A cada noite, um artista faz a sua homenagem à dançante soul music
A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, de 9 a 11 de setembro, a série Somos Soul. Durante três noites, três artistas de expressividade nacional farão uma homenagem à soul music. A paulistana Negra Li abre a série, seguida pelo multifacetado Wilson Simoninha. A cantora Lady Zu encerra o pequeno festival, com a participação especial do cantor Gérson King Combo, um dos precursores do ritmo soul no Brasil.
A soul music, ou música da alma em tradução literal, foi originada nos EUA e aflorou no Brasil no início dos anos 1970, em franca atividade até hoje. Muitos artistas brasileiros, influenciados por grandes nomes, absorveram e reprocessaram a mistura de rock and roll, rhythm & blues e samba, dando vida à música de precursores como Tim Maia, Hyldon, Cassiano, Gérson King Combo, entre outros.
Programação:
Negra Li – 9 de setembro
Nascida no bairro da Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo, apesar das dificuldades, Negra Li começou a se interessar pela música ainda na infância. Nessa época, cantava hinos da igreja evangélica que frequentava (e ainda frequenta) com sua mãe. Quando adolescente, influenciada pelas cantoras Whitney Houston e Mariah Carey, entre outras, começou a flertar com a black music. Hoje, aos 33 anos, com uma carreira de sucesso consolidada, seu trabalho transita entre o soul e o R&B.
“Tudo de Novo”, o segundo disco solo de Negra Li, de 2012, traz um repertório com fortes referências ao universo de Hyldon, Tim Maia e Aretha Franklin. Em 2006, estreou como atriz no filme “Antônia”, de Tata Amaral, que em 2007 viraria um seriado homônimo na TV Globo, também protagonizado por ela. Tudo de Novo, Não Vá e Hoje eu só quero ser Feliz, canções com a vibração dos anos 1980, prometem estar presentes no show da cantora.
Simoninha – 10 de Setembro
Músico, intérprete, produtor e empresário, Wilson Simoninha dedica-se de forma especial à soul music brasileira. Filho do legendário Wilson Simonal (1939-2000), com quem atuou como tecladista e produtor, Simoninha lançou seu mais recente álbum, "Alta Fidelidade", em 2013, trazendo dez canções inéditas e autorais, entre outras. No projeto “Somos Soul”, o cantor promete um show pra lá de dançante, com a marca da diversidade musical de Wilson Simoninha. Canções de temática soul, como Whats Going on (Marvin Gaye), Olhos Coloridos (Sandra de Sá) e Flor do Futuro (Claudio Zoli), além de sambas e MPB fazem parte do repertório.
Lady Zu – 11 de Setembro
Lady Zu gravou seu primeiro compacto simples, intitulado A Noite Vai Chegar, no final dos anos 1970. Rapidamente transformado em hit nas rádios e nas pistas de dança do país, a música foi também incluída na trilha sonora da novela "Sem Lenço, sem Documento", da Rede Globo. O sucesso da cantora e compositora lhe valeu o título de "Donna Summer brasileira", dado pelo apresentador de televisão Chacrinha, em referência à cantora norte-americana da disco music. Este e outros hits, como Com sabor (Dom Charles e Nélson Motta), Novidades (Peninha e Miguel Cidras) e Lady é meu nome (Arthur Giglio) fazem parte do show de Lady Zu.
A cantora recebe como convidado especial, o cantor e compositor Gérson King Combo.
Serviço:
Música: Somos Soul
Local: CAIXA Cultural Curitiba - Rua Conselheiro Laurindo, 280, Centro – Curitiba (PR)
Data: 9 a 11 de setembro de 2016 (Negra Li, dia 9, Simoninha, dia 10, Lady Zu, dia 11)
Hora: sexta-feira e sábado, às 20h. Domingo, às 19h
Ingressos: vendas a partir de 3 de setembro (sábado). R$ 20 e R$ 10 (meia - conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura.
Bilheteria: (41) 2118-5111 (de terça a sábado, das 12h às 20h. Domingo, das 16h às 19h)
Classificação etária: Livre para todos os públicos
Lotação máxima: 125 lugares (2 para cadeirantes)
A cantora e compositora Roberta Campos pela primeira vez interpretará o tema de abertura de uma novela: a música é “Minha Felicidade” https://www.youtube.com/watch?v=N5k3KdPAKis, em “Sol Nascente” (Globo). A romântica canção foi escrita com Danilo Oliveira e é do seu mais recente álbum, “Todo Caminho É Sorte” (Deck / 2015). O single, lançado em formato digital na última sexta-feira (26), está em primeiro lugar no ranking de downloads no iTunes e já dobrou seu número de execuções no Spotify.
Assim como as demais faixas de “Todo Caminho É Sorte”, “Minha Felicidade” foi produzida por Rafael Ramos. Tocando violão, Roberta foi acompanhada pela banda formada por Loco Sosa (bateria e percussão), Zé Nigro (baixo), Fabio Pinczowski (rhodes e hammond) e Christiaan Oyens na gravação da música. A mineira já teve outras canções suas em trilhas de novelas, como “De Janeiro a Janeiro”, com participação de Nando Reis em “Sangue Bom” (Globo” e “Rebelde” (Record), “Varrendo a Lua” em “Malhação” (Globo) e “Sete Dias” em “Amor Eterno Amor” (Globo), entre outras.
Mais informações: www.deckdisc.com.br
Conhecido no circuito da Lapa carioca, artista apresenta o melhor do samba de todos os tempos na CAIXA Cultural Curitiba
A CAIXA Cultural Curitiba apresenta, como atração do projeto Samba de Bamba, o show de Marcos Ozzelin, cantor paulista já conhecido no circuito da Lapa carioca. Será no dia 6 de setembro (terça-feira), às 20h. No repertório, o cantor concilia a tradição dos mestres com alguns dos grandes nomes do samba contemporâneo. E vem a Curitiba para mostrar ao público as canções de seus dois discos de carreira: Samba Transcendental (2010) e Intersecção (2014). A fusão dos dois trabalhos revela um painel de sambas de qualidade de todos os tempos.
No disco de estreia, Samba Transcendental, Ozzelin touxe sambas conhecidos em arranjos elegantes. A seleção de repertório privilegiou sambas com letras mais alegres e otimistas, fugindo da dor de cotovelo. Marcos vai apresentar grandes clássicos de compositores como Noel Rosa (O X do problema e Com que roupa), Dorival Caymmi (O dengo que a nega tem) e Ary Barroso (Quando eu penso na Bahia).
Já com seu segundo álbum, Intersecção, ele apresenta um interessante diálogo entre o samba paulista e o carioca. Uma ponte aérea musical entre as duas cidades mais importantes para Marcos Ozzellin – a que ele nasceu e a que escolheu para viver. O repertório reúne Paulo Vanzolini (Volta por Cima), Adoniran Barbosa (Apaga o Fogo, Mané), Chico Buarque (Estação Derradeira), Paulinho da Viola (Onde a dor não tem razão), Moyséis Marques e Bernardo Lobo (Pra ter seu bem querer), Wilson Moreira e Ney Lopes (Sandália Amarela), Geraldo Filme (Tradição – Vai no Bixiga), entre outros.
Ozzelin vem acompanhado por um time de jovens talentos como o cavaquinista Henrique Vasconcelos, o bandolinista Vinícius Santos e o percussionista Thiago Kobe.
Nascido em São Bernardo do Campo (SP), Marcos Ozzellin iniciou sua carreira no final dos anos 1990 em São Paulo, cantando na noite paulista e viveu por dois anos em Portugal, se apresentando no circuito Lisboa-Cascais-Estoril. No Rio de Janeiro e em São Paulo, fez shows de samba e de MPB em diversas casas de espetáculo.
A próxima atração do Samba de Bamba é o afinadíssimo Julio Estrela, no dia 4 de outubro. O projeto tem a curadoria do jornalista e crítico musical, Rodrigo Browne.
Serviço:
Música: Samba de Bamba apresenta Marcos Ozzelin
Local: CAIXA Cultural Curitiba, Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba (PR)
Data: 6 de setembro de 2016, terça-feira
Horário: 20h
Ingressos: vendas a partir de 3 de setembro (sábado). R$ 20 e R$ 10 (meia – conforme legislação e correntistas que pagarem com cartão de débito CAIXA). A compra pode ser feita com o cartão vale-cultura.
Bilheteria: (41) 2118-5111 (de terça a sábado, das 12h às 20h, e domingo, das 16h às 19h)
Classificação etária: livre para todos os públicos
Lotação máxima: 125 lugares (2 para cadeirantes)
Crédito foto: Rodrigo Guimarães
Apresentação do professor José Dari Krein, em congresso da Associação Latinoamericana de Estudos do Trabalho, faz uma síntese dos principais pontos em risco para os trabalhadores brasileiros no contexto do golpe.
O autor aponta que estão sendo propostas a terceirização total (sem limites e em todas as atividades econômicas), a prevalência do negociado sobre o legislado e um projeto de Proteção ao Emprego com incentivos públicos para manter o emprego, com o trabalhador ficando sem seguro desemprego. O autor lembra que a revisão de benefícios previdenciários (auxílio-doença e aposentadoria por invalidez) ocorreu com a MP nº 739/2016, assinada por Michel Temer.
O autor aponta que há uma ofensiva legislativa de conformar uma regulamentação na perspectiva de ampliar a liberdade de o empregador estabelecer as condições de contratação, uso e remuneração do trabalho, tais como: medidas para negociação direta de trabalhadores com maior remuneração sem participação sindical; adoção do “Simples Trabalhista” para micro e pequena empresas, com piso salarial rebaixado, bancos de horas, autorização do trabalho aos domingos, parcelamento do 13º etc, proposta no PL 450/2015; Flexibilização da CLT, que seria válida somente nos aspectos em que não houver negociação coletiva (PL 4193/12) e o fim da ultratividade, que é o entendimento de que os direitos continuem em vigor após vencimento do contrato coletivo (PL 6411/13).
O autor ainda aponta riscos com relação à retirada de jornada exaustiva e trabalho degradante da definição de trabalho escravo, como proposto pelos PLs 3842/12 e 5016/05; a redução da idade para início da atividade laboral de 16 para 14 anos (PEC 18/11) e a ampliação da jornada rural em até doze horas diárias (PL 208/12). Ainda, há medidas em discussão para fragilização do papel das instituições públicas, tais como o da Justiça do Trabalho (trabalhador demitido somente poderá reclamar direitos na Justiça em caso de fazer ressalva na homologação, propostos nos PL 948/11 e PL 7549/14) e da fiscalização do trabalho temporário (PL 1615/14).
Ainda se prevê, no campo sindical, mudanças quanto ao direito de greve (PL 4.497/2001, PLS 710/2011 e PLS 327/2014); prestação de contas ao TCU sobre aplicação da contribuição sindical (PLS 211/16) e extinção da contribuição sindical obrigatória (PL 5.244/2016 e PEC nº 71/1995).
Abrindo espaço para tais propostas, o governo interino joga a conta da crise para os trabalhadores.