Formato: 14 X 21 cm Número de Páginas: 160 Acabamento: Brochura
Lançamento: 2013
Em 1794, no período da Revolução Francesa conhecido como Reino do Terror, dezesseis irmãs carmelitas do mosteiro de Compiègne foram condenadas à morte, sob a acusação de fanatismo, e executadas em praça pública. Aos pés da guilhotina, as freiras entoaram hinos religiosos e renovaram seus votos. Dez dias depois da execução, o Grande Terror terminou. Partindo desse episódio, trágico e verídico, e tendo como base a novela A Última ao Cadafalso, da escritora alemã Gertrud von Le Fort, Diálogos das Carmelitas foi concebido originalmente, em 1948, para o roteiro de um filme – realizado e exibido apenas em 1960. Antes disso, em 1956, o compositor Francis Poulenc usou o texto para criar o libreto de sua ópera homônima. Esta obra é considerada o "testamento espiritual" de Bernanos: um texto brilhante sobre a renúncia, o sacrifício e o medo, escrito por ele à beira de sua própria morte e publicado postumamente.
O AUTOR Georges Bernanos
Georges Bernanos (Paris, 20 de fevereiro de 1888 — Neuilly-sur-Seine, 5 de julho de 1948) foi um escritor e jornalista francês. Bernanos participou intensamente da vida política de seu país: foi soldado de trincheira na Primeira Guerra Mundial e repórter na Guerra Civil espanhola. Em 1917, casou-se com Jeanne Talbert d’Arc, descendente em linha direta de um irmão de Joana d’Arc. Georges e Jeanne tiveram seis filhos entre 1918 e 1933: Chantal, Yves, Claude, Michel, Dominique, Jean-Loup. Passou a infância em Fressin (Pas de Calais).
Chegou ao Brasil aos cinqüenta anos de idade acompanhado da mulher, seis filhos e de um sobrinho. Primeiro foi para Itaipava, no estado do Rio de Janeiro, depois residiu em Juiz de Fora, Vassouras e Pirapora onde escreveu Les enfants humiliés e tentou a criação de gado. Numa série de artigos posicionou-se contra o armistício franco-germânico. Durante a Segunda Guerra Mundial permaneceu no Brasil, residindo entre 1938 e 1945 em Barbacena, Minas Gerais, numa casa situada no bairro Cruz das Almas que lhe foi oferecida por amigos. Nesta casa escreveu Lettre aux Anglais, Le Chemin de la Croix-des-Ames e La France contre les Robots. Esta casa hoje se transformou no "Museu George Bernanos". Ali veio a terminar a sua obra Monsieur Ouine, que publicou na França, por ocasião do seu regresso em 1946.
Formato: 19 X 23 cm Número de Páginas: 688 Acabamento: Brochura
Mais um lançamento que nos ajuda melhor compreender a obra do genial cineasta que é Andrei Tarkovski. Uma edição primorosa com um conteúdo não menos precioso. Pelas páginas convivemos com Andrei de 1970 até 1986.
"Uma imagem artística é uma imagem que assegura seu próprio desenvolvimento, sua própria perspectiva histórica. Essa imagem é uma semente, um organismo vivo que evolui. É um símbolo da vida, mas que difere da vida. Pois a vida integra a morte, enquanto a imagem da vida a exclui, ou a considera como uma possibilidade única para afirmar a vida. Por si só, a imagem artística é uma expressão da esperança, um grito de fé, e isso independentemente do que ela exprima, até mesmo a perdição do homem. A arte em si é uma negação da morte. Então ela é otimista, mesmo que, no fim das contas, o artista seja sempre trágico. Portanto, não pode haver artistas otimistas ou artistas pessimistas. Pode haver apenas o talento ou a mediocridade."
Filho do poeta russo Arseni Tarkovski, autor de muitos dos poemas recitados em seus filmes, nasceu em 1932 sendo se formado em Geologia, abandona a profissão para se dedicar ao cinema, iniciando sua carreira ao entrar no Instituto Central de Cinema da URSS (VGKI) em 1956. more, mais... Andrey, what is art?
Anastassia Bytsenko e Adriano Carvalho Araujo e Sousa
Coleção Cinema
Formato: 19 X 23 cm Número de Páginas: 200
MAIS UM LIVRO IMPERDÍVEL, RICAMENTO ILUSTRADO - É O ROTEIRO DO CULT SACRIFÍCIO DE Andrei Tarkovski
O LIVRO
A questão de saber o que insistentemente me fascina no tema do sacrifício – dos ritos sacrificiais – tem uma resposta direta: interesso-me essencialmente, eu, homem de fé, por todo indivíduo capaz de se dar em sacrifício, quer em nome de um princípio espiritual, quer por sua própria salvação, ou por essas duas razões ao mesmo tempo. Dar esse passo naturalmente supõe de antemão a renúncia total a todos os interesses, em primeiro lugar aos interesses egoístas; aquele que é tocado age num estado existencial que está além de toda lógica, de toda causalidade "normal", livre do mundo material e das suas leis. Entretanto – ou talvez justamente por causa disso –, o seu ato acarreta mudanças evidentes. O espaço em que evolui aquele que está pronto a sacrificar tudo, e até a dar-se como oferta no sacrifício, representa uma espécie de réplica dos nossos espaços empíricos, habituais; sem que isso o torne menos real.
Filho do poeta russo Arseni Tarkovski, autor de muitos dos poemas recitados em seus filmes, nasceu em 1932 sendo se formado em Geologia, abandona a profissão para se dedicar ao cinema, iniciando sua carreira ao entrar no Instituto Central de Cinema da URSS (VGKI) em 1956. Em 1960dirige seu primeiro filme um média metragem de 44 minutos ( O Rolo Compressor e O Violinista) e em 1962 ganha o Leão de Ouro do Festival de Veneza com o seu segundo trabalho, A Infância de Ivan.
Com o ambicioso filme Andrey Rublev (1966), sobre a vida do famoso pintor russo, o realizador apresenta características que formariam a base principal de seu cinema: intimista, conciso e com boa atenção para com os detalhes.
Seus filmes posteriores, O espelho (1974), filme com altos traços autobiográficos e principalmente Stalker (1979), apesar de apresentarem a boa qualidade do diretor, são prejudicados pela forte censura existente na URSS.
Desiludido com o controle exercido sobre o seu trabalho, Tarkovski decide sair da URSS em 1983. Nesse mesmo ano lança Nostalgia. Ainda, depois de Nostalgia, filmaria O Sacrifício.
De personalidade irritadiça e muitas vezes angustiada, o realizador sempre recusou qualquer tipo de influência e controle sobre o seu trabalho. Sua obra é marcada por um profundo sentido espiritual, e seu compromisso com a arte ficou marcado em seu livro Esculpir o Tempo, obra essencial a todos os amantes da sétima arte.
Morreu em Paris em conseqüência de um câncer no pulmão em 1986.