Sexta-feira, 4 de Março de 2016

Três Dias de Chuva/ Curitiba

 

Curitiba nos dias 08, 09 e 10 de abril o espetáculo TRÊS DIAS DE CHUVA no Teatro Fernanda Montenegro, a direção é assinada por Jô Soares e temos no elenco; Carolina Ferraz, Otávio Martins Fernando Pavão.

 

 

Em 1997, o escritor americano Richard Greenberg, foi indicado ao Prêmio Pulitzer pelo texto Três Dias deChuva, em 2014 a montagem estreou em São Paulo sendo sucesso de público e crítica, tanto sucesso resultana volta do espetáculo aos palcos brasileiros agora para apresentação em seis capitais.

 

 

Com direção, tradução e adaptação de Jô Soares, Carolina Ferraz, Otávio Martins e Fernando Pavãodesdobram-se em dois papéis cada um para contar a história, que se passa em dois tempos, em 1995 e1960, de duas gerações de uma família em que os filhos não conseguem entender as atitudes dos pais nopassado.

 

No primeiro ato, que se passa em 1995, vemos o jovem Walker (Otávio Martins), sua irmã Anna (CarolinaFerraz) e o amigo Pip (Fernando Pavão), filhos de dois grandes e renomados arquitetos, Ned (Otávio Martins) e Theo (Fernando Pavão). Com a recente morte de Ned, os filhos se reúnem para a leitura dotestamento. Ao descobrirem que parte da herança é dada a Pip, os irmãos discutem e julgam o passado do pai,acusando-o de ser ausente em suas vidas.

 

No segundo ato, que se passa em 1960, o jovem Ned e seu sócio Theo sonham em construir grandes obrase firmar seus nomes como arquitetos. No entanto, os sonhos de ambos começam a desmoronar quando Nedse apaixona por Lina (Carolina Ferraz), a namorada de seu sócio – e Theo percebe que essa paixão é correspondida pela mulher que ama.

 

Esta a primeira montagem de Três Dias de Chuva no Brasil e um desejo, realizado pela produtora Baobá. NaInglaterra, a peça já foi encenada por atores como Colin Firth e James McAvoy, e nos EUA por JuliaRoberts e Bradley Cooper, entre outros.

 

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Terça-feira, 24 de Fevereiro de 2015

A LITERATURA E A MODA: A ESTRANHA RELAÇÃO ENTRE AS PALAVRAS E AS ROUPAS

 

 

 

 

Na Casa da Palavra Mário Quintana (Santo André – SP), o filósofo e escritor Brunno Almeida Maia (UNIFESP) e o chapeleiro Eduardo Laurino (FASM), ministram oficina gratuita sobre a relação entre a literatura, a moda e a filosofia.

 

 

 

“Um guarda roupa não é somente um móvel imaculado e consagrado em um quarto, ele é, também, um espaço de reminiscências, de memórias, de temporalidades. Quantos segredos, histórias, personagens e cenas aquela roupa, um vestido esquecido no fundo do armário, é capaz de resguardar? Ao retornar para as mãos que o tocam, revela não somente o passado, mas o cheiro do silêncio – como em um porta-retratos indesejado - capaz de presentificar uma emoção esquecida, um amor vivido ou mal resolvido, a última dança até o calo que se fez no pé, o gole de bebida que dissolvendo a garganta, refez o percurso da alma, o cheiro das tardes de domingo, do bolo no forno à espera de quem se gosta, do suspiro desinteressado ao contemplar uma paisagem, como em Proust, a busca pelo tempo perdido. Um vestido esquecido é como um livro que um dia foi prazer, e hoje agradece ao corpo que o criou: dançando, andando, se despindo, se rasgando, se odiando, ou apenas sentado, curioso e inquisitivo, observando o desfilar de personagens que compuseram a sua silenciosa história.” – Brunno Almeida Maia.

 

“O que a literatura e a moda possuem em comum no processo de criação e na investigação do pensamento?”. A partir desta inquietação, o filósofo e escritor Brunno Almeida Maia (UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo) e o chapeleiroEduardo Laurino (FASM – Faculdades Santa Marcelina) ministram - a partir do dia 26 de março de 2015 (quinta-feira), das 19h às 22h - a oficina gratuita “A literatura e a moda: a estranha relação entre as palavras e as roupas”. Destinada a todos que desejam pensar e estudar a moda, para além das fronteiras disciplinares, a atividade, com dez encontros, acontece na Casa da Palavra Mário Quintana, em Santo André (SP). Com vagas limitadas, as inscrições devem ser feitas, pessoalmente, a partir do dia 10 de março de 2015.

 

Ministrada na cidade de São Paulo, em 2013 e 2014, nas Oficinas Culturais Oswald de Andrade, na Oficina Casa da Palavra Mário de Andrade, na Faculdade Paulista de Arte (FAP) e na Escola São Paulo, e na cidade de Campinas, em janeiro de 2015, na Oficina Cultural Hilda Hilst, a pesquisa é resultado das investigações de Almeida Maia sobre a história da moda, a partir do ponto de vista da literatura, da filosofia, da discussão de gêneros e da escrita de si como criação de liberdade. Com linguagem híbrida, transitando entre a diversidade de narrativas e literalidades nos campos da moda, da filosofia, da sociologia e da literatura, a oficina faz uso de plataformas visuais, imagéticas e sonoras, e traça uma possível relação entre o ato de tecer, bordar e costurar (tradição material) com o ato de narrar e contar histórias (tradição oral), como transformação e escrita de si do individuo durante o narrar e o tecer.

 

Para resgatar a relação entre o pontilhado da agulha no tecido e da tinta de caneta no papel, os ministrantes passarão por um “guarda roupas” de escritores, filósofos e pensadores, que se debruçaram sobre a questão, como Virginia Woolf, Honoré de Balzac, Gustave Flaubert, Marcel Proust, Oscar Wilde, Marina Colasanti, Machado de Assis, Platão, Ovídio, Clarice Lispector, Roland Barthes, Charles Perrault, Charles Dickens, Peter Stallybrass, Homero, Gilles Deleuze, entre outros.

 

“Ao longo das pesquisas sobre o tema, percebi o vínculo entre o tecer e o narrar na história das mulheres. Desde os mitos gregos, passando pelo início da filosofia com Platão, até as escritoras contemporâneas, como Clarice Lispector, contar uma  história, seja ela no corpo (roupa) ou na escritura, está ligado historicamente a uma questão de gênero”, discorre Almeida Maia. De uma família formada por mulheres costureiras, o escritor rememora parte de sua infância: “Ouvia a minha avó materna contando sobre o seu atelier em Minas Gerais. Que ali era ponto de encontro das conversas que corriam as cidades. Ao fazer um vestido, uma camisa, uma blusa, ela não apenas costurava identidades, mas perpetuava a tradição oral, por meio de ‘causos’ e a capacidade de contar e recontar uma nova trama”. 

 

Oficina aborda, também, o conceito de “Escrita de Si”.

 

Auge da experiência da vida nas obras de artes, o século XX foi marcado pela questão da identidade na criação de diversos artistas da literatura, do teatro, da moda e das artes plásticas. A partir das vivências, paixões e desentendimentos com o mundo, os artistas e pensadores do modernismo - de Charles Baudelaire a

Samuel Beckett - produziram uma galeria de obras corporificadas, em que sujeito e objeto, sem divisão, são colocados diante de uma lírica do choque.

 

Partindo do estudo da relação do conceito de escrita de si (técnicas de subjetivação na escrita), do filósofo francês Michel Foucault e das análises de Walter Benjamin sobre a modernidade, suas cidades, fantasmagorias, personagens e espaços outros de subjetividades, a oficina relaciona, ainda, diferentes constelações literárias, como o romance ficcional, o conto, a crônica, a poesia, a historiografia da Moda, textos filosóficos, sociológicos e tratados de história da arte no ocidente, para buscar o entendimento de como estes suportes ajudam na construção da escrita de si no ato da criação ou na vida, através de uma estética da existência.

 

“O conceito de identidade aparece com o de individuo no século XIX. Ele pode ser tanto agente de criação, portanto, projeto de liberdade, como identificação de sujeitos nas relações de poder. Se o século XX apresentou uma galeria de artistas que buscaram outras identidades, a pós-modernidade é a ideia de que as identidades não são estáveis, nômades e vacilantes às constantes mudanças e demandas do mundo. Faz sentido ainda, falar de identidade no atual processo histórico?”, questiona o filósofo Brunno Almeida Maia, idealizador e um dos ministrantes da oficina.

 

Ao longo da oficina, paralelo aos debates teóricos, os estudantes construirão um caderno de artista/ diário visual (petit cahier), a partir de suas memórias, lembranças, desejos e vivências, como suporte linguístico e imagético para futuras criações, sejam elas nas áreas de moda, literatura, teatro, cinema, dança ou, simplesmente, no ato da recriação da vida.

 

Conhecido pelas suas criações na arte da chapelaria, Eduardo Laurino conta que o objetivo da discussão é passar, também, por histórias de vidas, memórias das costureiras brasileiras e deslocar a ideia de que literatura é ofício de escritor e moda de estilista. “Penso que tudo começa, nesta reflexão, quando construímos durante a oficina um diário visual. Ali, naquele petit cahier, a moda e a literatura se confundem, seja pelo desenho de um objeto artístico ou pelos desenhos das palavras de um poema”, conclui Eduardo Laurino, que será responsável pelo Laboratório de Criação da atividade.

 

SERVIÇO:


“A LITERATURA E A MODA: A ESTRANHA RELAÇÃO ENTRE AS PALAVRAS E AS ROUPAS”.

 

Casa da Palavra Mário Quintana – Santo André/ SP.

 

Endereço: Praça do Carmo, 171 - Centro – Santo André, SP. Próximo à estação de trem Prefeito Celso Daniel (Linha 10 Turquesa da CPTM).

 

Telefone: (11) 4427-7701/ 4437-3526.

E-mail: casadapalavra@santoandre.sp.gov.br.

Funcionamento: de terça a sexta, das 9h às 22h; sábados das 8h às 17h.

 

Ministrantes:

Brunno Almeida Maia (UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo).

Eduardo Laurino (FASM - Faculdades Santa Marcelina).

 

26 de março a 30 de abril de 2015* (terças e quintas-feiras, das 19h às 22h).

*Não haverá aula no dia 21 de abril, feriado nacional de Tiradentes.

 

Seleção: Primeiros inscritos.

 

30 vagas.

 

Oficina Gratuita.

 

Público-Alvo: Estudante, profissionais de moda, artes plásticas, fotografia,
cinema, teatro, literatura, filosofia, sociologia, dança e performances e
interessados nas temáticas abordadas, a partir de 16 anos de idade.

Material Didático Solicitado aos Alunos: Materiais para anotações, como caderno, lápis, caneta, borracha, pasta com elástico.

 

 

INSCRIÇÃO:

 

Pessoalmente: De 10 a 25 de março de 2015, somente por e-mail| casadapalavra@santoandre.sp.gov.br. O interessado deve encaminhar no corpo do e-mail, as seguintes informações: Nome Completo, Data de Nascimento, Idade, Profissão, Endereço Completo, Telefones para Contato, E-mail e Como Ficou Sabendo da Atividade.

 

 

SOBRE OS MINISTRANTES:

BRUNNO ALMEIDA MAIA:

Nasceu na cidade de São Paulo, em 25 de janeiro de 1987. Filho da “geração pós-MTV” - como o definiu Alberto Guzik - transita pelas linguagens híbridas e pelas epistemologias nômades. Como estudante de Filosofia pela UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), dedicou-se à pesquisa sobre o autor francês Georges Bataille (1897-1962); ao estudo de gênero, sexualidade e diferenças no grupo INANNA da PUC-SP, e ministrou aulas sobre a relação entre a literatura e a moda, ao lado do estilista brasileiro Walter Rodrigues nas Oficinas Culturais Oswald de Andrade, e ao lado de Eduardo Laurino na Escola São Paulo, na Oficina Casa da Palavra Mário de Andrade, e na cidade de Campinas na Oficina Cultural Hilda Hilst. Em outubro de 2014 ministrou, na sede da Cia. De Teatro Humbalada a palestra “Como nasce o discurso da injúria?”, e em março deste ano o mini curso “É o corpo ob-sceno? Por uma Filosofia Inteiramente Outra”, no projeto “Periferia Trans”, contemplado pelo PROAC LGBT 2015. Autor de peças teatrais como “The Dark Room” (2002 e 2003), “Cale-se Para Sempre” (encenado em 2005), “O Anticristo” (2006), “Carmen” e “Inevitável” (2008) coordenou durante os anos de 2002 a 2007, o Espaço Cultural Alberto Levy (ECAL), em SP. Colaborou para veículos - colunista e produtor de moda - como o Portal BRRUN, Revistas Contigo, IstoÉ Gente, Lounge e Júnior, e o extinto Jornal da Tarde (JT). “O Teatro de Brunno Almeida Maia” (Editora Giostri, 2014), com duas peças teatrais inéditas: “Tristes Lembranças” e “IMUNO” é o seu primeiro livro publicado. Atualmente é articulista sobre cultura e filosofia na Revista Junior (Mix Brasil).

 

EDUARDO LAURINO:

 

Formado pela Faculdade Santa Marcelina em 2003, Eduardo Laurino é chapeleiro de sua marca homônima. A criação de acessórios cresceu concomitante ao seu desempenho como figurinista, em que obteve grande repercussão em espetáculos históricos como “A Galeria Metrópole”, última peça de Rubens de Falco, dirigida por Paulo Capovilla. O espetáculo “Espelho D`água” também foi assinado por Laurino, bem como toda a Mostra Contemporânea do SESI, que envolvia 6 espetáculos, 30 atores, dentre eles Élcio Nogueira, Débora Duboc e Renato Borghi, recebendo espectadores de todo o Estado de São Paulo. Como professor, segue uma trajetória de palestras e cursos em criação. Apresentou um conteúdo programático eficiente, e seu curso de laboratório criativo já foi ministrado no SENAC Faustolo, na Casa de Quem!, na Oficina Cultural Oswald de Andrade, na Oficina da Palavra Casa Mário de Andrade e, mais recentemente, integrou o corpo docente do curso técnico em estilismo do SENAC Penha. Laurino já expôs os seus trabalhos no Solar da Marquesa de Santos, na FASM e na Exposição do Centenário da Imigração Japonesa, no ano de 2008.

 

 

 

SOBRE A CASA DA PALAVRA MÁRIO QUINTANA:

 

A Casa da Palavra Mário Quintana é um espaço da Prefeitura Municipal de Santo André dedicado a uma programação de cunho cultural. Foi criada em 1992, quando foi reformado um casarão original da década de 1920, e passou a ser usado como equipamento da Secretaria de Cultura. O seu trabalho de difusão e de formação cultural é voltado ao atendimento dos apreciadores e produtores da literatura, pesquisadores, pensadores, estudantes, artistas, poetas, etc.

Nossa proposta atual é torná-la cada vez mais um polo cultural da região, oferecendo um espaço onde a palavra pode ser articulada, onde as ideias podem fervilhar, e os escritores, artistas e pensadores possam se encontrar.

O espaço está voltado ao conhecimento, ao pensamento que se produz pela linguagem, a palavra escrita ou falada. Por isso, nossas atividades são direcionadas ao uso artístico ou científico que podemos fazer da palavra. Nela são realizados debates, encontros, cursos, palestras, oficinas e saraus. Sua programação está voltada ao conhecimento humanístico, à poesia, à literatura, à filosofia, etc.

Em nossa Casa existe um público das mais diversas idades, orientações e perfis. Temos poetas, contistas, filósofos, artistas, estudantes, músicos, jovens, escritores, leitores, adultos, idosos, etc.

Em geral, são pessoas de boa bagagem cultural, inclinados à reflexão, pessoas que querem ampliar seus conhecimentos, que acreditam que a cultura pode fazer diferença em nossa sociedade.

 

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Sexta-feira, 30 de Janeiro de 2015

SOPRANO BRASILEIRA CARLA COTTINI VOLTA AOS PALCOS  

 

 

SOPRANO BRASILEIRA CARLA COTTINI VOLTA AOS PALCOS DA EUROPA NA ITÁLIA COM A ÓPERA “DON PASQUALE”
Depois de receber o prêmio de Revelação da temporada lírica brasileira de 2014, a cantora interpretará Norina na obra de Gaetano Donizetti sob a direção cênica de Francesco Belotto
 
 

Após uma bem-sucedida temporada no Theatro São Pedro, onde esteve em cartaz com a ópera “As Bodas de Fígaro” nos meses de novembro e dezembro, a jovem soprano brasileira Carla Cottini prepara-se, agora, para mais um papel em sua carreira. Depois de atuar na capital paulista como Susanna na obra de Mozart – o que lhe valeu o prêmio de Revelação da cena lírica brasileira em 2014, concedido pelo portal da revista especializada Movimento –, desta vez ela será Norina em “Don Pasquale”, ópera buffa de Gaetano Donizetti com direção cênica de Francesco Belotto  e direção musical de Marco Boemi. A estreia está prevista para 13 de fevereiro no Teatro Sociale, na cidade italiana de Rovigo.
Depois da Itália, Carla já tem agendado seu retorno, neste ano, aos palcos brasileiros em duas produções do Theatro Municipal de São Paulo: na primeira delas será uma “niña” em “Ainadamar”, do compositor argentino Osvaldo Golijov (direção musical de Rodolfo Fischer e ensaios e récitas de 16 de março a 3 de maio), e na outra, a personagem Crobyle, em “Thais”, de Jules Massenet (direção musical de A. Guingal e ensaios e récitas de 27 de julho a 2 de agosto).
Sobre Carla CottiniNascida em São Paulo e radicada na Europa, a soprano brasileira Carla Cottini optou pela ópera como carreira depois de participar de alguns musicais dirigidos por importantes nomes da cena musical, como Jorge Takla, Charles Randolph Wright e Richard Staford. A adaptação à opera foi um caminho natural para a artista, que, desde jovem, se dedicou a desenvolver seu talento para o canto. Hoje, Carla é mestre em Interpretação Operística pelo Conservatório Superior de Música Joaquín Rodrigo de Valencia.

 

 
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Quinta-feira, 8 de Maio de 2014

Edições Sesc lançam "As Imagens da Imagem do Sesc", um importante documento histórico-fotográfico da instituição

 

 

Lançamento das Edições Sesc São Paulo resgata parte de um rico acervo e discute a natureza da imagem fotográfica
Quais as funções da fotografia ao longo da trajetória do SESC? Essa é a questão norteadora da pesquisa desenvolvida pela historiadora Solange Ferraz de Lima com base em um conjunto de quase duas mil imagens que integra, hoje, o acervo do Sesc Memórias. Fundado na década de 1940, o Sesc tornou-se referência ao acompanhar a evolução das relações entre empresários, trabalhadores, governos e a sociedade em geral no Brasil, sobretudo no que diz respeito à promoção de educação, cultura e saúde. A análise empreendida coloca em perspectiva a construção da imagem institucional do SESC São Pauloque acontece em consonância com o processo de formação de uma identidade para o comerciário no contextocultural da capital paulista a partir da década de 1950.
As imagens da imagem do Sesc: contextos de uso e funções sociais da fotografia na trajetória institucional, lançado pelas Edições Sesc São Paulo,está organizado em quatro capítulos. O primeiro deles – “Imagem, imagens” – apresenta o referencial teórico e metodológico adotado para a pesquisa e as fontes fotográficas selecionadas. As noções de imagem, imaginário e representações sociais que serviram de referência teórica à pesquisa são aquelas discutidas na historiografia contemporânea, especialmente por historiadores do campo da história da cultura e da cultura visual.
O segundo capítulo, intitulado “Contextos de uso da fotografia”, aborda os espaços de usos das fotografias por parte do Sesc, tendo como referência o quadro mais amplo de produção fotográfica em São Paulo, e focaliza particularmente os diálogos estéticos estabelecidos entre profissionais e amadores. Aqui, são reproduzidas inúmeras capas das publicações periódicas Sesc em marchae Revista do comerciário, que ajudaram a instituição a solidificar seu trabalho de comunicação institucional.
O terceiro capítulo – “Da pedagogia da imagem na formação cultural do cidadão” – e o quarto capítulo, intitulado “O corpo em movimento”, tratam das funções que a fotografia cumpriu ao longo da trajetória do Sesc, focalizando a constituição de modelos que garantissem a formação de uma identidade do comerciário no contexto da cultura urbana dos anos 1950 e a representação do corpo do trabalhador do comércio tanto na esfera do trabalho como no âmbito do tempo livre.
Destinado não somente a historiadores e pesquisadores da culturafotográfica, mas também ao público em geral, As imagens da imagem do Sescrevela o potencial de um acervo de imagens que não para de crescer para pesquisas no campo da cultura visual e chama a atenção para a necessidade de preservação desse patrimônio. A estimativa de documentos fotográficos disponíveis para serem recolhidos para o acervo históricopelo Sesc até o ano 2000 era de aproximadamente 70 mil itens. E esse número deve ser pensado apenas como material preservado, pois é provável que a produção real tenha alcançado patamares bem mais elevados, demonstrando o papel ativo que a visualidade desempenha na sociedade contemporânea.
Sobre a autora
Solange Ferraz de Lima é mestre e doutora em História Social pela Universidade de São Paulo e docente, da mesma instituição, no Museu Paulista (Museu do Ipiranga). Tem experiência na área de História, com ênfase em Cultura Material e Cultura Visual. Sua produção acadêmica resulta da pesquisa e curadoria de acervos, principalmente nos seguintes temas: fotografia, ornamentação, cidades, coleções, curadoria e museus. 




Serviço:
As imagens da imagem do Sesc: contextos de uso e funções sociais da fotografia na trajetória institucional
Autora:Solange Ferraz de Lima
Editora: Edições Sesc São Paulo
Preço:R$49,00
Número de páginas:264 p.
ISBN: 978-85-7995-070-4
Lançamento:8 de maio de 2014, quinta-feira
Horário:19h30
Local:CPF – Centro de Pesquisa e Formação
Rua Pelotas, 141, 5º andar, Torre A

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Em visita ao Brasil o pensador e psiquiatra italiano Mauro Maldonato traça diálogo entre as tendências da neurociência e da psiquiatria contemporânea com as questões da condição humana na filosofia.

 







Explorador do Mistério



Em visita ao Brasil, autor exclusivo das Edições Sesc São Paulo, o pensador e psiquiatra italiano Mauro Maldonato traça diálogo entre as tendências da neurociência e da psiquiatria contemporânea com as questões da condição humana na filosofia.



Poucos são os autores contemporâneos que conseguem reunir em seus escritos ampla interlocução com os diversos campos intelectuais para a investigação humana, seja ele filosófico, artístico e científico. Diálogo este - sob a luz dos saberes atuais - que se propõe o psiquiatra e pensador italiano Mauro Maldonato, que lança, pelas Edições Sesc São Paulo, no mês de maio, o seu novo livro Da mesma matéria que os sonhos: sobre consciência, racionalidade e livre-arbítrio. Nesta oportunidade, Maldonato promoverá os relançamentos de A Subversão do Ser e Raízes Errantes, este último com prefácio de Edgar Morin. As duas obras ganharam revisão ampliada, novo design de capa e orelhas escritas pelo crítico literário Manuel da Costa Pinto e pela Profa. Zilda Iokoi, da FFLCH - USP.



Em sua última visita ao país, em 2012, para o lançamento de Passagens de Tempo(2012), o peculiar traço de um investigador da alma humana, que não abandona as referências de outras ciências e saberes, articula-se no livro a partir da preocupação com a corporeidade como crítica na questão do tempo.  Foi assim, também, em Raízes Errantes(2004), livro em que o caminho do pensamento se entrecruza com referências literárias e poéticas, desde Eugenio Montale, Giacomo Leopardi, Marcel Proust e Fernando Pessoa e a música de Franz Schubert e Richard Wagner. Em A subversão do ser(2001), por exemplo,a sua experiência na clínica fenomenológica adentra um dos temas mais instigantes – e importantes – da contemporaneidade, a questão da alteridade/identidade.



Com prefácio do jornalista científico e editor-chefe da revista Scientific American Brasil Ulisses Capozzoli e orelha de Dr. Ricardo Pietrobon da Duke University -Department of Medicine, Da mesma matéria que os sonhos: sobre consciência, racionalidade e livre-arbítrio, é uma reunião de ensaios e artigos escritos para publicações reconhecidas na área das ciências como a Scientific American e a Mente & Cérebro. No novo título, Maldonato se debruça – sem, contudo, abandonar a sua formação crítica em Filosofia - sobre os atuais estudos do cérebro humano nas neurociências.



O livro será lançado em duas datas. Dia 20 de maio, terça-feira, às 19h30,na Livraria da Vila (unidade Lorena), com um bate-papo acompanhado pelo crítico literário Manuel da Costa Pinto e no dia 28 de maio, quarta-feira, às 20h,na Casa do Saber, com um bate-papo com o público e sessão de autógrafos. Em ambas as ocasiões, os livros A subversão do ser e Raízes errantes ganham, pelas Edições Sesc São Paulo, segunda edição e relançamento. O autor ainda participa do Simpósio Sesc de Atividades Físicas Adaptadas 2014, com a conferência inaugural “Entre consciência e mundo: a fronteira enigmática do corpo”, no Sesc São Carlos, dia 14 de maio, quarta-feira,às 20h30. No dia 16 de maio, sexta-feira, participa do Salão de Ideias da14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto com a palestra "O tempo presente - perspectivas éticas, políticas e culturais para o século XXI”, às 20h30. Dias 23 e 24 de maio, o autor ainda participa do evento Educar Educador com as palestras "Carta para um jovem de amanhã: em um mundo de opiniões procura a verdade”, sexta-feira, às 14h30 e "No futuro a escola será como a de hoje?", sábado, às 14h30,no Imigrantes Exhibition & Convention Center. E ainda conversa com o público sobre os livros no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc, dia 29 de maio, quinta-feira, às 19h30.



FICHA TÉCNICA:



*Da mesma matéria que os sonhos: sobre consciência racionalidade e livre-arbítrio

*A Subversão do Ser

*Raízes Errantes



Autor: Mauro Maldonato

Consultoria editorial: Nurimar Falci

Tradução:Roberta Barni

Editora: Edições Sesc São Paulo
ISBN Da mesma matéria que os sonhos: 978-85-7995-089-6

ISBN A Subversão do Ser: 978-85-7995-088-9

ISBN Raízes Errantes: 978-85-7995-087-2


As publicações das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridas em todas as unidades Sesc SP (capital e interior), nas principais livrarias e também pelo portal www.sescsp.org.br/loja.

SERVIÇO COMPLETO:

Lançamento de “Da mesma matéria que os sonhos: sobre consciência, racionalidade e livre-arbítrio” e relançamentos de “Raízes Errantes” e “A subversão do ser”.



Livraria da Vila – Lorena

Dia 20 de maio (terça-feira)

Bate papo com o crítico literário Manuel da Costa Pinto.

Horário:18h30 às 21h30

Local:Livraria da Vila – Alameda Lorena, 1731.

Informações: Na ocasião haverá sessão de autógrafos com o autor.



Casa do Saber

Dia 28 de maio (quarta-feira)

Bate papo com o público.

Horário: 20h

Local: Casa do Saber – Rua Dr. Mário Ferraz, 414.

Informações: Na ocasião haverá sessão de autógrafos com o autor.



EVENTOS:



Simpósio SESC de Atividades Físicas Adaptadas 2014

Dia 14 de maio (quarta-feira)

Horário: 20h30

Local:SESC São Carlos – Av. Comendador Alfredo Maffei, 700

Informações: Conferência inaugural “Entre consciência e mundo: a fronteira enigmática do corpo”.



14ª Feira Nacional do Livro de Ribeirão Preto

Dia 16 de maio (sexta-feira)

Horário:20h30

Local:Teatro Municipal de Ribeirão Preto - Praça Alto do São Bento s/nº

Informações:Palestra "O tempo presente - perspectivas éticas, políticas e culturais para o século XXI”.



Educar Educador

Dias 23 e 24/05 (sexta e sábado)

Palestra "Carta para um jovem de amanhã: em um mundo de opiniões procura a verdade" (sexta, às 14h30)

Palestra "No futuro a escola será como a de hoje?" (sábado, às 14h30)

Local: Imigrantes Exhibition&Convention Center - Rodovia dos Imigrantes, km 1,5



Centro de Pesquisa e Formação - Sesc SP

Dia 29/05 (quinta-feira)

Palestra “A arte de falar em público”

Horário: 19h30

Local:Sesc Vila Mariana - Rua Pelotas 141 – 5º andar da Torre A.





TRAJETÓRIA E OBRA DO AUTOR

A reedição de A Subversão do Ser e Raízes Errantes, e a publicação de Da Mesma Matéria que Os Sonhos apresentam uma etapa crucial no caminho intelectual e de pesquisa de Mauro Maldonato.

Num diálogo intenso entre Psiquiatria e Filosofia, Neurociências e Literatura o autor procura mostrar como a razão e a fantasia, o sentimento e a imaginação não se contrapõem, mas são parte essencial da natureza humana.

Suas pesquisas constituem uma viagem por territórios desconhecidos da modernidade até as extremas consequências da mutação da identidade humana, conceito indeciso, incerto, enigmático, impensado ainda. Combinando visões da literatura, da filosofia, da epistemologia e da psicanálise, o autor discute também as relações entre o eu e o outro, a linguagem e o lugar, a origem e o desenvolvimento do conceito de tolerância, iluminando os principais paradigmas culturais de nosso tempo.

Maldonato afirma a necessidade urgente de reconsiderar a ciência. Ele propõe uma nova concepção da objetividade científica que evidencia o caráter complementar e não contraditório das ciências experimentais e das ciências humanas. Não se trata de outro tipo de ciência nem do questionamento da tradição clássica das neurociências. É, antes, a tentativa de renovar- mas indo além - o objeto da pesquisa naquela mesma tradição mediante uma linguagem que torne compreensíveis os processos e os eventos que as ciências cognitivas tradicionais definiram até aqui por meio de descrições.

Conhecedor profundo do cérebro e da mente humana, o autor desmistifica de um lado a retórica das ciências humanas para liberá-la da própria solidão; e do outro, critica a ideia da ciência que se pretende objetiva e mera conhecedora dos fatos.



SOBRE MAURO MALDONATO



Professor no Departamento das Culturas Europeias e do Mediterrâneo na Universidade Della Basilicata, o pensador e psiquiatra, Mauro Maldonato, estudou na Universidade La Sapienza (Roma), na Federico II (Nápoles), na London SchoolofEconomics (Londres) e na Écoledes Hautes Études em Sciences Sociales (Paris). Foi professor visitante na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), na Universidade de São Paulo (USP) e na Duke University (EUA). Atualmente, dirige o Cognitive Science Studies for theResearchGroup, na Duke University. Diretor científico da Settimana Internazionale dela Ricerca, é autor e curador de livros e artigos científicos publicados na Inglaterra, nos Estados Unidos, no Brasil e na Itália.

Tem participado como conferencista em vários seminários e congressos internacionais, dentre os mais recentes destacamos: a Conferenceon Time e FirstInternationalConference in Sport PschologyandEmbodiedCognition. UAE _ United Arabe Emirates University em Dubai, Abu Dhabi.

No Brasil, é colaborador das revistas Scientific American e Mente e Cérebro, e tem sido convidado a participar como conferencista de vários seminários e congressos dentre os quais destacamos: o “XI Congresso Internacional de Tecnologia e Educação”, que aconteceu no Recife, em setembro de 2013 , e o Seminário Internacional "Fronteiras em movimento: Deslocamentos e outras dimensões do vivido", em 2012, uma realização da FFLCH USP do e Centro Cultural Banco do Brasil, sobre o tema: "No mundo como estrangeiros: histórias de identidades e culturas em trânsito".

www.mauromaldonato.it



SOBRE EDIÇÕES SESC SP

Segmento editorial do SESC, as publicações das Edições SESC SP são pensadas e construídas em um longo processo de maturação e discussão, justamente por estarem envolvidas em projetos de largo alcance. As Edições SESC SP têm em seu catálogo publicações nas áreas de cultura, artes, esportes, ciências sociais, educação, filosofia, terceira idade e história.Muitos desses trabalhos articulam-se em diversas mídias, para atender aos anseios de um público interessado em informações plurais, que podem vir de diferentes recursos multimídia, integrando texto, áudio e vídeo. Seu projeto gráfico, muitas vezes arrojado e experimental, constitui-se também em um campo para a criação. Com o intuito de expandir seu campo de ação, atendendo a um público cada vez maior, o SESC firma-se cada vez mais como uma importante referência em publicações culturais no país.

 

 

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Sexta-feira, 4 de Abril de 2014

Capital recebe a 10ª Primavera dos Livros 2014

 

Capital recebe a 10ª Primavera dos Livros 2014 
 A democratização da leitura é foco da ação organizada pela LIBRE com apoio da Prefeitura de São Paulo e da biblioteca Mario de Andrade
 
A Primavera dos Livros, evento de grande reconhecimento no cenário da literatura nacional, chega a sua 10ª edição em 2014 e receberá o público entre os dias 10 a 13 de abril, das 9h às 21h, na Praça Dom José Gaspar. Todas as atividades são gratuitas.
Um dos destaques da programação é a ampla participação de poetas da cidade, sobretudo da periferia, que realizarão saraus no evento. A Cooperifa, grande coletivo de saraus da capital paulistana, também estará presente na celebração.
A linguagem audiovisual é uma novidade na Libre deste ano e o público poderá ver, entre outras exibições, o documentário 50 anos do Golpe: “O dia que durou 21 anos”, pela Pequi Filmes. A música também acompanhará os visitantes: a Big Band Villa Lobos é um dos destaques da programação.
Diversas oficinas tomarão os espaços da praça, assim como lançamentos de livros e stands de 38 editoras, que exibirão suas publicações durante os quatro dias de evento.
Haverá ainda a presença de Juca Ferreira (Secretário Municipal de Cultura) e César Gallegari (Secretário Municipal de Educação), prestigiando esse momento tão importante para a literatura brasileira no dia 10/4, às 11h.
 Seguindo o formato de edições anteriores, a LIBRE, Liga Brasileira de Editoras, que organiza a Primavera dos Livros, mantém seu desejo e compromisso com a comunicação de publicações trabalhadas por editoras alternativas, ou seja, aquelas que não se inserem nos Best Sellers.

Um dos pontos autos da ação promovida pela LIBRE é a bibliodiversidade, um termo análogo a biodiversidade. Seus idealizadores acreditam que não basta o ambiente ser ricorico e vasto, sendo amplamente necessário que esses “seres” interajam. É essencial compreender a importância da diversidade e da comunicação no ambiente literário - “E é neste enfoque que a Libre trabalha. Com a bibliodiversidade em pauta, queremos fazer com que esse ‘ecossistema’ de livros seja o mais diverso possível, que interajam e circulem para a democratização entre editoras, autores e leitores. Assim, mantemos vivo este circulo literário”, explica Haroldo Ceravolo, presidente da instituição.
A Primavera dos Livros de 2014 conta com o apoio do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
Confira a programação completa no site  www.libre.org.br

Serviço
10ª Edição da Primavera dos Livros
Do dia 10 a 13 de abril, das 9h às 21h
Todas as atividades são gratuitas
Programação Geral
10/04. Quinta-feira
Local: Auditório da Biblioteca Mario de Andrade
9h - Abertura oficial da Primavera dos Livros
10h - Liberte a poesia, com Roberta Ferraz  
11h - Assinatura do protocolo do Plano Municipal do Livro, Leitura, Literatura e Biblioteca (PMLLLB) com Juca Ferreira (Secretário Municipal de Cultura) e César Gallegari (Secretário Municipal de Educação)
17h30 - 50 anos do Golpe / Exibição do documentário “O dia que durou 21 anos” - Pequi Filmes
20h - Democracia na história – 50 anos do Golpe, com Quartim de Moraes, Milton Pinheiro e Lincoln Secco
Local: Palco da Bibliodiversidade
14h - Refresco de Rimas, com Circo de Trapo
16h -  Momento do Sarau da Periferia, com Suburbano Convicto, Praçarau, Voz do Povo, Vila Fundão e Slam.
18h - Pocket Show música de histórias, com Circo de Trapo
11/04. Sexta-feira
Local: Auditório da Biblioteca Mario de Andrade
Atividade com os professores da rede municipal de São Paulo
10h às 12h - Bate-papo com os autores: Roniwalter Jatobá (Biografias), Jeosafá Fernandes (Era uma vez no meu bairro), Marco Haurélio e João Gomes (Literatura de cordel)
14h às 16h - Bate-papo com os autores: Adriano Messias (Literatura fantástica), Deborah Goldemberg (A importância da tradição indígena na educação) e Marcos Bin (As histórias invisíveis no espaço urbano) / Mediação: Mirian Paglia Costa
18h - Mesa em homenagem a Sabotage, com Wilson H Silva, Toni C, Max BO e Lurdez da Luz
Local: Palco da Bibliodiversidade
11h e 14h - Teatro a la carte, com Santa Viscera
16h - Refresco de rimas, com o Circo de Trapo
17h - Momento do Sarau da Periferia com Plenos Pulmões, Perifatividade, Oquedizemosumbigos e Binh
20h - Show : Lurdez da Luz
12/04. Sábado
Local: Palco da Bibliodiversidade
9h - Contando histórias para bebês, com Conto em Cantos
10h - Histórias latinas, com Conto em Cantos
11h – Contos indígenas, com o Três Marias e um  João
12h30 – Apresentação Coral da USP
13h50 - Momento do Sarau da Periferia, com a presença da Cooperifa e depois todos os coletivos juntos
17h – Voz inventada, com poemas de Manoel de Barros, com Contos em Cantos
18h30 - Papo sobrenatural, com Ivan Finotti, Adriano Messias, Manoel Filho e Shirley Souza e Georgette Silen
20h - Show com Saco de Gatos
Local: Hemeroteca da Biblioteca Mario de Andrade
14h - O romance e o conto, com Ovídio Poli Junior, Alexandre Camargo Malachias, Luis Vassallo e Victor Mascarenhas
15h - Quadrinhos em ação, com Guilherme Kroll, Walter Tierno, Eloar Guazelli e Celso Oliveira
16h - Literatura infanto-juvenil / ‘modos de fazer’, com Ovídio Poli Junior, Martinha Fagundes, Magda Starke Lee
  
13/04. Domingo
Local: Palco da Bibliodiversidade
9h30 - Manhã de histórias: Rapunzel, contos brasileiros e contos indígenas, com Três Marias e um João
14h - Momento do Sarau da Periferia, com Burro, Mesquiteiros, Quilombaque, Brasa e Elo da Corrente
17h - Lançamento – Literarua / Nelson Triunfo do Sertão Ao Hip-Hop
18h - Ditadura no Brasil: repressão a organizações e trabalhadores, com Joana Monteleone , Marcelo Godoy, Álvaro Bianchi e Paula Sacchetta (CONFIRMAR)
20h -"Música de Protesto na Ditadura Militar", com Big Band Villa Lobos
Agenda de lançamentos

10/4. Quinta-Feira
Local: Paribar
19h - Editora: Sundermann
Vale dos Atalhos, de Sonia Regina Bischain, Anarquismo e Comunismo, de Evegueni Preobrazhenski e Marx a História de sua vida, de Franz Mehring
11/4. Sexta-Feira
Local: Terraço da Biblioteca da Mario de Andrade
14h - Editora: Dedo de Prosa
Vampirola e Vampireca, vamps levadas da breca, de Regina Sormani e com participação da ilustradora Cris Eich
15h – Editora: Solisluna
Eclipse da Lua Azul, de Débora Knittel e Erica Falcão 
17h30 – Editora: Língua Falante
Angu de Sangue, de Marcelino Freire
12/4. Sábado
Local: Terraço da Biblioteca  Mario de Andrade  
13h – Editora: Musa
show dos bichos: poesia antenada para crianças idem, de Fábio Aristimunho Vargas
14h – Editora: Uni Duni
Uma palavra em cada pé, de Adriana Araldo
16h – Editora: Vieira & Lent
Quem acendeu o ceú?, de Nelson Marcolin
17h – Editora: Dedo de Prosa
“Pois ia brincando...", de Gil Veloso
12/4. Sábado
Local: Paribar
14h - Editora: Vermelho Marinho
O maravilhoso mágico de Oz e a maravilhosa terra de Oz, autógrafos com a tradutora Carol Chiovatto
16h - Editora: Giz Editorial
As princesas Negras e outros contos dos Irmãos Grimm, de Goergette Silen, O estranho apartamento do Professore Clodoberto, de Rosana Rios
17h00 – Editora: Off Flip
À beira do lar, de Luis VassalloA rebelião dos peixes, de Ovídio Poli Junior, O caso do cavalo probo, de Ovídio Poli Junior e Texturas, deAlexandre Camargo Malachias
19h30 – Editora: Giz Editorial
Aluado e outros contos de alumbramento, de Adriano de Messias
20h30 – Editora: Solisluna
Xing Ling, de Victor Mascarenhas
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Quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2014

ASSOCIAÇÃO RASO DA CATARINA LEVA A MAGIA DOS PICADEIROS PARA AS RUAS COM O PROJETO "O CIRCO CHEGOU!”

 

 



ASSOCIAÇÃO RASO DA CATARINA LEVA A MAGIA DOS PICADEIROS PARA AS RUAS COM O PROJETO "O CIRCO CHEGOU!”
A Cia. Raso da Catarina se apresentará na Praça Tom Jobim (Praia do Gonzaguinha), no dia 22/02
Em meio às inúmeras opções de diversão trazidas pelos tempos modernos – entre as quais estão os games, aplicativos interativos e redes sociais – pouco se vê algo que se aproxime da emoção causada por um verdadeiro espetáculo de circo. É com esta paixão que a trupe da Associação Raso da Catarina, através do projeto realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria da Cultura, Programa de Ação Cultural 2013 e parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de São Vicente, leva o espetáculo “O Circo Chegou” para a Praça Tom Jobim no dia 22 de fevereiro. O projeto do grupo formado por músicos, dançarinos, mágico, malabarista e palhaços tem como objetivo mostrar ao público de todas as idades atrações tradicionais do universo circense, além de difundir a cultura popular brasileira. 
O tapete de circo é estendido na rua e dá lugar ao picadeiro fora da lona de circo. Os Mestres de Cerimônia, Palhaço Charles (Alessandro Azevedo)e Palhaço Tchutchuco (Renato Paio) improvisam e animam o público, apresentando as mais divertidas atrações - sempre acompanhados de muita música ao vivo. Jeff, o Mágico com seus truques promete confundir os olhares mais atentos. Os tradicionais malabares de Bruno Edson cortam o ar criando movimentos repletos de cores e formas variadas.
Dentre as diversas atividades do espetáculo “O Circo Chegou!” estão as tradicionais esquetes que ganham vida na atuação de experientes artistas que encantam e convidam o público a participar de alguns números.  A liberdade de expressão e a diversidade cultural presenteiam o público com um show singular e emocionante, que conta com o violão de Brau Mendonça, o violino de Galba e a percussão de Rafael Fazzion. O espetáculo apresenta também os dançarinos e o Beat Box da F.A.R.C (Frente Acrobática Raso da Catarina) com Anderson de Jesus, Eder Devesa e Diego MP3, e a dança cigana de Gabriela Hess.
FICHA TÉCNICA
Direção - Alessandro Azevedo
Elenco:
Alessandro Azevedo -Palhaço Charles, Mestre de Cerimônia |
Renato Paio -Palhaço Tchutchuco, Mestre de Cerimônia |
JEFF, o Mágico – Mágico |
Bruno Edson – Malabarista |
Eder Mendes Devesa - Acrobata e Dançarino de Break |
Anderson de Jesus - Acrobata e Dançarino de Break |
Diego MP3- Beat Box/
Gabriela Hess - Dança Cigana |
Galba – Músico |
Brau Mendonça – Músico |
Rafael Fazzion – Músico |
SERVIÇO
PROGRAMAÇÃO “O CIRCO CHEGOU!”
22/02/2014
Horário: 18h
Local: Praça Tom Jobim (Praia do Gonzaguinha), Centro – São Vicente
Faixa etária: Livre
Entrada gratuita
Duração: 1h15min.
SOBRE O RASO DA CATARINA
 A Associação Raso da Catarina foi fundada em setembro de 2006. É uma organização jurídica privada de interesse público, voltada à pesquisa e à divulgação das manifestações artísticas e culturais junto à sociedade civil. Tem como missão a formação de público, a difusão cultural e a ocupação de espaços públicos. Atua principalmente nas áreas de circo, teatro, culturas populares, música e hip-hop. Atualmente participa dos coletivos da Ocupação Cultural Amarelinho da Luz e do Comitê Gestor do Teatro da Vila, ganhador do Prêmio Funarte de Música Brasileira em 2013.  Promove o projeto Sarau do Charles há 18 anos; implementou em 2010 na Comunidade do Moinho o Ponto de Cultura “A Vida é o Moinho”, na Barra Funda; promove o projeto Circo para Todos  indo para sua terceira edição  na Escola Estadual Professor Carlos Maximiliano Pereiro dos Santos e a III Mostra Mangue Cultural também da Vila Madalena. Mais em www.rasodacatarina.com.br

 

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Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2013

Jovem autor, Rui Xavier lança o romance “Cão”, um sopro de originalidade na literatura nacional

 

 

Em sua nova obra, narrativa madura retrata a vida de uma mulher moderna e suas relações com a sociedade
“... somos capazes de enxergar o rosto humano em tudo, então, assim como enxergamos retratos nas nuvens e nas manchas da parede, projetamos características humanas nos comportamentos animais. O cachorro é praticamente uma invenção humana, é o resultado de milhares de anos de convívio e seleção artificial. E o cachorro tem toda essa submissão e dependência características, que fazem a ironia quando se aplica a uma relação homem-mulher.”
Rui Xavier
Imagine o que é ser uma mulher de sucesso em um mundo contemporâneo machista. Indo além, tem-se a noção de que se espera muito de uma mulher tanto profissionalmente quanto no zelo pela casa, pela família e pelas relações sociais, isso sem falar nos esforços para manter sua imagem física e fashion. Apesar destas cobranças soarem como naturais no mundo moderno, elas continuam subjugadas, tendo que provar seu valor a todo momento. É nesse contexto que ‘Cão’, do dramaturgo Rui Xavier, inicia a narrativa de forma convincente e precisa. A personagem principal, em tom de confissão, se aprofunda em questões sociais e cotidianas com um pessimismo que fisga o leitor num suspense crescente.
Não é por acaso que a personagem descreve como sua vida mudou ao adquirir um cão, ao qual ela considerava maravilhoso na tarefa de completá-la e vice-versa. “O cão é uma extensão do dono, assim como o dono é uma extensão do cão”, afirma, de forma categórica, a narradora. É o breve período de sete anos de vida do cachorro que a narradora conjuga como seu melhor, período em que ela se desenvolve profissionalmente, atingindo metas e objetivos traçados: une-se a um amor antigo, torna-se dona de contas publicitárias até virar chefe, adquire casa própria e viaja. Entretanto, o ponto de virada do romance é a morte desse cão.
O sofrimento da perda é sobrepujado pelo trabalho incessante, e o equilíbrio entre profissional e o pessoal vai por água abaixo.  O lado profissional é colocado acima do relacionamento com o marido, que se torna infeliz e deprimido. É então que o romance ganha ares psicológicos e kafkanianos, sobretudo com a chegada de um novo cachorro que envolve a personagem em uma vida caótica, que exige um desvio de atenção do trabalho, levando-a ao limite. Para essa mulher dedicada e forte, o marido e o cão se tornam símbolos que a separam do mundo real, no qual ela é quem decide o destino, e um mundo paralelo, onde ela se torna refém de si própria.
O livro é impecável ao retratar o cotidiano da mulher de sucesso em uma cidade grande. Conforme as páginas são viradas, conhece-se mais profundamente a personagem. Essa narrativa rica, com personagens densos, faz da obra uma leitura surpreendentemente agradável. Uma vez captada a atenção do leitor, a comoção é reforçada até o ponto final.
FICHA TÉCNICA:
Editora: nVersos
ISBN: 978-85-64013-85-8
Páginas: 288
Formato: 14x21cm
Preço: R$34,90
Lançamento: Dia 11 de dezembro, às 19 horas
Livraria Martins Fontes - Espaço de Artes / Av. Paulista, 509
SOBRE O AUTOR


Rui Xavier nasceu em São Paulo, em 1985. É ator, diretor de teatro e autor de vários textos teatrais. Sua estreia como dramaturgo aconteceu em 2004, com o espetáculo “Ensaio Sobre a Liberdade”. A partir da montagem de seu texto “Os Assassinos de Inês de Castro”, no ano seguinte, começou a parceria com a atriz Hévelin Gonçalves, com quem fundou, em seguida, o Núcleo 1408 – Companhia de Teatro e Invenção. Seu primeiro livro, Metamorfoses Privadas, também foi editado pela nVersos Editora.
SOBRE A EDITORA
Criada em 2011, em São Paulo, a nVersos Editora surgiu para explorar novos processos e segmentos de produção de conhecimento não alinhados ao mercado convencional, além de divulgar a pluralidade. Nessa proposta de atuar à luz de uma literatura do desvio, a editora dirige seu foco tanto para os textos tradicionais como para os resultantes de distintas convergências. Ao contemplar este universo, a nVersos não apenas valoriza, mas também leva ao mercado uma linha editorial sem fronteiras e sem abordagens preestabelecidas. Graças a esse largo espectro de busca e identificação de autores com as mais diversas propostas, a editora reafirma, constantemente, sua disposição de participar da formação de um imaginário capaz de contribuir para a compreensão da complexidade do mundo contemporâneo, a partir de diferentes análises e leituras.
um lançamento
 

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A PAIXÃO PELOS LIVROS SEGUNDO LEITORES MUITO ESPECIAIS

 

A PAIXÃO PELOS LIVROS
SEGUNDO LEITORES MUITO ESPECIAIS
Edições Sesc São Paulo lançam
uma coletânea de ensaios sobre o prazer da leitura


“Somos fascinados por aqueles que sabem contar histórias. Por certo, reconhecemos sua capacidade inventiva, espécie de dom sobrenatural, capaz de dar forma, densidade e conteúdo aos sinais invisíveis daquilo que não ousamos imaginar. Capaz de dar sentido às escolhas e ordenar as incertezas vinculadas ao destino. Capaz de extrair poesia do improvável, como Mario Quintana, ao sugerir que “a mentira é uma verdade que se esqueceu de acontecer”
Danilo Santos de Miranda
Diretor regional do Sesc São Paulo
Entre 2008 e 2010, o Sesc São Paulo organizou o ciclo de debates Tertúlia, no qual mais de 40 escritores e tradutores foram convidados a falar de uma obra literária especial com cujo autor eles mantivessem uma relação particular de fascínio e admiração. Com curadoria do escritor Tiago Novaes, o projeto constituiu uma bem-sucedida iniciativa de aproximar o grande público não somente de autores consagrados, vindos de um passado distante, ou mesmo ainda em atuação, como também de excelentes escritores e tradutores contemporâneos em franca atividade de criação.
Cinco anos depois da estreia do ciclo, as Edições Sesc São Paulo lançam Tertúlia: o autor como leitor, que reúne 21 daqueles encontros, concebidos agora sob a forma de ensaios literários nos quais incide uma ótica bastante singular. Trata-se de um livro que, sem abrir mão do rigor e da sofisticação intelectual, dirige-se a um só tempo a dois tipos de público: o leitor iniciado – que certamente colherá nos ensaios informações e reflexões bastante apuradas sobre determinadas obras e autores – e o leitor novato, para o qual os textos dessa Tertúlia poderão funcionar como uma espécie de guia de leitura, orientando gostos, estimulando a capacidade crítica, propondo repertórios mínimos de leitura...
A palavra tertúlia implica a noção de três significados complementares: o primeiro deles diz respeito à ideia de uma reunião de parentes ou amigos; o segundo, de uma palestra sobre literatura; e o terceiro, de uma pequena agremiação literária. Sem deixar de lado, naturalmente, tais sentidos, cada um dos ensaístas convidados procurou ampliar a significação da palavra para um aspecto implícito em sua própria etimologia: tertúlia também diz respeito a uma reunião de pessoas que, divertidamente, discutem, jogam ou conversam.
O debate, jogo ou bate-papo que cada epígono, aqui, estabelece com seu mestre não poderia ser mais estimulante para o leitor. Sérgio Molina trata de Miguel de Cervantes; Maria Esther Maciel, de Jorge Luis Borges; Marcelino Freire, de Manuel Bandeira; Lygia Fagundes Telles, de Machado de Assis; Leonardo Fróes, de Virgínia Woolf; Juliano Garcia Pessanha, de Franz Kafka; Eric Nepomuceno, de Gabriel García Márquez; Julián Fucks, de James Joyce; Márcio Souza, de Inglês de Souza; Boris Schnaiderman, de Lev Tolstói; Manuel da Costa Pinto, de Albert Camus; Ana Miranda, de Augusto dos Anjos; Cláudio Willer, de Hilda Hilst; Bernardo Ajzenberg, de Philip Roth; ContardoCalligaris, de Luiz Alfredo Garcia-Roza; Paulo Bezerra, de FiódorDostoiévski; Rodrigo Lacerda, de João Antonio; Nélida Piñon, de Juan Rulfo; Luiz Rufatto, de Guimarães Rosa; Mamede Jarouche, da literatura árabe (em especial, do Livro das mil e uma noites); e, por fim, o próprio organizador da coletânea, Tiago Novaes, trata de Moacyr Scliar que, por sua vez, havia falado de Kafka em uma tertúlia, antes de falecer.
Cada um dos homens de letras convidados a falar sobre seus livros de cabeceira e sobre seus autores prediletos teve ampla liberdade na abordagem de seu objeto de culto, resultando o livro em uma coletânea que prima por uma bem-vinda originalidade temática, metodológica e formal. A escritora Lygia Fagundes Telles (que forma com o tradutor Boris Schnaiderman o casal de decanos no espesso elenco de ensaístas), por exemplo, conta em um texto tão breve quanto saboroso, tecido pela mais épica das faculdades, a memória, sua relação íntima e pessoal com Dom Casmurro, que acabou lhe rendendo um belo fruto profissional: “Algum tempo depois, quando Paulo Emílio Salles Gomes e eu morávamos na Rua Sabará, eis que o cineasta Paulo César Saraceni nos visitou, pretendia dirigir um filme baseado no romance Dom Casmurro e queria que o roteiro fosse nosso. (...) Começamos a trabalhar com paixão, às vezes varávamos a madrugada, o bule de café, o cinzeiro atochado de tocos, o livro aberto na mesa... Ainda impregnada da última leitura, instintivamente eu tomava o partido de Bentinho, embora soubéssemos que não devíamos revelar a nossa opinião. Na dúvida, suspender o juízo! ‘Nisso está a força do nosso trabalho’, dizia o Paulo Emílio. Até que certa manhã, repentinamente, ele me encarou, apreensivo, ‘Meu Deus, você está ficando com a cara do Bentinho!’. Respondi rápida, ‘Então é porque você está me traindo!’”.
Eric Nepomuceno, autodeclarado um “escritor que traduz” (graças a sua paixão pela literatura latino-americana, o leitor brasileiro há um bom tempo tem à disposição algumas das obras essenciais de Julio Cortázar, Eduardo Galeano e Juan Carlos Onetti), defende empenhadamente uma poética da tradução, tomando Viver para contar, de Gabriel García Márquez, como parâmetro: “Há expressões belíssimas, ao longo de todo o livro, de uma estrutura difícil, como se fosse uma sinfonia de câmara. Manter essa construção exigiu muito esforço e muita atenção. O texto é de uma delicadeza, de uma sutileza, que representaram um perigo permanente. As imagens, sempre tão pessoais em García Márquez, se renovaram nessa escrita”.
Julián Fuks, o mais jovem dos autores da coletânea, vai ao encontro de um dos testemunhos literários mais convulsivos do século – Ulisses, de James Joyce –, munido de uma sinceridade radical temperada por discreta dose de sabedoria: “Alguém há de perguntar o que um jovem brasileiro, distanciado por quase um século e um oceano inteiro desse sujeito tão peculiar e tão complexo que foi James Joyce, teria a dizer sobre sua obra. A pergunta é pertinente e encontra resposta fácil se um de seus pressupostos subjacentes for a exigência de informações novas, de afirmações novas. O que tenho a dizer de novo sobre James Joyce? Absolutamente nada. Mas antes que os leitores fechem este livro com a dose de indignação que lhes pareça adequada, cabe ressaltar que essa impossibilidade incontornável já havia sido devidamente avisada. Se o dia remoto em que se passa Ulisses, o dia 16 de junho de 1904 ao qual farei alusão nestas próximas páginas, guardava em si toda a eternidade, nada de novo pode restar para além de suas limitadas horas. Passado e futuro se condensaram naquele retrato tão minucioso da humanidade, e num panorama tão extenso como esse não poderiam faltar jovenzinhos pretensiosos com vãs esperanças de saber um átimo – ou de falar algo interessante – sobre a vida, sobre a literatura, sobre a arte”.
Inúmeras são as possibilidades de fruição de Tertúlia: o autor como leitor, com o qual as Edições Sesc São Paulo anunciam sua bem-vinda entrada na esfera da crítica literária, fazendo uso da mesma inventividade que marca a atuação da instituição na área da ação cultural, vocacionada sempre para os projetos transdisciplinares de educação não formal. O leitor não encontrará nas páginas da obra aquela erudição tortuosa ou o hermetismo vaidoso que costumam rondar boa parte da crítica literária produzida nos círculos universitários e acadêmicos. De modo bem menos convencional, o livro pretende difundir informação de qualidade e estimular o debate mais consequente, objetivando também, é claro, aumentar o público leitor de língua portuguesa em torno desses autores e dessas obras.
Por isso o nome da coletânea não poderia soar mais apropriado, já que ela, despretensiosamente, pretende chamar o leitor para o centro de uma conversa animada a respeito da cultura letrada. Os ensaios de Tertúlia convidam todo amante da leitura a adentrar o vasto universo da literatura e a sair dele mais bem preparado para refletir sobre a realidade que o cerca. Afinal, como Alberto Manguel, ele também um especialista nas possibilidades da leitura, afirma: “Somos animais narrativos, viemos ao mundo acreditando que ele é um livro que nos conta histórias”.   
FICHA TÉCNICA:
Editora: Edições Sesc São Paulo
ISBN: 978-85-7995-073-5
Páginas: 424 p.
Preço: R$49,00
Lançamento: Dia 12 de dezembro, às 20h, no Sesc Pinheiros – Rua Paes Leme, 195
Na ocasião haverá encontro do organizador Tiago Novaes com
os autores Luiz Ruffato e Marcelino Freire
SOBRE O ORGANIZADOR
Tiago Novaes nasceu em 1979 na cidade de Avaré, São Paulo. É escritor, tradutor e doutorando em Psicologia na USP. Publicou “Subitamente: Agora” (7 Letras), “Estado Vegetativo” (Callis) e “Documentário” (Funarte). Dirigiu o longametragem “Herança” e integra a antologia “15 CuentosBrasileros” (Comunicarte), editada na Argentina. Recebeu bolsas de criação literária da Secretaria de Cultura de São Paulo e da Funarte. Foi finalista do prêmio São Paulo de Literatura, em 2008. Idealizou e produziu os ciclos Tertúlia: Encontros da Literatura em unidades do Sesc São Paulo, coordenou oficinas de prosa no Sesc São Paulo, na Academia Internacional de Cinema e no projeto Tantas Letras!. Traduziu, ainda, mais de dez obras de ficção e não-ficção para diferentes casas editoriais.
SOBRE AS EDIÇÕES SESC SÃO PAULO
Segmento editorial do Sesc, as publicações das Edições Sesc São Paulo são pensadas e construídas em um longo processo de maturação e discussão, justamente por estarem envolvidas em projetos de largo alcance. As Edições Sesc SP têm em seu catálogo publicações nas áreas de cultura, artes, esportes, ciências sociais, educação, filosofia, terceira idade e história. Muitos desses trabalhos articulam-se em diversas mídias, para atender aos anseios de um público interessado em informações plurais, que podem vir de diferentes recursos multimídia, integrando texto, áudio e vídeo. Seu projeto gráfico, muitas vezes arrojado e experimental, constitui-se também em um campo para a criação. 

 

publicado por o editor às 00:19
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Terça-feira, 19 de Novembro de 2013

Onde estão as flores? de Ilko Minev

 

 Onde estão as flores?

Neste romance de estreia, Minev conseguiu descrever não só fatos e eventos, mas também visões e emoções que surpreendem o leitor.


Onde estão as flores?

de Ilko Minev

Idioma: Português
Número de Páginas: 248
Formato: 14X21


Licco Hazan, o narrador deste romance, enquanto prisioneiro num campo de trabalhos forçados na Bulgária durante a Segunda Guerra Mundial, não poderia nem imaginar que um dia teria um futuro muito melhor na distante e assustadora Amazônia.

É com a trajetória deste personagem, de seus familiares e seu povo que Ilko Minev reconstrói a fascinante e pouco conhecida história do salvamento dos 50 mil judeus búlgaros das câmaras de gás durante o fatídico domínio nazista na Europa. Separado do irmão, o jovem prisioneiro tem a sorte de se aproximar de pessoas que o ajudam a fugir para a Turquia, país neutro, onde ele encontra outra fugitiva: Berta, que se torna o amor da sua vida. Por força do destino e por puro acaso o jovem casal inicia sua nova vida numa terra desconhecida, úmida e quente, a Amazônia. Enquanto isto, o irmão de Licco continua na Bulgária, que então se torna país satélite da União Soviética – uma ditadura stalinista.

Licco narra suas memórias com a naturalidade de um homem que lutou, sofreu, ganhou e perdeu inúmeras batalhas na árdua tarefa de sobreviver e, por isso, tem plena consciência da importância do seu relato para as futuras gerações.

Onde estão as flores? não é um típico romance histórico, embora reconstitua ambientes e épocas do passado de forma deliciosa. O leitor chega a sentir o balançar descontrolado das ondas do Atlântico, que castigam o velho navio “Jamaique” e seus ocupantes – desesperados fugitivos da carnificina europeia a caminho da sua nova pátria, o Brasil. Ao mesmo tempo, a narrativa traz uma rica apresentação da ocupação geopolítica da Amazônia pelos portugueses, ingleses, judeus, árabes e, sobretudo, nordestinos, que rapidamente se juntam aos índios para formar o fascinante caldeirão amazônico. Todos foram acolhidos e, em compensação, eles enriqueceram a cultura local de forma decisiva. A economia da região que por muitos anos viveu dos resquícios da glória passada do ciclo da borracha hoje depende de outros fatores, entre eles da biodiversidade inigualável, que precisa ser explorada e preservada ao mesmo tempo. Este é o último e maior desafio de Licco Hazan.

Sim, o título do livro é inspirado na canção “Where have all the flowers gone”, que na voz sensual de Marlene Dietrich se transformou em hino pacifista mundial. Leitura obrigatória.







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Marlene Dietrich - Where have all the flowers gone (subtitulos en español)
publicado por o editor às 18:52
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