O amor de Mítia de
Ivan Búnin
Tradução do original russo e notas de Boris Schnaiderman
Coleção Leste │ 128 p. | 14 x 21 cm | ISBN 978-85-7326-615-3 | 2016 - 1ª edição | R$ 42,00
Redescoberta pelo público ocidental nos últimos anos do século XX, a obra de Ivan Búnin (1870-1953) - Prêmio Nobel de Literatura em 1933 - é, por um lado, herdeira da grande prosa realista russa do século XIX, sobretudo a de Tolstói. Por outro, como autor dividido entre dois mundos (por discordar dos rumos da revolução bolchevique, Búnin exilou-se na França a partir de 1920), sua ficção conhecia de perto as fraturas abertas pela modernidade.
O amor de Mítia, novela publicada em 1925, penetra no drama da consciência de um rapaz que descobre, em toda a sua dolorosa intensidade, a força do desejo e do sentimento amoroso. Rainer Maria Rilke, que tinha predileção pela obra, observou que a vastidão do afeto que Mítia projeta sobre Kátia tem um caráter "profundamente espacial". De fato, a ação principia em São Petersburgo e logo se desloca para os campos de Oriol, paisagem cara ao autor desde a infância. É neste ponto que a natureza russa, descrita com precisão lírica estonteante, é elevada a suas maiores alturas. Por meio de sucessivas metamorfoses, ela anuncia as terríveis ambiguidades que definirão o destino do protagonista.
Esta narrativa exemplar, de um escritor também admirado por Thomas Mann, Vladímir Nabókov, André Gide e muitos outros, retorna agora ao leitor brasileiro em edição revista, na luminosa tradução de Boris Schnaiderman.
Você sabe o que é uma rima?
Veja essa explicação que deu Bela, minha prima.
Não é estranho.
É juntar fome com inhame.
O importante no jogo é não dar vexame.
Com esse simpático jogo de palavras começa Caderno de rimas do João, livro infantil de Lázaro Ramos que acaba de sair pela Pallas Editora.
Inspirado no filho João, o ator, diretor, apresentador e autor Lázaro Ramos descobriu que, assim como as crianças, as palavras tem grande vontade de se divertir.
Sem medo e sem limite, valendo apenas o palpite, João descobre com a prima Bela a brincadeira lúdica de rimar. Como começou a rima, perguntou João? Resposta: talvez na hora em que bateu meu coração. João decide, então, usar a chance que tinha, a partir daquele dia, de falar tudo em rima. Ele começa e termina; cria um jeito divertido de entender algumas coisas de modo mais colorido.
Ramos brinca com o significado das palavras, construindo um dicionário intuitivo de João. A obra mescla temas importantes para a infância, como família, valores, vida e morte, e temas cotidianos e contemporâneos. A partir do que as palavras lhe sugerem, João descreve – e depois descobre – o que é sotaque, o que é saudade. Mas não ficam de fora o candidato e a sonegação, pois como ele mesmo disse, João não está de brincadeira não.
Em Caderno de rimas do João, cada página de versos é acompanhada das ilustrações fortes e vivas de Mauricio Negro. A narrativa imagética criada por Negro para a obra pode – e deve – ser lida junto com o texto. Cada imagem reflete a pluralidade de expressões da palavra e seus múltiplos sentidos.
Sobre o autor >> Lázaro Ramos é ator, diretor, apresentador e autor. Baiano, iniciou a carreira em 1994 no Bando de Teatro Olodum. Atuou em filmes como Madame Satã, O homem que copiava, Cidade baixa, Ó paí, ó e O vendedor de passados, e entre seus mais recentes estão Tudo que aprendemos juntos e Mundo cão. Além disso, deu vida a personagens nas novelas Cobras e lagartos e Lado a lado, entre outras, em seriados como Sexo frágil, Ó paí, ó e Decamerão, e em mais de 30 espetáculos teatrais, entre eles Sonho de uma noite de verão,A máquina, e O topo da montanha. Já foi vencedor de mais de 40 prêmios por suas atuações, e é embaixador do Unicef desde 2009.
Sobre o ilustrador >> Mauricio Negro é artista visual, autor de diversos livros e tem afinidade por temas ancestrais, mitológicos, ambientais, identitários — frequentemente carregados de brasilidade. Em mais de vinte anos de trajetória literária participou de exposições, catálogos e eventos. Recebeu prêmios e menções no Brasil e em países como Japão, Coreia do Sul, China, México e Alemanha. Costuma reinterpretar a narrativa de raiz, o imaginário popular, os saberes nativos e as poéticas contemporâneas. É colaborador regular de literatura indígena e de matizes africanas, além de membro do conselho diretor da Sociedade dos Ilustradores do Brasil (SIB). Pela Pallas ilustrou Ópera Brasil de Embolada, de Rodrigo Bittencourt.
LANÇAMENTO_
Sábado, 07 de novembro de 2015, às 11h
Livraria Saraiva Shopping Pátio Higienópolis
(Av. Higienópolis, 618 – Piso Higienópolis. Tel. 11 3660-0200)
Lançamento
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AS NOVIDADES COMEÇAM A SURGIR.
A coletânea “Antologia Novos Talentos da Literatura - Poesia, contos e crônicas”, da editora Mar de Letras, do selo Confraria de Autores, surgiu após concurso que visava apresentar novos autores ao público. Ao longo de 2014, o número de textos inscritos passou de 300, dos quais se classificaram 29 autores de várias regiões do país. O lançamento nacional será no próximo dia 13 de janeiro no site da editora e na Livraria Prefácio, em Botafogo, no Rio de Janeiro.
De acordo com o organizador do concurso, Delmo Fonseca, essa coletânea é resultado de uma seletiva de âmbito nacional em que esses poetas deixam para trás o anonimato e se lançam nos braços de exigentes leitores. “Estamos muito felizes por mostrar esses talentosos escritores. Conseguimos atingir regiões, culturas e contextos distintos, mostrando as faces do Brasil”.
Delmo explica que a antologia não reúne apenas escritores, mas realidades que antes eram sonhos. “Por esse motivo, cada autor poderá indicar uma biblioteca pública para onde seguirá um exemplar da antologia”.
O exemplar, que custa R$ 30,00, estará disponível no site www.livrariamardeletras.com.br.
Serviço:
Endereço: Livraria Prefácio - Rua Voluntários da Pátria, 39 - Botafogo, Rio de Janeiro – RJ.
Telefone: (21) 2527-8843
breve comentaremos a edição ! (EC)