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Em parceria, as fundações Perseu Abramo (FPA) e Friedrich Ebert (FES) promovem a sétima sessão do ciclo de debates Uma Agenda Democrática para o Brasil Rural. Com o tema Agricultura familiar, agroecologia e alimentação saudável, o debate acontece no dia 26 de setembro, das 10 às 13 horas, na sede da FPA, na Vila Mariana, em São Paulo. Toda a atividade será transmitida pelo portal da Fundação Perseu Abramo. Leia mais |
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As Fundações Friedrich Ebert e Perseu Abramo realizam no dia 8 de agosto (segunda-feira), às 10h, a sexta sessão do Ciclo de Debates Uma Agenda Democrática para o Brasil Rural, que tratará do tema Juventude e Sucessão Rural. O debate será transmitido ao vivo pela tevêFPA. Leia mais |
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A relação entre a política fiscal, (atualmente conduzida sob a égide de um projeto de “ajuste fiscal”) e o crescimento econômico é tema recorrente do debate público nacional e da declaração de autoridades econômicas do governo. Os defensores do “ajuste” argumentam que para alcançar o ajuste fiscal, ou seja, para fazer com que as despesas cresçam menos que as receitas, é preciso reduzir os gastos do governo, cortando investimentos e transferências sociais, seja por meio de redução dos gastos discricionários, seja através de aprovação de reformas constitucionais que reduzam os gastos obrigatórios. Segundo esta proposta, estes cortes de gastos levariam ao equilíbrio entre receitas e despesas, ajustando as contas públicas. Com o ajuste fiscal alcançado, os investidores privados se sentiriam mais confiantes e voltariam a investir na economia brasileira, fazendo o país voltar a crescer. Ou seja, o ajuste fiscal aparece como condição para a retomada do crescimento, necessário para a recuperação da confiança e indutor do investimento privado.
Os críticos da estratégia do “ajuste” atual argumentam o oposto: a redução dos investimentos públicos e dos gastos sociais aprofundam a recessão, reduzindo as receitas públicas e impedindo que se alcance o desejado equilíbrio fiscal. Mesmo que se consiga lograr a redução do déficit público, isso se dará às custas de uma profunda recessão, que não traz consigo nenhum elemento que indique a retomada futura do crescimento. Os empresários investem por que acreditam que haverá demanda por seus produtos, não por que têm confiança na condução das finanças públicas. Ou seja, a retomada do crescimento econômico é condição para alcançar o equilíbrio fiscal, e o investimento público tem papel decisivo na retomada da atividade.
Esta última posição é defendida hoje por economistas do FMI, além de economistas “nobéis” como Paul Krugman e Joseph Stiglitz. Em recentes estudos, o FMI demonstrou que “ajustes fiscais” em meio à recessão podem provocar efeitos negativos no curto e no longo prazo, defendendo abertamente a utilização dos investimentos públicos como forma de recuperação do crescimento econômico, dada sua elevada capacidade de acelerar e multiplicar a renda. Este mesmo debate foi travado nos últimos anos na Europa, que ainda vive os efeitos negativos dos ajustes fiscais baseados no corte de gastos públicos, e nos EUA, onde o presidente do FED afirmou nesta terça-feira, 6, que o Congresso Americano não ajuda na recuperação do país ao bloquear a política fiscal e a expansão dos investimentos públicos. Curiosamente, no caso brasileiro, aqueles que ousam defender tais proposições, amparados pelas análises dos resultados negativos do ajuste fiscal recente, são tachados de irresponsáveis, comprovando a tentativa de bloqueio por parte de setores da mídia ao debate de alternativas que vivemos hoje.
* As opiniões aqui expressas são de inteira responsabilidade de seu autor, não representando a visão da FPA ou de seus dirigentes.
Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) analisa os tempos de deslocamento casa-trabalho da população brasileira, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), para o período de 1992 a 2009. Como o foco do estudo são as condições de transporte nas áreas urbanas, excluíram-se da análise os residentes em áreas rurais, empregados em atividades de agricultura, extrativismo e mineração, bem como os que trabalham em fazendas ou sítios. Também não foram incluídos os que trabalham em seu próprio domicílio ou são empregados em atividades noturnas (entre 22h e 5h), a fim de considerar apenas aqueles indivíduos expostos às mesmas condições de tráfico diário. A análise enfatiza as diferenças encontradas entre as nove maiores regiões metropolitanas (RMs) do país mais o Distrito Federal (DF), além de destacar como estas diferenças variam de acordo com níveis de renda e sexo, destacando-se os seguintes resultados. i) no ano de 2009, o tempo médio de viagem nas áreas metropolitanas analisadas era 63% maior do que nas áreas não metropolitanas: 38 minutos contra 23,3 minutos, diferença que tem se mantido estável entre 1992 e 2009, com aumento do tempo médio para ambas áreas; ii) o tempo de deslocamento casa-trabalho no ano de 2009 era 31% maior nas RMs de São Paulo e Rio de Janeiro se comparado às demais RMs. As três regiões metropolitanas do Nordeste e de Belém exibem tendência de aumento dos tempos de deslocamento, enquanto as RMs de Porto Alegre e Curitiba têm mostrado alguma estabilidade; iii) as principais RMs do país têm observado aumento gradual da sua proporção de longas viagens casa-trabalho (duração acima de uma hora) de 1992 a 2009, especialmente nos últimos cinco anos, com a exceção das RMs de Porto Alegre e Curitiba; iv) os trabalhadores de baixa renda (1º decil de renda) fazem viagens, em média, 20% mais longas do que os mais ricos (10º decil), e 19% dos mais pobres gastam mais de uma hora de viagem contra apenas 11% dos mais ricos, mas a relação entre renda e tempo de viagem varia ao longo do território nacional: a diferença do tempo de deslocamento entre ricos e pobres é muito maior em algumas RMs (Belo Horizonte, Curitiba e Distrito Federal) e quase nula em outras (Salvador, Recife, Fortaleza e Belém); v) houve aumento de tempo de deslocamento desde 1992, com piora mais intensa entre as pessoas do 1º decil de renda e entre a população mais rica (entre 7º e 10º decil), diminuindo diferenças de tempo de viagem entre faixas de renda no período analisado; vi) a diferença do tempo médio gasto nos deslocamentos casa-trabalho entre homens e mulheres diminuiu consideravelmente desde 1992, aproximando-se de zero. A análise dos autores aponta também que os efeitos positivos dos investimentos em infraestrutura e ampliação da capacidade do sistema de transporte, em termos de redução dos tempos de viagem, possuem duração limitada, pois diminuem com o passar do tempo, à medida que estes sistemas se reaproximam da sua capacidade limite. O estudo ainda aponta que existe uma carência de pesquisas que avaliem como os tempos de viagem casa-trabalho poderão ser afetados por políticas como o programa Minha Casa Minha Vida e os investimentos de mobilidade vinculados aos megaeventos, bem como as políticas de diminuição de custos do transporte individual. |
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A Fundação Perseu Abramo (FPA) e a Fundação Friedrich Ebert (FES) promovem no dia 16 de maio mais uma rodada dos debates do ciclo sobre classes sociais. Este será o segundo, de uma série de nove encontros, com o objetivo de analisar com profundidade temas como: as classes sociais no Brasil hoje, o capitalismo contemporâneo, quem é, o que pensa e como luta a “nova classe”, e as mudanças em curso e os desafios para a esquerda.
A partir das 9h30 acontece o segundo debate, que contará com a apresentação dos números e significados da pesquisa feita pelo Núcleo de Pesquisas e Opinião Pública da FPA sobre classes sociais, produzida pelos pesquisadores Gustavo Venturi e Vilma Bokany.
O primeiro convidado foi o cientista político, professor da Universidade de São Paulo (USP) e jornalista André Singer, que debate o Lulismo e seus aspectos para o desenvolvimento das classes sociais. A íntegra do debate pode ser vista aqui.
O formato proposto envolve uma apresentação inicial dos(as) convidados(as), com duração aproximada de 30 minutos, seguida de debates com todos os participantes. Os eventos são fechados ao público, mas contarão com transmissão online, e em tempo real, por meio do portal da FPA.
Serviço
Debate sobre classes sociais
Convidados: Gustavo Venturi e Vilma Bokany
Data: dia 16 de maio
Horário: 9h30
Transmissão online: www.fpabramo.org.br
Economia | EntrevistaA equação do crescimento Em entrevista, Arno Augustin afirma que o objetivo central do governo é reestruturar preços (câmbio e juro), diminuir custos, ter tributação mais adequada e estimular o emprego. |