Segunda-feira, 17 de Agosto de 2009
Na próxima sexta-feira, dia 21 de agosto, a Universidade
Federal do Rio Grande do Norte promove a palestra
Condição cibrida: design de interfaces
transparentes. A apresentação, que acontece às 15h30,
será comandada por Diana Domingues, doutora em
Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, pós-doutora pelo
ATI, Université Paris VIII e organizadora dos livros Arte
no Século XXI e Arte e Vida no Século XXI.
Após a palestra, Diana Domingues autografa seu novo
trabalho, o livro Arte, Ciência e Tecnologia,
recém lançado pela Editora Unesp em parceria com o Itaú
Cultural. A obra é o resultado do esforço coletivo de
especialistas internacionais em muitas disciplinas,
atuantes em variados campos do conhecimento. Atendendo ao
convite recebido para realizar uma publicação no Brasil,
somada a outras publicações internacionais, em diversos
formatos de textos e material multimídia e em línguas
diversas, eles trabalham com foco histórico na relação
entre arte, ciência e tecnologia.
Organizado pelos professores Fábio Oliveira Nunes e
Miguel Gally, ambos da UFRN, o evento tem o apoio do
Departamento de Artes da UFRN, do Programa de Cooperação
Acadêmica Novas Fronteiras da PUC-RIO/UFRN e do Programa
de Pós-Graduação em Filosofia da UFRN.
O evento é aberto ao público e será realizado no
Departamento de Artes da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte (Auditório Teatrinho), que fica na
Avenida Senador Salgado Filho, 3000 Campus Lagoa Nova.
Domingo, 26 de Julho de 2009
A terceira semana da I Mostra de Cinema Chinês, realizada
pelo Instituto Confúcio na Unesp, mistura heroísmo,
emoção, música e relações familiares. São três longas-
metragens de renomados diretores chineses da atualidade.
As exibições acontecem na terça (dia 28), sexta (31) e
sábado (1º de agosto), na sede do Instituto Confúcio na
Unesp (Praça da Sé, 108 - 4º andar). A entrada é gratuita.
PROGRAMAÇÃO DA TERCEIRA SEMANA
28/07 (terça), 19h
Quero estar consigo (Together)
O talento de Xiaochun em tocar violino leva seu pai a
buscar melhores condições em Beijing, para encontrar bons
professores. A partir dessa narrativa, a trama se
desenrola com revelações acerca do jovem violinista, seu
pai e as experiências vividas nessa viagem.
Duração: 115 minutos
Direção: Chen Kaige
Fotografia: Jin Jiongqiu
Elenco: Liu Peiqi, Chen Hong, Wang Zhiwen, Tang Yun, Chen
Kaige
Produção: China Film Group Movie Channel Program Center
of CCTV
31/07 (sexta), 19h
Guerreiros do céu e da terra (Warriors of Heaven and
Earth)
Esta é uma história épica no deserto do remoto oeste da
China durante a dinastia Tang, narrando a aventura de
rivais que se unem para combater criminosos que tentam
assaltar as relíquias budistas na capital Chang'an.
Duração: 110 minutos
Direção: He Ping
Fotografia: Zhao Fei
Elenco: Jiang Wen, Nakai Kiichi, Wang Xueqi, Zhao Wei
Produção: Xi'an Film Studio Corp, Huayi Brothers & Taihe
Film Investment Co., Ltd, Columbia Pictures Film
Production Asia Ltd. em associação com China Film Co-
Production Co.
1º/08 (sábado), 15h e 17h
Lua de mel (Honeymoon)
A narrativa mostra a superação de Liu Yan, uma jovem
recém-casada que espera ter um futuro brilhante.
Entretanto, esse futuro depende de seu relacionamento
como madrasta com Xiao Fei, que não a reconhece como
mulher de seu pai.
Duração: 105 minutos
Direção: Chen Jun
Diretor de fotografia: Er Dongjun
Elenco:Wang Ning e Shang Yue
Produção: Shanxi Fil Studio e Beijing Shidai Jiaxun
Cultural Media Co.
A programação completa da I Mostra de Cinema Chinês está
disponível no site: www.institutoconfucio.unesp.br
Segunda-feira, 2 de Março de 2009
Ficção e convicção: Jorge Amado e o neo-
realismo literário português
de Edvaldo Bergamo
Páginas: 236
Ficção e convicção: Jorge Amado e o neo-realismo
literário português, de Edvaldo Bergamo, lançamento
da Editora Unesp, analisa como Jorge Amado, já nos anos
30, contribui para inspirar a literatura engajada dos
romances neo-realistas portugueses, produzidos uma década
mais tarde. A intenção é apresentar a verossimilhança
estética e ideológica entre as narrativas amadianas e as
inaugurais do movimento lusitano.
Para Bergamo, a literatura de denúncia social de Jorge
Amado, ainda que tenha um caráter de militarismo
político, não perdeu o lirismo e, assim, contribuiu para
a "redescoberta do Brasil" por um Portugal que passava
por questionamentos de afirmação e concretização de
valores. Os romances escritos neste contexto resultaram
em retratos da vida social e individual cotidiana e
servem como instrumentos de análise histórica da
sociedade.
Cacau (1933), Suor (1934), Jubiabá (1935) e Capitães de
Areia (1937) são obras do escritor baiano que se tornaram
populares em terras lusitanas por fazerem reivindicações
de mudanças no âmbito social. Bergamo compara estas
obras aos romances neo-realistas portugueses Gaibéus, de
Alves Redol, Esteiros, de Joaquim Soeiro Pereira Gomes,
Casa de Malta, de Fernando Namora e Cerromaior, de Manuel
da Fonseca, publicados nos anos 40.
Ficção e convicção proporciona conhecer a
importância de Jorge Amado para o desenvolvimento do neo-
realismo português, que encontrou em seus livros a
oportunidade de captar o movimento dialético da sociedade
lusitana em seus diversos aspectos e problemas
específicos.
O AUTOR - Edvaldo Bergamo é licenciado,
mestre e doutor em Letras pela Unesp, campus de Assis.
Atualmente é docente da Universidade Federal de Goiás,
onde desenvolve pesquisa e orienta alunos de graduação na
área de Literatura, História e Autoritarismo.
UM LANÇAMENTO
Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2008
A Abolição
de Emília Viotti da Costa
Páginas: 144
Emília Viotti da Costa é referência obrigatória quando o
assunto é História do Brasil. Seus estudos revolucionaram
o entendimento que temos sobre a escravidão e a luta dos
negros no Brasil, focando os setores sociais que
tradicionalmente ficavam à margem da História Social.
Isso fica claro em A Abolição, onde relata o
processo abolicionista que libertou os brancos do fardo
da escravidão (o Brasil foi o último país ocidental a
fazê-lo) e abandonou os negros à sua própria sorte.
Neste livro que acaba de ganhar uma nova edição pela
Editora Unesp, com o acréscimo de um capítulo inédito,
Emília Viotti aponta para a necessidade de entender o
legado deixado pela escravidão, já que "trezentos anos de
opressão não se eliminam com uma penada". Deste modo, se
a história a ser contada é a da emancipação do povo
brasileiro, deve-se entender a Abolição apenas como o
primeiro passo. Uma conquista, de efeito limitado, que é
aqui narrada a partir de uma série de questões. "Por que
se repudiava, em 1888, uma instituição que durante
séculos fora aceita sem objeção? Por que tanta urgência
no encaminhamento do projeto? Como explicar que a maioria
dos parlamentares, muitos dos quais tinham sido eleitos
com o apoio de senhores de escravos, aprovasse a lei, sem
maiores debates? Por que os senhores de escravos não
tentaram impedir, de armas na mão, o ataque à sua
propriedade que a própria Constituição garantia? Que
papel desempenharam os negros e os escravos nesse
processo? Por que a Abolição tardou tanto a ser decretada
no Brasil?"
Perguntas que guiam a narrativa onde se conta história da
Abolição, mas que repercutem ainda hoje, quando "o
arbítrio, a ignorância, a violência, a miséria, os
preconceitos que a sociedade escravista criou ainda pesam
sobre nós". A autora pondera que, "se é justo comemorar o
Treze de Maio, é preciso, no entanto, que a comemoração
não nos ofusque a ponto de transformarmos a liberdade que
simboliza em um mito a serviço da opressão e da
exploração do trabalho".
Sobre a autora - Emília Viotti da Costa, nascida
em São Paulo, graduou-se pela Faculdade de Filosofia,
Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo,
sendo livre-docente pela mesma universidade. Aposentada
em 1969 pelo AI-5, lecionou em várias universidades dos
Estados Unidos, entre as quais a Tulane University e a
University of Illinois. Foi Full Professor na Yale
University de 1973 a 1999. É autora de Da senzala à
colônia; Da Monarquia à República; 1932: interpretação
contraditórias; Coroas de glória, lágrimas de sangue; A
rebelião de escravos de Demerara em 1823; O Supremo
Tribunal Federal e a construção da cidadania, além de
vários artigos em revistas especializadas. Dirige a
coleção Revoluções do Século 20, da Editora Unesp.
UM LANÇAMENTO
Segunda-feira, 6 de Outubro de 2008
Georg Lukács - Etapas de seu pensamento
estético
de Nicolas Tertulian
Páginas: 304
Além de influenciar gerações de intelectuais no século XX e ter tido um papel fundamental para a compreensão e renascimento dos ideais marxistas, Georg Lukács também transformou a crítica literária em arte. Uma faceta que não fora explorada de modo exaustivo até o romeno Nicolas Tertulian reunir seus ensaios em Georg Lukács - Etapas de seu pensamento estético, livro escrito em 1980 e que a Editora Unesp agora traz ao Brasil.
Tertulian, que era amigo de Lukács e o considerava o principal pensador neokantiano da modernidade, acompanha a evolução do pensamento do húngaro desde sua juventude até uma idade mais avançada, ou seja, mais de cinco décadas de produção literária. Mas o foco mais atento é com as obras de síntese escritas por um Lukács maduro, em que a riqueza de suas idéias são mais perceptíveis e completas.
Georg Lukács - Etapas de seu pensamento estético abre a possibilidade de diálogo sobre a representação do filósofo e da importância de seus textos, priorizando sua forma estética. Lukács ganhou o título de teórico do realismo, por conta de seus pensamentos que abordavam a realidade empírica e absoluta. Também visava uma liberdade pura, que só seria conquistada longe de um mundo capitalista. O último capítulo do livro é a compilação de artigos escritos pelo romeno, ainda sobre a obra de Lukács, que traz comparações, por exemplo, entre as divergências dos pensamentos do filósofo e de Kant.
Georg Lukács - Etapas de seu pensamento estético é um estudo ininterrupto a respeito das condições humanas e das histórias que os acompanham.
Sobre o autor - Nicolas Tertulian nasceu na Romênia, em 1929. Sua tese de doutorado, defendida naquele país, foi sobre a estética de Croce e Lukács. Foi pesquisador na Universidade de Heidelberg, onde esteve por vários períodos. Por diversas vezes, foi convidado a ministrar cursos e proferir palestras em várias instituições de ensino e pesquisa em Paris. Desde o início da década de 1980 radicou-se em Paris, tendo sido diretor de estudos da École de Hautes Études en Sciences Sociales. Atualmente, aposentado, continua a presidir seminários nessa instituição de ensino e pesquisa, conhecida internacionalmente.
UM LANÇAMENTO
Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008
Um ironismo como outro qualquer - a ironia
na poesia de José Paulo Paes
de João Carlos Biella
Páginas - 168
A irreverência de José Paulo Paes
Este livro apresenta uma discussão mais ampla sobre o procedimento corrosivo empregado pelo poeta José Paulo Paes e sua relação com a ironia, o humor e a sátira, de Novas cartas chilenas (1954) a A poesia está morta mas juro que não fui eu (1988), período de produção intervalar entre uma poesia inicial caracterizada pela aprendizagem de uma tradição e uma terminal da qual são tiradas como lições a atenção à memória e a reflexão sobre a temporalidade.
Um ironismo como outro qualquer - a ironia na poesia de José Paulo Paes, ensaio sobre o legado literário de José Paulo Paes lançado pela Editora Unesp, discute os "modos considerados não sérios" (a ironia, o humor e a sátira) da linguagem estética. A irreverência de suas poesias é discutida com base nos documentos de importantes críticos da produção de Paes, como Alfredo Bosi, Davi Arrigucci Jr., Flora Süssekind e Flávio Aguiar, e pela análise do "princípio-corrosão" de sua poética.
João Carlos Biella segue, a partir de leituras dos estudos de Richard Rorty e Northrop Frey, delineando um possível projeto satírico de Paes, destacando de forma aguda a qualidade estética de um autor que rearranja o mundo por meio de jogos de linguagem e esforços de autocriação.
Em Um ironismo como outro qualquer vemos como se deu a opção pela sátira, já no primeiro momento, quando é clara a influência de Oswald de Andrade e Carlos Drummond de Andrade. Depois com Epigramas, sua obra de poesia mais irônica, expõe parágrafos que têm o objetivo de tentar mudar a maneira de pensar do homem, ou seja, constrói críticas sociais e passa longe da questão estética, embora não abandone o chiste. Passamos pela fase de plenitude, onde encontramos inclusive o corrosivo A poesia está morta mas juro que não fui eu. E chegamos à fase concretista do poeta, de uma força poética intensa. Em todas essas fases, exemplos do trabalho de Paes garantem o sorriso sarcástico daqueles que os lêem.
Sobre o autor - João Carlos Biella é doutor em
Estudos Literários pela Faculdade de Ciências e Letras da
UNESP, campus de Araraquara. Natural de Itápolis (SP),
atualmente é professor de Literatura e Redação no Ensino
Médio.
UM LANÇAMENTO
POSTADO
Atlântida - Pequena história de um mito platônico
Organizador - Pierre Vidal Naquet
Páginas - 216
Este livro explora as origens do mito da Atlântida, com Platão, e seus desdobramentos na Antiguidade greco-romana e bizantina, na Renascença e na Idade Moderna. Vidal-Naquet consegue uma proeza pouco comum: ser erudito e agradável, mostrar domínio da História antiga, moderna e contemporânea, analisar documentos e esclarecer suas conexões com a política e o imaginário social. Apresenta, ainda, um conjunto fascinante de imagens, assim como passagens de inúmeros autores, traduzidos e comentados. As percepções populares mesclam-se às abordagens científicas, em um caleidoscópio original e sempre em mutação. Vidal-Naquet most
ra, de forma magistral, como se formam os mitos e como continuam a ocupar lugar de destaque em nossa época.
Pierre Vidal-Naquet, o grande historiador francês do último meio século, volta-se, em Atlântida, para esse mito secular e persistente na História do ocidente. Surgida como uma historieta, em Platão (424-347 a.C.), Atlântida teve uma trajetória insuspeitada pelo filósofo grego e tornou-se um tema recorrente nos séculos posteriores. Já na Antigüidade, foi retomada por autores gregos e latinos, mas foram os modernos que contribuíram para difundir uma miríade de interpretações da misteriosa ilha. Com a chegada dos europeus à América, multiplicaram-se as imagens. O Iluminismo irá debruçar-se sobre o mundo, e Atlântida também serviu para contestar a visão histórica cristã.
Desta forma, um mito esteve a serviço da ciência. À luz da Guerra do Peloponeso, de Tucídides (século V a.C.), a leitura de Platão pôde mostrar a sofisticação de uma interpretação política do mito. Era da vida política que tratava Atlântida, uma metáfora das relações de poder. A grande virada aconteceu no final do século XVIII e na primeira metade do século XIX, que resultaria na transformação da atlantomania de mito em romance. O nacionalismo não hesitaria em abusar da ilha imaginária e mesmo o nazismo fez uso pseudocientífico de Atlântida, para os fins mais opressivos.
Vidal-Naquet consegue uma proeza pouco comum: ser erudito e agradável, mostrar domínio da História antiga, moderna e contemporânea, analisar documentos e esclarecer suas conexões com a política e o imaginário social. Apresenta, ainda, um conjunto fascinante de imagens, assim como passagens de inúmeros autores, traduzidos e comentados. As percepções populares mesclam-se às abordagens científicas, em um caleidoscópio
original e sempre em mutação. Vidal-Naquet mostra, de forma magistral, como se formam os mitos e como continuam a ocupar lugar de destaque em nossa época.
Pedro Paulo A. Funari
Professor-titular do Departamento de História da Unicamp e coordenador do Núcleo de
Estudos Estratégicos (NEE/Unicamp)
Cidade perdida de Atlântida emerge em livro Em Timeu e Critias, Platão narra a terrível, mas
eletrizante história de como um irado Zeus submergiu a fabulosa Atlântida. Nascia, nesses escritos, um mito duradouro, que atravessou a Antigüidade, a Id
ade Média e o Iluminismo para ainda hoje despertar a imaginação dos homens que debatem as mais variadas interpretações
possíveis sobre o desaparecimento da misteriosa ilha. Grande parte dos textos sobre a história é revelada, nesta análise de escritos de filósofos, pensadores e historiadores de 360 a.C até o século XX. Pierre Vidal-Naquet constrói uma narrativa erudita que jamais deixa de ser agradável,mostrando domínio da história antiga, moderna e contemporânea, e estabelecendo suas conexões com a política e o imaginário social. Apresenta, ainda, um conjunto fascinante de imagens, assim como passagens de inúmeros autores, traduzidos e comentados. As percepções populares mesclam-s
e às abordagens científicas, em um caleidoscópio original e sempre em
mutação.
Sobre o autor - Pierre Vidal-Naquet (1930 - 2006)
era historiador francês, especializado na Grécia Antiga.
Escreveu Mito e Tragédia na Grécia Antiga, O mundo de
Homero, além de sua autobiografia. Intelectual engajado,
membro do Partido Comunista, lutava a favor dos direitos
do homem e contra a prática da tortura.
um lançamento
Terça-feira, 23 de Setembro de 2008
Terça-feira, 9 de Setembro de 2008
Liberdade e Neurobiologia: reflexões sobre
o livre-arbítrio, a linguagem e o poder político
de John R. Searle
Páginas - 104
O filósofo norte-americano John R. Searle é conhecido por
seus trabalhos de exploração daquilo que o senso comum
chama de "mundo real". Também é famosa sua crença na
racionalidade e na objetividade, defendendo que o mundo é
um fato real passível de ser conhecido pela ciência, não
um universo abstrato construído por meio de jogos de
palavras, polemizando com autores como Jacques Derrida.
Liberdade e Neurobiologia: reflexões sobre o livre-
arbítrio, a linguagem e o poder político, recém-
lançado pela Editora Unesp, além de constituir uma boa
introdução às contribuições de Searle para a filosofia da
mente, da linguagem e suas implicações sociais, também
avança por um dos problemas filosóficos mais
persistentes, a questão do livre-arbítrio e o conceito de
consciência. Fruto de duas palestras proferidas em Paris
em 2001, o livro investiga ainda as relações entre
linguagem e poder político e os avanços históricos do
conceito de liberdade humana a partir das perspectivas
filosófica e neurobiológica.
Em sua reflexão sobre o livre-arbítrio, parte da noção de
que "por um lado, fazemos a experiência da liberdade; por
outro, temos dificuldade em renunciar à idéia de que todo
conhecimento tem sua causa". Desta forma, lança um olhar
aprofundado para a questão, levando em consideração
concepções de causalidade e determinismo para desvendar
as contradições existentes e as "falsas pressuposições"
que norteiam as análises mais correntes sobre o livre-
arbítrio.
Searle aprofunda em Liberdade e Neurobiologia sua
reflexão em torno da ontologia do poder, esclarecendo que
o cerne da análise é a questão de como conciliar a
concepção que temos de nós mesmos - de homens
conscientes, livres sociais e políticos - com o universo
no qual estamos inseridos e é constituído por partículas
físicas destituídas de inteligência. E, com o apropriado
exame filosófico da linguagem, teríamos potencialmente a
capacidade de considerar a totalidade do mundo,
reconciliando esta idéia de que temos de nós mesmos com
os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Sobre o autor - John R. Searle é professor da
Universidade de Berkeley, na Califórnia (EUA), destacado
discípulo de Austin e se dedica a estudos sobre a
Filosofia da Mente. Entre seus livros, encontram-se
traduzidos para o português A redescoberta da mente,
Expressão e significado, O mistério da consciência,
Intencionalidade e Mente, linguagem e sociedade.
UM LANÇAMENTO
Quinta-feira, 28 de Agosto de 2008
Promovido pela Unesp e Editora Unesp, com apoio do MinC,
o Simpósio Internacional Caminhos Cruzados: Machado de
Assis pela Crítica Mundial reúne, em evento gratuito
aberto ao público, os grandes nomes da crítica machadiana
nacional e internacional. O Simpósio teve início na
última segunda-feira (25) e termina na próxima sexta-
feira (29), no auditório do MASP, em São Paulo.
"Machado de Assis: tradução, recepção, leituras críticas
fora do Brasil" e "Realismo em Machado de Assis" são os
debates programados para esta quinta, 28 de agosto. As
palestras da manhã serão proferidas por Daphne Patai e
Victor K. Mendes, ambos da Universidade de Massachusetts,
tendo como debatedora Lúcia Granja, da Unesp. À tarde,
falam Hans Ulrich Gumbrecht (Universidade de Stanford) e
Jean Michel Massa (Universidade de Rénnes 2) e o
debatedor é Hélio de Seixas Guimarães, da USP.
Na sexta, 29 de agosto, a mesa redonda no período da
manhã, "Machado de Assis: acadêmico", conta com a
participação do embaixador Sérgio Paulo Roaunet, o poeta
e professor do curso de letras da UFRJ Antônio Carlos
Secchin e do diplomata Alberto Costa e Silva. Para
encerrar, Massa, fala sobre "A França que Machado de
Assis nos legou".
No dia de abertura, falaram o escritor Milton Hatoum e o
professor de Literatura Brasileira da Unicamp, Roberto
Schwarz. Na terça-feira (26), o professor da US Naval
Academy, especializado em literatura do Cone Sul, Todd
Garth e Thomas Sträeter, professor na Universidade de
Heidelberg, na Alemanha, participaram de uma mesa redonda
com o tema "Machado de Assis e o panorama intelectual,
técnico e científico do séc. XIX".
Além de mesas redondas, conferências também fazem parte
da programação. No final da tarde de hoje, quarta-feira
(27), das 17h às 18h, o chileno Jorge Edwards comanda uma
sessão de perguntas e respostas, na qual o tema é Machado
de Assis: a invenção do narrador. Hoje pela manhã,
aconteceram dois debates. O primeiro, com início às 9h30,
trouxe à tona a modernidade e a pós-modernidade
incrustadas na obra de Machado de Assis. O outro com
início às 14h, falou sobre os predecessores e influências
do autor.
Quem tiver interesse em se inscrever para o Simpósio
Internacional Caminhos Cruzados: Machado de Assis pela
Crítica Mundial , deve comparecer ao MASP, na Avenida
Paulista, 1578, a partir das 9h30. Para mais informações,
visite http://www.machadodeassis.unesp.br/simposio .
O evento, que marca o centenário da morte de um dos
maiores nomes da literatura brasileira, é também
transmitido ao vivo pela Faac WebTV, projeto do câmpus de
Bauru da Unesp, no endereço www.faac.unesp.br/webtv
Editora UNESP