Domingo, 18 de Abril de 2010

LIKE A ROLLING STONE - Bob Dylan na encruzilhada de Greil Marcus


LIKE A ROLLING STONE - Bob Dylan na encruzilhada de Greil Marcus

Em todo e qualquer período histórico, há sempre um momento-chave a partir do qual os eventos subsequentes mudam seu curso e todos os elementos envolvidos são alterados para sempre. Neste livro, o jornalista Greil Marcus consegue nos levar ao dia 15 de junho de 1965, quando Bob Dylan entrou no Studio A, da gravadora Columbia Records, para registrar "Like a Rolling Stone", música que melhor iria lhe representar enquanto ícone da contracultura. Fazendo mais do que uma "biografia" da canção sessentista, o autor se aprofunda em uma análise meticulosa do gênio criador de Dylan, tendo como pano de fundo a situação política e cultural dos Estados Unidos.

Mas ao invés de se encerrar no passado, o referencial narrativo de Marcus está centrado nos dias de hoje. Ele consegue resgatar as raízes da música pop em artistas seminais como Robert Johnson e Hank Williams, atento aos percalços de como o legado de Dylan sobreviveu ao tempo através de músicos influenciados por ele, como Jimi Hendrix, Frank Zappa, Village People e até alguns participantes do programa American Idol. Mais do que saudar a estrondosa repercussão do hino de uma geração, Marcus avalia, sob diversos ângulos, por que ela continua atual. Atestando assim, de uma vez por todas, sua condição de clássico.

A CRÍTICA
"Greil Marcus é simplesmente incomparável, não apenas enquanto jornalista de rock, mas também como historiador cultural." - Nick Hornby, autor de Alta fidelidade




UM LANÇAMENTO




 

 

 

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CULTURA POPULAR NA IDADE MODERNA



CULTURA POPULAR NA IDADE MODERNA (EDIÇÃO DE BOLSO) -
Europa, 1500-1800
de Peter Burke

Páginas
472

"O 'povo', na Europa, é invenção do fim do século XVIII, e sua maior voga, em conexão com projetos nacionais, data do século XIX. Escrito no momento em que a esquerda, descobrindo Gramsci, redescobria uma 'cultura popular' - ligada, desta feita, a projetos socialistas -, o livro de Peter Burke sobre o início da Europa moderna é de uma atualidade surpreendente. Coloca com acuidade os problemas conceituais, o contexto político e as dificuldades metodológicas de qualquer estudo deste gênero, que tem de paliar a ausência de testemunhos diretos com abordagens oblíquas.

A CRÍTICA
"Com erudição, exemplifica também sua feitura: explicita os valores e atitudes de artesãos e camponeses, revela seu conteúdo contestatário e os esforços doutrinadores da elite, que, paradoxalmente, resultaram na separação das culturas, no seio de uma mesma sociedade. Um livro exemplar." Manuela Carneiro da Cunha

"Um livro esplêndido. O valor desta obra rica e abrangente está em fazer com que consideremos a Europa como um todo, libertando-nos de nossas tradições nacionais e de nossa miopia ocidental." Christopher Hill

O Autor
Peter Burke (Stanmore, 1937) é um historiador inglês.

Doutorado na Universidade de Oxford (1957 a 1962), foi professor de História das Idéias na School of European Studies da Universidade de Essex, por dezesseis anos professor na Universidade de Sussex (1962) e professor da Universidade de Princeton (1967); atualmente é professor emérito da Universidade de Cambridge (1979).

Foi professor-visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP (IEA – USP) de Setembro de 1994 a setembro de 1995, período em que desenvolveu o projeto de pesquisa chamado Duas Crises de Consciência Histórica.

Vive em Cambridge juntamente com a sua esposa, a historiadora brasileira Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.

Foi o historiador equatoriano Juan Maiguashca (professor de História Econômica de América Latina da Universidade de Toronto), discípulo de Chaunú, quem introduziu Peter Burke no mundo dos "Annales" (Escola dos Annales).

Bibliografia

Burke é considerado um especialista na Idade Moderna européia e também em assuntos da atualidade, enfatizando a relevância de aspectos socioculturais nas suas análises. É autor de mais de trinta livros, muitos deles publicados no Brasil. As suas obras mais importantes são:

* Popular Culture in Early Modern Europe (1978)
* O Renascimento Italiano: Cultura e Sociedade na Itália (1987)
* A Revolução Historiográfica Francesa (1990)
* A Escola dos Annales: (1929 - 1989) A Revolução Francesa da Históriografia (1990)
* História e Teoria Social (1991)
* Formas de fazer História (1991)
* A Escrita da História (1991)
* Amsterdã e Veneza: um estudo das elites dos séculos XVII (1991)
* A fabricação do rei: a construção da imagem pública de Luís XIV (1994)
* Falar e Calar (1996)
* Varieties of cultural history (1997)
* Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot (2000)
* New perspectives on historical writing (2001) (editor e contribuidor)
* Testemunha Ocular (2004)
* O que é história cultural [2005])



UM LANÇAMENTO




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O CRÂNIO SOB A PELE de P. D. James


LITERATURA POLICIAL


UM TIRO NO PEDANTISMO INTELECTUAL

"Não há nada que antes não tenha sido outra coisa, pensava Mma Ramotswe."
(personagem de Alexander McCall Smith,
a única mulher detetive particular em toda Botsuana)

Antes que alguém já saia torcendo o nariz para o tema, mais nos compensa repensar o quanto esse crime compensa. Se para alguns de nossos intelectuais os romances policiais estariam fadados a carregar eternamente o rótulo de subliteratura, para a maioria de intelectuais e escritores, tal colocação não passa de claro preconceito criado a partir de uma outra grande distorção - a de que toda a literatura que envolve crime e mistério é de baixa qualidade. A verdade é que tais intelectuais vivem de dar tiros no próprio pé, e esquecem que muitos de nossos autores clássicos produziram seus contos e romances de mistério, de inconteste qualidade e importância. São livros recheados com todos os elementos execrados pelos tão exigentes detratores. Nas tramas, o crime, os processos, as deduções e as investigações.

Não é preciso ter tanta acuidade de detetive para lembrar de Emile Zola que nos brindou com obras como "Tereza Raquim", "Germinal" e a "Besta Humana" que, certa feita, escreveu que "toda a obra de arte é um pedaço da natureza, visto através de um temperamento". Dessa forma, os elementos policialescos e os crimes em si, fazem parte de nosso dia-a-dia, uma realidade que, nem por ser trágica e incluir muitas vezes elementos repugnantes, deve ser ignorada pelo artista. Talvez seja por isso mesmo que no início do século passado, Enrico Ferri, psicólogo e criminalista, professor da Universidade de Roma e de Bruxelas, afirmou que "Besta Humana" e ainda "Crime e Castigo", de Dostoievsky eram, para a psicopatologia e para a antropologia criminal, "um meio de propaganda, mil vezes mas rápido que a observação estritamente erudita". Citando aqui Dostoievsky, lembramos que no universo da literatura russa, temos Leon Tolstoi que além de romances perfeitos como Anna Karenina e Guerra e Paz, escreveu contos de fina ironia e sátira onde a figura da lei era colocada em cheque. Basta conferir "O Custo Da Justiça".

LITERATURA POLICIAL
ONDE ENCONTRAR

Nas boas casas e livros do ramo, e mais aqui e ali e vez por outra tanta no acolá. Pode ser encontrada de diversas formas e, dificilmente, um leitor pode correr o risco de dizer que nunca leu esse tipo de livro. Segundo o escritor Ignácio de Loyola Brandão, o gênero policial pode ser encontrado até na Bíblia. Basta ler Caim e Abel. "Gosto e leio muitas histórias policiais e acho que, como todo o gênero, tem produções boas e más. Mas é um estilo extremamente fascinante e muito importante na formação de um escritor, pois com os bons policiais você aprende muito em relação à arte da narrativa. Na verdade, o que existe é um grande preconceito por parte dos falsos intelectuais que se postam contra a literatura policial. Meus autores prediletos no gênero são George Simenon, Raymond Chandler, Patrícia Highsmith e Agatha Christie”.

A Ediouro lançou um “catatau” especialíssimo organizado por Flávio Moreira da Costa - "Os 100 melhores contos de crime e mistério". Jornalista desde os 15 anos, o gaúcho Flávio Moreira da Costa foi crítico de cinema, música e literatura. Redator, editor e tradutor, tem hoje cerca de 30 livros publicados. Segundo ele , "o homem é o único animal que mata seu semelhante por razões que não sejam sua própria sobrevivência". Temos aqui uma ficção que beira a realidade, tratando de um assunto por demais comentado em nossos dias, sobretudo devido à crescente globalização do crime. Os textos registram uma faceta da humanidade sempre presente e cada vez mais visível e ameaçadora. A antologia, organizada com brilhantismo, pode ser considerada a mais completa da literatura de crime e mistério até hoje publicada no país. A primeira história da coletânea é do Antigo Testamento - A história de Sansão, depois passamos por Sófocles - Édipo Rei. Mil e uma noites, Perrault, Voltaire, Honoré de Balzac, Robert Louis Stevenson, Apollinaire, Guy de Maupassant, Kafka, Dickens, Edgard Allan Poe...

UM REINADO DE RAINHAS E DETETIVES

Agatha Christie é certamente a mais conhecida escritora de romances policiais. É chamada de a Rainha do Crime, mas o que na verdade intriga a muitos é como uma mulher, saída da era vitoriana,conseguiu criar tramas e enredos tão verossímeis, e ao mesmo tempo, construir histórias passíveis de serem consideradas crimes perfeitos. Com seus mais de 80 livros publicados, incluindo romances, contos, peças e até obras a quatro mãos, ela é uma das autoras mais traduzidas em todo o mundo e o maior sucesso do teatro inglês depois de Shakespeare. Durante um certo período de sua carreira, tentando livrar-se do rótulo de escritora de livros policiais e indo de encontro aos seus críticos ferrenhos que a acusavam de reles comerciante, Agatha escreveu uma série de romances utilizando-se do pseudônimo literário de Mary Westmacott. Mas, mesmo assim, não conseguiu evitar de permear essas histórias com certa dose de suspense. Por certo não figuram na obra Hercule Poirot ou Miss Marple, seus mais famosos detetives. Mas, com certeza, foi Dame Agatha que abriu as portas para várias outras escritoras de mistério.

Mulheres como P. D. James, na verdade Phyllis Doroty James, que nasceu em Oxford, Inglaterra, em 1920. Trabalhou no Serviço Nacional de Saúde, no Serviço de Ciência Forense e no Departamento de Lei Criminal, onde aprendeu "coisas úteis" para seus livros. Iniciou sua carreira literária aos 42 anos, com a publicação de "Over her face", seguido por mais treze romances que consolidaram sua reputação como uma das principais escritoras de livros policiais da atualidade. Em 1991, recebeu da rainha Elizabeth o título de Baronesa James of Holland Park. Seu mais importante livro, que foi relançado no Brasil pela Cia das Letras é "A morte de um perito".










UM LANÇAMENTO

O CRÂNIO SOB A PELE
de P. D. James


Páginas
440

Cordelia Gray, a jovem e inexperiente detetive que herda uma agência de investigação após o suicídio do chefe, apareceu pela primeira vez na obra de P. D. James em 1972, no romance Trabalho impróprio para uma mulher. Dez anos depois, a autora voltou à personagem neste eletrizante O crânio sob a pele.

O primeiro caso de Cordelia à frente da Agência Pryde parece simples. Uma atriz de teatro vem sendo ameaçada de morte, e a detetive particular precisa descobrir quem está por trás das cartas anônimas. A investigação acontecerá na ilha de Courcy, ao largo da costa inglesa de Dorset, num castelo medieval que servirá de palco para a montagem de A condessa de Malfi, de John Webster. Clarissa Lisle, mesmo sob ameaça de morte, vai protagonizar o drama, e Cordelia viajará com ela em missão tripla: acompanhante, investigadora e guarda-costas.

Em pouco tempo, no entanto, a missão se complica. Um assassinato brutal acontece nos domínios do castelo, e a pretensa arma do crime, extraviada da extensa coleção de arte mortuária que decora as paredes do lugar, é um braço de bebê reproduzido em mármore. O pequeno grupo ali reunido, inclusive Cordelia, se torna suspeito do crime.

Ao mesmo tempo em que tem de responder ao inquérito da polícia, que logo chega à ilha para dar início à investigação, Cordelia segue por conta própria as pistas que levam à identidade e às reais motivações do assassino. Entre os convivas do fatídico fim de semana - um crítico teatral à beira da morte, uma prima distante e invejosa, uma governanta amargurada, um adolescente rejeitado, um marido indiferente, e um dândi fissurado em objetos fúnebres -, motivos para o crime não faltam.

Conforme as pistas vão sendo apresentadas, a trama se fecha cada vez mais sobre o tema da morte, que se mostra até mesmo anterior ao crime. Se de um lado há o medo generalizado de morrer - bem representado pela citação de T. S. Eliot que dá título ao livro: "Webster, de tão possuído pela morte/ Percebia o crânio sob a pele" -, há também o ponto de vista inverso, representado pelo fascínio de um colecionador de relíquias mortuárias. Nessa atmosfera, seria fácil concluir que "todos são capazes de matar", mas Cordelia se aferra às evidências físicas do crime para encontrar o assassino.

Como os grandes clássicos de P. D. James, O crânio sob a pele exibe uma trama de complexidade excepcional, num gênero muitas vezes marcado pela divisão simplista entre bem e mal.

A CRÍTICA
"Ricamente intricado e literário, O crânio sob a pele mostra P. D. James no auge de seu poder de contar histórias." - San Francisco Chronicle

UM LANÇAMENTO





Mas outras mulheres passaram a dominar a cena. Mulheres fortes e decididas como Patrícia Highsmith, que com o seu talentoso Mr. Ripley subverteu a idéia do criminoso ser sempre capturado. Ou ainda escritoras cuidadosas como Mary Higgins Clark (publicada pela Record) com tramas urdidas como um bom tricot. E ainda mulheres exóticas, de lugares distantes como a Nova Zelândia, a senhora Ngaio Marsh. A lista é intensa e imensa - Sara Paretsky, (Ed.Rocco), Ruth Rendell (Ed.Rocco), Lyza Cody,l Lillian O’Donnell, Patrícia Cornwell (Cia das Letras), ou ainda Antonia Fraser que além de ser autora de romances policiais é historiadora e muitas outras mais.
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A ARTE MODERNA NA EUROPA



A ARTE MODERNA NA EUROPA - De Hogarth a Picasso
de Giulio Carlo Argan


Páginas
776


A arte moderna na Europa - De Hogarth a Picasso é uma coletânea de artigos de Giulio Carlo Argan organizada por seu aluno Bruno Contardi. Os textos aqui reunidos tratam da arte e da crítica na modernidade. São textos independentes organizados como uma história e uma genealogia da crítica racionalista do autor.
Argan confessa que sempre teve o mesmo interesse pelas obras visuais e pelo pensamento sobre elas. Ele trata de uma invenção crítica da pintura inglesa do século XVIII, do impacto do pensamento de Denis Diderot na pintura e da reinvenção da ideia de clássico, do Renascimento e da Antiguidade, por intelectuais e escritores do século XVIII e XIX. No entanto, o estudo das obras é central. São interpretações diversas, de artistas como Joshua Reynolds e Turner; Manet, Paul Klee e Frank Lloyd Wright. O autor também analisa termos correntes no pensamento crítico e reavalia a sua precisão.
A pergunta pelas especificidades da criação artística e arquitetônica depois da modernização da Europa organiza toda a obra - um período marcado pelo avanço da indústria, consolidação dos estados nacionais e triunfo da racionalidade científica.

O AUTOR
Giulio Carlo Argan nasceu em Turim, na Itália, em 1909, e morreu em Roma, em 1992. Aluno do crítico e historiador da arte Lionello Venturi, destacou-se internacionalmente a partir da década de 30 com estudos sobre a arte medieval e renascentista (L'architettura preromanica e romanica in Italia, 1936; L'architettura del Due e del Trecento in Italia, 1937). Remontam à década de 50 seus estudos sobre Brunelleschi (1951), Gropius e a Bauhaus (1951, traduzido pela Editorial Presença), Beato Angelico (1955), Botticelli (1957). Em 1959 sucedeu a Venturi na cátedra de história da arte moderna, na Universidade de Roma. Publicou numerosas monografias e coletâneas de ensaios, entre elas História da arte como história da cidade (1983, traduzida pela Martins Fontes). Muito ativo politicamente, elegeu-se prefeito de Roma em 1976, e senador em 1983, pelo Partido Comunista Italiano. Seu último trabalho foi Michelangelo architetto (1990).

Crítico italiano. Um dos mais expressivos historiadores da arte do século XX. Teórico da estética e ensaísta exemplar. Começando com suas avaliações e estudos sobre a arte Medieval e Renascentista, terminou legando aos entendidos um dos livros mais importantes sobre a arte contemporânea. Pondo-se na defesa do abstracionismo e da arquitetura funcionalista, o que era pouco comum entre os militantes comunistas, mesmo que italianos, tidos como mais liberais e tolerantes nas questões de estética, marcou sua posição entre os críticos que ajudaram na difusão da arte moderna.

No estudo sobre o papel das cidades, classificou-as como "obras de arte", sendo que o centro delas, o núcleo histórico que as engendrou, para ele deve permanecer o mais intacto possível. Argan levou para o urbanismo os seus conceitos mais profundos da estética, definindo a existência de duas correntes históricas da arquitetura moderna que se contrapõe: a racionalista (Le Corbusier, Walter Gropius, Marcel Breuer, Pier Luigi Nervi, Mies van der Rohe, Theo van Doesburg, do grupo De Stijl), e a orgânica (linha representada pelo norte-americano Frank Lloyd Wright).

Como tantos outros críticos de orientação marxista, voltou-se contra a expansão dos prédios mais elevados, e contra as regras do mercado aplicadas aos planos diretores das grandes cidades, que entendia serem expressões arquitetônicas da mecanização da vida humana.

Bibliografia

  • Studi e note, Roma 1955.
  • Salvezza e caduta nell'arte moderna, Milano 1964
  • Progetto e destino, Milano 1965
  • Storia dell'arte come storia della città, Roma 1983
  • Da Hogarth a Picasso, Milano 1983
  • Classico Anticlassico, Milano 1984
  • Immagine e persuasione, Milano 1986
  • Progetto e oggetto. Scritti sul design, Milano 2003

 

Assista aqui uma importante palestra do autor






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Domingo, 21 de Março de 2010

A MULHER QUE CHORA de Su Tong


A MULHER QUE CHORA
de Su Tong

Páginas
256

Os habitantes da aldeia do Pêssego, no sopé da montanha do Norte, são proibidos de chorar. Para manter os olhos sempre secos, a órfã Binu aprende a chorar pelos cabelos, e é isso que ela faz quando seu jovem marido é levado à montanha da Grande Andorinha para trabalhar na construção da Muralha da China.

A saga de Binu, que percorre centenas de quilômetros para entregar um casaco a seu amado, é um mito milenar chinês, transmitido oralmente de geração em geração e recontado aqui por Su Tong, o consagrado autor do romance Lanternas vermelhas, levado ao cinema por Zhang Yimou.
Ao longo da jornada, Binu tem como companheiro um sapo cego, que ela desconfia que seja a reencarnação de uma mãe à procura do filho perdido. Entre inúmeros perigos e maravilhas, ela se depara com um mercado de gente, é aprisionada por meninos-cervos e acorrentada a um caixão de defunto. Acusada de louca e de feiticeira, vê a morte de perto mais de uma vez.
Por trás da exuberante fantasia da fábula, Su Tong desvela a maneira como a cultura e a sociedade chinesas têm sido percebidas ao longo dos séculos. Fala também de sentimentos universais, como o amor e a persistência contra as injustiças e adversidades.


"Tão rico quanto uma peça de brocado, o livro mescla violência e perdão, severidade e ternura. Uma reconstrução magistral de um antigo conto de fadas." - The Observer





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Domingo, 14 de Março de 2010

ALEMANHA 1945 - Da guerra à paz


ALEMANHA 1945 - Da guerra à paz
de Richard Bessel


Páginas
504

No começo de 1945, a Alemanha viveu uma onda de violência talvez sem precedentes na história da Europa: bombardeios incessantes, cidades e símbolos destruídos, colapso econômico, desintegração social, deslocamentos em massa, violência sexual.

Só no mês de janeiro, cerca de 1 milhão de pessoas morreram, e outras centenas de milhares deram início a marchas penosas para fugir do inimigo que comprimia o Reich a partir de todos os fronts, numa diáspora que para muitos seria irreversível. Esse panorama aterrador é o ponto de par
tida do livro do historiador inglês Richard Bessel, que examina, com o suporte de impressionante repertório de fontes, a derrota total da Alemanha nazista e o despertar do povo alemão após a tragédia.

Embora essa transição traumática do nazismo ao pacifismo germânico da segunda metade do século XX seja fundamental para entender a formação da nova ordem na Europa ocidental - caracterizada pelo desenvolvimento social e econômico e relativa paz no continente -, o período tem sido muito pouco estudado. A perplexidade ante o recrudescimento do militarismo alemão rumo à insanidade e à barbárie, a ânsia por compre
ender - ou explicar - o tortuoso caminho dessa terra da qual brotaram tanto luminares da arte, literatura e filosofia quanto arquitetos de campanhas brutais de perseguição étnica têm seduzido, por razões óbvias, os historiadores. Mas também é importante dar atenção ao outro lado da história, e examinar como os alemães saíram das trevas e construíram uma nova nação cujos pragmatismo político e postura pacifista contribuíram para a proeminência econômica do país entre as potências europeias. Os relatos aqui constantes da violência brutal, da fome, do deslocamento e da destruição no ano de 1945 pretendem contribuir para a historiografia dessa "hora zero", mostrando como o trauma do fim da guerra incutiu nos alemães, além do horror a qualquer conflito, a ideia de que eles também eram vítimas - tanto dos crimes nazistas quanto das cruéis forças de ocupação -, percepção essa que permitiu a um só tempo a redenção do passado e da culpa, o fim do nacionalismo e uma visão pragmática da vida.

O AUTOR

Richard Bessel é professor de história contemporânea na Universidade de York e autor de diversos trabalhos sobre a história política e social da Alemanha no século XX, com foco no pós-guerra, como Political violence and the rise of nazism, Nazism and war, entre outros. Alemanha, 1945 é seu primeiro livro publicado no Brasil.






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O SOL DE BREDA


O SOL DE BREDA
de Arturo Pérez-Reverte


Páginas
240

Série
As Aventuras do Capitão Alatriste

O LIVRO
O capitão Diego Alatriste y Tenorio está de volta, e desta vez em seu ambiente natural: a guerra. Ele participa, com o Exército espanhol, das batalhas e do cerco à cidade holandesa de Breda, em 1625. Seu pajem, que é também narrador da história, o jovem Íñigo Balboa, é agora mochileiro do Terço de Cartagena, onde serve Alatriste, e acompanha seu amo e mentor nas glórias e nas misérias dos combates.

Glórias e misérias que não faltam. O cotidiano de Alatriste e Balboa, apesar de algumas vitórias grandiosas, é repleto de batalhas e pobreza. Batalhas porque os espanhóis lutam para manter o domínio sobre os Países Baixos; e pobreza porque a característica comum a todos os soldados espanhóis da época é ser mal alimentado, mal equipado e mal vestido.

Além de capturar um momento rico da história espanhola, o terceiro volume da série As Aventuras do Capitão Alatriste é também a história da transformação de Íñigo. O jovem provinciano, imaturo e deslumbrado com a capital, amadurece depois de presenciar o som e a fúria dos combates, de empunhar armas contra o inimigo e de ver a morte de um soldado holandês. Contada em retrospecto, a narrativa de Balboa não esconde as marcas deixadas pelas batalhas e incorpora até os traços de cinismo e desencanto tão marcantes no capitão Alatriste.

O AUTOR
Arturo Pérez-Reverte (Cartagena, 24 de novembro de 1951) é um novelista e jornalista espanhol. Desde o ano de 2003 é, também, membro da Real Academia Espanhola da língua.

A sua obra está traduzida em quase trinta idiomas.

Antigo repórter de guerra, dedica-se em exclusivo à escrita desde finais dos anos 1980, tendo editado romances como "O cemitério dos barcos sem nome", "Território Comanche", "O hussardo", "O pintor de batalhas" e os seis romances da série de aventuras "Capitão Alatriste".

A ENTREVISTA






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Domingo, 7 de Março de 2010

LIVRO DOS MORTOS


LIVRO DOS MORTOS
de Patricia Cornwell

Páginas
440


O LIVRO

Quando uma famosa jogadora de tênis de dezesseis anos é encontrada morta em Roma, mutilada e com areia nos olhos, a médica legista Kay Scarpetta é chamada pelos carabinieri para participar da investigação. O capitão Ottorino Poma ativa a exibição das fotografias tridimensionais do cadáver, numa inovação tecnológica da polícia italiana, e pede que a dra. Scarpetta analise os indícios em seu laboratório particular. Assim começa Livro dos mortos, numa funesta referência ao registro de entrada de corpos no necrotério. Voltam à cena os conhecidos membros de sua equipe: o namorado Benton Wesley, habilidoso psicólogo forense que passou a trabalhar como pesquisador num hospital ligado à universidade Harvard, a secretária Rose, já muito idosa, o desbocado investigador Pete Marino e a sobrinha-prodígio Lucy, hacker do FBI.

A partir da análise meticulosa dos elementos do crime, Scarpetta descobre conexões com a morte de um garoto não identificado, que aparentemente sofria de maus-tratos, e com um festivo churrasco de carne humana numa casa de praia, seguido do rapto de um cachorro manchado de sangue. Esses eventos têm relação com a mesma pessoa, um jovem com antecedentes psiquiátricos que se denomina Homem de Areia. Paradoxalmente, as pistas também levam à velha inimiga de Scarpetta, a maníaca dra. Marilyn Self, que parece guardar alguma relação com o caso.

Neste soturno romance policial, que é o décimo quinto com a detetive Scarpetta, a tumultuada relação entre a heroína e Pete Marino atinge um ponto de tensão inesperado, que mudará para sempre os rumos da série. Livro dos mortos mistura aventura, psicologia e mistério no desenrolar de uma intrincada trama onde, como que por milagre, os mortos sempre contam a verdade.

A CRITICA
"Se o guia Michelin classificasse romances policiais, este ganharia três estrelas. [...] Com uma instigante mistura de aventura, psicologia e mistério, Cornwell consegue dissecar com êxito as nem sempre atraentes entranhas da natureza humana." - Forbes


PATRICIA CORNWELL FALA SOBRE O SEU LIVRO





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Quinta-feira, 18 de Fevereiro de 2010

O ENIGMISTA de Ian Rankin



O ENIGMISTA
de Ian Rankin

544 páginas
 

John Rebus, o detetive escocês amargurado mas persistente às raias da obsessão, investiga o desaparecimento de Philippa Balfour, estudante de história da arte e filha de banqueiro. David Costello, o namorado da garota, desponta como principal suspeito, além de agir como tal: é um pouco arrogante, leva uma vida descuidada de playboy boêmio, financiada pela família abastada, e não parece despertar muita simpatia em ninguém.

Como sempre acontece nas tramas que protagoniza, Rebus conta com o apoio, por vezes recalcitrante, de seus colegas policiais: a empenhada Siobhan Clarke, o deslumbrado Grant Hood, a insegura Ellen Wylie, e Gill Templer, agora recém-promovida a inspetora-chefe, cargo no qual procura se firmar, depois da aposentadoria do "Fazendeiro" Watson, seu antecessor. É com esse time que Rebus enfrentará um intrincado novelo de pistas, que incluem misteriosas miniaturas de caixões com sinistras bonecas dentro e um elusivo Enigmista, personagem que comanda um jogo na internet cujos desafiadores quebra-cabeças podem levar à elucidação do misterioso desaparecimento da jovem Philippa. Sem falar na presença quase palpável da própria cidade de Edimburgo, com seu tecido de paisagens, ruas, bares, museus e monumentos, que adquirem estatuto de personagem vivo e atuante do livro.

Rebus, protagonista de mais de uma dezena de best-sellers mundiais de alta qualidade assinados pelo escocês Ian Rankin, já tem seus fãs de carteirinha no Brasil. A hipnótica fluência de sua narrativa, que não depende de ações violentas ou mirabolantes e intercala sutilmente reflexões existenciais e investigativas com diálogos rápidos e atilados, sem jamais perder a chance de dar mais uma voltinha no parafuso da trama a cada cena, está certamente na base dessa acolhida.


A CRITICA

"Rankin é o mestre do moderno romance policial climático, operando no mesmo alto nível de Ruth Rendell, Reginald Hill e P. D. James." - The Wall Street Journal

"Ao cabo de um dos livros de Rankin, você se sente imerso no caudaloso corpo de Edimburgo desde a superfície até suas mais obscuras profundezas." - Los Angeles Times

O AUTOR
Ian Rankin
Nasceu em Fife, Escócia, em 1960. Formou-se pela universidade de Edimburgo. Foi coletor de impostos, jornalista, músico punk e professor antes de se tornar escritor premiado. Rankin criou o detetive-inspetor John Rebus, protagonista de uma longa série, inaugurada em 1987 com Knots & crosses.



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Terça-feira, 9 de Fevereiro de 2010

DESILUSÕES DE UM AMERICANO


DESILUSÕES DE UM AMERICANO
de Siri Hustvedt


Páginas
368

O LIVRO

Quando o psicanalista Erik Davidsen e sua irmã Inga, ensaísta e professora de filosofia, vasculham os papéis de seu recém-falecido pai, Lars, imigrante norueguês de origem humilde e rural, deparam-se com uma carta assinada por uma certa "Lisa" dando conta da morte de alguém igualmente desconhecido, no passado não inteiramente esclarecido da família. Ao mesmo tempo que se dispõem a rastrear a identidade da misteriosa missivista e seu terrível segredo, Erik e Inga veem-se às voltas com os descaminhos de suas próprias vidas.

Divorciado recentemente, Erik apaixona-se por Miranda - uma designer gráfica negra e mãe solteira da garotinha Eglantine -, que aluga a parte de baixo de sua casa no Brooklin. Ele não demora a constatar que Miranda ainda está ligada ao ex-companheiro, um artista e fotógrafo, com um pé na psicopatia, que se diverte em assediar com requintes sádicos a ex-mulher e seu enamorado senhorio. Inga, por sua vez, tenta superar a morte do marido, Max Blaustein, cultuado escritor e roteirista cuja vida vem sendo vasculhada de forma invasiva por um acadêmico e uma jornalista enxerida.

Intercorrência importante na história são as memórias deixadas pelo pai de Erik e Inga, que revelam a vida dura na fazenda no interior de Minnesota, desde os anos 1920, e sua terrível experiência de combatente no sudeste da Ásia durante a Segunda Guerra Mundial. O interesse sobre essas memórias aumenta consideravelmente quando sabemos, pela própria autora, que elas são reais e saíram do punho de seu pai, que autorizou a filha a fazer uso delas antes de falecer, em 2003.

Descendente direta de imigrantes noruegueses, Siri Hustvedt, em seu quarto romance, cria uma história muito pessoal, em que ficção e realidade se misturam livremente, gerando na mente do leitor uma sensação da mais abrangente intimidade. Construindo a narrativa com enganadora simplicidade, Hustvedt desdobra com maestria os atos e pensamentos de seus personagens de maneira a iluminar os desvãos nem sempre amenos da mente humana.

A CRITICA
"Desilusões de um americano nos oferece uma rica trama, mas esta nem é sua principal atração: a beleza deste romance reside na habilidade do narrador em revelar as fragilidades da mente humana." - The Guardian

"Este é um livro intelectualmente provocativo que nos oferece prazeres em diferentes registros de linguagem." - The New York Times Book Review

"Em seu quarto romance, Hustvedt continua, com graça e elegância, a sua exploração dos laços familiares, das perdas e mágoas humanas, e da arte." - Publisher's Weekly


A AUTORA
Siri Hustvedt (n. 19 de Fevereiro de 1955, em Northfield, Minnesota) é uma escritória norte-americana de ascedência norueguesa.

Bisneta de emigrantes noruegueses pelo lado do pai, Lloyd Hustvedt (destacado e galardoado professor de História Escandinavo-Americana), filha de uma emigrante norueguesa, Ester Vegan, Siri licenciou-se em História no St. Olaf College, doutorando-se em Literatura Inglesa na Universidade de Columbia (Nova Iorque), com a tese de dissertação Figures of Dust: A Reading of Our Mutual Friend, baseada na obra de Charles Dickens. Em 1981 casou-se com o escritor Paul Auster, com quem vive até hoje em Brooklyn, Nova Iorque. Da relação nasceu em 1987 a sua única filha, Sophie Auster (actriz e cantora).

BIBLIOGRAFIA

Romance

* De Olhos Vendados (The Blindfold, 1992)
* Fantasias de uma Mulher (The Enchantment of Lily Dahl, 1996)
* Aquilo Que Eu Amava (What I Loved, 2003)
* Elegia para um Americano (The Sorrows of an American, 2008)

Ensaio

* Yonder (1998)
* Mysteries of the Rectangle: Essays on Painting (2005)
* A Plea for Eros (2005)

Poesia

* Reading to You (1983)

Argumentos para Cinema

* O Preço da Fantasia (The Center of the World, 2001) - (em co-autoria com Paul Auster e Miranda July)


A ENTREVISTA




UM LANÇAMENTO




 

publicado por o editor às 06:56
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