Domingo, 5 de Maio de 2013

“Eu amei tocar no Brasil e quero revê-los nos shows em breve”, diz baterista do UFO

 

A lendária banda UFO está prestes a desembarcar no Brasil para quatro apresentações. Os shows acontecem em Rio de Janeiro (08/05 - Teatro Rival), Goiania (09/05 – Bolshoi Pub), São Paulo (11/05 - Carioca Club) e Porto Alegre (12/05 - Teatro CIEE).

 




Leia aqui uma entrevista com o baterista Andy Parker . Neste bate-papo descontraido, o músico nos contou como se sente em retornar ao território brasileiro, as lembranças da última passagem por aqui, fez elogios à Chris Cornell e à Steve Harris e comentou sobre algumas curiosidades atuais sobre o UFO. 


O UFO foi um dos principais nomes dos anos 70, servindo de influência para diversos outros grupos como Tesla, Def Leppard e Iron Maiden, que com o passar dos anos adotou a música “Doctor, Doctor” como tema de abertura dos shows da banda.

Após três anos desde seu último show no Brasil, a banda retorna ao país para quatro apresentações sendo elas: Rio de Janeiro (08/05 - Teatro Rival), Goiania (09/05 - Bolshoi Pub), São Paulo (11/05 - Carioca Club) e Porto Alegre (12/05 - Teatro CIEE).

A The Ultimate Music entrevistou exclusivamente com o baterista Andy Parker que, super bem humorado, nos contou como se sente em retornar ao território brasileiro, as lembranças da última passagem por aqui, fez elogios à Chris Cornell e à Steve Harris e comentou sobre algumas curiosidades atuais sobre o UFO.

por Juliana Lorencini | edição Costábile Salzano Jr.

Após tantos anos de banda, o UFO se apresentou no Brasil pela primeira vez em 2010. Quais são suas recordações desta primeira visita ao país? E quais são suas expectativas em voltar a se apresentar aqui?
Andy Parker: Eu amei tocar no Brasil! As pessoas ai são realmente apaixonadas por música. Parece que elas realmente a sentem e isso nos deixou extremamente empolgados em tocar para elas. Eu espero que fãs loucos como estes compareçam sempre aos nossos shows.

Vocês lançaram no último ano “Seven Deadly”, produzido por Tommy Newton, e gravado no estúdio Area 51, em Celle, na Alemanha. Como foi o processo de gravação e composição deste novo trabalho?
Andy Parker: Escrevo músicas em casa ou em quartos de hotel ao redor do mundo. Então faço demos das músicas e as entrego para os outros caras da banda. Phil escolhe as músicas que ele gosta mais e escreve as letras. Nós as ensaiamos juntos e então vamos para o estúdio para gravá-las. Tenho um estúdio em casa e faço todas as guitarras aqui, então mando as faixas para um técnico e ele as mixa.

Em 2011, vocês tiveram 11 de seus álbuns relançados em vinil. O que vocês acham dessa crescente volta do vinil ao mercado fonográfico, uma vez que os CDs em si perdem cada dia mais espaço para o MP3?
Andy Parker: Posso estar errado, claro, mas não vejo o vinil voltando a ser grande de novo. Acho que é um pouco de tendência apenas.

Como é ter Vinnie Moore integrando a banda?
Andy Parker: É ótimo tê-lo na banda! Ele é o cara mais incrível sempre! (risos). E o mais legal do planeta!

A propósito, vocês ainda acreditam que Pete Way poderá voltar à banda algum dia? Qual baixista virá acompanhando a banda na turnê sulamericana?
Andy Parker: Eu acredito que não. Infelizmente ele não está bem de saúde. Rob De Luca estará conosco durante a turnê brasileira.

O UFO é um dos principais nomes que serviu de influência para músicos de grandes bandas ao redor do mundo. Como você vê o hard rock/ heavy metal atualmente?
Andy Parker: Parece que ainda continua forte. O Rock nunca irá morrer.

Quais bandas da atualidade se destacam para vocês?
Andy Parker: Gosto muito do Chris Cornell. Parece-me que tudo em que ele está envolvido é ótimo. Também acho que Rival Sons é uma ótima nova banda.

Steve Harris é um fã assumido do UFO, tanto que “Doctor, Doctor” se tornou a música de abertura dos shows do Iron Maiden. Como vocês vêm essa homenagem ao grupo?
Andy Parker: Para mim é totalmente incrível! Ouvi dizer que ele também está tocando “Let it Roll” na turnê com sua nova banda.

Após os shows no Brasil, o UFO se prepara para mais uma turnê pela Europa, incluindo o Sweden Rock Fest. Como estão os preparativos para esses shows?
Andy Parker: Nós não nos preparamos normalmente. Apenas nos encontramos e ensaiamos um pouco e então vamos para estrada. Tocaremos também no Download Festival, em Castle Donnington. Nosso set é sempre mais curto em festivais, então temos que fazer um setlist especial e colocar nele algumas de nossas músicas mais curtas. Esta é a única circunstância em que preparamos algo e pensamos adiante. Normalmente nós nem mesmo ensaiamos, isso porque temos feito muitos shows.

Ainda falando em turnês, quais a principais diferenças que vocês vêm entre o público brasileiro e o europeu?
Andy Parker: Existem mais garotas bonitas no Brasil e nós amamos isso! Sinto que o público brasileiro é mais aberto e mostra mais seus sentimentos. Em certos lugares na Europa, as pessoas parecem ser mais reservadas. Mas isso pode mudar de cidade para cidade, então estou apenas generalizando.

Além da turnê de promoção de “Seven Deadly”, quais os planos da banda para esse ano?
Andy Parker: Existe a possibilidade de tocarmos na Costa Oeste nos Estados Unidos no final do ano.

Muito obrigada pela entrevista e eu gostaria que vocês enviassem um recado para os fãs brasileiros do UFO.
Andy Parker: Obrigado pela entrevista, gostei muito. Mal posso esperar para ver todos vocês no Brasil. Fãs incríveis, lindas garotas e churrascarias! Quem não seria feliz assim? (risos)
publicado por o editor às 03:22
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Terça-feira, 23 de Outubro de 2012

Escritora Maria José Silveira lança Pauliceia de mil dentes, pela Editora Prumo

 

 


foto -  Zé Gabriel


Escritora aplaudida, autora de diversos romances, entre eles A Mãe da Mãe de sua Mãe e suas filhas, pelo qual recebeu o Prêmio Revelação APCA, em 2002, Maria José Silveira fala de seu sexto romance – Pauliceia de mil dentes (Editora Prumo) – e, especialmente, sobre seu amor pela cidade de São Paulo. Realista, ela não ignora, porém, os inúmeros problemas enfrentados na megalópole, arrisca palpites e desafia seus governantes. Mas não sem propriedade, já que a escritora, que completa dez anos de carreira, também é mestre em Ciências Políticas pela Universidade de São Paulo.


Mergulhando nesta entrevista, será fácil descobrir por que Maria José Silveira parece ser capaz de analisar tão profundamente os labirintos cinzas de Sampa chegando ao ponto de considerar a própria cidade tão vítima das mazelas como cada um de seus moradores. Mas, assim como quem vive um grande amor, ela exalta os dois extremos, o ruim e o bom, e se desmancha em elogios à Sampa, lembrando das famosas canções que traduzem a personalidade de suas ruas: “Ouso dizer que a esquina da Ipiranga com a Av. João já não emociona ninguém. Como o Trem das Onze, do Adoniran, que nem existe mais. Atualmente, penso que a melhor “tradução” de uma parte da alma da megalópole são os raps – os Racionais MCs, Rappin Hood, Criolo, essa turma”.


      Qual a sua relação com a cidade de São Paulo?

MJ - De amor, eu diria: paixão complicada, cheia de conflitos, uma coisa assim. É que esta cidade toda errada ainda é capaz de concentrar uma exuberância fantástica de tipos humanos, riqueza de ideias, vidas, contradições, e através de tudo isso, criar uma energia que é possível sentir no ar que se respira aqui. Desde que você consiga, claro, deixar o monóxido de carbono de fora.

Caldeirão de culturas diferentes: mistura de povos distintos vindos de outras partes do Brasil, imigrantes e suas novas gerações, os turistas....São Paulo tem uma identidade própria?

MJ - Justamente essa: ser uma mistura de tudo isso, com seus pontos de contradições, conflitos, e também de enriquecimento. É nisso que ela é a somatória de nossos males e possibilidades: aqui você encontra o que há de riqueza e beleza e o que há de desigualdades e misérias no país.

Metamorfose, a paisagem da capital paulista se reconfigura dia a dia em virtude da expansão econômica do país: obras do metrô, novos centros comerciais surgem, a cidade de verticaliza como nunca. O antigo (muitas vezes, raro, original e belo...) dá lugar ao novo em nome do dinheiro. A cidade é ingrata com seus moradores?

MJ - A cidade, não. Seus governantes e administradores. Ela é tão vítima como cada um de seus moradores.

Encontrar uma maneira própria de se relacionar com a cidade é um jeito de escapar da loucura, da solidão? É isso que de algum modo fazem os personagens de Pauliceia de mil dentes para sobreviverem ao caos?

MJ - Sem dúvida. A megalópole esmaga. Seus defeitos são inúmeros e declarados: a competitividade, a insegurança, a falta de espaços de lazer comunitário, de contatos genuínos. É urgente encontrar saídas: e o paradoxal é que elas existem, e são muitas. Há uma gama enorme de possibilidades que só encontramos aqui. E o desolador é constatar como é difícil encontrá-las; como nossos governantes não facilitam isso; como o cotidiano aqui pode engolir qualquer um de nós. São duas cidades em uma só: a que acolhe e a que mastiga e cospe.

Aqui a vida pulsa. É esse o elemento atraente da cidade de São Paulo?

MJ - A vida pulsa, as coisas acontecem, a energia se concentra, a vida cultural é intensa, as possibilidades são enormes. Esta cidade sabe ser bela; sabe amar e ser amada. Por outro lado, há tudo o que sabemos: violência, desigualdades, trânsito, inúmeras dificuldades por toda parte. As duas caras da megalópole: o que tem de bom e o que tem de perverso. Esperemos que essa pulsão de vida ganhe a parada e seja capaz de se espalhar pela cidade inteira. É nisso que, otimista como sou, ainda acredito.

Qual seu lugar preferido na cidade?

MJ - A minha janela que se abre para o vão do Masp e a Paulista.

E o lugar que mais detesta?

MJ - Qualquer um onde esteja acontecendo um engarrafamento.

Que presente daria a São Paulo hoje?

MJ - Mais espaços públicos bem cuidados: é deles que vem o ar que a cidade respira. Os espaços públicos incluem tudo e é neles que os grandes problemas se manifestam: trânsito infernal, calçadas intransitáveis, praças contadas, árvores abandonadas, escolas e saúde pública cheios de problemas, carência de lugares de lazer onde as pessoas possam se encontrar e exercer sua cidadania. É preciso devolver os espaços públicos à dimensão da cidade que cresceu em volta e que, sem eles, se torna o monstro que pode devorar-nos a todos.

Trocaria Sampa por qual cidade?

MJ - Por enquanto, nenhuma. Já morei em Goiânia, Brasília, Nova York, Paris, Lima, Rio, e gostei de todas elas, mas São Paulo é meu lugar de escolha, meu chão no meu país. Como tudo muda, no entanto, e esta cidade tão ameaçada está sempre à beira de algum abismo, não digo que não saio daqui. Digo apenas que ainda acho possível que a parte sã desta “jabuticabeira urbana” (é curioso como as jabuticabeiras ainda sobrevivem por aqui) recupere seu espaço e se amplie.

Qual música retrata mais a Pauliceia de hoje?

MJ - Neste momento, não temos uma música como “Sampa”, do Caetano, acolhida por tanto tempo como seu retrato. Ouso dizer que a esquina da Ipiranga com a Av. João já não emociona ninguém. Como o “Trem das Onze”, do Adoniran, que nem existe mais. Atualmente, penso que a melhor “tradução” de uma parte da alma da megalópole são os raps – os Racionais MCs, Rappin Hood, Criolo, essa turma. Digo uma parte, porque, evidentemente, a outra parte dessa alma está bem longe disso. Assim, uma música capaz de identificar a cidade como um todo, sinceramente não conheço. Aquelas cenas urbanas harmoniosas e reconhecíveis por todos na época de Caetano já foram deglutidas: agora é só fragmentação. E suponho que fragmentação não rende boas harmonias.


Entrevista
(Por Tatiana Dias)




Pauliceia de mil dentes

de Maria José Silveira

Editora Prumo

Selo: leia

Formato: 14 x 21 cm
Nº de páginas: 334



Sobre a Prumo

Fundada por Paulo Rocco, responsável pela editora Rocco, a Prumo tem sede em São Paulo com equipe própria e independente. A linha editorial é bem diversificada, inclui títulos nas áreas de ficção, não-ficção e infantojuvenil. O objetivo é oferecer ao leitor um catálogo amplo, com o melhor da literatura nacional e estrangeira, além de títulos de referência e livros atraentes para o público jovem e infantil.


UM LANÇAMENTO



 

publicado por o editor às 22:49
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