Quinta-feira, 3 de Fevereiro de 2011

Conversas Filosóficas tematiza a Loucura na Literatura do final do século XIX e início do século XX


O programa Conversas Filosóficas, do Centro Cultural Banco do Nordeste (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108), traz a Loucura como tema na sua próxima edição, que acontecerá no dia 19 de fevereiro (sábado), a partir das 16 horas. Desde Platão, passando por Erasmo de Roterdã e chegando na redescoberta de Michel Foucault, a Loucura flerta com a Filosofia de forma às vezes sutil, às vezes nem tanto.

No debate, o professor Rúsvelin Oliveira Câmara Filho vai expor um determinado percurso da Loucura na Literatura do final do século XIX e início do século XX, através da análise das obras de Anton Tchecov (Enfermaria nº 6), Machado de Assis (O Alienista) e Lima Barreto (O Triste Fim de Policarpo Quaresma).

O expositor convidado é formado em História pela Universidade Federal do Ceará (UFC), com pós-graduações em Ensino de História (Faculdade Farias Brito) e em Administração Escola (Universidade Salgado de Oliveira - RJ).

 

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Terça-feira, 1 de Fevereiro de 2011

Festival Blues do Nordeste



O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) realizará o Festival Blues do Nordeste, no decorrer do mês de fevereiro.

No Festival, vão se apresentar nove bandas (com cada uma fazendo dois shows), a saber: Blues Label e Puro Malte (dias 2 e 3), De Blues em Quando (dia 4), Kazane Blues e Felipe Cazaux (dias 9 e 10), Água Ardente Blues e Allyson dos Anjos (dias 16 e 17), Marcelo Justa e Artur Menezes (dias 23 e 24). Os shows acontecem sempre às 13 horas e às 18 horas.

Conheça a seguir a programação do evento e as sinopses sobre cada uma das nove bandas:



Blues Label

Dias 2, quarta-feira, às 13 horas, e 3, quinta-feira, às 18 horas

A banda tem um trabalho de pesquisa sobre o Blues, o que permite a excelência nas várias vertentes do estilo. Realizando além dos merecidos tributos a grandes mestres, tem desenvolvido um trabalho autoral, onde aliam inovação e tradição, abrindo-se para novas linguagens musicais, através das influências plurais de cada integrante.



Puro Malte

Dias 2, quarta-feira, às 18 horas, e 3, quinta-feira, às 13 horas

Como um bom uísque, a Puro Malte visa o deleite e a satisfação de que tiver a oportunidade de assistir a seus shows, unindo doses generosas do bom e velho blues, curtido no vácuo de válvulas, com a energia e a virilidade do rock'n'roll, seja em interpretações de clássicos, seja em composições próprias, que adicionam um tempero cearense nessa mistura contagiante.



De Blues em Quando

Dia 4, sexta-feira, às 13 horas e às 18 horas

Simplicidade e autenticidade. Esta é a tônica de um trabalho autoral, em português, que torna o gênero acessível a todos, explorando a sensibilidade e paixão, além de clássicos que fizeram do blues um estilo mundialmente conhecido.



Kazane Blues

Dias 9, quarta-feira, às 13 horas, e 10, quinta-feira, às 18 horas

Com a proposta de lançamento do EP "Ao vivo no Cariri", o grupo Kazane Blues vem com um formato blues-rock para o Festival Blues do Nordeste. O gênero está sendo redescoberto pela juventude fortalezense.



Felipe Kazaux

Dias 9, quarta-feira, às 18 horas, e 10, quinta-feira, às 13 horas

Melódico, preciso e agressivo: essas são as melhores palavras para definir o som composto pelo jovem cantor e guitarrista paulista - um dos principais expoentes do cenário da música autoral cearense. O primeiro álbum solo de sua carreira, intitulado "Help the dog!" (2007) atraiu críticas sofisticadas por parte da mídia. Atualmente está em processo de lançamento do segundo disco - "Good days have come".



Água Ardente Blues

Dias 16, quarta-feira, às 13 horas, e 17, quinta-feira, às 18 horas

Nas apresentações, o público vibra e aplaude, e percebe o entrosamento da banda, num espetáculo que recria uma atmosfera de alegria e entusiasmo. A Água Ardente Blues tem como influências Muddy Waters, Raul Seixas, Bessie Smith, Janis Joplin e até mesmo nuances jurássicas do rock'n'roll, como Chuck Berry e James Brown.



Allyson dos Anjos

Dias 16, quarta-feira, às 18 horas, e 17, quinta-feira, às 13 horas

Guitarrista e vocalista com diversas influências que partem do Blues Rural, e passeiam pelo jazz, country, boogie woogie e rock'n'roll. Nos shows, clássicos do blues e do jazz como: Freddie King, Billie Holiday, John Lee Hooker, Ella Fitzgerald, Muddy Waters, Chuck Berry, Elvis Presley e Jimi Hendrix. Sonoridade crua inspirada nos bluesmen do delta do rio Mississipi (EUA), além de composições autorais e muito improviso.



Marcelo Justa

Dias 23, quarta-feira, às 13 horas, e 24, quinta-feira, às 18 horas

O guitarrista cearense Marcelo Justa iniciou seus estudos de música com formação clássica, mas tendo como principais influências o jazz e o blues. Desenvolveu um trabalho autoral, mudando-se no final dos anos 1980 para o Rio de Janeiro, onde residiu por cinco anos divulgando a sua música. De volta a Fortaleza, Marcelo Justa passou a atuar profissionalmente em 1992, trabalhando em várias casas noturnas da cidade e participando de vários projetos e eventos.



Artur Menezes

Dias 23, quarta-feira, às 18 horas, e 24, quinta-feira, às 13 horas

Suas influências vão de Jimi Hendrix ao rei do baião Luiz Gonzaga, passando por Albert Collins, Albert King, B. B. King, Stevie Ray Vaughan, Buddy Guy, James Brown e Johnny Winter. Atualmente em São Paulo, após duas temporadas em Chicago, nos EUA. Tocou com músicos internacionais como: John Primer, Charlie Love and The Silky Smooth Band, Linsey Alexander, Phil Guy, Brother John, Jimmi Burns e Big Ray, entre outros.



No dia 11 de fevereiro (sexta-feira), a partir das 12 horas, o CCBN-Fortaleza apresentará shows históricos em DVD, com nomes mundialmente consagrados do Blues, como Eric Clapton, B. B. King, Johnny Winter, Gary Moore, Rory Gallagher e Muddy Walter, entre outros.

 

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Terça-feira, 30 de Novembro de 2010

Documentário narra história de dois meninos



Documentário narra história de dois meninos que tentam encontrar seu lugar no mundo dos adultos



O cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza exibirá, com entrada franca, o documentário "No meio do mundo" (Puisque nous sommes nés), dirigido pelo francês Jean-Pierre Duret e a brasileira Andrea Santana, no próximo dia 11 de dezembro (sábado), às 10h30. Após a exibição, os dois diretores debaterão o filme com o público presente.

O filme conta uma história universal: a história de dois meninos que tentam encontrar seu lugar no mundo dos adultos. Eles sabem que lá onde eles nasceram não existe futuro possível. Esta busca de identidade tem como cenário o interior do Nordeste do Brasil, mas poderia se situar em qualquer lugar, em qualquer outro país.

"No meio do mundo" não é um retrato miserabilista ou angelical da pobreza e da violência no Brasil. O que é mais surpreendente e tocante nos personagens Nego e Cocada é a energia que empregam para escapar do destino anunciado.

Eles querem saber quem eles são e fazer alguma coisa da vida deles. A linguagem deles contém o que os aproxima. No filme, esta linguagem é confrontada com o discurso dos políticos, com o discurso de Lula, natural de Pernambuco, em campanha eleitoral de reeleição para presidente. Na situação de segregação econômica que o Brasil vivencia, eles se tornaram os invisíveis aos quais se nega o valor de suas próprias histórias.



Sinopse do filme

Brasil. Nordeste. Estado de Pernambuco. Um imenso posto de gasolina no meio de uma terra seca, cortada por uma estrada sem fim. Cocada e Nego têm 14 e 13 anos. Cocada tem um sonho, vir a ser caminhoneiro. Ele dorme na cabine de um velho caminhão e durante o dia ajuda no posto e faz bicos. O pai dele foi assassinado, então ele encontrou um pai de adoção, Mineiro, um caminhoneiro que se preocupa em conversar com ele, em apoiá-lo quando a tentação do dinheiro ganho facilmente torna-se mais forte que tudo.
Nego vive numa favela cercado de uma numerosa frátria. Depois do trabalho de cuidar das cabras, sua mãe quer que ele vá à escola para ter uma boa educação, mas Nego quer partir, ganhar dinheiro. À noite, ele ronda o posto de gasolina, fascinado pelas vitrines iluminadas, pelos comerciantes que vendem de tudo e pela comida abundante. Com seu amigo Cocada, eles olham o movimento intenso dos caminhões e dos viajantes de passagem.
Tudo fala a eles deste grande país do qual eles não sabem nada. Com esta maturidade singular que se adquire muito cedo na adversidade, eles se interrogam sobre suas identidades e sobre o futuro. A única perspectiva: uma estrada na direção de São Paulo, na direção de alhures.

O documentário tem classificação indicativa livre e duração de 120 minutos. O filme tem o patrocínio do Banco do Nordeste do Brasil (BNB).

 

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Segunda-feira, 30 de Agosto de 2010

Mostra de Teatro Despudorado apresenta espetáculos sobre transexualidade, prostituição e traição



O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza apresenta a Mostra de Teatro Despudorado, dentro do seu programa de artes cênicas Ato Compacto, no período de 1º a 3 e de 8 a 10 de setembro próximo, sempre às 15h e 18h30, com entrada franca.

Na mostra, serão encenados os seguintes espetáculos: "Engenharia Erótica", com o Grupo Parque de Teatro e direção de Silvero Pereira, baseado em livro do psicanalista Hugo Denizart sobre travestis (nos dias 1º e 8); "Abajur Lilás", adaptação da peça de autoria do dramaturgo Plínio Marcos, com o grupo Imagens de Teatro e direção de Edson Cândido (nos dias 2 e 3); e "Nudez sem Castigo", inspirado livremente no texto "Toda nudez será castigada" (de Nelson Rodrigues), com o Grupo Centauro e direção de Márcio Rodrigues, nos dias 9 e 10.

Segundo a coordenadora de Artes Cênicas do CCBNB, Viviane Queiroz, é importante mostrar ao público a variedade de linguagens artísticas relacionadas à diversidade humana. "Interessa ao CCBNB tanto o fazer teatral, como a crítica social e a reflexão sobre a natureza humana. E é isso o que apresentamos nessa Mostra Especial", enfatiza. Viviane Queiroz destaca que "foram selecionados espetáculos sobre três mundos sempre vistos com pudor na história da humanidade: a traição, a transexualidade e a prostituição".

A coordenadora de Artes Cênicas compreende que "felizmente, cada vez mais, esses três mundos são vistos de forma mais objetiva e menos preconceituosa, graças aos vários órgãos públicos e organizações da sociedade civil que vêm se firmando no cenário nacional e internacional em defesa dos direitos humanos e da igualdade de oportunidades para todas as pessoas, independentemente de sua sexualidade. O mundo das artes acompanha essa tendência - e, em alguns casos, é até precursor desta defesa", ressalta.

As sessões das 15 horas serão seguidas de Troca de Ideias entre os atores, diretores e o público presente, sobre o processo criativo, a construção cênica, a adaptação do texto e a pesquisa e concepção dos personagens. "É uma oportunidade de aproximação do público com esses três mundos, com os artistas que compuseram essas peças, estudaram os personagens e transpuseram essas realidades para o palco", salienta Vivane Queiroz.

A Mostra de Teatro Despudorado tem classificação indicativa de 18 anos para os três espetáculos. Será exigido documento de identificação (RG, CNH ou carteira profissional), no momento da entrega do ingresso.

Conheça a seguir a sinopse dos três espetáculos da Mostra:




PROGRAMA ATO COMPACTO


ESPECIAL MOSTRA DE TEATRO DESPUDORADO



Engenharia Erótica

Grupo Parque de Teatro (CE)

Direção: Silvero Pereira

Dias 01 e 08, qua, 15h e 18h30

Inspirado no livro "Engenharia Erótica - travestis no Rio de Janeiro", do psicanalista Hugo Denizart, o espetáculo faz parte da pesquisa realizada pelo ator e diretor Silvero Pereira sobre o universo das travestis e transformistas de diversas cidades do Estado do Ceará. Classificação indicativa: 18 anos. 80min.



Abajur Lilás

Grupo Imagens de Teatro (CE)

Dias 02, qui, e 03, sex, 15h e 18h30

Direção: Edson Cândido

Adaptação da obra do polêmico dramaturgo Plínio Marcos. O ambiente é um bordel onde três mulheres sobrevivem como prostitutas à beira da marginalidade. Um dia, tomada de um súbito acesso de raiva e árduo desejo de provocar o proprietário do covil, uma delas quebra um abajur. Seu ato impulsivo inicia um grande conflito que aos poucos desemboca numa terrível tragédia. Classificação indicativa: 18 anos. 80min.



Nudez sem castigo

Grupo Centauro (CE)

Direção: Márcio Rodrigues

Dias 09, qui, e 10, sex, 15h e 18h30

O espetáculo Nudez sem Castigo é um experimento pedagógico. Inspirado livremente no texto de Nelson Rodrigues "Toda Nudez será Castigada", o grupo desenvolveu uma textualidade composta de fragmentos em que a relação do casal principal se destaca, transformando-se numa investigação de material cênico sobre o tema das relações humanas. Classificação indicativa: 18 anos. 60min.

 

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Segunda-feira, 16 de Agosto de 2010

Cultura Musical e Palco Instrumental

Cultura Musical e Palco Instrumental


Os programas Cultura Musical e Palco Instrumental, ambos realizados pelo Centro Cultural Banco do Nordeste, acolherão uma série de 20 shows dentro da programação da IX Feira da Música de Fortaleza.

Juntos, no período de 18 a 21 deste mês (quarta-feira a sábado da próxima semana), de 12h às 20h, os dois programas realizarão espetáculos musicais de 18 bandas independentes de 12 estados de quatro regiões brasileiras (Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste e Norte) e mais duas argentinas, no cineteatro do CCBNB-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - 2º andar - Centro - fone: (85) 3464.3108).

Serão cinco shows em cada um dos quatro dias. O Palco Instrumental abre a programação na próxima quarta-feira, 18, e o Cultura Musical dá continuidade de quinta-feira, 19, até o sábado, 21.

Do Nordeste, participam da programação as seguintes bandas: Assaré Band, Jardim das Horas, Níguer, Jonattan Doll e os Garotos Solventes e Don'L (Ceará); Sex On The Beach e Cabruêra (Paraíba); Fullreggae (Piauí); Camarones Orquestra Guitarrística (Rio Grande do Norte); Voyer (Pernambuco); Os Irmãos da Bailarina (Bahia); e Wado (Alagoas).

Da região Sudeste, tocam os seguintes grupos: Klesmer 4 e Emicida (São Paulo); e Autoramas (Rio de Janeiro). Do Centro-Oeste: Macaco Bong (Mato Grosso); Diego Moraes e o Sindicato (Goiás). Do Norte: Mini Box Lunar (Amapá). E especialmente vindo da Argentina, participam duas bandas: Finlândia e La Cartelera Ska.

Os programas Cultura Musical e Palco Instrumental, neste mês, são dedicados à IX Feira da Música de Fortaleza, que promove um grande intercâmbio de experiências sonoras.

Além da difusão da música independente de qualidade no País, a Feira contribui para a democratização de informações no setor, através de palestras, painéis e oficinas, além de incrementar negócios, por meio do Pavilhão da Feira, onde há exposição de equipamentos, instrumentos e novas tecnologias.

Veja a seguir a programação do Palco Instrumental (dia 18, quarta-feira) e Cultura Musical (dias 19 a 21, quinta-feira a sábado) na Feira da Música, sempre de 12h às 20h:



ESPECIAL - PALCO INSTRUMENTAL VAI À FEIRA

Dia 18, qua, das 12h às 20h



Assaré Band (CE)

Dia 18, qua, 12h

Com base no Folclore e na Música do Nordeste, um grupo de amigos se reuniu a fim de resgatar, compor e dar uma nova roupagem aos ritmos tradicionais de nossa região, preservando nossa cultura de raiz, a herança do povo. 60min.



Sex on the Beach (PB)

Dia 18, qua, 13h45

Puramente instrumental, a Sex On The Beach faz um som rock´n roll, influenciada também por beebop, jazz e surf music. Formada no ano passado, a banda possui EP onde dá a receita completa do show. 60min.





Camarones Orquestra Guitarrística (RN)

Dia 18, qua, 15h30

Banda potiguar de música instrumental calcada no rock, que mistura ska, punk, reggae, temas de desenhos animados e filmes, produzindo uma sonoridade interessante e um show empolgante. 60min.



Finlândia (Argentina)

Dia 18, qua, 16h15

Finlândia é um grupo formado por Mauricio Candussi (Argentina) e Raphael Evangelista (Brasil). O grupo busca combinar elementos da música latino-americana, focando nos países de origem, com sonoridades contemporâneas. TANGO, MILONGA e BOSSA NOVA são mesclados com LOUNGE E AMBIENTES CONTEMPORÂNEOS, tocados ao vivo com piano, violoncelo, acordeão e sons eletrônicos. 60min.



Macaco Bong (MT)

Dia 18, qua, 18h30

Macaco Bong (Cuiabá - MT) - Baseado na desconstrução do formato convencional dos arranjos da música popular, aliado à linguagem do jazz/fusion/pop, o instrumental power trio de Cuiabá vem apresentar o show "Artista Igual Pedreiro". 60min.



ESPECIAL - CULTURA MUSICAL VAI À FEIRA

Dias 19, qui, 20, sex e 21, sáb, das 12h às 20h



Jardim das Horas (CE)

Dia 19, qui, 12h

O Jardim das Horas é uma fusão da música moderna eletrônica com as raízes musicais brasileiras, desenvolvendo músicas que causam sensações, visualizações e que propõem uma concentração mental, introspecções e reflexões. A banda vem se destacando no cenário de bandas independentes com sua música inovadora e seus shows performáticos. 60min.



Mini Box Lunar (AP)

Dia 19, qui, 13h40

Revelação do pop amazônico com destaque na mídia especializada, participou de importantes festivais em dois anos de existência e já lançou um DVD e um CD demonstrativo. 60min.



Autoramas (RJ)

Dia 19, qui, 15h20

A banda já lançou quatro CDs e fez turnês internacionais pelo Japão, Argentina, Uruguai, Chile, Inglaterra, Portugal, Espanha, Holanda e Bélgica. Nesse show, a banda apresenta seu mais novo projeto "Autoramas desplugados". 60min.



Wado (AL)

Dia 19, qui, 17h

"Atlântico Negro" é o mais novo trabalho do catarinense/alagoano, que dá continuidade à sua aproximação com a música da periferia desde seu primeiro trabalho, "O Manifesto da Arte Periférica" (2000), até o último disco,"Terceiro Mundo Festivo" (2008). 60min.



Klezmer 4 (SP)

Dia 19, qui, 18h40

Grupo paulista que toca músicas tradicionais judaicas de vários cantos do mundo, em mais de quatro idiomas diferentes (yidishe, hebraico, ladino, aramaico, inglês e português). 60min.



Níguer (CE)

Dia 20, sex, às 12h

O show vai além da Black Music e do samba rock que deram notoriedade ao cantor, mostrando um artista cada vez mais maduro e plural, sempre cercado de músicos talentosos e de personalidade. 60 min.



Os Irmãos da Bailarina (BA)

Dia 20, sex, 13h40

Formada desde janeiro de 2006, a banda surgiu quando o vocalista Theo resolveu interagir com outros músicos que quisessem explorar uma nova essência criativa, ultrapassando a barreira dos rótulos, buscando mesclar diversas referências, seja em outros estilos musicais ou em outras manifestações artísticas, como, por exemplo, a literatura. 60min.



Diego de Moraes e o Sindicato (GO)

Dia 20, sex, 15h20

Firmou-se como um dos mais criativos grupos da cena independente nacional. Em 2010, o grupo prepara o lançamento do seu primeiro disco, intitulado "Parte de nós", com o apoio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. 60min



Cabruêra (PB)

Dia 20, sex, 17h

Há mais de 10 anos na estrada, a banda reúne músicos com diversas influências, desde o cancioneiro popular da Paraíba até a música eletrônica. 60min.



Emicida (SP)

Dia 20, sex, 18h40

Considerado um fenômeno dentro da cultura hip-hop, através de materiais produzidos durante quase uma década de improviso, letras, estudos e parcerias realizadas ao longo da sua trajetória. 60min.



Jonattan Doll e os Garotos Solventes (CE)

Dia 21, sáb, 12h



Jonnata Doll é um músico autêntico e performático, que energiza o público e os hipnotiza com suas danças frenéticas e seu canto passional. O instrumental dos Garotos Solventes é fruto da pesquisa de rapazes que cresceram nas décadas de 1980 e 90. 60min.



Voyer (PE)

Dia 21, sáb, 13h40

A banda mescla riffs de guitarra e beats do movimento Electro, mostrando que Pernambuco tem um forte representante do gênero, mesclando rock com programação eletrônica. 60min.



Don'L (CE)

Dia 21, sáb, 15h20

Don'L tem viajado o país inteiro fazendo shows e vendendo mixtapes. Já reconhecido no meio como um dos melhores rappers do Brasil, Don'L tem apresentado produções diferenciadas, com um jeito peculiar de misturar influências nas batidas e rimas, fazendo com que seu hip-hop seja, antes de tudo, boa música brasileira. 60min.



La Cartelera Ska - "La Cartelera Y Sus Limones Domingueros" (Argentina)

Dia 21, sáb, 17h

A irreverente Big Band, uma das bandas de ska mais populares da Argentina, com dois álbuns gravados e pouco mais de 10 anos de carreira, se destaca pela mistura de ritmos como cumbia, samba, reggae, dub, hip-hop, raggamuffin, bossa-beat, reggaeton e cuarteska. 60min.



Fullreggae (PI)

Dia 21, sáb, 18h40

Com argumentos poéticos, político-sociais e ecológicos, a banda molda um som ímpar à base do reggae-root jamaicano. No show, músicas do primeiro CD, o "Natureza". 60min.

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Domingo, 25 de Julho de 2010

O Brasil em Chile - Chile en Brasil Festival


O Brasil em Chile - Chile en Brasil Festival é uma criação que favorece a divulgação do Brasil no exterior e a cooperação cultural com países do Mercosul. Propõe, aos artistas e público do Chile e do Brasil, a troca de expressões em Dança, Teatro, Música, Cinema e Artes Plásticas. Em julho de 2010, nas cidades de Fortaleza e Santiago


O Brasil em Chile - Chile en Brasil Festival é um projeto que surge da necessidade já tão evidenciada da circulação de espetáculos artísticos, como forma de disseminar manifestações culturais entre diferentes públicos. Quando essa circulação se dá através da interação entre dois países da América Latina, destaca-se a importância da afirmação e da diversidade cultural dentro de um continente tão apartado pelo culto desenfreado por fórmulas norte-americanas ou europeias.



Investindo nesse intercâmbio cultural, a iniciativa fomenta e oferece visibilidade à produção local dos dois países envolvidos, fortalecendo os processos colaborativos de criação nacional e internacional e gerando troca de conhecimentos e práticas entre artista e públicos.

Por uma semana em cada cidade, o projeto prevê a apresentação de trabalhos de artistas brasileiros na cidade de Santiago, no Chile, e de artistas chilenos na cidade de Fortaleza, no Brasil. Programações que enfocam cinco linguagens artísticas: exposições de Artes Visuais, espetáculos de Teatro, espetáculos de Dança, Mostras de Cinema e sessões de Música. Além dos espetáculos, as programações oferecem residências artísticas e oficinas que estimulam a interação entre artistas locais e convidados e resultam também na formação de plateia.


Com apoio financeiro da Diretoria de Relações Internacionais do Ministério da Cultura (D.R.I./MinC), do Banco do Nordeste do Brasil e do SESC Ceará, o projeto Brasil em Chile - Chile en Brasil Festival direciona a atenção para a arte contemporânea, produzida nos centros urbanos de Fortaleza e Santiago. Traz novos ares para a cena nacional e internacional, pois configura-se como uma possibilidade concreta de avanço na intenção de estabelecer parcerias colaborativas com países do Mercosul.



Nesse sentido, além de apresentarem seus trabalhos, os grupos artísticos participantes serão envolvidos em diversas atividades no contexto cultural local, como visitas a espaços culturais, debates e encontros com realizadores, inaugurando relações para potenciais desdobramentos.





Participação do Público

Apostando na participação da juventude, o projeto Brasil em Chile - Chile en Brasil Festival estima alcançar aproximadamente 20.000 pessoas nas duas cidades, atraindo um público diversificado, sobretudo considerando que todas as ações, em ambos os países, serão gratuitas. Como frisa o idealizador do projeto Paulo Vitor Gomes Feitosa, diretor da Quitanda das Artes, "garantir acessibilidade a todos os tipos de público é favorecer à população a fruição cultural, a participação nos acontecimentos da cidade e ao mesmo gerar novas referências estéticas nos públicos mais variados".





O empreendimento ainda buscará a mobilização de escolas públicas e privadas, aproximando das atividades escolares a rica programação cultural ofertada pelo intercâmbio. Além disso, procurará manter fiel o público já acostumado às programações culturais, dentre eles artistas, produtores culturais, universitários, gestores públicos, professores acadêmicos, intelectuais, comunicadores.


Período de Realização


Santiago (Chile): 7 a 10 de Julho de 2010



Fortaleza (Brasil): 27 a 30 de Julho de 2010







Artistas Brasileiros na programação:



Artes Plásticas: Milena Travassos (CE), com a exposição Sala de Jejum

Cinema: Alexandre Veras (CE), como curador da Mostra Brasil - Corpo Imagem

Dança: Cia. Dita (CE), com o espetáculo De-Vir

Música: Di Freitas (CE), com o recital musical Rabecas e Cabaças

Música: Grupo Feito em Casa (CE), com o show musical Tempo de Amor

Teatro: Cia. do Meu Tio (BA), com o espetáculo O Sapato do Meu Tio





Artistas Chilenos na programação:



Artes Plásticas: Brisa MP e Yto Aranda, com a instalação interativa Umbraltech

Cinema: Álvaro de la Barra, como curadora da Mostra Chile

Dança: Cía. de Papel, com o espetáculo Pies Pa' Volar

Música: DJ Paula Wapsas, com Chile in up live

Teatro: Tryo Teatro Banda, com o espetáculo Pedro de Valdívia - La Gesta Inconclusa

Teatro: Oscar Zimmermann, com o espetáculo Viaje


Teatro: Cia. Teatro La Carcajada, com o espetáculo Chejoviando










Brasil em Chile - Chile en Brasil Festival

Santiago (Chile): 07 a 10 de Julho de 2010

Fortaleza (Brasil): 27 a 30 de Julho de 2010

programações gratuitas

 

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Sexta-feira, 14 de Maio de 2010

Exposição "Mitômana", de Marina de Botas,




Exposição "Mitômana", de Marina de Botas, apresenta três vídeos que habitam o universo fantástico



O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) abre a exposição "Mitômana", da artista visual Marina Botas, nesta quinta-feira, 13, às 18 horas. Gratuita ao público, a mostra ficará em cartaz até o próximo dia 04 de junho (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; aos domingos, de 10h às 18h).



Mitômana (texto de Simone Barreto)

Nessa exposição, Marina de Botas apresenta três exercícios de mitomania. Três narrativas em vídeo que habitam um universo tão fantástico que só existem na ficção e na não-realidade. Mas se por hora ela os faz existir, ainda que amparados nos dispositivos tecnológicos, resta-nos adentrar nesse universo e tornarmo-nos cúmplices da sua mentira.

Dessa tecnologia façamos ainda uma ressalva. Os equipamentos que são suportes para a apresentação dos vídeos estavam em desuso. Uma das televisões foi encontrada no lixo. Defasadas, elas são low-technology, lixo da produção exagerada de tecnologias.

Esse desuso interessa a Marina. Nele, ela observa camadas de memória do objeto. É assim com todo o mobiliário da exposição, que induz o visitante à situação-casa. Que pode ser descrito como o momento onde tudo fica reconhecível: os objetos, as cores, o cheiro e as sensações.

Marina de Botas investiga os interstícios da linguagem. Sua proposição é criar nesse ambiente pedaços de casa, salas, antessalas, pedaços de muitas casas que formam uma. E é nessa casa que estão os vídeos apresentados na exposição.

O primeiro vídeo, chamado Baby doll ou A jóia do universo, mostra um primeiro plano amontoado de brinquedos, ursinhos de pelúcia, robôs de plásticos articulados, empilhados no meio deles sua filha de dez anos. Descoberta entre os brinquedos, Marina vai vestindo-a, enchendo-a de camadas de roupas, tornando-a maior. Trocando sua pele, sua idade talvez... Suas roupas passam por meias-calças, vestidinhos de princesa, passam pelo vermelho adolescente, o colorido pop do Ben 10, até chegar ao preto absoluto e silencioso. O ritual segue quieto e minucioso para os cabelos onde pequeníssimos enfeites são arquitetados em sua fronte, assemelhando-se a uma coroa. Em seguida as unhas/dedos, então o rosto é cuidadosamente pintado de azul. É possível que ela tenha nesse instante se tornado o jovem e colorido Krishna, azul escuro da cor da nuvem antes da chuva.

O reandrógino nasce de uma citação de um poema de Roberto Piva - Antropolítica da entrega em profundidade - que finda com o seguinte verso: "Coxas Ardentes que só terá descanso quando estiver nos braços do Andrógino Antropocósmico". É esse descanso que no vídeo a personagem procura em seu andrógino antropocósmico. Unindo-se a ele e tornando-se um só em diferentes condições. No áudio, ouvimos Marina cantar uma canção do Roberto Carlos.

Centauro trata da saga de alguns indivíduos da cidade. Com hábitos urbanos, eles constroem casas, vivem o cotidiano regular e rotineiro de todo habitante das cidades. Peculiaridades são observadas em seus corpos: cadeiras fazem parte deles. Mas a inadequação a esse ambiente faz com que muitos desses centauros se rebelem e fujam para uma floresta. Lá eles poderão desenvolver novos hábitos de reprodução, alimentação... Tornam-se seres contemplativos e audazes. A cidade só se vê ao longe.

Mitômana nos toma de esguelha. Podemos ter dúvida da possibilidade daquelas imagens, mas como duvidar se nos reconhecemos naqueles argumentos/sentimentos? Não é tudo mentira nem é tudo ilusão.

 

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Terça-feira, 11 de Maio de 2010

Exposição de fotos do artista visual Bruno Vilela



Exposição de fotos do artista visual Bruno Vilela promove releitura do universo do conto de fadas

As fotografias do artista visual pernambucano Bruno Vilela promovem uma releitura do universo do conto de fadas. Nestas fotos, personagens de contos de fadas aparecem em situações mórbidas, estranhas e mesmo perturbadoras, como a Branca de Neve esvaída em sangue e desmaiada numa floresta, ou Alice caída na entrada de uma casa, de onde só se vê parte de seu corpo. O que há por trás dessas imagens? Por que elas nos inquietam tanto?

É o que aborda e questiona a exposição "bibbdi bobbdi boo", série de fotografias de autoria de Bruno Vilela que serão apresentadas em exposição individual no Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Térreo - Centro - fone: (85) 3464.3108), com curadoria de Ana Cecília Soares e Júnior Pimenta.

A abertura da mostra acontecerá nesta quinta-feira, 13, às 19 horas. Antes, às 18 horas, haverá um bate-papo de Bruno Vilela e os dois curadores com o público presente. Gratuita ao público, a exposição ficará em cartaz até 04 de junho deste ano (horários de visitação: terça-feira a sábado, de 10h às 20h; e aos domingos, de 10h às 18h). Mais informações sobre o conteúdo da exposição e o trabalho do artista podem ser encontradas em seu site: www.brunovilela.com .



...Foi uma vez (texto curatorial por Ana Cecília Soares e Júnior Pimenta)

A chegada da modernidade no século XX modificou a nossa concepção de narrativa ou estruturação de uma obra de arte ou de um texto. A essa maneira de se contar histórias, a pesquisadora Katia Canton chamou de "narrativas enviesadas". Compostas a partir de tempos fragmentados, sobreposições, repetições e deslocamentos, elas rompem com a idéia de "começo-meio-fim" tradicional. A não-linearidade de seus elementos prevalece.

Canton acredita que, para criar suas narrativas enviesadas, uma das estratégias dos artistas contemporâneos é a utilização de contos de fadas em seus trabalhos. Essas histórias paradigmáticas do ocidente são conhecidas o suficiente para poderem ser viradas do avesso pelos artistas. "Não há risco de que a identificação com o espectador desapareça, considerando-se a popularidade de que são revestidas".

As fotografias da série "Bibbdi Bobbdi Boo", do artista visual Bruno Vilela promove uma releitura desse universo. Nela, personagens de contos de fada aparecem em situações mórbidas, estranhas, e, mesmo, perturbadoras, como a Branca de Neve esvaída em sangue e desmaiada numa floresta, ou Alice caída na entrada de uma casa, de onde só se vê parte de seu corpo. O que há por trás dessas imagens? Por que elas nos inquietam tanto?

Oriunda do latim "fatum", a palavra fada significa destino, fatalidade ou fado. Essa raíz etimológica remete ao contexto inicial em que os contos de fadas estavam inseridos: na forma original, os textos falavam de adultério s, incesto s e mortes violentas. Eram concebidos como entretenimento para adultos, contados em reuniões sociais, e não em ambientes infantis. Somente no século XVII, com o francês Charles Perrault, que os contos começaram a se humanizar. No século XIX, com o trabalho idealizado pelos irmãos Jacob e Wilhelm Grimm, as histórias foram direcionadas ao público infantil.

Numa desconstrução do imaginário simbólico criado por esses contos, Bruno Vilela incorpora aspectos de nossa realidade às narrativas. Fundindo fantasia com o real, o artista rompe com estereótipos do tipo: "um mundo perfeito, onde todos são felizes para sempre". A desmistificação do amor perfeito, do ideal de beleza e do maniqueísmo humano (bem x mal), também, está presente em sua proposta.

O artista constrói imagens que mantém aproximação direta com a pintura. Suas fotografias são como verdadeiras telas vivas e pulsantes, dotadas de um cromatismo nervoso, pronto a explodir. O colorido inebriante de Vilela rompe e distorce qualquer tipo de idealismo, sugere uma reconfiguração da condição primordial das "fadinhas". Tornando-as mais parecidas conosco: frágeis e de carne e osso. Tão maleáveis ao mundo como nós!

Assim, ao desfazer e refazer narrativas consolidadas e de domínio público, o artista não apenas afirma a importância da tradição como sugere que reinventar é tão necessário quanto não aceitar algo já imposto. Vilela quebra paradigmas e escancara aos olhos do espectador sentimentos, que no geral, procuramos deixar de lado por nos ser conveniente... Suas imagens têm o intuito de inquietar, chocar, mexer com aquilo que está quieto, longe de uma realidade romanceada, e assim, induz a reflexão sobre as nossas próprias mitologias...



Texto de Marcia Tiburi: Bruno Vilela ou era uma vez Branca de Neve e outras sonsas

Bruno, o caçador, com sua câmera, realizou o sonho da madrasta. Alguém um dia finalmente cumpriria a sentença: matar Branca de Neve. Salvou as meninas do seu destino de bobas.

A heroína bela e branca, submissa e sonsa, pertence definitivamente ao "era uma vez". A imagem técnica que nasceu com a fotografia nos tempos em que Branca de Neve pertencia à imaginação a serviço da moral, vem, hoje, nos salvar do mito, acabando de vez com o imaginário de redenção para a bonitinha que se salva porque escravizada e se escraviza por ser a bonitinha. As outras: Chapeuzinho, Alice, e quem mais estiver por perto, vão junto.

Bruno Vilela talvez não imagine a revolução que acaba de promover. Vilém Flusser, autor da Filosofia da Caixa Preta, afirmou que o fotógrafo é sempre um caçador. Não podemos desperdiçar a analogia entre caçador e fotógrafo diante do trabalho que vemos aqui. Sua arma, a câmera fotográfica, confirma o elo entre imaginário e real, entre a produção da imagem e a forma como mulheres poderão ver a si mesmas de agora em diante. O feminismo agradece. Mais que ele, todos os que sabem o poder que a produção da imagem tem na construção das subjetividades. É um soco no estômago do espetáculo. Bruno Vilela acabou com o mito da bonitinha que, para permanecer viva precisa de um homem, seja ele um grupo de anões que exploram sua capacidade para o trabalho doméstico, seja o príncipe que acolhe a beleza morta no seu programa de casamento.

Quem terá a coragem de contar às crianças a historinha das boas moças, das heroínas órfãs, da submissa à maldade da madrasta que nega a maternidade e se entrega à vaidade, da que perde temporariamente o único lugar que almejou na vida, o de princesa, para depois recuperá-lo na grandiloquência da condição de esposa e rainha, a que vive pelo efeito mágico do casamento, da que é salva pelos animaizinhos da floresta, pelo grupo de anões generosos e assustados, da que se entrega à romantização, da que desconhece os perigos da floresta, da que não sabe o que pode o lobo?

Quem terá coragem de contar que o caçador cansou de seu papel piedoso, que o guarda-costas das meigas não quer mais saber de mentiras, de uma imaginação que serve a ideologias? A caça das heroínas é em favor de uma outra realidade.

E agora, será que Bruno pagará caro por este escancarar sem piedade estas verdades diante de nossos olhos que não querem ver?



Trajetória artística

Bruno Vilela Nasceu em Recife/PE, em 26 de julho de 1977. Artista plástico formado em Retrato com Anatomia e Figura Humana com o mestre japonês Sunishi Yamada. Realizou exposições individuais em Recife dentre as quais se destacam: Bibbdi Bobbdi Boo na FUNDAJ - Fundação Joaquim Nabuco, Réquiem sobre papel no Museu Murilo La Greca e O Céu do céu no Museu do Estado de Pernambuco. Participou de coletivas, como o Prêmio Internacional de Pintura de Macau, Jogos de Guerra no Memorial da América Latina, Abre alas na Gentil Carioca, Investigações pictóricas no MAC-Niterói, Projeto Prima Obra em Brasília, Salão de arte contemporânea do Paraná e Salão de arte de Pernambuco.

Bruno foca sua pesquisa em três principais suportes: fotografia, desenho e pintura. O universo feminino, dos contos de fada, do mistério, da vida e da morte são sua busca. Uma espécie de quebra de arquétipos e a sua substituição por outros mais sombrios e misteriosos.

Para Vilela, arte é xamanísmo, um portal para outra dimensão, como diria o mestre Beuys e Da Vinci. É cor, forma, composição, espiritualidade, matéria e o tesão pelo visual como fez o mestre Rauchemberg.

A Pesquisadora Georgia Quintas diz sobre o trabalho de Bruno: "Na série de fotos Bibbdi bobbdi boo, ele faz um ensaio repleto de persona­gens (verdadeiras imagens-ícones pré-estabelecidas) como Branca de Neve, Chapeuzinho Vermelho e Ali­ce (no País das Maravilhas). A foto­grafia não só é utilizada como re­gistro, mas também como lingua­gem. As imagens possuem um vi­gor vertiginoso. Nelas, os mitos de­saguam. A elaboração das cenas nos leva a uma dimensão imaginá­ria rica em detalhes, nos indicando o paradoxal terreno imagético dian­te das nossas certezas. Todas as fi­guras femininas que compõem as fotografias de Vilela são alegorias de um novo discurso. O lúdico das estórias para crianças torna-se dra­mático, soturno e furtivo. Há san­gue, há dor, há queda... O artista trabalha exatamente neste limiar entre o estabelecido e o improvável: do declínio da perfeição, das doces, heróicas e diáfanas mulheres".

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Sexta-feira, 7 de Maio de 2010

Centro Cultural Banco do Nordeste disponibiliza perfil no Twitter e canal de vídeos no You Tube







O Centro Cultural Banco do Nordeste está disponibilizando dois canais em mídias sociais: um perfil no microblog Twitter e um canal de vídeos no You Tube.

O perfil no Twitter (www.twitter.com/ccbnb) está compartilhando e colhendo - junto aos internautas - informações, sugestões e opiniões sobre a programação dos três Centros Culturais Banco do Nordeste (Fortaleza; Cariri, em Juazeiro do Norte, na região sul do Ceará; e Sousa, no alto sertão paraibano). O perfil atualmente conta com 363 seguidores.

Recentemente, dentro da programação do IV Festival BNB das Artes Cênicas, a entrevista com o ator, dramaturgo e diretor teatral Ricardo Guilherme foi tuitada ao vivo no perfil do CCBNB, destacando e compartilhando frases emitidas pelo artista sobre sua história de vida e trajetória artística, no decorrer da conversa.

Por sua vez, o canal do Centro Cultural Banco do Nordeste no You Tube (www.youtube.com/user/centroculturalbnb) está exibindo vídeos de entrevistas com os cantores e compositores Raimundo Fagner, Ednardo, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Antônio Nóbrega, com o dramaturgo, romancista e poeta Ariano Suassuna e com o ator Emiliano Queiroz, além de um debate sobre Literatura na Internet e um vídeo institucional sobre o BNB.

Com duração média total de 55 minutos, cada uma dessas entrevistas e debate disponível no canal do CCBNB no You Tube está dividida em cinco a sete blocos. Ao todo, são 44 vídeos publicados no referido canal, segmentados em sete programas especiais (entrevistas e debate), mais o vídeo institucional.

Entre os diferenciais interessantes do acesso a esses vídeos publicados no canal do CCBNB no You Tube, o designer gráfico do Ambiente de Comunicação do BNB, Gabriel Ramalho, aponta: "os vídeos podem ser vistos na Internet, no momento e na ordem em que o internauta desejar e, também, através de dispositivos móveis, em qualquer lugar, como Ipod, Iphone e demais smartphones; além disso, os usuários podem optar por se inscrever no canal de vídeos, recebendo, assim, todas as atualizações em primeira mão; e todos os vídeos podem ser compartilhados em blogs, redes sociais ou enviados aos amigos".

As entrevistas foram gravadas no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, dentro dos programas Nomes do Nordeste, Literato e Papo XXI. O Nomes do Nordeste mostra a trajetória de vida e a atuação artístico-cultural dos principais nomes da cultura nordestina, por meio de depoimentos de profissionais e artistas reconhecidos nacional e internacionalmente.

Já o Literato contempla a realização de palestras com autores nordestinos, além de debates sobre temas ligados à literatura regional. Nesses encontros, os leitores são apresentados às idéias dos autores, discutindo obras ou temas.

Além do Nomes do Nordeste e do Literato, o CCBNB realiza o Papo XXI. Nesse programa de debates, o tema central são as tendências da cultura para o Século XXI. O objetivo é discutir e aprofundar os conhecimentos sobre temas emergentes da atualidade, com forte repercussão no Nordeste.

Editados no formato DVD, as entrevistas, debates, depoimentos e palestras referentes a esses três programas são veiculados na rede de TVs públicas brasileiras. Organizadas em cinco coleções de dez volumes, esses DVDs são distribuídos gratuitamente pelo Centro Cultural Banco do Nordeste para bibliotecas e estabelecimentos de ensino públicos, equipamentos culturais e organizações não-governamentais, mediante solicitação por ofício. A íntegra das entrevistas com os cantores e compositores Alceu Valença e Geraldo Azevedo também está disponível em forma de livro.

Veja a seguir a sinopse de cada uma dessas entrevistas disponíveis no canal do Centro Cultural Banco do Nordeste no You Tube (www.youtube.com/user/centroculturalbnb):



Raimundo Fagner - Capaz de misturar Luiz Gonzaga, Beatles e Roberto Carlos e fundir com desenvoltura as culturas árabe, ibérica, caribenha e nordestina em sua própria música, ele se autodefine como um "liquidificador ambulante". O personagem é o cantor, compositor, instrumentista, ator e produtor musical cearense Raimundo Fagner Cândido Lopes, nascido em 13 de outubro de 1949, em Fortaleza. Entrevistador: Valdo Siqueira - produtor audiovisual, pesquisador, colecionador musical e radialista. Programa gravado no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, no dia 09/05/2006. Duração: 55 minutos.



Ednardo - Ednardo é integrante da geração de músicos que deixou o Ceará no início dos anos 1970, com o objetivo de tentar carreira profissional em nível nacional. Nessa busca, o músico acabou por levar, não apenas ao "sul maravilha", mas a todo o País, o canto das coisas de seu terra: das dunas brancas à aldeia Aldeota. Do primeiro disco ao lado de Téti e Rodger de Rogério em 1973, o LP "Meu corpo, minha embalagem, todo gasto na viagem", que ficou conhecido como "Pessoal do Ceará", às trilhas para cinema e TV - incluindo seu maior sucesso nacional, "Pavão Mysteriozo", da fonte do cordel para o folhetim global em 1976. Três anos depois, foi um dos articuladores da "Massafeira Livre", evento cultural que deu origem a um disco, compondo novo retrato da música cearense. Desde então, Ednardo segue produzindo, compondo, lançando discos, fazendo shows, refletindo sobre sua arte e as coisas de seu tempo e seu lugar. Entrevistador: Nelson Augusto - jornalista e pesquisador musical. Programa gravado no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, no dia 30/01/2007. Duração: 53 minutos.



Alceu Valença - Nascido em 1946, Alceu Valença é um dos mais expressivos nomes da música brasileira, um artista que atingiu o maior equilíbrio estético entre as bases musicais nordestinas com o universo dos sons elétricos da música pop. Nesta entrevista, esse pernambucano compositor, cantor, mago, anjo avesso, nascido na terra dos Quatro Cantos, reconhecido e aplaudido em todos os cantos do mundo, monta em seu cavalo-de-pau, aguça os sentidos e galopa na fala da infância prodigiosa; das referências e influências musicais; das canções e dos sucessos. Filosofa, defende as raízes nordestinas e conta causos. Este é nosso convite para a reflexão no espelho cristalino do artista, para a folia em torno da vida do eterno menino e brincante. Entrevista realizada pelo ator, apresentador, diretor teatral e dramaturgo Ricardo Guilherme, no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, no dia 05/02/2004. Duração: 55 minutos.



Geraldo Azevedo - Nascido em 1945, Geraldo Azevedo é mais um dos grandes artistas brasileiros que deixa registrada, com seu timbre de voz e seu sotaque tipicamente nordestino, a grandiosidade das cantigas bem arranjadas. Nesta entrevista, esse pernambucano das margens do Rio São Francisco, rincões de Petrolina, defende as águas de sua infância e de sua juventude. Ele, que cedo descobre a bossa nova e experimenta tocar e cantar, apenas como uma forma de estar no mundo. Lembra do tempo que queria ser engenheiro ou arquiteto; dos tempos difíceis, de prisões e torturas. Mas também se enternece com a vida e canções dos inúmeros parceiros. De Jatobá para o mundo, eis aqui circunstâncias desse cantor-passarinho, desse bicho de sete cabeças, desse caravaneiro da vida cigana... Entrevista realizada pelo ator, apresentador, diretor teatral e dramaturgo Ricardo Guilherme, no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, no dia 15/07/2004. Duração: 55 minutos.



Ariano Suassuna e Antonio Nóbrega - Os Romanceiros Ibérico e Brasileiro: Este programa apresenta o encontro de dois dos mais expressivos e autênticos nomes da cultura nordestina: o escritor, dramaturgo, poeta e gravurista Ariano Suassuna e o pesquisador, músico, dançarino e ator Antonio Nóbrega, abordando o tema "Os Romanceiros Ibérico e Brasileiro". Romanceiros é um conjunto de poemas narrativos, unidos por um tema central, onde cada poema é um romance. Romanceiros também pode ser entendido como uma coleção de poesias e canções populares, de um país ou de uma região, que andam na boca do povo. Mediadora: Eleuda de Carvalho - jornalista. Programa gravado no auditório do Centro de Convenções do Ceará, durante a 6ª Bienal Internacional do Livro, em Fortaleza, no dia 29/08/2004. Duração: 55 minutos.



Emiliano Queiroz - Nascido em Aracati (CE), o ator Emiliano Queiroz atuou no teatro e na televisão cearenses (final dos anos 1950 e início da década de 60, respectivamente). Depois transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde desde 1965 integra o elenco da TV Globo - emissora na qual consagrou-se nacionalmente, interpretando personagens marcantes em novelas (Juca Cipó em "Irmãos Coragem" e Dirceu Borboleta em "O Bem Amado") e em filmes como "O grande mentecapto", "Madame Satã", "O Xangô de Baker Street", "Navalha na carne", "Dois perdidos numa noite suja" e "Independência ou morte". Entrevistador: Ricardo Guilherme - ator, apresentador, diretor teatral e dramaturgo. Programa gravado no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza, no dia 30/03/2007. Duração: 55 minutos.



Literatura na Internet - A Internet tem se apresentado como um espaço democrático para a nova e boa literatura feita no Brasil. Como utilizar com sabedoria e criatividade a Internet e manter um canal de diálogo entre escritores e o público? Apresentador do tema: Edson Cruz - editor do site de literatura & arte Cronópios (www.cronopios.com.br ) e da revista eletrônica Mnemozine. Debatedor: Daniel Glaydson - poeta, tradutor e editor da revista virtual de literatura & adjacências Famigerado (www.famigerado.com ), webeditada a partir de Sobral (CE). Mediador: Carlos Augusto Barreto Corrêa Lima - escritor, poeta, editor, ensaísta e antidesigner. Programa gravado no cineteatro do Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza (CE), no dia 21/02/2006. Duração: 55 minutos.

 

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Segunda-feira, 12 de Abril de 2010

Seminário avançado debate encontros e desencontros da Arte atual


Seminário avançado debate, no CCBNB-Fortaleza, deslocamentos, encontros e desencontros da Arte atual

O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 - Centro - fone: (85) 3464.3108) realiza nas próximas terça e quarta-feira (dias 13 e 14) o seminário avançado "Arte atual: deslocamentos, encontros e desencontros".

Gratuito ao público, o seminário acontece de 14h às 17h, na terça-feira (13), e de 18h30 às 21h30, na quarta-feira (14). Antes, na terça-feira (13), de 10h às 12h, será apresentada a performance "Razão de dois", do desenhista e performer mineiro Wilson de Avellar, nas imediações da Praça da Estação (Praça Castro Carrera), no centro de Fortaleza. As inscrições para o Seminário são gratuitas e prosseguem até a terça-feira (13) na recepção do CCBNB-Fortaleza.

A lista de palestrantes do seminário abrange nomes como: Beatriz de Almeida Magalhães (doutora em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG), Wilson de Avellar (desenhista e performer, formado em Artes Visuais pela UFMG), Cinara de Araújo (doutora em Estudos Literários pela UFMG), Brígida Campbell (mestre em Artes Visuais pela UFMG e professora de Desenho da Escola de Belas Artes da mesma universidade), Júlio Lira (graduado em Ciências Sociais pela Universidade de Fortaleza, especialista em Desenvolvimento Urbano e Regional pela Universidade Federal do Ceará - UFC e especializando em Audiovisual em Meios Eletrônicos pela UFC) e Fátima de Souza (mestre em Literatura Brasileira pela UFC).



Performance "Razão de dois", com Wilson de Avellar

"Razão de dois", performance concebida por Wilson de Avellar, faz parte de um projeto do artista premiado pelo Ministério da Cultura (MinC), através do Programa Rede da Fundação Nacional de Artes (Funarte), em 2009.

O performer, durante algumas horas, em praças, ruas ou avenidas de cidades que ele elege, senta-se em um objeto semelhante a uma conversadeira: cadeira dupla, com dois assentos opostos - entre os assentos, encontra-se instalado um compartimento, à maneira de uma urna de votação.

Nos locais em que ocorre a apresentação, o artista pede aos passantes para se sentarem num dos assentos e que, em troca de um vale-alimentação, lhe contem um segredo qualquer. O segredo contado pelos passantes é transcrito pelo performer e em seguida depositado na urna. Ao final de cada ação, a urna do compartimento da cadeira é lacrada.

Em cada cidade onde é apresentada a performance, Wilson de Avellar convida um artista local para dela participar. A ele é proposto que se desloque para outra cidade e realize a mesma ação. A primeira convidada é Simone Barreto, desenhista de Fortaleza, cidade eleita pelo performer para receber a primeira apresentação de "Razão de dois".

A artista fortalezense, no caso, irá se deslocar para Belo Horizonte (MG). A apresentação em Fortaleza e Belo Horizonte acontecerão, simultaneamente, no dia 13 de abril de 2010, terça-feira, entre 10 horas e 12 horas. Em Fortaleza, o local escolhido é a Praça Castro Carrera (Praça da Estação), e em Belo Horizonte, as imediações da Praça Rui Barbosa (Praça da Estação).



PROGRAMAÇÃO DO SEMINÁRIO

Dia 13/04 (terça-feira), de 14h às 17h

Abertura

14h - Palestra "Fechar o livro, abrir o olho e mover as pernas: Belo Horizonte/Nápoles/Fortaleza", por Beatriz de Almeida Magalhães, seguida de conversações entre os convidados de Belo Horizonte e Fortaleza

Dia 14/04 (quarta-feira), de 18h30 às 21h30

18h30 - Os participantes do seminário serão convidados a trazer, neste segundo dia, idéias, projetos e experiências (sonoras, verbais, visuais, corporais), a partir dos deslocamentos, encontros e desencontros vivenciados em Fortaleza. Esse material será o ponto de partida para conversas.

 

publicado por o editor às 12:40
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