estudos Representações dos Afetos Femininos na Literatura Brasileira/UFC

Luciana Braga; Laís Oliveira, com co-autoria de Cintia de Castro e Sayonara Bessa Cidrack, com co-autoria de Janne Maria Mesquita

Contraponto temático: "Clarice Lispector colunista feminina"

Marta Milene Gomes de Araújo (Mestrado em Teoria da Literatura, UFPE)

18:00 h - Abertura das exposições Construindo a Descoberta "Os acordes para um filme" (Taciana Oliveira) e Luminescência (Anna Karine Lima) e "Clarice: paixões" (Fernanda Coutinho e Beatriz Saldanha)





09/12/2010 (quinta-feira)

14:00 às 15:30 h - Enlaçando Vozes III - Leituras em torno de Clarice

Com: Ricardo Iannace, autor de A Leitora Clarice (2001) e Retratos em Clarice Lispector: Literatura, Pintura e Fotografia (2009), Ilza Matias de Souza, professora do Departamento de Literatura da UFRN e Vera Moraes

Mediação: Miguel Leocádio Araújo, professor da UECE

15:30 h às 16:00 - Intervalo para café

16:30 às 17:30 - Enlaçando Vozes IV - Laços de Família II

Com: Fernanda Coutinho e Grupo de estudos Representações dos Afetos Femininos na Literatura Brasileira/UFC (Elenice Lima, Lilian Martins e Diego Nascimento Araújo)

Mediação: Vera Moraes

17:30h às 18:00h - Enlaçando Vozes V - Clarice e outros olhares

Projecto Clarice: exibições de vídeos da artista portuguesa Patrícia Lino

18:00h às 18:20h Urbe/arte - Discussão com o público: Carlos Eduardo Bezerra, Doutor em Literatura e vida social (UNESP/Assis)



18:20h - Enlaçando Vozes VI - A celebração de muitas palavras

Exibição de vídeo-amador Vozes, vozes, vozes

Laboratório de leitura com crianças: Passagens de O Mistério do Coelho pensante, A Vida íntima de Laura, A Mulher que matou os peixes e Quase de verdade

Depoimento sobre making-of do vídeo e impressões da plateia

10/12/2010 (sexta-feira)

14:00h às 15:30h - Enlaçando Vozes VII - O Rio de Clarice

Com: Teresa Monteiro, autora de Clarice na cabeceira e Taciana Oliveira, cineasta, diretora de A Descoberta do mundo.

15:30 h às 15:45 - Intervalo para café

16:45h às 17:00h Leitura e sedução: Leitura espontânea de textos de Clarice por parte da plateia

17:00 h às 18:00h - Enlaçando Vozes VIII - Clarice, nós, seus leitores!

Com: Augusto Ferraz, Ricardo Iannace, Taciana Oliveira e Teresa Montero

Mediação: Anna Karina e Fernanda Coutinho



18:15h - Lançamentos literários

 

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Editora lança livro na 9ª Expo Brasil Desenvolvimento Local


O livro Política Nacional de Desenvolvimento Local: Riscos e oportunidades - uma agenda de mudanças estruturais, organizado por Ladislau Dowbor e Marcio Pochmann será lançado dia 03/12, das 13h40 às 14h20, durante a 9ª Expo Brasil Desenvolvimento Local (Centro de Convenções Sulamérica, Av. Paulo de Frontin, Cidade Nova - RJ).

UM LANÇAMENTO

 

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