Segundo a carta, desde o último trimestre de 2015, os dados da PNAD Contínua indicam que o aumento do desemprego foi causado majoritariamente pela queda da população ocupada. Aponta-se também um aumento da informalidade, com o crescimento dos trabalhadores que se encaixam na categoria conta própria (PNAD Contínua).
A tabela abaixo mostra a evolução taxa de desemprego para diferentes grupos demográficos, que é mais intenso no Nordeste, entre as mulheres, os mais jovens (até 25 anos), os que não são chefes de família, com ensino médio incompleto e nas regiões metropolitanas. No entanto, percebe-se que o desemprego tem crescido mais entre os chefes de família, por exemplo.
Já o gráfico abaixo mostra a evolução do saldo de postos de trabalho na economia brasileira, segundo o CAGED.
A carta mostra que a redução nos salários reais foi pior em setores que exigem menor qualificação. Assim, a queda generalizada nos rendimentos e na ocupação fizeram que, no trimestre entre fevereiro e abril de 2016, a massa salarial se situasse em 173 bilhões de reais (em R$ de março de 2016), mesmo patamar de três anos atrás.
O panorama para o mercado de trabalho – e assim para os milhões de brasileiros que dependem dele – continua desfavorável, ainda mais em um governo interino que não mostra ter como prioridade a renda e o emprego.