Terça-feira, 2 de Dezembro de 2014

Palestra O Segredo do sucesso é ser humano em Campinas

 

 

Palestra O Segredo do sucesso é ser humano em Campinas 

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Quinta-feira, 13 de Novembro de 2014

Mandrágoras, Clínica Psicanalítica: Freud e Winnicott

 

 

 

Mandrágoras, Clínica Psicanalítica: Freud e Winnicott

de Sérgio de Gouvêa Franco

com a colaboração de Manoel Tosta Berlinck e Karin Hellen Kepler Wondracek

 


SELO: PSI



ANO:2014

FORMATO:16 cm x 23 cm

PÁGINAS:180

ACABAMENTO:brochura


“Mandrágoras, Clínica Psicanalítica: Freud e Winnicott” – publicado pela Primavera Editorial, no selo PSI – traz o trabalho psicanalítico de Sérgio de Gouvêa Franco, reunindo pensamentos e práticas clínicas a partir das obras de Freud e Winnicott . A obradestina-se a pessoas interessadas em fazer uma clínica bem fundamentada e conta com a colaboração de Manoel Tosta Berlinck e Karin Hellen Kepler Wondracek.

Na peça Romeu e Julieta de William Shakespeare, mandrágora aparece como o medicamento tomado por Julieta para se passar por morta. Trata-se de uma planta à qual se atribui propriedade medicinal, além de efeito analgésico, alucinógeno e afrodisíaco. Em Mandrágoras, Clínica Psicanalítica: Freud e Winnicott, a mandrágora no título é um recurso de referência a sentimentos fundamentais do ser humano – sentimentos presentes na literatura e que, em grande medida, sustentam a nossa cultura. Mandrágora evoca poesia, amor, prazer, busca por cura e esperança de que, de algum modo, esses atributos se concretizem em nossas vidas. Freud reconhecia que poetas conheciam melhor a alma humana do que cientistas e filósofos.

A soma de histórias e análises do livro retrata a clínica dos autores, formando uma obra que dialoga com o pensamento contemporâneo. “O livro apoia-se, sobretudo, no pensamento de Freud e de Winnicott, e destina-se às pessoas interessadas em fazer uma clínica atual com uma reflexão bem fundamentada. Com uma escrita marcada pela clareza, a obra serve não apenas à Universidade, como também a um público mais amplo”, detalha Sérgio de Gouvêa Franco, um dos autores.


Mandrágoras, Clínica Psicanalítica: Freud e Winnicott é composto por artigos e textos, em grande parte publicados em periódicos de grande prestígio científico. A coletânea está dividida em duas: na primeira parte, estão reunidos os artigos embasados na psicanálise freudiana; a segunda é inspirada em Winnicott. Mas a divisão não é rígida. Freud está na segunda parte e Winnicott na primeira, além de Lacan e Fédida, entre outros. Ao todo são dez artigos já publicados em periódicos como Revista LatinoAmericana de Psicopatologia Fundamental, Revista Estudos de Religião, Pulsional Revista de Psicanálise e Revista Ágora Estudos em Teoria Psicanalítica.

Segundo Sérgio de Gouvêa Franco, o livro Mandrágoras colocaem interação, sem preconceitos e de forma rica, a psicanálise, a filosofia e a religião. O resultado é um conjunto de ensaios cheios de paixão e rigor, que avançam por territórios do desejo e da criatividade. Um estudo de caso, por exemplo, explora a somatização. O nome do artigo é aDor saindo pela pele. Em trabalho sobre o caso Dora de Freud, por outro lado, apresenta-se a origem da feminilidade a partir da identificação/apaixonamento da jovem Dora por um homem e uma mulher (um casal). O autor salienta que um dos destaques da obra é a cuidadosa recuperação de um inédito caso de Freud. Gouvêa Franco se refere ao caso AB, garimpado na correspondência mantida entre Freud e Pfister.







TRECHOS DO LIVRO

 






“Sérgio de Gouvêa Franco e eu dialogamos há anos no contexto dos

trabalhos da Psicopatologia Fundamental. Nosso diálogo passa pela

psicanálise freudiana, pela religião, pela filosofia, pela educação superior

e pela pesquisa. Quando Sérgio traz reflexões sobre a psicanálise de

Winnicott, escuto. Reconheço no que diz um profundo estudioso do

famoso psicanalista inglês.



Nosso diálogo é sempre uma aventura do espírito e creio ser isso o mais

atraente nas conversas que mantemos. Além de ser um erudito, um

filósofo que conhece muito bem a epistemologia da ciência, Sérgio é um

pensador refinado, sempre sugerindo questões para nossas convicções,

sempre chamando atenção para nossos preconceitos. Possui, também,

um aprimorado sentido de realidade.



Sinto-me honrado e orgulhoso por ser coautor desta obra, que é,

principalmente, de Sérgio. Examinando o livro, fiquei impressionado com

a qualidade da escrita de Sérgio. Os temas abordados são claramente

clínicos, falam de um psicoterapeuta e de um pesquisador, combinação

que define o psicanalista. Os temas tratados são pertinentes e relevantes

para a clínica e enriquecem o leitor.” Manoel Tosta Berlinck



Página 45

“(...) Chegamos então ao centro do argumento freudiano. A neurose obsessiva oculta algo dentro de si: há sempre a repressão de um impulso pulsional, um componente da pulsão sexual represado. Impulsos sexuais infantis sucumbiram posteriormente à repressão. A neurose obsessiva nada mais é do que uma formação psíquica reativa, uma defesa contra esse impulso preso no inconsciente. A influência dessa pulsão é vivida pelo paciente como uma tentação que gera medo e angústia.”



Página 58

“(...) Cabe à psicanálise uma tarefa legítima e necessária de apontar os componentes propriamente neuróticos da religião. As relações da religião com o desejo e com o ódio precisam ser decifradas para além de toda dissimulação. É preciso que fique claro também que sua tarefa é, sobretudo, clínica, ou seja, a psicanálise da religião se limita a investigar as representações religiosas – as práticas, os investimentos, as

renúncias a ela associadas.”



Páginas 65 e 66

“(...) Em meio à crise dermatológica do fim do relacionamento com C. A., [Nancy] resolve trocar de dermatologista. Procura uma médica de renome. Poucas vezes chega ao consultório tão destruída como depois da consulta com a tal dermatologista. A médica a trata com rispidez, acusa-a de coçar as feridas, é agressiva. Ela não se defende. Boa dermatologista, péssima médica – penso eu. Nancy chega à sessão como quem foi atropelada por um caminhão, violentada. Interpreto sua busca não apenas por uma médica dermatologista. Anuncio uma crítica a uma medicina divorciada do paciente, com a qual ela concorda. Não seria uma busca de uma

mulher como referência? Não seria uma busca de acolhimento materno?”



Páginas 157 e 158

“(...) O que sabemos é que, aos poucos, à medida que o bebê cresce, a mãe vai se discriminando do bebê e deixando de promover essa adaptação tão completa e perfeita às necessidades de seu filho. Aos poucos, o bebê vai descobrindo que o mundo existe antes e apesar de suas necessidades. Quando ele tem uma boa experiência de onipotência no início da vida, suporta mais tarde a frustração de sair do centro do mundo. Como um dia achou que criou o mundo, conseguirá aceitar depois que o mundo já estava lá antes dele. Trata-se do árduo trabalho rumo à realidade. Se tudo der certo, o bebê fará a passagem de um mundo subjetivamente concebido para a realidade objetivamente percebida e socialmente construída.”



FICHA TÉCNICA







 OS AUTORES

 




Sérgio de Gouvêa Francoé psicanalista com prática clínica em São Paulo. Doutor pela Unicamp, é membro de várias instituições psicanalíticas como o Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e a Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. O psicanalista é autor de vários artigos, livros e capítulos de livros. É um dos autores do livro O eu em ruína, publicado pela Primavera Editorial em 2010. Manoel Tosta Berlinck é sociólogo e psicanalista, Ph.D. pela Cornell University, professor da PUC-SP e Presidente da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental. Autor de livros e numerosos artigos, foi diretor por muitos anos da Editora Escuta e Livraria Pulsional. Karin Hellen Kepler Wondracek é psicanalista e doutora pela EST. É autora de livros e diversos artigos, publicados no Brasil e no exterior.


Lançamento da
PRIMAVERA EDITORIAL

 

Com a proposta de ser uma “butique de livros”, a Primavera Editorial estimula o hábito da leitura com conteúdos prazerosos, inteligentes e instrutivos. Investir em novos autores nacionais e estrangeiros tem sido uma das estratégias adotadas pela editora. Com diferentes linhas editoriais como romances históricos e sociais, ficção brasileira e estrangeira e romances policiais, as obras editadas são associadas à inovação e ao pioneirismo dos conteúdos, além da qualidade da produção gráfica. A Primavera Editorial é presidida por Lourdes Magalhães. www.primaveraeditorial.com

 

 
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Sexta-feira, 19 de Setembro de 2014

Debate "O jornalismo político e o ativismo digital no Brasil", no Cine Vitória

 

 

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Terça-feira, 11 de Fevereiro de 2014

Dia do Repórter na Primavera Editorial

Dia do Repórter na Primavera Editorial

 

Dia do Repórter na Primavera Editorial

publicado por o editor às 17:00
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Quinta-feira, 15 de Novembro de 2012

Winnicott - Ressonâncias

 

 

Winnicott - Ressonâncias

ORG: Inês Sucar e Heloisa Ramos


Formato: 19 cm x 27 cm
Páginas: 412

Esta obra é uma coletânea de trabalhos apresentados no XVII Encontro Winnicott, realizado em São Paulo, que contou com grande número de participantes do Brasil e da América Latina. Explana-se a perspectiva winnicottiana e sua abordagem do ser humano e, apesar de pautar-se no conhecimento científi co, não se deixa de lado a experiência clínica. Organizada por Inês Sucar, com o apoio de Heloisa Ramos, os 36 trabalhos foram agrupados em oito eixos conceituais: Criatividade, Construção do psiquismo, Lugar do analista, Mutualidade, Paradoxo, Psicossoma, Tendência antissocial e Vazio. Esses eixos temáticos dão uma visão ampla da obra do autor, sem destituir a especifi cidade de cada um, ou seja, embora diversifi cados modos de apropriação, os processos refl exivos de cada autor remetem a uma articulação consistente dos conceitos propostos pelo psicanalista, mantendo nessa diversidade a atualidade e o desenvolvimento de seu pensamento. A obra integra o catálogo do selo PSI da Primavera Editorial, o qual foi criado para o lançamento de obras técnicas que oferecem aos leitores das áreas de psicologia e psicanálise a possibilidade de crescimento, reflexão e aprendizado continuado.

Conheça mais sobre o pensamento de Winnicott com a Aula do curso "A clínica do vazio em Winnicott" da Escola Paulista de Psicanálise - Cursos de Psicanálise EAD - com o professor Ale Esclapes -



UM LANÇAMENTO
 

 

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Segunda-feira, 12 de Novembro de 2012

Cliente secreto – A metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor de Stella Kochen Susskind

 


Cliente secreto – A metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor

de Stella Kochen Susskind

 




Formato: 18,0 cm x 18,0 cm
Páginas: 144



Pioneira no Brasil na avaliação do atendimento ao consumidor por meio de pesquisas com clientes secretos, a executiva Stella Kochen Susskind está lançando o livro “Cliente secreto - A metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor” – pelo selo BIZ da Primavera Editorial –, obra que disseca o modelo de pesquisa que se tornou a essência da ciência da compra.
Criada nos Estados Unidos, na década de 1920, a metodologia “cliente secreto” surgiu quando banqueiros resolveram testar a honestidade dos funcionários e evitar eventuais desvios de dinheiro. Quase um século depois, a avaliação empírica converteu-se em uma metodologia eficaz, que muito tem contribuído para a melhoria nas relações entre empresas e clientes. Hoje, a metodologia é parte de uma indústria sólida e lucrativa nos Estados Unidos, Europa e América Latina, sobretudo no Brasil. 
A obra “Cliente secreto - A metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor” – um livro fundamental para os que desejam compreender os meandros para se atingir a excelência no atendimento ao cliente . 
Com uma temática inédita no mercado editorial brasileiro, Cliente secreto - A metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidordisseca os meandros de um modelo de pesquisa criado por banqueiros norte-americanos na década de 1920, que se tornou a essência da ciência da compra e da avaliação do atendimento ao cliente. De autoria da executiva Stella Kochen Susskind, pioneira da metodologia no Brasil, a obra conta com o prefácio de Luiz Fazzio, presidente do Carrefour, e apresentação de Paulo Secches, presidente da Officina Sophia. Fundamental para os que desejam compreender os meandros da excelência no atendimento ao cliente, o livro – que integra o portfólio do selo BIZ da Primavera Editorial – será lançado em 6 de novembro, a partir das 18h30, na Livraria da Vila do Shopping Cidade Jardim (Avenida Magalhães de Castro, 12.000, São Paulo).
 Segundo Stella, quase um século após a criação, a avaliação empírica conduzida por clientes secretos se converteu em uma metodologia eficaz que muito tem contribuído para a melhoria nas relações entre empresas e clientes. Hoje, a metodologia é parte de uma indústria sólida e lucrativa nos Estados Unidos, Europa e América Latina, sobretudo no Brasil. Segmentos como o varejo e as instituições financeiras têm investido nessa ferramenta para avaliar o atendimento a clientes. A metodologia de pesquisa se baseia em clientes secretos – consumidores com hábitos reais de compra – que substituem os pesquisadores tradicionais. Enquanto na Europa o crescimento anual é de cerca de 5%, no Brasil o segmento registra crescimento anual de 20%. “Com cerca de 100 empresas, a América Latina faturou, no ano passado, cerca de US$ 362 milhões. Com 850 empresas, a indústria norte-americana de mystery shopping faturou US$ 830 milhões em 2011; as 550 empresas europeias faturaram US$ 397 milhões”, detalha a escritora.

Com uma linguagem clara e acessível, o livro Cliente secreto - A metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidorconta com sete capítulos temáticos, nos quais a metodologia é detalhada em cases e depoimentos minuciosos que mostram a melhoria real do atendimento ao cliente. No primeiro capítulo, História da metodologia, destaque para o pioneirismo, a metodologia no Brasil, a versatilidade da metodologia e as histórias de sucesso contadas pela mídia nacional. Em Metodologia inclusiva, segundo capítulo, a autora destaca a responsabilidade social como oportunidade de negócio, os chamados consumidores invisíveis (as crianças), os consumidores com mais de 60 anos e as causas sociais – o quanto os consumidores são influenciados pela postura socialmente responsável adotada por marcas, serviços e produtos. No capítulo três, Um novo Brasil se depara com a importância do bom atendimento ao cliente, Stella Kochen Susskind se atém aos perfis dos novos consumidores brasileiros, ao consumo feminino, ao atendimento à alta renda, ao consumo masculino e aos cenários do atendimento ao consumidor no Brasil, Estados Unidos e Europa.
 Em Com a palavra, o cliente secreto, quarto capítulo, a autora destaca os depoimentos de clientes secretos que há mais de duas décadas desenvolvem a função de ombudsman do atendimento. Os cases de diferentes segmentos ilustram meandros do atendimento ao cliente no Brasil, apresentando histórias de excelência e as oportunidades de melhoria. No quinto capítulo – Investindo em treinamento – o destaque recai sobre a criação de vínculos com os consumidores, as formas de conhecer o consumidor e motivação dos vendedores. Os segredos da metodologia e a Shopper Experience são temas do sexto e do sétimo capítulos.
 Entre os entrevistados para o livro, a jornalista Angela Crespo, criadora e editora das colunas Advogado de Defesa e Consumo (Jornal da Tarde/O Estado de S. Paulo);  Joyce Moysés, jornalista da Editora Abril e uma das maiores especialistas brasileiras no universo feminino; Cid Torquato, coordenador de Relações Institucionais e Políticas Públicas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo; Marcelo Cherto, presidente do Grupo Cherto e diretor do Portal Franquia; Ghislaine Dubrule e Nilo Signorini, respectivamente, vice-presidente e diretor de Planejamento da Tok&Stok; Carlos Magno Gibrail, diretor de Expansão da Stroke e ex-sócio da Cori; Herbert Polizel, diretor de Marketing - Mercado e Produto da TAM Linhas Aéreas; e Roberto Meier, publisher do Grupo Padrão, entre outros.


TRECHOS DO LIVRO

 Páginas 21 e 22
A metodologia no Brasil
(…) “Em 1991, aos 25 anos, senti-me impelida a aceitar o desafio proposto por minha irmã, Celina Kochen Sznelwar, que havia montado a Shop’n Check – empresa que posteriormente se tornou Buy & Test –, para integrar a equipe. A proposta era estruturar na empresa um serviço de avaliação do atendimento ao cliente, ou seja, um trabalho plenamente alinhado com a minha expertise e com o tema que era meu objeto de estudo há alguns anos. A empresa se tornaria a primeira agência de pesquisa no Brasil a adotar a metodologia de testar a qualidade do atendimento ao cliente tendo por recurso clientes efetivos, especialmente treinados para avaliar todos os aspectos da relação da empresa/marca com o consumidor.
Vivendo os reflexos do Plano Real, decidi investir em um negócio pioneiro no Brasil então presidido por Fernando Henrique Cardoso. Nas manchetes diárias, em 1994, notícias sobre a política de estabilização da economia brasileira que levou o país a novos patamares – elevação da taxa de crescimento econômico, aumento nos níveis de renda, impacto positivo nos balanços das empresas, além da desindexação da economia nacional. O outro lado da moeda, notícias sobre a desindustrialização que a abertura abrupta da economia proporcionou – as empresas brasileiras viviam uma concorrência atípica com as multinacionais em razão da queda da tarifa média sobre as importações.
 Descritos pelos economistas como a “década de reformas orientadas para o mercado”, os anos 1990 apresentavam um cenário de desafios a serem vencidos e, confesso, fui contagiada pelos sinais de uma retomada na trajetória do crescimento sustentado – a sonhada estabilidade de preços. Concomitante, o brasileiro passava a contar com o Código de Defesa do Consumidor, uma verdadeira revolução que alterou positivamente as relações de consumo no país. Com o cliente como protagonista – substituindo o foco no produto ou serviço puramente –, o Brasil ingressou em uma nova era de consumo. O custo acessível e a qualidade diferenciada dos produtos importados disponíveis no mercado interno tornaram o consumidor mais exigente e obrigaram a indústria e o varejo nacional a ficarem mais competitivos. E como as empresas nacionais poderiam se diferenciar e reconquistar o cliente brasileiro inebriado pelos produtos importados?”
Página 58
Metodologia inclusiva
(...) “A maior parte dos portadores de deficiência vive nas áreas urbanas e 23,7 milhões não estão integrados no mercado de trabalho. Essas estatísticas mostram que investir em acessibilidade pode ser não só, e prioritariamente, um ato de cidadania e de responsabilidade social. Esse investimento pode se tornar um excelente negócio. Diante desse cenário, será que as marcas e as empresas brasileiras estão preparadas para atender com qualidade o consumidor com deficiência? Quais as barreiras e os erros mais frequentes? A resposta é um sonoro não! Mas a boa notícia é que inúmeras empresas estão interessadas em saber onde erram e quais são as alternativas para iniciar um projeto de acessibilidade, de inclusão social.”
Página 79
O novo consumidor
(...) Em 2020, o Brasil será um dos maiores mercados consumidores e uma das maiores economias globais – seremos aproximadamente 207 milhões de habitantes, sendo 145 milhões formados por brasileiros economicamente ativos. E não se trata de otimismo, sim de estatísticas concretas. Embora em muitos países a crise econômica mundial tenha reforçado as desigualdades sociais, no Brasil a pobreza caiu 7,9% entre janeiro de 2011 e janeiro 2012, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A capacidade de consumo do brasileiro aumentou, assim como a percepção de nuances do atendimento. Mais exigente e informado, o brasileiro associa o atendimento à efetivação, ou não, da compra. A fidelização é outra questão que está diretamente atrelada a um atendimento de excelência, conforme pesquisas conduzidas pela Shopper Experience com clientes secretos.
 Página 97
Cenários do atendimento ao consumidor: Brasil, Estados Unidos e Europa
(…) “No Brasil, a criação do Código de Defesa do Consumidor – Lei n. 8.078, aprovada em 10 de setembro de 1990 – foi um marco da luta em prol dos direitos do consumidor, embora a Constituição Federal de 1988 tenha preparado as bases para a defesa do cliente brasileiro. De forma mais ampla, a demarcação desses direitos e deveres foi um estágio anterior à nova cultura de valorização do bem atender o consumidor. À época, vivíamos situações esdrúxulas nas quais o consumidor era constantemente desrespeitado. Em pouco mais de duas décadas, presenciamos uma melhora significativa, embora muito distante do que almejamos e merecemos. Hoje, estamos distantes de países da Europa e dos Estados Unidos no que se refere ao atendimento.”
 Página 105
Ombudsman do mundo
(...) Mais do que atuar como viga-mestra da metodologia, o cliente secreto é o protagonista de uma história de aumento do índice de respeito ao consumidor – uma colaboração que ultrapassa as fronteiras do Brasil. Por meio do trabalho desse profissional, as empresas passaram a ter informações precisas sobre o atendimento prestado. Um dos efeitos colaterais dessa percepção dos pormenores que cercam o momento da venda é que os gestores estão mais atentos para a importância de investir na criação de relacionamentos sustentáveis com clientes de diferentes perfis de consumo. Hoje, os mais de 20 mil clientes secretos que atuam na Shopper Experience produzem relatos que nos dão subsídios para traçar o panorama das relações de consumo nacionais.” 

A AUTORA
 
Stella Kochen Susskind administradora de empresas graduada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e pós-graduada em Franchising pela Franchising University (Estados Unidos), Stella Kochen Susskind é pioneira no Brasil na avaliação do atendimento ao consumidor por meio do “Cliente Secreto®”. A executiva preside a Shopper Experience – empresa de pesquisa que representa uma evolução do modelo – e fundou a divisão latino-americana da Mystery Shopping Providers Association, atuando ainda, na associação, como atual membro do Global Board e como Past President.
A executiva possui mais de 20 anos de expertise em pesquisas. Desde 1999 Stella Kochen Susskind coordena um amplo projeto que avaliou, por meio de “clientes secretos”, diversos aspectos do atendimento prestado por empresas de diferentes segmentos. Atenta a conceitos como consumo consciente e inclusivo, a empresa brasileira Shopper Experience criou dois projetos de inclusão para capacitar pessoas com deficiência e maiores de 60 anos a atuar como cliente secreto.

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