Terça-feira, 2 de Dezembro de 2014
Até 15 de dezembro, a Editora UFMG realiza Promoção de Natal nas livrarias UFMG de Belo Horizonte e Ouro Preto. Os descontos são de até 50%, com diversas obras sendo vendidas a R$ 10.
O cliente também pode aproveitar a temporada de descontos pelo site. Todos os livros da Editora UFMG estão com 50% para vendas online. O site também oferece um estoque de obras a R$10.
www.editoraufmg.com.br
Estes são os endereços e contatos das livrarias:
Campus Pampulha, Praça de Serviços
Avenida Antônio Carlos, 6627
Belo Horizonte
(31) 3409-4642
livrariapedidos@editora.ufmg.br
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Ouro Preto
Rua Cláudio Manoel, 61 - Casa de Gonzaga
(31) 3551-1109
livraria-ouropreto@editora.ufmg.br
Funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h.
Sexta-feira, 22 de Agosto de 2014
Formas de Matar, De Morrer e de Resistir: Limites da Resolução Negociada de Conflitos Ambientais
Número de Páginas: 395
Número Edição: 1
Já aconteceu o lançamento da coletânea "Formas de Matar, de Morrer e de Resistir: limites da resolução negociada de conflitos ambientais", publicada no âmbito da parceria entre o Núcleo de Estudos e Pesquisas Sociais em Desastres (Neped) da UFSCar e o Núcleo de Estudos em Temáticas Ambientais (GESTA) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
'Formas de matar, de morrer e de resistir', foi organizado por Andrea Zhouri e Norma ValencioA obra, organizada pelas coordenadoras dos grupos, respectivamente Norma Felicidade Valencio, do Departamento de Sociologia (DS) da UFSCar, e Andrea Zhouri, do Departamento de Sociologia e Antropologia da UFMG, é resultado de seminário do mesmo nome, realizado em Belo Horizonte, MG, em novembro de 2012, e aborda diferentes aspectos dos conflitos ambientais contemporâneos no Brasil.
Publicado pela Editora da UFMG, o livro conta com 13 capítulos de autores de instituições acadêmicas como UFSCar, UFMG, USP, PUC-SP, UFF, UFAC UFRGS, além de instituições da sociedade civil organizada e do Ministério Público de São Paulo e do Rio de Janeiro. Os capítulos estão organizados em partes. Na primeira é abordada a flexibilização de direitos, novos enquadramentos normativos e justiça ambiental. A segunda parte tem como título o "Banco Mundial e Governança: Desafios para a garantia dos direitos em contextos socioambientais críticos".
Em linhas gerais, o livro trata de processos de resolução negociada de conflitos ambientais em curso no Brasil e de seus limites. Os autores consideram as técnicas de governo estruturadas no âmbito de instituições financeiras globais inapropriadas para tratar de processos históricos e políticos que envolvem a diversidade humana no país e as condições de desigualdade às quais as pessoas nestas situações de conflito estão submetidas.
Tudo Começou com O SEMINÁRIO NACIONAL
FORMAS DE MATAR, DE MORRER E DE RESISTIR:
limites da resolução negociada dos conflitos ambientais e
a garantia dos direitos humanos e difusos
realizado na
UFMG, 19 de novembro de 2012
A Rio 92 marcou a institucionalização do tema ambiental na agenda pública do país. Por um lado, se esta institucionalização significou o reconhecimento da relevância do meio ambiente como tema que concerne toda a sociedade, por outro, ela implicou também a adoção de práticas e técnicas de governo próprias de um regime internacional que, capitaneado por instituições financeiras internacionais, desqualifica o debate político interno da nação brasileira, na sua multiplicidade de visões, de trajetórias, de tensões e de desafios. Nos últimos 20 anos, processos de democratização do país vem sendo esvaziados e subsumidos por técnicas de governo que, a despeito de utilizarem termos comuns, partilham, de fato, de léxicos e projetos políticos divergentes daquele que aponta para uma perspectiva emancipatória da sociedade civil. Assistimos, então, à institucionalização de procedimentos de "negociação/mediação/resolução de conflitos ambientais e construção de consensos" que aparentam aderir às formas democráticas de gestão, mas, em realidade, deslocam o foco de atuação da esfera dos “direitos” para a dos “interesses”, flexibilizando direitos constitucionalmente conquistados. O seminário pretendeu reunir pesquisadores oriundos de diferentes núcleos de pesquisa do país e representantes do Ministério Público de diferentes estados da federação para juntos debaterem esta tendência atual e suas implicações para a sociedade brasileira.
ASSISTA
Quarta-feira, 13 de Agosto de 2014
A Editora UFMG lança nesta quinta-feira, 14 de agosto, o livro O chamado da cidade de Eliana Kuster e Roberto Pechman. O evento acontece às 18 horas na Livraria da Travessa (Rua Voluntários da Pátria, 97, Botafogo - Rio de Janeiro).
Terça-feira, 12 de Agosto de 2014
A escrita virtual na adolescência
Uma leitura psicanalítica
Nádia Laguárdia de Lima
Coleção: Humanitas
2014. 573 p. ISBN: 978-85-423-0058-1
Dimensões:22,5 x 15,5 X 2,5 cm
Peso: 635 gramas
Imperdível. Um necessário estudo sobre as linguagens e comportamentos e ainda sobre a descontrução através dos vícios e desvios da linguagem escrita.
Este livro nos permite conhecer, para além das formas de utilização dos blogs pelos adolescentes, as particularidades dessa escrita no universo virtual, o que eles buscam nas redes sociais, a quem se dirigem, o tratamento dado ao sexo e ao amor em seus escritos, o lugar do saber na atualidade, as novas modalidades de identificação e de laço social e as saídas inventivas que constroem na web para lidar com os impasses contemporâneos.
Quinta-feira, 24 de Julho de 2014
Segunda-feira, 9 de Junho de 2014
TangoA música de uma cidadede Mauro Mendes Braga
Coleção: Humanitas
2014. 500p.
Dimensão: 22,5 x 15,5
Peso:730 gramas
Este livro traz uma visão panorâmica do nascimento e desenvolvimento do tango e de sua íntima relação com a cidade de Buenos Aires. Apresentam-se as diferentes etapas de evolução do tango, bem como breves histórias de seus personagens e canções mais destacados. O texto, direcionado ao público brasileiro, aborda também o impacto que o tango teve no Brasil e sugere temas e gravações para uma pequena discoteca do gênero.
Música triste de uma cidade
OBRA DE MAURO BRAGA CONTA A HISTÓRIA DO TANGO, MOSTRANDO COMO O GÊNERO ESTÁ IDENTIFICADO COM BUENOS AIRES
POR ITAMAR RIGUEIRA JR.
O bandoneon, instrumento de origem alemã e sacra, chegou à Argentina no quarto final do século 19 e foi incorporado ao tango por volta de 1910. Incapaz de acompanhar o ritmo vivaz dos primórdios da música portenha – quando lembrava o choro brasileiro –, o bandoneon associou-se à nostalgia dos imigrantes italianos, dotando o tango de sua alma melancólica. Essa e outras histórias encontram-se no livro Tango – a música de uma cidade, que a Editora UFMG lançou na semana passada em Belo Horizonte.
Fruto de trabalho – movido por paixão que vem da infância – do professor Mauro Braga, aposentado do Departamento de Química da UFMG, o livro conta a história do tango desde o início do século 20 até por volta dos anos 1970. O autor dedica boa parte do texto a mostrar por que o ritmo é considerado essencialmente portenho, nascido nos conventillos (espécie de cortiços) de Buenos Aires e marcado por um idioma próprio, o lunfardo, resultado da mescla de culturas que caracterizou a capital argentina no começo do século 20.O livro aborda a origem negra do tango, relacionada ao grande contingente de negros que habitou Buenos Aires e Montevidéu por mais de 200 anos. Candombe e milonga, ritmos negros, foram se transformando e incorporando contribuições de italianos e criollos. A alma melancólica do gênero se consolida com o aparecimento do tango-canção, em 1917, ou seja, as canções que contavam uma história triste.Mi noche triste, de Samuel Castriota e Pascual Contursi, – cuja letra foi escrita por Contursi sem o conhecimento do autor da música – é unanimemente considerada a primeira dessas canções e foi também o primeiro tango gravado por Carlos Gardel. O tango foi se tornando uma música triste, fortemente ancorada na vida da cidade. Muitos anos depois, o músico Osvaldo Pugliese chegou a defini-lo como “o livro de queixas do arrabal portenho”. SUCESSO EM PARIS
A pesquisa que construiu Tango – a música de uma cidade incluiu várias incursões a Buenos Aires – uma das temporadas durou três meses – e a leitura de mais de cem obras. O livro mostra ainda que o tango, originalmente música de prostíbulos e dos conventillos, foi levado por jovens de classe alta para os bordéis de luxo da cidade e, logo em seguida, para Paris.“O sucesso do tango em Paris alimentou a absorção do gênero pelas classes abastadas, desejosas da sofisticação que o gosto francês conferia”, diz Mauro Braga, que descreve em seu livro as etapas, com duração de aproximadamente duas décadas, em que se divide parte da história do tango, desde 1880: as Guardias Primitiva, Vieja, Nueva e del 40.O texto segue até o reinado de Astor Piazzolla, figura “exótica e enigmática”, que chegou a imaginar que preferia o jazz e o piano à combinação do tango com o bandoneon. Após uma temporada de estudos em Paris, entretanto, concluiu que sua vida estava no tango e no bandoneon. Como disseram dois de seus biógrafos, “Piazzolla percebeu que a sombra que queria deixar para trás era a sua”.O livro aborda apenas superficialmente o desenvolvimento do tango após 1980, mas Mauro Braga garante que o estilo tem presença muito forte ainda hoje em Buenos Aires. “Mantém-se como aspecto importante a releitura de temas antigos, o que foi acentuado pelo aparecimento de notáveis cantoras, nos anos de transição do século 20 para o 21. Mas novos valores estão aportando ao gênero contribuições que o enriquecem”, afirma Mauro Braga, que produz e apresenta o programa Compasso Latino, na Rádio UFMG Educativa.Na parte final da obra, há um capítulo dedicado aos poetas do tango – entre os quais se destacam Catullo Castillo, Enrique Cadícamo, Enrique Discépolo, Alfredo Le Pera, Homero Manzi, Homero Exposito, Eladia Blazquez e Horacio Ferer – e outro que relaciona cem tangos considerados pelo autor essenciais a uma discoteca. Devoto também do bolero e da música cubana, que ouvia junto com a música portenha nas eletrolas da família, Mauro diz que escolheu o ritmo para começar porque sente falta de obras sobre o tema em português e porque lhe pareceu mais viável a pesquisa. E, embora inicie sua obra ressaltando a “ousadia” da empreitada – “não sou historiador, nunca estudei literatura e nem sei distinguir uma nota musical de outra” –, admite que poderá se “aventurar” outras vezes a escrever sobre sua paixão pela música latina.
Geografia e Ideologias Rogata Soares Del Gaudio;Doralice Barros Pereira (Organizadoras)
Coleção: Origem 2014. 429 p. Dimensão: 20 x 14 x 2,5 cm Peso: 510 gramas
Este livro apresenta reflexões de estudiosos da geografia, história,filosofia e ciência política que tratam de (re)produção material e simbólica do/ no espaço. A diversidade temática caracteriza-se pela popularidade das relações entre a geografia, a política, o Estado e o mercado. Assim, os textos analisam as lutas por territórios e territorialidades, plenas de disputa e interpelações, tornando profícua a discussão. Os entrelaçamentos que permeiam a construção de sujeitos e visões sociais de mundo são igualmente abordados, evidenciando as múltiplas possibilidades de interpretação do fenômeno ideológico.
A pedra e o tempo – Arquitetura como patrimônio cultural
De Flávio de Lemos Carsalade
Português e inglês
639 páginas
LIVRO DE PROFESSOR DA UFMG DISCUTE INTERVENÇÕES NO PATRIMÔNIO ARQUITETÔNICO, DEFENDENDO A PRESERVAÇÃO QUE RESPEITA AS TRANSFORMAÇÕES DO COTIDIANO
Passado o tempo em que a modernidade ditava as regras e justificava demolições a torto e a direito, a preocupação com a preservação rege a agenda do século 21. Isso vale também para a arquitetura, a mais pública das artes, que se expõe, criando referências urbanas e itinerários. Mas é justamente esse caráter utilitário que torna a questão mais complexa, de acordo com o professor Flavio de Lemos Carsalade, da UFMG. Ele lembra que a arquitetura é feita para “propiciar a vida humana”, o que significa dizer que é necessário preservar considerando que a vida se transforma.
Interessado em discutir de forma consistente essa questão, Carsalade publica, pela Editora UFMG, a obra bilíngue A pedra e o tempo – Arquitetura como patrimônio cultural. O objetivo é entender a natureza particular da arquitetura como arte e sua missão social, e identificar formas de preservar o patrimônio sem deixar de inseri-lo na vida cotidiana. “A ideia de restauração nasceu no mundo das belas-artes, cabe bem para uma obra de arte. Quando falamos de arquitetura, trata-se de adaptar, ou seja, a intervenção é mais abrangente, modificando, sempre de forma respeitosa, para atender à vida contemporânea”, afirma o autor, que é doutor pela Universidade Federal da Bahia e dirigiu a Escola de Arquitetura da UFMG de 2008 e 2012.A chave teórica de A pedra e o tempo está na fenomenologia. O autor ressalta que o homem é um ser espacial e que sua percepção de estar no mundo é centrada na sua condição psicofísica. “Procurei relacionar a arquitetura, que é uma ciência do espaço, com a condição humana, e a partir dessa relação é possível extrair uma série de possibilidades de interação do homem com a obra arquitetônica”, explica Carsalade, que articula ideias de autores como Heidegger, Merleau-Ponty, Norberg-Schulz – que desenvolveu o conceito de “arquitetura existencial” – e Cesare Brandi. A matriz fenomenológica é referência também para a pesquisa de campo, que privilegiou intervenções recentes e significativas, especialmente em Minas Gerais. Carsalade comenta, em seu texto, que os pareceres dos órgãos de patrimônio revelam “alternância de ‘critérios’ para análise”, além de “diversidade muitas vezes inconsistente de formas de intervenção, mostrando como, muitas vezes, o (re)desenho da obra não se sustenta conceitualmente”. QUESTÃO GLOBAL
Flavio Carsalade sente falta de uma teoria mais aplicada à arquitetura, que incorpore uma realidade em transformação e possibilite maior clareza. Segundo ele, a obra é voltada para arquitetos e leitores do mundo da cultura, mas a aplicação de seus conceitos pode ser compreendida de forma mais ampla. A opção pela versão em inglês respeita o fato de que se trata de uma questão global e é preciso atingir a comunidade científica internacional, além de que há pesquisas em andamento em parceria com universidades estrangeiras.Repleto de exemplos concretos, o livro ressalta a importância de se considerar a preexistência espacial e temporal. Carsalade faz um “ensaio” de retirar do conjunto Sulacap/Sul América, na avenida Afonso Pena, em Belo Horizonte, o anexo construído nos anos 1970, devolvendo ao conjunto original dos anos 40 o contato físico e visual com o Viaduto de Santa Teresa. Em outro momento, ele compara as primeiras iniciativas de preservação do Pelourinho, em Salvador, e do Corredor Cultural do Rio de Janeiro. O primeiro, segundo o autor, foi tratado como um cenário, sem preocupação com a solução de problemas sociais e habitacionais. Em detrimento de aspectos construtivos, históricos e mesmo estéticos, privilegiou-se a imagem. Não houve negociação, e, junto com a população original, levou-se “um pouco da alma do lugar”. No caso carioca, ao contrário, a estratégia foi flexível, baseada na diversidade de soluções, buscando conservar sem o rigor do restauro, “na tentativa de manter no local a sua dimensão imaterial – o lugar do comércio, a sua vida intensa e uma imagem de história em transformação”.Com a experiência de gestor público – administrou a Regional Pampulha, em Belo Horizonte, e foi presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas – aliada à de pesquisador, Carsalade defende que a intervenção no patrimônio arquitetônico e urbanístico procure a correspondência entre aspectos como estética, memória e uso. “A arquitetura cria significado. A partir de certo ponto, a interferência pode esgarçar esse significado. Esse é o limite da intervenção”, conclui Carsalade.
Quinta-feira, 29 de Maio de 2014