Sexta-feira, 1 de Junho de 2012

Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio de Herta Müller


 

Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio

de Herta Müller

Páginas: 248
Formato: 14 cm x 21 cm
A relação entre a literatura e a vida sob a opressão política é o fio condutor dos ensaios de Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio (Immer derselbe Schnee und immer derselbe Onkel, 2011), de Herta Müller, escritora alemã vencedora do Prêmio Nobel de Literatura de 2009. Com o volume, o selo Biblioteca Azul da Globo Livros – casa editorial da escritora no Brasil – dá continuidade à publicação das obras da escritora, que já conta com o romance O compromisso, lançado em 2004, e os contos de Depressões, seu livro de estreia, que ganhou edição brasileira em 2010.
Os ensaios dão conta da ligação entre criação artística e experiência pessoal, marcada pelos efeitos do terror e da repressão impostos pelo ditador Nicolau na Romênia, onde Herta Müller viveu antes de partir para a Alemanha. Em Cristina e seu simulacro, ela relata como, durante a época em que trabalha como tradutora em uma fábrica, é intimada a converter-se em espiã da polícia secreta romena. Numa reviravolta irônica e trágica, após recusar a proposta mesmo sob ameaças, passa a ser vista pelos colegas como colaboradora e é isolada: os mecanismos de difamação da ditadura impõem a punição velada.
Em Um corpo tão grande e um motor tão pequeno, a escritora apresenta a figura do pai, motorista de caminhão e alcoólatra que ingressara voluntariamente na SS durante o regime de Hitler. Depois de sua morte é que Herta Müller começa a escrever. A mãe, que foi deportada pelo regime comunista e passou cinco anos num campo de trabalhos forçados, é apresentada no ensaio que dá título ao livro.
É por esse caminho, entremeando memórias da infância e da juventude e relatos vívidos do cotidiano sob a vigilância da política secreta, que a escritora chega às reflexões sobre a importância da literatura, “que pode inventar, por meio da língua, uma verdade que mostra o que acontece ao nosso redor quando os valores descarrilam”. Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio traz também o discurso de agradecimento de Herta Müller por ocasião da entrega do prêmio Nobel de Literatura.
Os próximos livros da autora publicados pelo selo Biblioteca Azul serão Herztier (A terra das ameixas verdes, título provisório), Der König Verneigt Sich Und Tötet (O rei faz uma reverência e mata, título provisório) e Der Fuchs War Damals Schon Der Jäger (Naquela época, o lobo já era o caçador, título provisório).
A autora
Herta Müller nasceu em Nitzkdorf, no Banato, região de minoria alemã na Romênia, em 1953. Seu pai foi soldado da SS nazista e sua mãe foi deportada pelo regime comunista para a ex-URSS, onde passou cinco anos num campo de trabalhos forçados. Poeta e romancista, Herta Müller estudou literatura romena e alemã. Depressões, seu primeiro livro, de 1982, e os seguintes foram censurados pelo regime do ditador comunista Nicolau Ceausescu. Em 1987, emigrou com seu marido, o também escritor Richard Wagner, para a Alemanha, onde passou a lecionar em universidades. Por sua carreira literária, na qual publicou mais de 20 obras, recebeu dezenas de premiações, entre elas o Nobel de Literatura de 2009 e a Grã-Cruz de Mérito com Estrela da Ordem do Mérito da República Federal da Alemanha, em 2010, dada como recompensa por serviços extraordinários nas áreas da política, da economia, da cultura, da arte ou do trabalho voluntário.

Outras obras de Herta Müller publicadas pela Biblioteca Azul
O compromisso
Depressões

Este excerto de vídeo apresenta uma rara entrevista e sincero com Herta Müller, Prêmio Nobel de Literatura de 2009, onde ela fala sobre sua vida crescendo como parte de uma minoria de língua alemã na Romênia rural, seus anos de perseguição nas mãos da polícia secreta Ceasescu, a deserção e sua fuga subseqüente para a Alemanha Ocidental em 1987. Para ver o documentário completo, http://nobelprize.org/mediaplayer/index.php?id=1553

 

Sempre a mesma neve e sempre o mesmo tio

de Herta Müller




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Sábado, 21 de Abril de 2012

Me leva Mundão de Maurício Kubrusly

 

 

Me leva Mundão

de Maurício Kubrusly


Páginas: 400
Formato: 13,7 x 20,8 cm



      Tão ou mais surpreendente que o seu tour pelo Brasil, Kubrusly leva aos espectadores e agora leitores sua visão sobre o comportamento humano, ou como se dizia antigamente os usos e costumes de uma população planetário um tanto chegada às esquisitices.

Depois de percorrer o Brasil durante vários anos em busca de casos curiosos e personagens diferentes, todos apresentados em seu quadro semanal no Fantástico, o jornalista Maurício Kubrusly ampliou sua área de atuação e foi procurar relatos peculiares e impressões inusitadas fora das fronteiras nacionais. O resultado está no livro Me Leva Mundão, um saboroso conjunto de crônicas divertidas e temperadas pelo olhar bem brasileiro do experiente repórter.

Os cenários não poderiam ser mais díspares. A Itália mereceu capítulos específicos para a Sicília e a Toscana; Portugal e França garantem o gostinho das peculiaridades de uma Europa em transformação. Já a Polônia e os Emirados Árabes garantem a exploração de destinos menos conhecidos entre os leitores brasileiros – ao contrário dos Estados Unidos, país bastante familiar por nós, mas apresentado no livro sob uma ótica especial.

Em todos os lugares, a equipe de Kubrusly confirma o afiado faro para descobrir curiosidades: como é uma loja de langeries numa cidade como Dubai? E uma academia de boxe feminino em Tóquio? E um lavatório de roupas coletivo na Índia? Um passeio por Trenchtown, favela mais famosa da Jamaica? E qual o significado de ser seguido dia e noite por estranhas e silenciosas figuras vestidas de roupas negras, que não se aproximam nem pronunciam uma palavra sequer? Quem lê os relatos de Kubrusly, descobre que em algumas partes de Portugal os chamados “homens de preto” são profissionais contratados para perseguir e constranger quem deve dinheiro a alguém, em pleno século 21.

O AUTOR
Maurício Kubrusly
é jornalista e apresentador do quadro Me Leva Mundão, veiculado no Fantástico. É autor do livro Me leva Brasil - A fantástica gente de todos os cantos do país, publicado pela Editora Globo em 2005.


Maurício Kubrusly fala sobre "Me leva mundão"


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Lançamento - Molloy de Samuel Beckett

 

 




Molloy
de Samuel Beckett


Tradutor: Ana Helena Souza
Páginas: 264
Formato: 14×21

O LIVRO
A Editora Globo traz de volta ao mercado Molloy, de Samuel Beckett, uma das obras-primas do romance moderno, em tradução exemplar de Ana Helena Souza. O livro contém, ainda, esclarecedor prefácio da tradutora, cronologia da vida do autor e completa bibliografia de sua vasta obra.

Molloy (primeira parte da famosa “trilogia do pós-guerra”, integrada ainda por Malone morre e O inominável) divide-se em duas seções. Na primeira, é o próprio Molloy, o “narrador-narrado”, quem fala; na segunda, é Moran, homem encarregado de vigiá-lo (sem que saiba bem por quê, à la Kafka).

A história que os dois – cada um à sua maneira – tentam registrar, é a das idas e vindas de Molloy, num vai-e-vem que alterna lugares abertos e fechados, a partir do apartamento de sua mãe – e que mimetiza os impasses das frases curtas e da própria linguagem, que deveria “abrir” o mundo mas se fecha sobre si mesma. Não por acaso, no caso de Moran, que começa objetivo, isto é, objetivo na linguagem e centrado em seu objeto (Molloy), essa objetividade acaba por perder-se até aproximá-lo da linguagem do próprio Molloy. Não falta ação dramática ao romance, incluindo um caso de amor e um de morte. Mas a verdadeira “ação”, tratando-se de Beckett, está na própria linguagem – ainda que seja a de comunicar a incomunicabilidade moderna.

CRÍTICAS

“Quebrando as expectativas do leitor e usando um humor que dribla o convencional, Samuel Beckett acaba transformando o romance em território experimental de reflexões sobre a própria natureza da linguagem.” Alécio Cunha — Hoje em Dia, Belo Horizonte, 2 fev. 2008. Cultura, p. 1

“Ao longo de toda esta não-história, deste não-tempo, destes não-personagens, seguimos a potência da expressão da impossibilidade e a ausência absoluta de algo a expressar, ao mesmo tempo que a urgência de dizê-lo.”
Noemi Jaffe — Folha de S. Paulo, 2 fev. 2008. Ilustrada, p. E1 e E7.

“É do ponto zero, onde narrar se torna impossível, que Samuel Beckett escreve Molloy (...). Em plena falência da linguagem, em meio
aos entulhos e destroços, Molloy, o personagem-narrador de Beckett, luta, ainda assim, para contar sua história.” O Globo, Rio de Janeiro, 2 fev. 2008. Prosa & Verso, p. 4.

Leia um trecho do livro
http://globolivros.globo.com/downloads/pdf/Molloy.pdf

O AUTOR
Samuel Beckett (Dublin, 13 de abril de 1906 — Paris, 22 de dezembro de 1989) foi um dramaturgo e escritor irlandês.
Recebeu o Nobel de Literatura de 1969. Utiliza nas suas obras, traduzidas em mais de trinta línguas, uma riqueza metafórica imensa, privilegiando uma visão pessimista acerca do fenômeno humano. É considerado um dos principais autores do denominado teatro do absurdo. Sua obra mais famosa no Brasil é a peça Esperando Godot.


Beckett nasceu numa família burguesa e protestante, e em 1923 ingressa no Trinity College de Dublin, para se formar em Literatura Moderna, especializando-se em francês e italiano. Em 1928, meses após sua mudança para Paris, conhece James Joyce, apresentado por um amigo em comum. Torna-se grande admirador do escritor, e sua obra posterior é fortemente influenciada por ele.

Após lecionar durante o ano de 1930 na Irlanda, Beckett volta no ano seguinte para Paris, fixando residência na cidade, e escreve sua primeira novela, “Dream of Fair to Middling Women” (publicada após a morte do autor, em 1993) Em 1933, Beckett retorna novamente a Dublin, pois, devido ao falecimento de seu pai, encarrega-se de cuidar de sua mãe. Retorna a Paris em 1938, quando é marcado por dois acontecimentos de grande importância: fica gravemente ferido ao ser agredido por um estranho, que lhe desferiu uma facada no peito, e conhece Suzanne Deschevaux-Dusmenoil, com quem viveria o resto da vida e se casaria em 1961.

Depois da eclosão da Segunda Grande Guerra, vincula-se à resistência francesa, na ocasião da invasão de Paris pelo exército nazista, em 1941, juntamente com sua esposa. Afasta-se da resistência em 1942, quando ambos foram obrigados a fugir da França. Morre em 1989, cinco meses depois de sua esposa, de enfisema pulmonar, contra o qual já lutava havia três anos. Foi enterrado no cemitério de Montparnasse.
A produção beckettiana foi um dos principais ícones do Teatro do Absurdo que faz uma intensa crítica à modernidade. Recebeu o Nobel de Literatura de 1969.

Ouça Molloy by Samuel Beckett


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Segunda-feira, 17 de Outubro de 2011

Lançamento - Os filhos de Lobato de J. Roberto Whitaker

 



Os filhos de Lobato
J. Roberto Whitaker


332 pp

Os filhos de Lobato – o imaginário infantil na ideologia do adulto, de J. Roberto Whitaker Penteado (332 pp.), é um livro instigante. Pois leva os estudos sobre o maior autor brasileiro de literatura infantil para uma nova direção e um novo patamar. E no caminho, amplia a percepção da presença, da influência e da importância de Lobato em particular e da literatura infantil em geral. O livro agora reeditado é apresentado por uma das maiores sucessoras de Lobato, Ana Maria Machado, e tem prefácios do historiador e acadêmico José Murilo de Carvalho e de Muniz Sodré de Araujo Cabral.

Há muito se sabe que a literatura infantil é coisa séria. No século XIX, na Europa, os contos de fadas foram uma das principais fontes do resgate romântico das tradições nacionais, com destaque para o estudo dos contos populares feito pelos irmãos Grimm na Alemanha. No Brasil, o trabalho de fundir o imaginário popular, com histórias infantis e a formação nacional se deu mais tarde, no início do século XX, e teve como figura principal Monteiro Lobato.

Lobato não começou, porém, como escritor infantil. Foi, antes, jornalista, ativista (iniciador da campanha “O petróleo é nosso”, que resultaria na criação da Petrobrás), empresário, editor e escritor de livros adultos. Decidiu escrever para crianças para manter o mesmo ímpeto com outro (público) alvo: “Lobato confessou que decidira concentrar seus esforços na literatura infantil com o objetivo de influenciar as mentes da nova geração, uma vez que a ‘velha’ não tinha jeito” (Murilo de Carvalho). A ideia básica deste livro é, justamente, responder a esta pergunta: ele conseguiu? Se sim, foi da forma como pretendia? Se não, de que forma?

O autor não partiu, no entanto, desse desejo de Lobato, mas de trás para frente, digamos, a partir de sua própria experiência pessoal. No centenário de Lobato, em 1982, o autor publicou um artigo chamado “Os filhos de Lobato”, no qual descrevia “a importância que a leitura daqueles livros infantis havia representado para mim, mesmo depois de adulto”. O artigo teve repercussão, e instilou no autor o desejo de estender e aprofundar as ideias e hipóteses ali apresentadas, generalizando-as para sua geração (nascida nos anos 1940) e para a seguinte. O resultado é este livro homônimo.

Um livro baseado em um largo e sólido tripé: toda uma tradição de estudos psicológicos, literários e culturais, que vão de Freud e Benjamim a Betelheim, entre outros; a análise da vida e das ideias de Lobato e de sua obra; e entrevistas feitas com adultos nascidos nos anos 1940 e 1950, ou seja, no auge da enorme popularidade de Lobato, num tempo em que sua obra não tinha a concorrência da TV e dos meios eletrônicos.

Se Lobato tinha posições ideológicas claras (como o nacionalismo) e ideias típicas de seu tempo, tinha ainda mais claras suas convicções de escritor – além de seu enorme talento. Daí que em seus livros a arte narrativa e a imaginação se sobrepõem às teses, e podem encantar e convencer tanto seus tantos pequenos leitores, marcando-os por toda a vida, como demonstra este livro. Mas marcando-os como? E convencê-los do que, afinal? As respostas são sutis e complexas – além de serem a razão do livro. Na síntese de Ana Maria Machado, “com Lobato formamos nossas noções de independência e fraternidade, nosso pacifismo, nossa recusa ao fanatismo, nosso entendimento ecológico de que queimadas são um horror, [...] que a ignorância é a mãe de medos e males, que fora da educação não há salvação, que sem livros não se faz um país, [...] que as crianças não precisam ser sempre boazinhas e podem recusar os conselhos e exemplos hipócritas que os adultos lhes apresentam, [mas] que existem valores a ser respeitados, que o humanismo é uma exigência da civilização e que cada um é responsável por seus juízos e ações”). Ufa, como diria a Emília.

(P.S. pessoal: o autor do release do livro declara que pertence à geração posterior às estudadas, nascida no início dos anos 1960; ele pode, por experiência pessoal e familiar, ou seja, incluindo as demais crianças da família, afirmar que a tese do autor parece verdadeira também para os brasileiros nascidos depois dos anos 1940-50; ainda, sua filha e sobrinhos e os amigos deles, das gerações nascidas nos anos 1980, 1990 e 2000, reconfirmam a pertinência da tese, pois reafirmam, pela leitura entusiasmada das obras de Lobato, sua forte presença na formação e no imaginário dos atuais “filhos” do grande escritor: parte significativa das novas gerações brasileiras não se alimenta, literariamente, somente de Harry Potter e cia.; tampouco de linguagens visuais apenas).

LEIA AQUI UM TRECHO DA OBRA

É possível, como propõe Bettelheim, que o mecanismo principal de influência da literatura sobre a criança que sabe ler seja a capacidade que possuem os seus símbolos de ordenar o seu “caos interno”... Se o próprio Freud, argumenta Bettelheim, precisou nominar símbolos como id, ego e superego para ajudar a dar um sentido à incrível mistura de contradições que fazem parte da nossa vida interna, os quais são utilizados pelos adultos, que a eles atribuem grande praticidade, com mais razão ainda é bem-vinda, para as crianças, a simbologia das histórias maravilhosas. Jacqueline Held observa que os efeitos da literatura, como uma espécie de “educadora indireta”, não são perceptíveis senão no longo prazo. Isso se dá precisamente porque são efeitos de uma educação global, “fermentos secretos que agem indissociavelmente sobre a sensibilidade e sobre o intelecto”. O valor educativo do fantástico seria mal percebido, muitas vezes negado, por ser indireto, com ação subterrânea, no longo prazo, no quadro da educação global. A bibliografia recente sobre o tema é praticamente unânime ao constatar os efeitos do texto de fantasia sobre seus leitores, registrando que, em que pesem suas contradições, escopo e complexidades, o gênero tem sua individualidade reconhecida como um veículo utilizado pelos escritores para exprimir suas insatisfações com a sociedade e com a natureza humana ou para estabelecer uma “ponte” entre os mundos visível e invisível. De acordo com Sheila Egoff, “como tal, o gênero é mais exigente com seus praticantes do que as restrições do realismo”. Os textos dirigidos às crianças nessa fase tão crítica de assimilação de valores podem representar um poderoso fator de influência.

O AUTOR

Este é o site de J. Roberto Whitaker Penteado.

Professor, jornalista e diretor da ESPM.

O site está atualmente em processo de atualização.

Caso queira fazer contato, clique aqui para mandar a sua mensagem.

Conheça aqui um pouco do pensamento do Pres. da ESPM, José Roberto Whitaker Penteado, que fala do curso de pós em Jornalismo



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Segunda-feira, 12 de Setembro de 2011

Lançamento - Genética: escolhas que nossos avós não faziam de Mayana Zatz

 


Genética: escolhas que nossos avós não faziam
de Mayana Zatz

Páginas: 202


O que você faria se pudesse escolher o sexo do seu filho? Impedir que ele tenha uma doença grave selecionando seus genes – mesmo que seja depois de adulto? O que os avanços da engenharia genética nos reserva para o futuro? Até onde podemos – ou queremos ir – com a escolha de embriões, células-tronco, testes de DNA, clonagem? São questões modernas que mais cedo ou mais tarde baterão à nossa porta, e que a bióloga e geneticista brasileira Mayana Zatz procura levantar nesse livro original e humano – "GenÉtica: escolhas que nossos avós não faziam" (assim mesmo, com “e” maiúsculo, para chamar a atenção para a outra face da evolução da ciência).

Mayana, que é uma pesquisadora da USP conhecida internacionalmente, e participou ativamente da aprovação pelo Congresso Nacional das pesquisas com células-tronco embrionárias, traz um pouco de sua experiência para o cotidiano das pessoas. As histórias por ela relatadas poderiam ocorrer com qualquer um de nós – porém, no estágio atual do nosso conhecimento, nossas respostas nem sempre serão as mesmas.

“Este livro é uma bomba em todas as certezas acomodadas, ele coloca problemas, página a página, frente aos quais nossa bulas de bem viver entram em parafuso.A Genética está para o século XXI assim como a Física esteve para o século XX. Os avanços da Genética deixam para trás uma forma de viver e geram problemas de ordem ética que não podem, curiosamente, ser resolvidos geneticamente.” É o que diz o médico e psiquiatra Jorge Forbe no prefácio.

Como observa a especialista em Biodireito, Adriana Diaféria, que também comenta a publicação: “O livro nos mostra claramente diversas questões não só da relação do ser humano consigo mesmo, mas principalmente na ruptura de dogmas - como o caso da reprodução a partir de células somáticas e a manipulação, congelamento e o descarte de embriões, dentre tantos outros -, retomando a necessidade de se revitalizar as mais tradicionais questões filosóficas. Questões como: O que é a vida? O que somos? O que desejamos ser? estão presentes nessa discussão. “

A importância de "GenÉtica: escolhas que nossos avós não faziam" é diretamente proporcional à relevância e às implicações dos assuntos que o livro aborda, e ao impacto potencial de suas consequências para nossas vidas, tanto em termos práticos quanto de visão de mundo. Da lista de seus capítulos emerge um quadro sinótico, senão de um admirável mundo novo, de uma parte tão admirável quanto nova de nosso próprio mundo: paternidade ou o direito de não saber; confidencialidade; diagnóstico pré-natal; gêmeos, trigêmeos e mais; menino, menina e o que você faria se pudesse escolher; embriões salvadores; projeto Genoma; loira ou morena, alta ou baixa, atleta ou cientista; pesquisas com células-tronco; bancos de cordão umbilical; testes de DNA na farmácia; clonagem e o que nos reserva o futuro. E já nos envolve o presente, numa discussão que implica, acima de tudo, em escolhas. Escolhas culturais, escolhas políticas, escolhas jurídicas, escolhas familiares, escolhas pessoais. Em todo caso, escolhas obrigatórias. De um tipo que nossos avós não podiam fazer, e que nós não poderemos evitar. Melhor começar a se informar.

Com capítulos curtos em linguagem clara e até mesmo divertida (pois as questões já são complexas o suficiente), o livro oferece ainda duas preciosas ferramentas adicionais: um verdadeiro minidicionário com os principais termos e expressões envolvidos (“Para entender melhor”) e uma lista de sites úteis (além de bibliografia especializada). E conta com uma apresentação de Dráuzio Varela, que não esconde seu entusiasmo com a leitura: "A noite em que comecei a ler o livro, quase perdi a hora de levantar.As histórias que ele conta são tão instigantes que fica difícil parar de pensar nelas."

A AUTORA
Naturalizada brasileira, Mayana Zatz, nasceu no dia 16 de julho de 1947, em Tel Aviv, Israel. Bióloga molecular, ela é professora do Departamento de Biologia do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Desde 2005, exerce o cargo de pró-reitora de pesquisa da USP.

Pesquisadora renomada em genética humana, com contribuições principalmente no campo de doenças neuromusculares em que é pioneira, atualmente seu laboratório no Centro de Estudos do Genoma Humano da USP também realiza relevantes pesquisas no campo de células-tronco. Mayana já publicou mais de 280 trabalhos científicos.



Provocações - Mayana Zatz

 

 

Lançamento - Genética: escolhas que nossos avós não faziam de Mayana Zatz



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Terça-feira, 28 de Setembro de 2010

Almanaque Dos Mundiais de MAX GEHRINGER



Almanaque Dos Mundiais de MAX GEHRINGER


Em 'Almanaque dos Mundiais', Gehringer abre seu baú de dados, 'causos' e histórias para recontar a saga das Copas, de 1930 a 2006. Cada capítulo descreve o contexto dos países-sede e mostra os bastidores políticos da organização de cada torneio - como o empenho do regime fascista de Mussolini, que criou uma loteria e aumentou impostos sobre produtos para financiar o Mundial de 1934. O autor relembra as partidas disputadas pela seleção brasileira, fornecendo placares, fichas técnicas e escalações.


O consultor de carreiras mais celebrado do país veste a camisa de torcedor e abre seu baú de histórias reais ou inventadas sobre as Copas do Mundo. Os mais curiosos casos e histórias do futebol, de 1930 a 2006.




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Segunda-feira, 20 de Setembro de 2010

Lady Gaga, a revolução do pop






Lady Gaga, a revolução do pop
de Emily Herbert


Genero: Livros Biografia e Memória
Páginas: 240
Formato: 14 X 21

Quem vê seus videoclipes não consegue ficar indiferente. A voz poderosa, o corpo esguio e o erotismo escrachado dos movimentos na batida da dance music são marcas da nova estrela da música pop: Lady Gaga. Lembra Madonna e Michael Jackson. Mas é, acima de tudo, Lady Gaga, no palco e na vida real.



Lady Gaga – A revolução do pop registra o exato momento da explosão de uma estrela contemporânea, quando seu primeiro álbum, The fame, lançado em agosto de 2008, beirou os 10 milhões de cópias vendidas. Era o sucesso aos 22 anos, três a menos do que Madonna tinha quando alcançou o seu, duas décadas antes.

Pareceu fácil, mas por trás de tudo havia uma história incomum. O livro retrata sua vida desde o nascimento na família de pais ítalo-americanos católicos, passando pela educação rígida Convento do Sagrado Coração, em Nova York, quando ainda era apenas Stefani Joanne Angelina Germanotta.

Seu look extravagante, mostra o livro, não é uma forma de se apresentar ou de representar uma personagem: como ela diz, é a sua vida – que ela mesma traça, com talento e planejamento. E seu plano, revela ainda, é ir muito além do brilho efêmero de uma supernova e reinar no mundo pop por pelo menos 25 anos.

A AUTORA - Emily Herbert – nome literário da jornalista Virginia Blackburn –, realizou um minucioso trabalho de investigação para não deixar de fora nada de significativo e instigante na trepidante vida da estrela pop. Sua experiência e sucesso com outros livros que escreveu sobre astros desse mundo musical e performático são garantia de boa e fascinante leitura.



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Segunda-feira, 13 de Setembro de 2010

Vale Tudo



Vale Tudo foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Globo, exibida de 16 de maio de 1988 a 6 de janeiro de 1989, no horário das 20h da emissora. Foi escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e dirigida por Dênis Carvalho e Ricardo Waddington, com direção geral do primeiro. Contou com 204 capítulos.

Teve Regina Duarte, Antônio Fagundes, Beatriz Segall, Glória Pires e Carlos Alberto Riccelli nos papeis principais da trama.



Vale Tudo

Coleção: GRANDES NOVELAS
Autor: BRAGA, GILBERTO
Autor: SILVA, AGUINALDO
Autor: BASSERES, LEONOR



Raquel, honesta e batalhadora guia de turistas, descobre que sua filha Maria de Fátima vendera a casa e fugiu para o Rio. Maria de Fátima busca ascensão social e dinheiro, enquanto Raquel, acreditando que a filha fora iludida, vai até o Rio para salvá-la. O mote central é o embate entre a honestidade de Raquel e a falta de moral de Maria de Fátima diante de um Rio de Janeiro afundado em negociatas e crimes do colarinho branco, representados na trama pelos inescrupulosos Odete Roitman e Marco Aurélio.





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Segunda-feira, 25 de Janeiro de 2010

MINHAS DUAS ESTRELAS

 

MINHAS DUAS ESTRELAS
BIOGRAFIA DE DALVA DE OLIVEIRA E HERIVELTO MARTINS

de Pery Ribeiro e Ana Duarte


Número de páginas: 360
 

Minhas duas estrelas é um extenso depoimento do cantor Pery Ribeiro sobre a vida e a relação turbulenta de seus pais, o genial compositor e também cantor Herivelto Martins e uma das maiores cantoras brasileiras Dalva de Oliveira, personalidades definitivas da época de ouro da música popular brasileira que, durante décadas, imperaram nos palcos, nos discos e no rádio. Com a ajuda de sua esposa, Ana Duarte, Pery compartilha um testemunho desafiador ao revelar “detalhes quase inconfessáveis” – como repara Ruy Castro no prefácio – da vida e obra de Herivelto e Dalva.

Nascido na pobreza do cortiço em 1937 e filho mais velho do casal, Pery descreve a trajetória de suas duas estrelas, da ascensão à glória até a traumática separação do casal. Mesclando o decorrer de su
a vida com a transformação da de seus pais, Pery fala sobre os seus primeiros trabalhos para ganhar a vida, o início da carreira como cantor, a sua visão crítica sobre a união de Herivelto e Lurdes, a terceira mulher de seu pai, e o alcoolismo e os casamentos desfeitos de Dalva. Herivelto Martins foi responsável por vários feitos pioneiros, que mudaram definitivamente o rumo da música no Brasil, como a introdução do apito na escola de samba e sua batalha pela regulamentação do direito autoral no Brasil.

Criador de pérolas do nosso cancioneiro como Ave-Maria no morro, Segredo, Isaura, A Lapa, Cabelos brancos, Praça Onze, Caminhemos, Lá em Mangueira,
Herivelto, ao lado de Dorival Caymmi, foi um dos primeiros compositores brasileiros a gravar sua própria obra. Com uma capacidade natural de liderança, sendo um crítico cruel e um homem de “temperamento e gênio irascível”, Herivelto mantinha um relacionamento pouco afetivo com os filhos, revela Pery. Se na família era rigoroso com a seriedade das obrigações e deveres, com os amigos deixava aflorar a alegria, o companheirismo e a compreensão. Foi com a mãe que Pery desenvolveu uma “cumplicidade e uma amizade maior”. A sensibilidade, a generosidade, o carisma e o brilhantismo da cantora Dalva de Oliveira são qualidades sempre destacadas pelo autor. Não foram somente a boa voz e a técnica vocal primorosa que colocaram Dalva no patamar mais alto das cantoras brasileiras.

O filho a define como aquela que “cantava com soltura e liberdade de estar consigo mesma, sem medo ou vergonha de demonstrar sua emoção”.
A união de Dalva com Herivelto e Nilo Chagas (a Dupla Preto e Branco), fez surgir o trio mais famoso da história do rádio: o Trio de Ouro. Não são poucas as histórias de briga entre Dalva e Herivelto durante o percurso de sucesso do trio. Dalva brilhou ainda mais depois de sua saída do grupo e do traumático desquite com Herivelto. Segundo Pery, este sucesso deixou o autor de Senhor do Bonfim desnorteado. Em 1951, Dalva foi eleita Rainha do Rádio e “entrou definitivamente para a história da música popular brasileira”, afirma. É deflagrada então uma briga musical inédita nos meios de comunicação do Brasil.

De um lado, sambas polêmicos como Caminho certo e Teu exemplo serviram de “artilharia pesada” de Herivelto e seu parceiro, o jornalista David Nasser. Do outro lado, Dalva, amparada pelos compositores que a adoravam, respondia à altura com Errei sim, de Ataulfo Alves, e Calúnia, de Marino Pinto e Paulo Soledade. Essas e outras letras ilustram a narrativa.
Mesmo sendo absolutamente desmoralizada, não só nas músicas, mas também no jornal Diário da Noite, com artigos ditados por Herivelto e escritos por David Nasser, a intérprete conseguiu conduzir sua carreira de forma majestosa.

Em 1952, viajou para Londres e gravou um disco com o pianista inglês Roberto Ingles. Seguiu em excursão para Lisboa, Madri e Barcelona. Vendeu muitos discos pela Odeon, no auge da polêmica musical. Fez sucesso em países como Argentina, Uruguai e Chile cantando tangos. Este foi o auge da cantora comprovado por Pery em uma declaração definitiva: “Dalva era lembrada para tudo o que fosse considerado importante no meio”.


Uma das características mais interessantes de Minhas duas estrelas é o número expressivo de grandes nomes da cultura nacional que passaram pelo caminho de Herivelto, Dalva e Pery, fesde Heitor dos Prazeres, um dos integrantes da escola de samba de Herivelto, até Mané Garrincha, que antes de qualquer parente ou amigo chegou ao hospital quando Dalva foi internada, após o acidente que a desfigurou. Outras histórias envolvem também Grande Otelo, Flávio Cavalcanti, Chacrinha, Silvio Santos, Noel Rosa, Heitor Villa-Lobos, Pixinguinha, Lupicínio Rodrigues, Radamés Gnatalli, Francisco Alves, Nat King Cole, Orson Welles, Carmen Miranda, Procópio Ferreira e muitos outros.






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Domingo, 27 de Julho de 2008

Lançamento Infanto-juvenil


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