Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2014

Flip recebe prêmio Rio+Empreendedor

 

 

Festa Literária Internacional de Paraty foi representada no evento por Mauro Munhoz, presidente da Associação Casa Azul

 

Mauro Munhoz, presidente da Associação Casa Azul, realizadora da Flip, recebeu no dia 15 de dezembro o prêmio Rio+Empreendedor, criado pelo Lide Rio e pela Rio Negócios em 2011 para reconhecer, homenagear e divulgar ações de empresários ou gestores públicos que contribuem para o desenvolvimento econômico, expansão do ambiente de negócios e a geração democrática de renda no Rio de Janeiro.

A Flip – Festa Literária Internacional de Paraty recebeu o prêmio na categoria regional Costa Verde. As categorias regionais, criadas para a edição de 2014, contemplam os polos de desenvolvimento de outras regiões do Estado: Médio Paraíba, Região Serrana, Norte Fluminense, Costa Azul e Costa Verde. Os setores que tiveram destaque no Rio+Empreendedor 2014 foram: capacitação e desenvolvimento, entretenimento, gastronomia, indústria, infraestrutura, inovação, hotelaria e turismo, financeiro, moda, óleo e gás, saúde e varejo.

“Foi muito gratificante para a Casa Azul receber este prêmio. Ele reflete o apoio à Flip e ações que promovem o desenvolvimento local por meio da cultura”, disse Mauro Munhoz ao receber o prêmio Rio+Empreendedor pela Flip.

O Rio+Empreendedor premiou, ao todo, 18 personalidades que contribuem para o crescimento econômico e social do Rio de Janeiro. José Mariano Beltrame, Secretário Estadual de Segurança, foi o homenageado dessa edição devido a seu comando no projeto das Unidades de Polícia Pacificadora, responsável pela redução dos índices de criminalidade no Rio de Janeiro.

 

 

 

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Sábado, 29 de Novembro de 2014

British Council Brasil abre inscrições dos programas de mentoria e residência para tradutores literários

 

 

 

 
 
O tradutor brasileiro selecionado passará três semanas em Norwich, eleita cidade da literatura pela UNESCO, e participará da London Book Fair. Tradutor do Reino Unido será recebido pela Flip no Brasil
 
Tradutores do Brasil e do Reino Unido em início ou meio de carreira (com até cinco traduções publicadas) poderão se candidatar aos projetos de mentoria e residência oferecidos pelo programa de Tradução Literária do British Council. As ações buscam valorizar a profissão e aproximar tradutores dos dois países, promovendo intercâmbio de conhecimento e networking. Os selecionados terão a oportunidade de desenvolver suas habilidades e a qualidade de seus trabalhos em atividades programadas para 2015. As inscrições poderão ser efetuadas de 19 de novembro de 2014 a 5 de janeiro de 2015 pelo site http://transform.britishcouncil.org.br/pt-br/content/programa-british-council-de-traducao-literaria.
 
Realizado em parceria com o BCLT (British Centre for Literary Translation) e com o WCN (Writers’ Centre Norwich), o programa de mentoriase destina a tradutores residentes no Brasil, que pretendam trabalhar na tradução de um livro de um autor britânico durante o programa. O mesmo vale para os profissionais residentes no Reino Unido, que se interessarem em trabalhar na obra de um escritor brasileiro. Nos dois casos, não é necessário que o profissional possua um contrato editorial para a tradução do livro escolhido. As atividades se inciarão em fevereiro de 2015, com finalização e entrega de relatório em agosto de 2015.
 
Com o apoio dos mesmos parceiros do projeto de mentoria, e em parceria também com a Flip - Festa Literária Internacional de Paraty –, o British Council oferecerá duas residências literárias. Uma no Reino Unido, para um tradutor inglês-português residente no Brasil, e outra no Brasil, para um tradutor português-inglês residente no Reino Unido. O tradutor brasileiro selecionado passará três semanas na Inglaterra, entre abril e maio de 2015, e terá sua base na cidade de Norwich, eleita cidade da literatura pela UNESCO. Além disso, terá a chance de participar de diversas atividades de debate e networking durante a London Book Fair, em Londres.  
 
Para participar, os interessados devem preencher o formulário de inscrição online, apresentarem seu currículo e também uma amostra do texto que pretendem trabalhar durante a mentoria/residência. Os candidatos serão selecionados por uma comissão de representantes do British Council, BCLT e WTC, que levarão em conta a experiência anterior em tradução literária, o interesse atual e futuro pela tradução de obras brasileiras ou britânicas, e os benefícios que poderão obter com a participação no programa. O resultado da seleção será anunciado no dia 16 de janeiro de 2015 no site do British Council Transform e os candidatos selecionados serão notificados por e-mail.
 
Mentoria
Entre fevereiro e agosto de 2015, o tradutor selecionado contará com o suporte de um mentor na tradução da obra escolhida e nas questões de seu interesse no campo da literatura. No Brasil, o mentor será o professor e tradutor literário Caetano W. Galindo, e, no Reino Unido, a mentora será a tradutora literária Margaret Jull Costa.
 
Os selecionados terão como compromisso se dedicar ao seu trabalho de tradução, escrever artigos e blogs sobre sua experiência e entregar um breve relatório no final do programa. Eles receberão bolsa-auxílio no valor de £500* por todo o período. Já os mentores darão suporte, presencial e virtual, às traduções realizadas pelos participantes. O BCLT ficará em contato com as duplas de mentores e tradutores nos dois países, oferecendo apoio e estimulando o contato e  intercâmbio dos trabalhos produzidos.
 
* Em Reais, o valor será calculado de acordo com a taxa de conversão no dia do depósito.
 
Residência – Parceria com a Flip
Em seu tempo de residência na Inglaterra, o tradutor selecionado será convidado pelo BCLT e WCN a participar de eventos literários em Norwich, assim como de atividades do Literary Translation Centre, no âmbito da London Book Fair, em abril de 2015. Por sua vez, o tradutor britânico passará três semanas no Brasil, entre junho e julho de 2015, e terá sua base na cidade de Paraty, Rio de Janeiro, onde será recebido pela Flip, um dos eventos literários mais importantes da América Latina. Em conjunto com o British Council, a Flip organizará, para o tradutor residente, uma agenda de atividades ligadas à tradução literária no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Paraty. Além disso, o tradutor será convidado a ficar em Paraty para a Flip e assistir aos eventos da Festa.
 
Os selecionados terão seus custos de passagem, acomodação, deslocamentos durante a residência e entradas em eventos cobertos pelo British Council e parceiros. Além disso, receberão bolsa-auxílio no valor de £750* por todo o período. Eles terão um tempo reservado para trabalharem em suas traduções, e poderão participar de diversas atividades, como encontros com escritores e tradutores, viagens literárias, realização de leituras públicas, seminários de tradução ou escrita criativa e atividades com o público jovem. Para mais informações escreva para traducaoliteraria@transform.com.br.
 
* Em Reais, o valor será calculado de acordo com a taxa de conversão no dia do depósito.

 

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FLIP 2015 SERÁ NA PRIMEIRA SEMANA DE JULHO

 

 

Realizadora da festa literária ainda promoverá, em dezembro de 2014, exposição e ciclo de debates sobre Paraty, com base na memória oral da velha guarda da cidade

 

Em 2015, a Flip – Festa Literária Internacional de Paraty – acontecerá entre os dias 1º e 5 de julho, voltando a coincidir com as férias escolares. Em 2014, em razão da Copa do Mundo, a Flip foi realizada entre o final de julho e o início de agosto e levou cerca de 25 mil pessoas a Paraty, para assistir a debates entre os 49 autores convidados.

A 13a. edição da festa, que é realizada pela Associação Casa Azul e pela segunda vez tem curadoria do editor Paulo Werneck, vai manter duas das principais novidades de 2014: a gratuidade no show de abertura e nos telões externos.


Museu do Território

Entre 4 e 6 de dezembro de 2014, a Associação Casa Azul inaugura com um ciclo de debates a primeira ação pública do recém-implantado Museu do Território de Paraty: a exposição audiovisual Histórias e Ofícios do Território. As conversas constituem um pequeno festival dedicado aos ofícios tradicionais de Paraty, e terão intelectuais, cientistas, artistas e professores do Rio e de São Paulo debatendo suas especialidades com seus correspondentes locais.
Composta por vídeos, uma oficina de fotografia, dois espaços expositivos e quinze placas comemorativas espalhadas por muros da cidade fluminense, a mostra busca reconstituir a vida em Paraty antes da construção da rodovia Rio-Santos, nos 1970, mudando irreversivelmente o destino da cidade.
A exposição tem como fonte depoimentos de antigos moradores da cidade, que rememoram suas histórias e seus segredos de ofício. Com patrocínio do BNDES e curadoria de Paulo Werneck, Histórias e Ofícios do Território ficará em cartaz no Espaço Experimental de Cultura Cinema da Praça e na Casa da Cultura de Paraty até o início de março de 2015.

Residência de tradução

Para 2015, a Flip anuncia ainda a realização, em parceria com o British Council, de um intercâmbio de residências literárias para tradutores do Brasil e do Reino Unido em início de carreira, com até cinco traduções publicadas.

O tradutor brasileiro selecionado passará três semanas na Inglaterra, em Norwich, selecionada entre as sete “cidades da literatura” pelo programa de cidades criativas da UNESCO. Além disso, poderá participar de debates e fazer contatos profissionais na London Book Fair, em abril.

 Por sua vez, o tradutor britânico passará três semanas no Brasil, em Paraty, entre junho e julho, podendo participar das programações da Flip. A curadoria da Flip, em conjunto com o British Council, vai promover encontros ligados à tradução literária no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Paraty.

 

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Domingo, 27 de Julho de 2014

Primeiro autor russo a participar da FLIP lança obra inédita no Brasil

 

 

   

 

   

 

 

Dostoiévski-trip

 

Vladímir Sorókin


Dostoiévski-trip é uma excelente introdução ao universo de Vladímir Sorókin, um dos nomes mais importantes - e radicais - da literatura russa contemporânea. Na peça, um grupo de sete junkies aguarda a chegada de um traficante com os últimos "lançamentos" do mercado. No caso, as drogas correspondem aos grandes (e às vezes médios) autores da prosa mundial. Ao ingerirem uma dose de Dostoiévski, os personagens são transportados para uma famosa cena do romance O idiota, à qual se segue uma impressionante bad-trip final - lírica, visceral e catártica.
Sorókin é um dos autores confirmados para a Flip 2014.
Em um lugar indefinido, cinco homens e duas mulheres aguardam ansiosos a chegada de um incerto vendedor. Enquanto isso, conversam, discutem e até brigam acerca de grandes nomes da literatura mundial (Kafka, Púchkin, Céline...) e seus supostos efeitos nos leitores-consumidores.
Não se trata, porém, de uma tertúlia amistosa entre amantes das letras, e sim de um bando de junkies que mal se conhecem, unidos apenas pela condição de viciados em literatura, todos ávidos pela próxima dose.
Nesta peça em um ato, que se lê como um romance ou novela curta, Vladímir Sorókin, um dos nomes mais importantes - e radicais - da literatura russa atual, lança personagens e leitores em uma jornada tensa e intensa pelo universo de Dostoiévski, de seus dilemas filosóficos e existenciais, que ele aprofunda, potencializa, transcende e transporta para as formas do mundo e da literatura contemporânea.
Lírico e pornográfico, escatológico e sublime, divertido e visceral, Dostoiévski-trip bate forte e tem efeito prolongado. Mas aqui não há lugar para cautela ou moderação.
Boa viagem.
Sobre o autor_ Vladímir Sorókin nasceu em 1955, na cidade de Bykovo, perto de Moscou, e em 1977 graduou-se como engenheiro. Ainda nos anos 1970 participou de diversas exposições de arte e trabalhou como desenhista e ilustrador. Sua atividade como escritor se desenvolveu no mundo moscovita underground da década de 1980, e em 1985 seu romance A fila foi publicado na França. Os textos de Sorókin foram banidos durante o regime soviético, e somente em 1992 foi lançada em seu país uma edição de seus Contos escolhidos. Nas últimas décadas, escreveu, além de peças, como Dostoiévski-trip (1997), vários romances, entre eles O dia do oprítchnik (2006) e a trilogia Gelo (2002), O caminho de Bro (2004) e 23000 (2005). Manteve sempre um tom crítico em relação ao atual regime político da Rússia, e seus livros estão hoje traduzidos para mais de vinte idiomas.
Sobre a tradutora_ Arlete Cavaliere, nascida em São Paulo, é professora titular de Teatro, Arte e Cultura Russa no curso de Graduação e Pós-Graduação no Departamento de Letras Orientais da FFLCH-USP, e coordenadora da área de Língua e Literatura Russa no mesmo departamento. Dentre seus livros, destacam-se: O nariz & A terrível vingança (de N. V. Gógol) - A magia das máscaras (Edusp, 1990, tradução e ensaio); O inspetor geral de Gógol/Meyerhold: um espetáculo síntese (Perspectiva, 1996); Ivánov, de A. P. Tchekhov (Edusp, 1998, cotradutora), Teatro russo: percurso para um estudo da paródia e do grotesco (Humanitas, 2009), Nikolai Gógol: teatro completo (Editora 34, 2009, organização e tradução) e O mistério-bufo, de Vladímir Maiakóvski (Editora 34, 2012, tradução).
Texto de orelha_
por Bruno Barretto Gomide
Sete personagens desprovidos de nomes e em busca de um autor se reúnem em um "lugar" inespecífico. O autor, no caso, será trazido por um traficante, cuja maleta contém uma plêiade de escritores em forma de pílulas. Diante das possibilidades entorpecentes da tradição literária universal acondicionada em frascos, os ansiosos usuários discutem o preço caríssimo de Nabókov, as qualidades de Kharms ("com ele, tudo cai bem"), o baixo-astral causado por Górki ("uma merda"), o barato dado por Faulkner e a relação custo-benefício de Chólokhov, Soljenítsin e Platónov, até se decidirem por uma sugestão do vendedor. A bola da vez é ninguém menos do que Fiódor Dostoiévski, cuja ingestão transfigurará a experiência dos personagens, retirando-os daquele não-lugar e catapultando-os para um cenário arquirrusso, uma das cenas de escândalo quintessenciais de Dostoiévski: a passagem profundamente teatral de O idiota em que eles, agora encarnados em Gânia, Nastácia Filípovna, Rogójin e demais personagens, travarão a sua disputa pecuniário-metafísica em torno de cem mil rublos e uma lareira. Depois da reencenação (intensificada) daquela passagem capital do romance russo sobrevém uma bad trip monumental, que novamente problematiza as relações entre o texto de 1869 e o contemporâneo. O leitor, nesse processo, é convidado a tecer aproximações e divergências entre as propostas de Dostoiévski e de Sorókin. E se o Cristo reaparecesse na Rússia do século XIX? À pergunta fundamental de O idiota, o matreiro Sorókin parece apor: e se Dostoiévski reaparecesse na Rússia de 1997, ano de publicação dessa peça viajante?
Uma Rússia em que diversos elementos do pós-modernismo são antropofagizados, confundindo-se, inevitavelmente, com o pós-sovietismo (e com o conceito do pós-dramático, como observa, no instigante ensaio do posfácio, a tradutora Arlete Cavaliere). Percebe-se também a marca da "Tchernukha", a estética barra-pesada de inspiração cinematográfica em voga quando da criação de Dostoiévski-trip e com a qual Sorókin dialoga, neste e em outros textos (além de romances e contos, ele é autor de mais de uma dezena de peças e roteiros de cinema). Cenas de bandidagem, prostituição, alcoolismo, violência, sexo e drogas - o lado "negro" da perestroika e o gangsterismo da era Iéltsin representados por meio de bofetadas verbais, pela violência da linguagem sempre latente na literatura russa e sempre abafada pela necessidade de contornar, no czarismo e em tempos soviéticos, censuras políticas e morais.
Longe, porém, de ser um mero jogo de cena chocante, Dostoiévski-trip é um texto literário e dramático complexo, e desempenha um papel importante na empreitada artística do autor. Em artigos e entrevistas, Sorókin tem apontado as possibilidades bastante contraditórias contidas na analogia arte/droga. Uma dessas intervenções na imprensa, aliás, intitula-se "O texto como narcótico", publicada lá se vão mais de vinte anos. É, portanto, um projeto crítico permanente, de feitio radical e sofisticado, que reavalia o papel da intelligentsia e do seu rebento predileto - a literatura russa - nos tempos atuais. "Sou um viciado em literatura, que nem você, mas eu ainda consigo produzir as drogas, coisa que nem todo mundo consegue", afirmou Sorókin em uma entrevista de 2004.
Ótima oportunidade para que o leitor brasileiro aprofunde o seu conhecimento da literatura russa contemporânea, por intermédio de um dos seus melhores expoentes.

 

publicado por o editor às 00:30
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Quarta-feira, 21 de Maio de 2014

A pedra no sapato do poder

 

 

 
 
Crítica ao poder dá o tom na programação da tenda dos autores, que destaca literatura, humor, arquitetura, ciência e pensamento indígena
           
Em 2014, a crítica de Millôr Fernandes a toda forma de poder se faz urgente e necessária. Não por acaso, reúnem-se na programação deste ano algumas das mais respeitáveis pedras no sapato dos governos de seus respectivos países – e, quase sempre, das forças do Império.
 
O conjunto reúne brilhantes exemplos das muitas formas de resistência que o século XXI nos oferece. Mas ainda há muitos outros recortes possíveis na programação da Flip, que vai acontecer entre 30 de julho e 3 de agosto, em Paraty. Os ingressos estarão disponíveis para venda a partir do dia 2 de junho.
 
Gal Costa em show gratuito
A grande cantora brasileira leva a Paraty as canções de Recanto, seu disco mais recente, que mescla MPB, rock, programações eletrônicas e dub-step, concebido e composto por Caetano Veloso. Clássicos como Folhetim e Barato total completam o show de abertura, que pela primeira vez na história da Flip será gratuito.
   
Homenagem a Millôr
Uma dupla homenagem abre a Flip do genial guru do Meier: no primeiro tempo, o crítico Agnaldo Farias destaca o valor da obra de Millôr para a arte brasileira. Em seguida, Reinaldo e Hubert, que nos anos 1980 editaram o jornal satírico Planeta Diário, herdeiro do Pasquim, entrevistam o cartunista millormaníaco Jaguar.
Na segunda mesa da homenagem, na sexta-feira, o cartunista Cássio Loredano e o jornalista Sérgio Augusto perfilam Millôr em traço e prosa.
Na Casa da Cultura, uma exposição sobre Millôr Fernandes apresenta uma ambientação inspirada no mundo do desenho e das publicações que editou e/ou criou.
 
Pensamento indígena e Amazônia
O pensamento indígena, o xamanismo e a poesia ameríndia,a história recente dos índios e a disputa de interesses na Amazônia têm destaque na programação, com duas mesas dedicadas ao tema e a presença de um xamã yanomami, Davi Kopenawa. A fotógrafa Claudia Andujar, o antropólogo Eduardo Viveiros de Castro e o indigenista Beto Ricardo completam o quadro.
 
Arquitetura
A arquitetura – que em 2013 ganhou mesa fixa na programação– traz Paulo Mendes da Rocha, vencedor do Pritzker e um dos principais pensadores do Brasil contemporâneo,ao lado do italiano Francesco Dal Co.
 
Ciência
Da criação de filhos fora do padrão, tema explorado por Andrew Solomon, aos limites do conhecimento, discutidos por Marcelo Gleiser, as mesas dedicadas à ciência levarão ao público dilemas cósmicos e familiares. Michael Pollan faz uma interface da ciência com a cultura e a história da alimentação.
 
Ficção e poesia
A Flip tem a alegria de propiciar o encontro com grandes autores de ficção, alguns ainda por serem descobertos no país, como Jhumpa Lahiri, Etgar Keret, Almeida Faria,Eleanor Catton e Joël Dicker. Outros são uma amostra milloriana de que o humor está entre as formas mais elevadas da inteligência: Fernanda Torres, Antonio Prata, MohsinHamid, Gregorio Duvivier. Charles Peixoto e Eliane Brum, um prosador na poesia e uma poeta na prosa,completam o quadro.
 
Latinos
A prosa latino-americana, uma das principais forças criativas nas letras mundiais, tem um representante de peso para cada geração, do boom dos anos 1960, vivido pelo Prêmio Cervantes Jorge Edwards, à “anexação” cultural
dos Estados Unidos pela América Latina, registrada na obra de Daniel Alarcón – entre os dois, Villoro, companheiro de armas de Roberto Bolaño e Enrique Vila-Matas.
 
Brasil e ditadura
A trajetória de dois grandes artistas, Cacá Diegues e Edu Lobo, que lançam livros de memórias durante a Flip, promete uma mesa histórica sobre a vida cultural no Brasil dos últimos 50 anos. Não se trata de coincidência. Se 2014 é ano de Copa e da eleição, é também quando se completam 50 anos do golpe militar. E é a literatura, na mesa com Marcelo Rubens Paiva, Bernardo Kucinski e Persio Arida, que vem nos lembrar daquelas coisas terríveis, que jamais podem ser esquecidas.
  
Vendas de ingressos
Os ingressos para as mesas da Flip 2014 estarão disponíveis para venda a partir das 10h do dia 2 de junho, pela internet, no site da Tickets for Fun, pelo telefone 4003-5588 e nos pontos de venda credenciados (a lista completa dos pontos de venda está disponível no site ticketsforfun.com.br). O preço dos ingressos da sessão de abertura e das mesas da programação é de R$ 46 (inteira)/ R$ 23 (meia) para a tenda dos autores e de R$ 12 (inteira)/ R$ 6 (meia) para a tenda do telão. Os ingressos estarão disponíveis para a venda pela internet, telefone e locais credenciados até o dia 29 de julho. Durante os dias de festival, poderão ser adquiridos apenas na bilheteria em Paraty.
  
Quem faz a Flip
A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público, que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, mantém uma intensa relação com a cidade de Paraty. A Flip e os projetos educativos permanentes – Flipinha, FlipZona e Biblioteca Casa Azul - são algumas de suas experiências que potencializam importantes transformações no território e ajudam a melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens paratienses.
 Patrocínio
A programação da Flip conta com o patrocínio oficial do Itaú, do Governo do Rio de Janeiro e do BNDES, patrocínios da Petrobrás e CPFL, apoio da Fundação Roberto Marinho, da Prefeitura Municipal de Paraty e do Instituto C&A e outros parceiros ainda em vias de confirmação.

 

publicado por o editor às 04:29
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Domingo, 23 de Março de 2014

Michael Pollan discute a ética da alimentação na Flip 2014

 
Ativista e escritor une política, literatura e ciência em sua cruzada contra a era da comida industrial. “A refeição familiar é o berçário da democracia”
“Coma comida. Principalmente plantas. Não muito.” Com seu estilo direto, o premiado escritor e ativista norte-americano Michael Pollan, autor convidado da Flip 2014, discute em seus livros as implicações políticas e éticas de cada refeição que fazemos.
A Flip 2014, que homenageia o escritor e cartunista Millôr Fernandes (1923-2012), será realizada entre os dias 30 de julho e 3 de agosto, em Paraty. Além de Pollan, o ficcionista israelense Etgar Keret também está confirmado na programação principal.
Pollan fez fama com suas campanhas contra a junkie food, a agricultura predatória e o agronegócio, que contribuem para a degradação da alimentação na vida moderna.
“Não coma nada que a sua avó não reconhecesse como comida”, diz uma de suas bem-humoradas “regras da comida”. “Não é comida se entrou pela janela do carro”, diz outra. Em O dilema do onívoro, As regras da comida e Em defesa da comida, publicados pela Intrínseca, Pollan faz verdadeiros manifestos em favor de um retorno à alimentação saudável, numa reação na era da comida industrial.
Política, ciência e história se entrelaçam num prato de comida.  “A refeição familiar é o berçário da democracia”, escreve Pollan. “É onde ensinamos a nossos filhos os modos para viver em sociedade. Ensinamos como partilhar. Como esperar a sua vez. A argumentar sem brigar nem insultar as outras pessoas. Eles aprendem a arte da conversação adulta.”
Conversar à mesa e cozinhar a própria refeição, de preferência com amigos e família, são para Pollan alguns dos gestos necessários para mudar a vida nos EUA, país que ele chama de “a república dos obesos” (três em cada cinco americanos estão acima do peso; um em cinco é obeso). No resto do mundo não  é diferente: segundo a ONU, em 2000 a população mundial de obesos, então de um bilhão de pessoas, superou a de subnutridos, 800 milhões.
Em Cooked, ainda sem título em português, que será lançado no Brasil pela Intrínseca durante a Flip 2014, o território de investigações é a própria cozinha do autor. Pollan narra as suas tentativas de executar receitas clássicas a partir de um dos quatro elementos: do fogo de um churrasco na Carolina do Norte, ao ar que faz crescer pães – e também as bactérias e outros microrganismos que nos dão o queijo, a cerveja e diferentes variedades de picles.
MICHAEL POLLAN
EM 5 DATAS
1955 Nasce em Long Island, Nova York
2001 Botany of Desire, sobre a experiência de cultivar seu próprio jardim
2006 O dilema do onívoro, sucesso de público e crítica
2010 As regras da comida.É indicado pela revista Time como uma das 100 pessoas
mais influentes do mundo
2013 Lança, nos EUA, Cooked, que será lançado no Brasil na Flip 2014. O Ministério
da Saúde do Brasil cria o Guia Alimentar para a População Brasileira, baseado
em seus livros.
POLLAN NA INTERNET
Site oficial: michaelpollan.com
Twitter: @michaelpollan
Fan page oficial no Facebook
Editora Intrínseca: intrinseca.com.br/site
ALGUMAS REGRAS DA COMIDA
1. Coma comida.
8. Evite produtos alimentícios com propaganda de propriedades saudáveis.
9. Evite produtos alimentícios que tenham no nome os termos “light”, “baixo teor de
gordura” ou “sem gordura”.
11. Evite alimentos que você vê anunciados na televisão.
15. Fuja do supermercado sempre que puder.
17. Só coma alimentos que tenham sido preparados por humanos.
18. Não ingira alimentos preparados em locais nos quais se exige que todo mundo use
touca cirúrgica.
CONHEÇA MICHAEL POLLAN
O dilema do onívoro – Uma história natural de quatro refeições. Trad. Cláudio
Figueiredo. 480 págs. Intrínseca, 2007
Em defesa da comida – Um manifesto. Trad. Adalgisa Campos da Silva. 272 págs.
Intrínseca, 2008
As regras da comida – Um manual da sabedoria alimentar. Trad. Adalgisa Campos da
Silva. 160 págs. Intrínseca, 2010
Quem faz a Flip
A Casa Azul é uma organização da sociedade civil de interesse público, que desenvolve projetos nas áreas de arquitetura, urbanismo, educação e cultura. Desde as primeiras ações, mantém uma intensa relação com a cidade de Paraty. A Flip e os projetos educativos permanentes – Flipinha, FlipZona e Biblioteca Casa Azul - são algumas de suas experiências que potencializam importantes transformações no território e ajudam a melhorar a qualidade de vida de crianças e jovens paratienses.
Patrocínio

A programação da Flip conta com o patrocínio oficial do Itaú e do BNDES e outros parceiros ainda em vias de confirmação.

 

publicado por o editor às 15:51
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Terça-feira, 24 de Dezembro de 2013

Flip e revista serrote apresentam e-book Três ensaios

 

 

 
Publicação reúne três dos 14 ensaios escritos pelos alunos da oficina literária realizada durante a última edição da Flip
 
Em 2013, a tradicional oficina literária da Flip foi dedicada ao ensaio, gênero fronteiriço entre o jornalismo e a literatura.A Flip e a revista serrote apresentam agora o ebookTrês ensaios, resultado do trabalho desenvolvido durante a 11ª edição da festa literária, realizada de 4 a 6 de julho de 2013.
Coordenada por Paulo Roberto Pires, editor da revista serrote, publicação quadrimestral de ensaios do Instituto Moreira Salles, a oficina contou com a participação do escritor brasileiro Francisco Bosco e do ensaísta e escritor britânico GeoffDyer. As aulas, para 17 alunos pré-selecionados (entre mais de 50 inscritos), aconteceram na Pousada Literária, em Paraty.
Dos 14 ensaios escritos (três alunos não apresentaram seus textos), foram selecionados três. Não houve competição, e sim a vontade de mostrar raciocínios e estilos que definem um bom ensaio. “Mais do que um capricho intelectual, divulgar e estudar o ensaio hoje são para mim uma tomada de posição. Trata-se de uma das formas possíveis de fazer frente ao esvaziamento do jornalismo e da academia em suas configurações mais tradicionais”, afirma o editor e professor da oficina literária. 
O ensaio “Entre os crentes”, da carioca Anna Virginia Balloussier, mostra os esforços da jornalista que procura compreender o universo evangélico brasileiro. “Diante da linha de sombra”, do médico Daniel Martins de Barros, reflete sobre o medo e outros sintomas da angústia, especialmente a que se desenvolve no momento de transição entre a vida adolescente e a adulta. Por último, “A poética das frestas”, da contista Vanessa C. Rodrigues, combina filosofia e literatura para decifrar uma cena da infância, no sutil entrelaçamento entre o lido e o vivido.
Para Paulo Roberto Pires, trata-se de um gênero que privilegia a clareza e tem como destinatário o leitor inteligente, não necessariamente especializado. “Desde Montaigne, o ensaio é um convite à conversa inteligente entre quem escreve e quem lê – conversa na qual os dois mais aprendem do que ensinam.”
O ebookTrês ensaios é gratuito e pode ser baixado na página daFlip www.flip.org.br e também na da revista serrote: www.revistaserrote.com.br.
 
A Flip 2014 acontecerá entre 30 de julho e 3 de agosto. Realizada sempre no início do mês de julho, a Flip escolhe nova data para essa edição em função da Copa do Mundo, que acontece durante o mês de julho no Brasil.
publicado por o editor às 21:03
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Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2013

Flip e revista serrote apresentam e-book Três ensaios

 

 
Publicação reúne três dos 14 ensaios escritos pelos alunos da oficina literária realizada durante a última edição da Flip
 
Em 2013, a tradicional oficina literária da Flip foi dedicada ao ensaio, gênero fronteiriço entre o jornalismo e a literatura.A Flip e a revista serrote apresentam agora o ebookTrês ensaios, resultado do trabalho desenvolvido durante a 11ª edição da festa literária, realizada de 4 a 6 de julho de 2013.
Coordenada por Paulo Roberto Pires, editor da revista serrote, publicação quadrimestral de ensaios do Instituto Moreira Salles, a oficina contou com a participação do escritor brasileiro Francisco Bosco e do ensaísta e escritor britânico GeoffDyer. As aulas, para 17 alunos pré-selecionados (entre mais de 50 inscritos), aconteceram na Pousada Literária, em Paraty.
Dos 14 ensaios escritos (três alunos não apresentaram seus textos), foram selecionados três. Não houve competição, e sim a vontade de mostrar raciocínios e estilos que definem um bom ensaio. “Mais do que um capricho intelectual, divulgar e estudar o ensaio hoje são para mim uma tomada de posição. Trata-se de uma das formas possíveis de fazer frente ao esvaziamento do jornalismo e da academia em suas configurações mais tradicionais”, afirma o editor e professor da oficina literária. 
O ensaio “Entre os crentes”, da carioca Anna Virginia Balloussier, mostra os esforços da jornalista que procura compreender o universo evangélico brasileiro. “Diante da linha de sombra”, do médico Daniel Martins de Barros, reflete sobre o medo e outros sintomas da angústia, especialmente a que se desenvolve no momento de transição entre a vida adolescente e a adulta. Por último, “A poética das frestas”, da contista Vanessa C. Rodrigues, combina filosofia e literatura para decifrar uma cena da infância, no sutil entrelaçamento entre o lido e o vivido.
Para Paulo Roberto Pires, trata-se de um gênero que privilegia a clareza e tem como destinatário o leitor inteligente, não necessariamente especializado. “Desde Montaigne, o ensaio é um convite à conversa inteligente entre quem escreve e quem lê – conversa na qual os dois mais aprendem do que ensinam.”
O ebookTrês ensaios é gratuito e pode ser baixado na página daFlip www.flip.org.br e também na da revista serrote: www.revistaserrote.com.br.
 
A Flip 2014 acontecerá entre 30 de julho e 3 de agosto. Realizada sempre no início do mês de julho, a Flip escolhe nova data para essa edição em função da Copa do Mundo, que acontece durante o mês de julho no Brasil.
publicado por o editor às 00:36
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Quinta-feira, 14 de Novembro de 2013

Millôr Fernandes é o homenageado da Flip 2014

 


Ministério da Cultura e
Associação Casa Azul apresentam

 
Millôr Fernandes é o homenageado da Flip 2014
 
Mestre do humor recebe destaque em Paraty dois anos após sua morte; pela primeira vez um autor contemporâneo é homenageado pela Flip
 
Dramaturgo, editor, tradutor, artista gráfico, uma das figuras mais marcantes da imprensa brasileira, Millôr Fernandes será o autor homenageado da 12ª edição da Flip – Festa Literária Internacional de Paraty. Morto em março de 2012, aos 88 anos, Millôr deixou uma inesgotável obra literária e intelectual, incluindo peças de teatro, livros de prosa e poesia, romances, desenhos, exposições de pintura, traduções, roteiros de cinema e textos na imprensa.Irreverente, participou de todos os movimentos de renovação cultural da segunda metade do século XX.
 
“Millôr trazia o mundo da Flip num homem só: da tradução de Shakespeare ao cartum, do jornalismo ao hai-kai. Sua crítica ao poder é fundamental no Brasil de 2014”, afirma Paulo Werneck, curador da Flip. O tom humorístico e ao mesmo tempo refinado, fio condutor do trabalho do artista, ganhou fama pelo país nas charges, textos e frases carregadas de crítica social.
 
Ao homenagear Millôr na data em que ele completaria 90 anos – ou 91, se considerarmos o ano real de seu nascimento e não o que consta em registro –, a Flip propõe a reavaliação crítica de um autor contemporâneo, colocando luz sobre sua vida e sua obra ao longo de 2014. “Homenagear um autor contemporâneo é um chamado ao presente, para que os nossos autores de hoje sejam mais conhecidos pelos leitores de hoje”, explica Werneck.
 
Além de inovar na escolha, optando por um autor cuja obra não fosse atual apenas no conteúdo, mas também na temporalidade, a Flip levará ao debate, pela primeira vez, a vida e a obra de um escritor que esteve na Tenda dos Autores: Millôr foi um dos convidados em 2003, ao lado de Ruy Castro – também convidado, Luis Fernando Veríssimo não pôde participar.
 
"Não foi por acaso que Millôr esteve entre os convidados da primeira Flip. Em seu trabalho, podemos reconhecer princípios que nortearam a festa literária, que dissolve fronteiras e promove a integração entre as artes. E que, assim como a obra de Millôr, fala para um público abrangente sem perder a erudição”, afirma Mauro Munhoz, diretor-presidente da Associação Casa Azul e diretor geral da Flip.
 
Versátil, multimídia, Millôr foi um dos primeiros artistas gráficos brasileiros a usar o computador em suas criações. Autodidata, no início da carreira sentiu necessidade de se aprimorar profissionalmente e matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro, onde estudou entre 1938 e 1942. A experiência acadêmica o ajudou a refinar um estilo inconfundível, que influenciou gerações de ilustradores e caricaturistas brasileiros. Por sua vez, Millôr foi influenciado pelo célebre cartunista americano Saul Steinberg, com o qual dividiu o primeiro lugar num concurso de cartuns na Argentina.
 
Apesar de ter o humor como marca de seu trabalho, não elegia sempre esse gênero como foco: questionado se gostaria de ser chamado de humorista ou escritor, optou pelo último: "Ninguém é humorista o tempo todo. E eu, na maior parte das vezes, não sei se estou escrevendo coisa engraçada ou não engraçada”.
 
Millôr era um defensor ferrenho da liberdade de pensamento, o que o levou a enfrentar vários conflitos nas redações de jornais e revistas pelas quais passou. Em uma ocasião, na revista O Cruzeiro, durante a reforma editorial coordenada por Odilo Costa Filho, este disse a Millôr que ficasse tranquilo, poisa ele seria dada toda a liberdade. Ao que Millôr responde: "Odilo, você vai me perdoar, mas ninguém pode me dar liberdade. Pode tirar, mas dar, não pode". A briga por seu espaço criativo acabou culminandona saída de Millôr da revista mais importante do país nas décadas de 1950 e 1960.
 
Lançou sua própria revista, a Pif-Paf, um mês após o golpe militar, transformando seu estúdio em redação.Quinzenal, a publicação reuniu alguns dos maiores nomes do humor de então, como Ziraldo e Jaguar. Apesar de não ter uma proposta política ou ideológica definida, a revista foi perseguida, considerada pelo serviço de informações do exército como o início da imprensa alternativa no Brasil. Pif-Paf durou apenas oito números. Millôr teve papel relevante também na dramaturgia brasileira, e sua produção como tradutor foi considerada a mais importante do teatro no país, com destaque para as traduções das obras de Shakespeare.
 
Nas palavras de Paulo Werneck, Millôr “foi também um crítico da falsa cultura, das ilusões da glória literária e artística. Provou que erudição, humor e informalidade, juntos, formam uma liga indestrutível”. De quebra, inventou o frescobol (“o único esporte em que ninguém ganha”) e uma concepção muito particular (e universal) de democracia: “Todo homem tem o sagrado direito de torcer pelo Vasco na arquibancada do Flamengo”.
 
A Flip 2014 acontecerá entre 30 de julho e 3 de agosto. Realizada sempre no início do mês de julho, a Flip escolhe nova data para essa edição em função da Copa do Mundo, que acontece durante o mês de julho no Brasil.
publicado por o editor às 00:55
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Quinta-feira, 4 de Julho de 2013

Falas breves de personalidades sobre a obra de Graciliano iniciam mesas na Flip

 



Depoimentos curtos, de 2 a 3 minutos, gravados por 16 artistas e intelectuaisl, serão exibidos antes das sessões de debate na Tenda dos Autores e também na exposição na Casa da Cultura de Paraty. Nas falas, nomes como Luiz Ruffato, Marcelino Freire, Silviano Santiago, Alcides Villaça, Antonio Carlos Secchin e Maria Rita Kehl, entre outros, revelam suas experiências como leitores da obra de Graciliano Ramos, o autor homenageado da Flip 2013.

A série de vídeos, dirigida por Marcelo Machado, diretor do documentário Tropicália, e pelo diretor de fotografia Fernando Fonini, funcionará como um painel afetivo de diferentes leituras do trabalho do autor, indo além das análises críticas das mesas da Flip que trazem a obra do homenageado como tema de reflexão.

Depoimentos de:
Alcides Villaça, crítico literário
Antonio Carlos Secchin, crítico literário
Antonio Torres, escritor
Benjamin Abdala, crítico literário
Gracinha, professora e paratiense
João Adolfo Hansen, crítico e historiador
Luiz Costa Lima, crítico literário
Luiz Ruffato, escritor
Marçal Aquino, escritor
Marcelino Freire, escritor
Maria Rita Kehl, psicanalista
Nuno Ramos, escritor e artista plástico
Raimundo Carrero, escritor
Silviano Santiago, crítico e escritor
Thiago Mio Salla, crítico literário
Vilma Pádua, professora e paratiense

publicado por o editor às 01:10
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