Terça-feira, 30 de Julho de 2013

Cinema e Literatura no Pauliceia Literária

 





Intrinsecamente ligados um ao outro, com a adaptação de obras literárias para tela, o Cinema e a Literatura serão tema de umas das mesas da 1ª edição do Pauliceia Literária, festival de literatura que a capital paulista ganha em setembro, e que nasce com a proposta de se inserir, com padrão de excelência, na agenda cultural da cidade, do país e no painel literário internacional.

Philippe Claudel, escritor, roteirista e cineasta francês, e Richard Skinner, escritor inglês e professor de oficinas literárias, debatem as características que separam a linguagem narrativa do cinema e da literatura, os pontos em comum entre as duas artes e a diferença da autoria na literatura e no cinema. Temas como a linguagem própria e independência artística do cinema ao longo do século XX também estão na pauta do bate-papo entre os autores. A conversa será ilustrada com trechos do filme “Há tanto tempo que te amo”, de Philippe Claudel.

Skinner escreveu inúmeros romances e é atual professor diretor do prestigioso curso Como escrever um romance da Faber Academy. Entre seus livros, está The Red Dancer, e o famoso Fiction Writing – The Essencial Guide To Writing a Novel, ainda sem editora no Brasil. O escritor ministrará uma oficina literária durante o festival, com a mesma proposta do renomado curso da Faber, que ensina como escrever um romance.

Claudel é mestre de conferências na Universidade de Nancy, onde leciona no Instituto Europeu de Cinema e Audiovisual, e autor de diversos romances, mas nenhum ainda publicado por aqui. Há tanto tempo que te amo, filme de 2008, estrelado por Kristin Scott Thomas, foi adaptado de uma de suas novelas. As obras dos dois autores são inéditas no Brasil.

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publicado por o editor às 00:40
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GALERIA MÔNICA FILGUEIRAS PRESTA HOMENAGEM A LEÓN FERRARI

 






Pela ética, pela estética, por este brilho no olhar

e por tudo e muito mais,

a Galeria Mônica Filgueiras

presta homenagem ao artista León Ferrari,

morto no último dia 25 de julho,

com uma exposição de desenhos,

gravuras e pinturas que

fazem parte do acervo da galeria.



de 31 de julho a 7 de agosto.

 

O artista León Ferrari e a  Galerista Mônica Filgueiras





Segundo o jornal  The New York Times,

o argentino era um dos cinco artistas plásticos mais

provocadores e importantes do mundo.

Os pilares de sua obra foram as guerras,

todas as formas de intolerância e a religião.



Serviço

Homenagem ao artista León Ferrari

15 obras entre desenhos, gravuras e pinturas

Exposição: de 31 de julho até 7 de agosto

Local: Galeria Mônica Filgueiras
Rua Bela Cintra, 1533 Tel (11) 3082-5292

Horário: 2a a 6ª feira, das 10h às 19h
Sábado, das 10h às 14h30
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Diretores paranaenses lançam curtas-metragens na Cinemateca

 




Nesta quarta-feira (31), com sessão gratuita às 19h30, a Cinemateca de Curitiba abriga o lançamento dos curtas-metragens Tesouro, dirigido por Carla Pioli e Willy Schumann; e Radinho de Pilha, de Roberto Carlos de Oliveira. Os dois filmes foram finalizados em maio deste ano e têm classificação livre.

Carla Pioli estreia como diretora em Tesouro, trazendo no currículo mais de uma década de atuação como produtora de cinema, com vários curtas, médias e longas-metragens, dentro e fora do Paraná. Nessa primeira experiência na direção, Carla tem a parceria de Willy Schumann, um dos nomes de destaque na filmografia paranaense.

Uma adaptação do conto Causos II, de O Livro dos Abraços, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, Tesouro (PR – 18’ – ficção – digital) narra um episódio na vida de um velho solitário, a importância de seu passado e o quanto esse passado pode ser transformador. O filme já foi selecionado para os festivais Audiovisual Mercosul, em Florianópolis, e Brasil Internacional de Cinema do Rio de Janeiro, reunindo no elenco Luthero Almeida, Jota Eme, Marcos Sabóia, Waldi Teixeira, além do próprio Willy Schumann.

Radinho de Pilha (PR – 12’ – ficção – digital) também marca a estreia de Roberto Carlos de Oliveira (Tinho) como diretor. O filme questiona: A vida vale um radinho de pilha? E responde: A vida é o sonho de cada um. No elenco da produção estão os atores paranaenses Silvia Monteiro, Luiz Carlos Pazzello e Rosana Stavis, que tem sido aclamada nacionalmente pelo monólogo Árvores Abatidas ou Para Luis Melo, selecionado para o Prêmio Shell de Teatro de São Paulo.



Serviço:

Lançamento dos curtas-metragens Tesouro (PR – 2013 – 18’ – ficção – digital), de Carla Pioli e Willy Schumann; e Radinho de Pilha (PR – 2013 – 12’ – ficção – digital), de Roberto Carlos de Oliveira.

Data e horário: dia 31 de julho de 2013 (quarta-feira).

Local: Cinemateca de Curitiba (Rua Carlos Cavalcanti, 1.174 – São Francisco).

Entrada franca.
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PROGRAMAÇÃO SEMANAL JAMES DE 31 DE JULHO A 3 DE AGOSTO

 


PROGRAMAÇÃO DA SEMANA
DE 31 JULHO A 03 AGOSTO


QUARTA 31.jul: 22h
QUARTA ROCK recebe Grips e João David
DJs residentes Ale Dantas, Claudinha Bukowski e Pablo Busetti.
DJs convidados Grips (Water Rats, b-day) e João David (Esperanza).
SORTEIO de baldes de cerveja.
DOUBLE DRINK* até 1h.
*Destilados nacionais.
22h/R$ 12.


QUINTA 01.ago: 22h
TIED TO THE 90s convida: Noite Trabalho Sujo
DJs residentes Marcell Boareto e Sol Lingnau.
DJ convidado Alexandre Matias (Trabalho Sujo).
SORTEIO DE VIPs, ao longo da semana, na fanpage da festa no Facebook.
DOUBLE DRINK* até 01h.
*Destilados nacionais.
22h/R$ 12.


SEXTA 02.ago: 22h
ALTA FIDELIDADE
DJs residentes Ale Dantas, Anaum e Claudinha Bukowski.
LISTA FIDELIDADE valendo desconto de 50% na entrada, a partir das 13h, na fanpage da festa no Facebook.
22h/R$ 20.


SÁBADO 03.ago: 22h
POP LINE (Celso B-day)
DJs residentes Ale Dantas, Celso Ferreira (B-day) e Denis Pedroso.
DEGUSTAÇÃO DE DRINKS ao longo da noite.
SORTEIO DE VIPs com participação a partir das 13h, na fanpage da festa no Facebook.
22h/R$ 22.


JAMES
Av. Vicente Machado, 894. Curitiba/PR. (41) 3222-1426. Formas de pagamento: Todos os cartões de débito e crédito Amex, Diners, Master, Visa e Visa Vale Refeição.
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Domingo, 28 de Julho de 2013

UM PRESENTE DE NATAL de Mary Higgins Clark

 


UM PRESENTE DE NATAL

de  Mary Higgins Clark



Páginas:     208
Formato:     14X21




Não da pra contar muito mas, é um livro repleto de suspense e humor. UM PRESENTE DE NATAL é uma história perfeita para as festas de fim de ano, um conto encantador e terno de perseverança, redenção e amor.





MESTRE E MÃE
Mary Higgins Clark nasceu em Bronx, Nova Iorque. O pai morreu quando ela tinha dez anos, deixando a família numa situação económica difícil. Depois de terminar os estudos do ensino secundário, Mary tirou um curso de secretariado e trabalhou como secretária numa agência de publicidade durante três anos. Abandonou a agência para trabalhar como hospedeira do ar na Pan American Airlines, onde ficaria até ao seu casamento com um amigo de longa data, Warren Clark. Em 1956 começou a escrever contos para jornais e revistas e peças para a rádio. O primeiro livro que publicou foi uma biografia de George Washington, Aspire to the Heavens.

Warren viria a morrer em 1964, vítima de um ataque de coração. Mary ficou com cinco filhos a seu cargo. Foi então que decidiu dedicar-se à escrita. Todos os dias se levantava às 5 da manhã e escrevia até às 7, hora a que preparava os filhos para a escola.

O seu primeiro livro policial Where Are the Children?, publicado em 1975, tornou-se um best-seller. Mary decidiu continuar os estudos e inscreveu-se na Fordham University, onde, em 1979, se doutorou summa cum lauda em Filosofia. Desde então foi distinguida com 16 doutoramentos honoris causa e tem recebido numerosos prémios literários. Os seus livros estão traduzidos em várias línguas.

Em 1996 Mary casou com John J. Coheeney. No mesmo ano, lançou o Mary Higgins Clark Mystery Magazine. Actualmente reside em Saddle River, New Jersey.

Mary Higgins Clark &  Carol Higgins Clark  ( Entrevista )

 

 

Um Lançamento


 

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Intermidialidade e Estudos Interartes Desafios da arte contemporânea Thais Flores Nogueira Diniz (Org.)

 

Intermidialidade e Estudos Interartes

Desafios da arte contemporânea

Thais Flores Nogueira Diniz (Org.)



Coleção: Humanitas
2013. 152 p.
Dimensão: 22,3 X 15,5 X 0,9
Peso: 240 gramas

São raras no Brasil publicações envolvendo questões teóricas, essenciais ao embasamento dos estudos interartes, e, mais ainda, textos voltados para os estudos de intermidialidade que, sem descartar análises de obras canônicas, contemplam produções contemporâneas, de caráter estético às vezes questionado. Este livro visa preencher essa lacuna, oferecendo uma seleção de textos de difícil acesso, traduzidos por integrantes do grupo de pesquisa Intermídia: Estudos sobre a Intermidialidade, que abordam, além do próprio conceito de intermidialidade e sua relação com os estudos literários, outras noções cruciais, tais como: remediação, picturalidade, transescritura e relações músico-literárias. Escreve Solange Ribeiro de Oliveira.


Colocando um pouco mais de lenhas na fogueira e ressaltando a importância do lançamento deste livro pela UFMG, transcrevemos aqui um trecho do texto de Claus Clüver da Indiana University - (...)
O adjetivo intermedial ainda soa estranho em inglês e se associa ao termo intermedia, utilizado em círculos especializados com significado bem específico. Até o presente momento, encontrei o termo inglês intermediality quase que exclusivamente em trabalhos de autoresque são originários lingüística e cientificamente de países de língua alemã; uma exceção é o holandês Eric Vos (...). Em artigo na mesma coletânea, Jürgen E. Müller resume as principais teses de seu livro Intermedialität: Formen moderner kultureller Kommunikation [Intermidialidade: formas de comunicação cultural moderna] e estabelece uma distinção clara entre os adjetivos intermedia e intermedial ,em língua inglesa.
Assim como Müller, Werner Wolf, em The Musicalization of Fiction: AStudy in the Theory and History of Intermediality [1999; A Musicalização da narrativaliterária: um estudo sobre a teoria e a história da intermidialidade], parece contar coma possibilidade dessa formação lexical. Já Peter Wagner, organizador de Icons – Texts – Iconotexts: Essays on Ekphrasis and Intermediality
[1996; Ícones – textos – iconotextos:ensaios sobre écfrase e intermidialidade], e, como Wolf, professor de Literatura Inglesa,expressa sua preferência por the study of intermediality
(estudo da intermidialidade) ao invés da expressão interarts studies (estudos interartes), empregada por outros estudiosos do assunto.Pode-se perguntar, entretanto, se existe uma correspondência entre o que se entende na Alemanha por pesquisa sobre a intermidialidade e o campo de pesquisa que, nos EUA e em outros países, por enquanto ainda leva o rótulo de Estudos Interartes. Digo “por enquanto” porque tal rótulo, (...) torna se cada vez mais equivocado e questionável. Frente a isso talvez fosse melhor seguir os exemplos mencionados e introduzir uma designação derivada do termo usado em alemão. Entretanto, isto seria aconselhável apenas caso se considerasse os termos “Estudo da Intermidialidade” e “Estudos Interartes” como plenamente equivalentes, como pressupõem Wolf e Wagner; ou se, após uma discussão mais aprofundada dos dois conceitos e de seus campos correspondentes, fosse possível aproximá-los tanto na formulação de tarefas quanto no método e, sobretudo, na escolha dos objetos de pesquisa. Além disso, é necessário não só esclarecer o modo como o conceito de “intermidialidade”deve ser entendido, mas também discutir se ele não é mais problemático do que suautilização atual deixa transparecer.



-LANÇAMENTO DA




publicado por o editor às 01:34
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Cansei de ser Boazinha de Sueli Zanquim

 


Cansei de ser Boazinha

de Sueli Zanquim


Páginas: 144

O LIVRO

Você faz todas as vontades dos seus filhos, mesmo que não concorde na maioria das vezes e depois se arrepende? Seu marido vive dizendo que vai ajudá-la com as crianças e com a casa, mas sempre dá um jeitinho de fugir; ou quando a convida para sair, sempre chega cansado com uma pizza nas mãos e sugere para verem um filme, e você acaba cedendo, frustrando-se como mulher?

Suas amigas é que decidem o que vão fazer quando se reúnem e o trabalho acaba sempre sobrando para você, porque se coloca na condição de prestativa; ou quando as encontra, só querem contar suas façanhas ou tragédias, fazendo você de psicóloga, porém sua palavra jamais é ouvida e mesmo estando triste por algum motivo disfarça, pois elas sempre dizem que você é a fortaleza do grupo?

Quando sai de férias nunca consegue descansar, por estar com os filhos, e, quando fala para o maridão da possibilidade de fazerem uma viagem a dois, ele sempre faz aquela “carinha de dó”, com pena de deixar as crianças, e você acaba entrando na mesma sintonia? Você sempre se coloca em último lugar nas suas prioridades?

Sinto lhe informar, querida amiga, mas você faz parte do clube das mulheres “boazinhas”, ou, melhor dizendo, das mulheres que, mesmo quando querem dizer não, dizem sim! Portanto, se você tem esse padrão em sua vida, é porque algo está errado. Então, reflita: Por que você só diz “sim”, quando em seu íntimo quer dizer “não”?

A AUTORA

Sueli Zanquim nasceu em Jundiaí/SP, em 1972, trabalhou com moda, música, locução, criação de textos e produtos, tornando-se empresária em 1998, em que o foco do seu trabalho sempre foi voltado para produtos com mensagens elevativas, esclarecedoras e inspiradoras.

É casada e tem três filhos. É autora de livros de grande sucesso no Brasil em parceria com seu marido Carlos Torres, como A Lei da Atração (2007) e A Era de Ouro (2009), ambos publicados pela Madras Editora. Em voo solo nesta obra, a autora traz informações preciosas para que as mulheres se alinhem à sua essência feminina e rompam definitivamente com o grande vilão e causador de tanta infelicidade e
sofrimento: o padrão egoico do “SIM”.

Por meio de relatos pessoais, técnicas e pesquisas que elevarão seu padrão de pensamento, você mulher aprenderá a desconstruir essa visão de mundo
irreal que vem lhe causando imensa dor, despertando sua essência e libertando-a das amarras do ego e de tantos outros padrões prejudiciais à sua vida.

“Como você, eu também estou dentro do meu processo de despertar! Que tal fazermos essa viagem juntas? Seja bem-vinda!” – Sueli Zanquim


Voce pode gostar também

R$20,90

 









 
VISITE

https://www.facebook.com/madraseditora
  
publicado por o editor às 01:32
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GRÃOS DE AREIA de Shri Damodara

 

 

GRÃOS DE AREIA


de Shri Damodara




187 páginas



Tamanho: 21 x 14 centimetros


Era uma vez uma professora Evalda Andrade que queria ser escritora, hoje temos uma devota e escritora, e das boas,  Sri Damodara. Assim éla é conhecida na comunidade Hare Krishna de Nova Gokula, onde mora, e onde lançou seu romance “Grãos de Areia”.
Foi lá que conheceu Hrdayananda dasa Goswami, seu mestre, que a incumbiu de escrever romances a partir daBhagavadgita e do Srimad-Bhagavatam, escrituras milenares da Índia antiga. E assim surgiu para nosso deleite as páginas de Grãos de Areia. Não se engane, este não é um pseudo-romance de auto-ajuda , desses que saem aos borbotões por aí.É literatura com fundamentos dos mais claros e magníficos do Srimad-Bhagavatam. (E.C.)

O LIVRO
 " Maria da Glória se apressou, embora não quisesse. Seus pés afundavam na areia tão movediça, graças ao balanço das ondas, que ora vindo, ora indo, espalhavam doidamente os pequeninos grãos... E, devido a essa simples, porém mágica dinâmica, ela ponderou, enquanto caminhava, como o tempo cumpria seu papel, com perfeição. Afinal, não seríamos nós carregados pelas ondas do tempo, que ora nos aproximam, ora nos afastam uns dos outros, assim como as ondas do mar sacodem impetuosamente os minúsculos grãos de areia da praia?"


Uma história que, certamente, poderia ser a de muitos nesse mundo. Um intenso drama familiar e uma jornada de abnegação de uma mãe em defese de seu único filho. Uma tranquila cidade do interior contrastado com uma inquieta e angustiada professora.O tempo como elemento inexorável da vida, curando feridas, alimentando esperanças e subjugando desavenças. Assim como o amor.


" O vento sopra agora, carrega as folhas da mangueira para lá e para cá. E para lá e para cá elas vão se tocando e se afastando, no remoinho da vida..."




A CRITICA
Ambientado na zona da mata canavieira, o livro poderia se filiar a uma tradição regionalista. Entretanto, o romance se desprende desse espartilho, por levantar questões de ordem universal, dentro de uma maneira poética de narrar. O próprio título invoca uma metáfora. Afinal, não seríamos nós carregados pelas ondas do tempo, que ora nos aproximam, ora nos afastam uns dos outros, assim como as ondas do mar sacodem impetuosamente os minúsculos grãos de areia da praia? - Tribuna do Norte

UM LANÇAMENTO



publicado por o editor às 01:31
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Texto de Emanuel Medeiros Vieira

 

 

PÓ E MEMÓRIA


de EMANUEL MEDEIROS VIEIRA




“O homem é feito visivelmente para pensar; é toda a sua dignidade e todo o seu mérito; e todo o seu dever é pensar bem”

(Blaise Pascal)



A morte sempre ganha: tem mais tempo.

Pessimismo?

Driblamos a Indesejada até quando for possível.

Pó e memória.

Mas celebramos o pássaro cantante, um instante, o arco-íris, um relâmpago de encantamento.

E passamos – passamos.

Os sonhos de juventude,  transformaram-se em dores na coluna?

Tanto ruído, tanta matéria, tanta agitação!

“Credibilidade é a única moeda válida neste vasto mercado repleto de ruído”.

A vida?

Definam-me urgentemente o que é a vida – por favor, um náufrago sorridente pede socorro.

Até a caminho da forca, pode-se apreciar a paisagem – alguém escreveu.

O pássaro cantante sorri para mim.

Mesmo que esteja cercado de mortos e de fotos, rebelo-me contra o oblívio.

Existe um menino que não pode estar perto de mim.

Mas também somos feitos daquilo que perdemos.

E o tempo se vai – sempre.

O mar, o trapiche, um fogão de lenha, um menino, boné, morango, amora, trapiche, mar, mãe pão feito em casa – repito-me, eu sei.

É como querer segurar um instante diante desta máquina descartável – nosso mundo.

Queria escrever: meus valores não pertencem a ele, mas soaria retórico e discursivo.

“Humanismo beato”, reclama  um promotor interno.

É apenas uma prosa poética, uma manhã, um mês de julho – parece tão pouco e é tudo.
(Salvador, julho de 2013)
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Estátua de Tiradentes retorna ao marco zero em 60 dias

 



A estátua de Tiradentes esculpida pelo paranaense João Turin deve retornar à Praça Tiradentes em 60 dias. Após a retirada do pedestal, na noite de quinta-feira, o monumento foi transportado para o Atelier João Turin onde será feita a restauração pelo escultor Elvo Benito Damo. Após a retirada da estátua, foi encontrada uma garrafa com manuscritos e algum objeto que teria sido colocada pelo próprio escultor no local, em 1927.

Segundo a coordenadora de Acervos da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Denise Zanini, responsável pela logística e por acompanhar os trabalhos do ateliê em nome do município, os trabalhos de restauração e confecção de moldes fazem parte de um projeto iniciado há cerca de dois anos, depois que os direitos sobre o acervo do escultor foram comprados pelo colecionador curitibano Samuel Ferrari Lago. Foi realizado um levantamento do acervo e, após negociações entre a família Lago, o poder público e descendentes de Turin, foram iniciados os trabalhos, no Atelier João Turin.

Descoberta

O conteúdo da garrafa encontrada ontem será revelado na próxima semana na presença do prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, do presidente da Fundação Cultural de Curitiba, Marcos Cordiolli, e da equipe técnica da instituição e dos restauradores.

”Agora, a ansiedade é para conhecer o conteúdo deste texto que será aberto na próxima semana com todos os cuidados que situação requer. Parabéns ao Samuel Ferrari Lago, do Atelier João Turin, e ao Maurício Appel, gestor do projeto. Reconhecemos o imprescindível trabalho que estão fazendo pela preservação e difusão da obra de João Turin”

Sobre o projeto

 Além da estátua de Tiradentes, duas outras obras de Turin (1878-1949) pertencentes ao patrimônio público municipal já estão sendo restauradas e ganhando moldes e pátina de proteção: a peça Luar do Sertão (uma onça rugindo que fica na rotatória ao lado da sede da Prefeitura) e a águia que faz companhia a Rui Barbosa na Praça Santos Andrade. Elas devem voltar a seus locais originais em agosto.

A restauração das três peças faz parte de um projeto maior, que envolve todo o acervo de Turin, reconhecido como um dos maiores artistas paranaenses. O diretor de Patrimônio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC), Mauro Tietz, informa que a Fundação acompanha o trabalho desde a retirada das obras que integram o patrimônio do Município até a restauração e devolução aos locais originais.

Maurício Appel, gestor do acervo, diz que é a primeira vez que uma restauração ponta-a-ponta da obra de um artista é realizada no Brasil. O trabalho, conta, chamou a atenção até do Ministério da Cultura, que está acompanhando o processo, pelo interesse museológico.

Complexidade – Atualmente estão sendo trabalhadas as peças maiores, que também são mais complexas. Cada estátua leva, em média, um mês para ser restaurada e ter seu molde retirado. “Há muita dilatação devido ao tempo. Também verificamos pequenos buracos que poderiam comprometer as obras”, informa Appel.

A onça de Luar do Sertão, por exemplo, exposta ao ar livre desde 1969, estava a ponto de perder a cauda. A águia, na praça desde 1936, também estava “bastante agredida”, segundo Appel. “O mais interessante é que percebemos que as pessoas se preocuparam com as obras depois que as retiramos. Isso mostra que elas gostam das esculturas, consideram que os bens também são delas”, ressalta Appel. Ele prevê que a estátua de Tiradentes também deve dar trabalho, pois está desde 1938 exposta ao tempo.

Os moldes que estão sendo feitos permitirão que essas e outras obras de Turin sejam multiplicadas. Normas do mercado preveem um limite de 12 reproduções de cada trabalho, que ainda assim continuam sendo consideradas obras originais. Appel relata que o escultor tinha dificuldade para reproduzir suas obras, devido à pouca estrutura da fundição artística em Curitiba na época. Assim, grande parte das obras ainda é única.

Mostra

As obras deverão ser expostas em Curitiba, no ano que vem. Mais cinco capitais brasileiras devem receber a mostra, bem como Bruxelas – onde Turin estudou, na Real Academia de Belas Artes – e Nova York. Também há a possibilidade de a exposição seguir para Paris, onde o artista viveu entre 1911 e 1922.

As novas reproduções também poderão ser comercializadas ou expostas em mais locais . A prioridade, ressalta Appel, será para museus ou outros espaços abertos ao público. Apesar de os direitos de propriedade das obras pertencerem à família Lago, os direitos autorais continuam sendo da família de Turin. Foi Appel quem mediou as conversas entre as duas famílias para que o projeto pudesse sair do papel.

Ficha das obras:

Tiradentes
Técnica: Escultura em bronze
Tamanho: monumento
Localização: Praça Tiradentes (Curitiba)
Inauguração: 1938
Obra realizada em Paris em 1922. Participou do salão dos artistas franceses, recebendo elogios da imprensa. No Brasil, no mesmo ano, participou da exposição comemorativa ao centenário da Independência no Rio de Janeiro, onde recebeu menção honrosa. Em 1927, por ocasião do cinquentenário da imigração italiana no Paraná, João Turin doou a obra para colônia italiana, que por sua vez realizou a fundição em bronze e a ofereceu ao povo do Paraná como forma de agradecer a terra que os acolheu. A escultura possui mais de dois metros de altura.

Luar do Sertão
Técnica: Escultura em bronze
Tamanho: natural
Inauguração: 1947
Localização: Centro Cívico (Curitiba) e Praça General Osório (Rio de Janeiro)
Turin teve sua fase de tigres. Para os trabalhos, se inspirava em gatos e nos felinos do Passeio Público. Já que os animais dormiam a maior parte do dia, o artista, em idade já avançada, passou a ir ao parque à noite: comprava carne no açougue Garmatter e negociava para conseguir iluminação melhor. “Foi um inferno, sem contar com a chuva, a garoa, a lama, o frio, pois a gente não é mais criança e não aguenta bem”, declarou na época. Mas o esforço compenso: a onça rendeu prêmios e homenagens a Turin.

Rui Barbosa
Técnica: Escultura em bronze
Tamanho: monumento
Inauguração: 1936
Localização: Praça Santos Andrade (Curitiba)
O monumento foi confeccionado depois que Turin assinou um contrato de empreitada com o Comitê Acadêmico de Direito da UFPR. As peças foram fundidas em uma oficina artística de São Paulo que fez várias fusões em bronze para o escultor. Com a justificativa de falta de espaço, a oficina acabou destruindo os originais em gesso, informando Turin apenas depois.

(Fontes: Secretaria de Estado da Cultura e livro A Arte de João Turin, de 1998, de Elisabete Turin)
publicado por o editor às 01:29
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